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“No caminho com Maiakóvski” “No caminho com Maiakóvski”

“Na primeira noite eles se “Na primeira noite eles se aproximam


aproximam e roubam uma flor
e roubam uma flor do nosso jardim.
do nosso jardim. E não dizemos nada.
E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se
Na segunda noite, já não se escondem:
escondem: pisam as flores,
pisam as flores, matam nosso cão,
matam nosso cão, e não dizemos nada.
e não dizemos nada. Até que um dia,
Até que um dia, o mais frágil deles
o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.”
E já não podemos dizer nada.”
Eduardo Alves da Costa
Eduardo Alves da Costa

“No caminho com Maiakóvski” “No caminho com Maiakóvski”

“Na primeira noite eles se aproximam “Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor e roubam uma flor
do nosso jardim. do nosso jardim.
E não dizemos nada. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se Na segunda noite, já não se
escondem: escondem:
pisam as flores, pisam as flores,
matam nosso cão, matam nosso cão,
e não dizemos nada. e não dizemos nada.
Até que um dia, Até que um dia,
o mais frágil deles o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa, entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta. arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.” E já não podemos dizer nada.”

Eduardo Alves da Costa Eduardo Alves da Costa

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