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Tutorial: O que é e como configurar um sistema RAID.

Conforme havia anunciado no tutorial sobre máquina virtual


(http://forumpcs.com.br/viewtopic.php?t=237236) estou aqui dessa vez para tratar de um
tópico que ganhou grande relevância a alguns poucos anos no mundo dos desktops.

RAID não é nenhuma novidade, muito pelo contrário, no mundo dos servidores existe a
pelo menos 15 anos, mas só recentemente chegou ao mundo dos desktops causando
muitas dúvidas.

Pretendo com esse tutorial esclarecer a maioria das dúvidas iniciais de um sistema RAID
e ensinar como montar um sistema RAID0 (Striping), tentarei não abortar muitos aspectos
técnicos como alocação de memória e estrutura interna de um HD, pois ficaria muito
cansativo e mudaria o foco do tutorial, que é voltado mais para iniciantes.

Porém caso alguém possua dúvidas de caráter mais técnico, sinta-se a vontade de
perguntar, se eu souber a resposta terei prazer em responder.

- O que é RAID:

RAID, ou melhor, Redundant Array of Independent Disks nada mais é do que uma
configuração a qual usará dois ou mais HD’s em conjunto para uma determinada
finalidade, geralmente para fins de backup, desempenho superior ou os dois.

Essa “novidade” chegou aos desktops a cerca de uns cinco anos como um recurso
onboard da placa mãe, anteriormente só era possível através de placas controladoras
PCI.

Quase todas as placas mãe hoje em dia possuem suporte a alguns sistemas de RAID,
geralmente RAID0 e RAID1. Placas mãe top de linha podem oferecer suporte a RAID3 ou
RAID0+1, mas é bem incomum.

O desempenho das controladoras RAID onboard ainda está bem inferior às placas PCI,
porém para um usuário doméstico é mais do que suficiente.

Lembre-se apenas que, se você pretende comprar uma placa mãe nova e RAID for algo
essencial para você, recomendo optar por placas com chipset Nvidia. Felizmente ou
infelizmente a Intel ainda não conseguiu colocar um controlador onboard tão eficiente
quanto à do seu concorrente.

Não sei se a padronização de placas mãe com controladores RAID onboard aconteceu
por que a cada dia a linha que define o que é um desktop e o que é um servidor fica mais
tênue ou pelo simples fato de que os fabricantes precisavam de algo para se diferenciar
dos concorrentes. Seja qual foi o motivo originário, quem ganhou com isso fomos nós.

Como foi inicialmente dito RAID surgiu nos servidores com a finalidade de melhorar a
estabilidade e tolerância à falhas. Porém essa é apenas uma das mais de 10
configurações possíveis de um sistema em RAID, vamos falar sobre eles logo abaixo.
- Custo de RAID:

Além de uma placa mãe com uma controladora onboard, você precisará de pelo menos 2
HD’s, isso é o mínimo para um sistema RAID. Na maioria dos casos é extremamente
recomendado usar HD’s idênticos, tanto na capacidade quanto na interface (SATA).
Porém existem algumas exceções.

- Tipos de RAID convencional:

- RAID 0 – Striping:

Essa é a configuração voltada para entusiastas ou aplicações que precisam de


velocidade, pois o aumento no desempenho da máquina é tremendo.

Nessa configuração a controladora se encarregará em dividir e distribuir os dados entre


todos os HD’s configurados para RAID0. Dessa forma dois HD’s em RAID0 chegam a ter
um ganho nominal de 100% sobre um HD normal, e um ganho efetivo de uns 30% (o que
ainda é muito).

No modo Striping como ele trata todos os HD’s desse modo como um só HD, somando a
capacidade de todos os volumes e tratando como um único disco, caso os discos sejam
de igual capacidade.

RAID0 só é recomendado ser feito quando você possui HD's de mesma capacidade caso
contrário ele nivelará pelo menor HD.

Exemplo: RAID0 com dois HD's um de 80GB e outro de 100GB contabilizará um total de
160GB. Os 20GB do segundo HD são "perdidos", existem formas de recuperar mas
apenas com storages profissionais.

Por exemplo:
Se você possui dois discos de 250GB (meu caso), nessa configuração você verá como
apenas um disco de 500GB.

RAID0:

Desvantagem:
O maior problema dessa configuração é que, como todas as informações são divididas
entre os volumes, se por acaso algum volume for corrompido ou for danificado, todos os
dados serão perdidos e a configuração terá que ser refeita.

Conclusão:

É uma configuração mais voltada para desktop de entusiastas mesmo, pois para
servidores existem opções mais recomendadas.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: 2


- RAID 1 – Mirroring:

Conhecido como espelhamento, é um configuração voltada exclusivamente para backups.

Consiste em espelhar todos os dados de um disco para o outro, mantendo uma cópia
idêntica em tempo real de tudo o que acontece no disco (ou discos) principal, caso o disco
principal morra, ou seja, corrompido você não perderá absolutamente nada.

Para isso é recomendado que se use HD’s de mesma capacidade, caso contrário o
nivelará pela capacidade do HD espelhado. E o HD de backup não pode ser menor que o
HD principal. Exemplo:

Se o principal for de 250GB o de backup também tem que ser de no mínimo 250GB. Caso
o de backup tenha 300GB, perderá 50GB, pois simplesmente não utilizará.

Se você tem dois HD’s de 250GB como principais, precisará de outros dois HD’s de no
mínimo 250GB como backup.

RAID1:

Desvantagem:
Perda de capacidade. Como você precisará sempre de HD’s de backup, você está
sacrificando a capacidade deles. Se você tiver dois HD’s de 250GB, nesse sistema você
só poderá utilizar um total de 250GB, os outros 250GB são completamente destinados a
backup.

Conclusão:
Ótimo sistema para quem possui poucos HD’s e precisa de um sistema imune à falhas,
você estará sempre preparado para casualidades.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: discos principais * 2

- RAID 2:

É um modo que não é mais utilizado. O RAID 2 consiste em embutir códigos de correção
de erros em cada cluster de dados gravado. Porém, todos os HDs atuais já vem com
sistemas de correção de erros embutidos, tornando o sistema obsoleto.
- RAID 3:

Esse é um sistema bem complexo que querer muito dinheiro para manter. O RAID 3
necessita de 4 HD’s (na verdade pode ser menos, a partir de 3 já dá, porém só se justifica
com 4).

Nele os três primeiros discos funcionam exatamente como o RAID0, todas as informações
são divididas e salvas como se fosse um único disco. A diferença é que o quarto disco
serve como disco de recuperação, ele vai salvando informações nos outros 3 disco de
modo que, caso um dos 3 primeiros discos “morra”, você pode recuperar com o disco de
recuperação.

Você ganha um alto desempenho pois terá 3 discos em modo striping e ainda tem a
tolerância a falha de um desses discos. Caso o disco de recuperação ou dois discos do
modo striping caiam você se ferra.

RAID3:

Desvantagem:
Custo.

Conclusão:
Ótimo sistema para desempenho e possuí tolerância à falha, voltado para grandes
empresas onde dinheiro não é problema.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: discos principais +1 (mínimo 3)

- RAID 4:

O RAID 4 é idêntico ao RAID 3 sua única diferença é a forma de gravação dos dados.
Enquanto o RAID 3 divide os dados em pequenos pedaços e grava em vários HD’s o
RAID 4 salva em grandes blocos.

Gravando em grandes blocos você na ganha muita velocidade nem escrevendo nem
lendo os dados, porém permite que você acesse mais rapidamente uma quantidade
superior de informações.

Em algumas aplicações o RAID 4 se sobre-sai ao RAID 3 porém são bem raras e para
fins bem específicos.
RAID4:

Desvantagem:
Custo e necessidade de aplicações exclusivas.

Conclusão:
Bom sistema para determinados fins. De forma geral é inferior ao RAID 3.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: discos principais +1 (mínimo 3)

- RAID 5:

RAID 5 baseia-se na mesma idéia do RAID 3, de usar striping e tolerância a falhas, mas o
faz de forma diferente.

Nessa configuração ao invés de você ter um disco único com os dados de recuperação, o
sistema espalha esses dados em todos os outros HD’s. Dessa forma você não precisa ter
um disco dedicado a isso, essa informação está em todos os discos.

Caso um disco caía, com os outros você consegue restaurá-lo. Apenas se dois discos
caiam que você terá problemas.

Existe uma perda de desempenho em relação ao RAID 3 porém é uma solução mais
robusta que permite maior flexibilidade.

Vale também lembrar que você terá um gasto maior de espaço, pois o conteúdo de
recuperação que antes era destinado a um único disco está espalhado nos outros.

Então se você tem 3 discos de 20gb nesse sistema, você só contará com 40gb livres, pois
20gb será distribuído entre os discos para que seja possível recuperá-los em caso de
falha. Apesar desse sistema funcionar com três HD’s, o ideal são cinco.

RAID5:
Desvantagem:
Custo, perda de desempenho em relação ao RAID 3.

Conclusão:
Melhor sistema para se ganhar velocidade sem sacrificar tolerância à falhas. Ideal para
empresas com um orçamento limitado.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: 3

- RAID 6:

É a configuração mais nova e relativamente rara de ser achada, segue a mesma idéia do
RAID 5 porém usa o dobro de bytes de paridade para recuperação. Dessa forma o
sistema tem tolerância de falha de até dois HD’s.

É, de longe, o sistema convencional de RAID mais caro, precisa de no mínimo 4 HD’s,


porém só é recomendado acima de 6.

Se antes com o RAID 5 você tinha o conteúdo de recuperação espalhado nos outros
HD’s, aqui no RAID 6 você tem o dobro desse conteúdo.

Portanto se você tem 10 HD’s de 20gb nesse sistema, só contará com 160GB livre, 40GB
(dois discos) serão distribuídos entre os restantes.

RAID6:

Desvantagem:
Custo, custo e custo.

Conclusão:
Ideal para aplicações de grande risco que precisam de desempenho.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: 4

- Tipos de RAID híbridos:

Além dos tipos que vimos acima existem também as formas híbridas, basicamente é a
mistura de duas formas convencionais. Não é muito utilizada forma de grandes empresas,
pois essas configurações facilmente precisam de oito ou dez discos.
- RAID 0+1 (01 ou 0/1) - Mirrored Stripes:

Consiste em fazer um espelhamento de discos que estão em modo striping. Possui um


completo sistema anti-falhas de alto desempenho.

Caso um ou mais de seus discos que estavam em striping falhe, você possui um conjunto
pronto para ser usado.

Esse sistema une todas as vantagens e as desvantagens dos dois sistemas.

Você precisa do dobro dos discos, porém terá o dobro da velocidade.

RAID0+1:

Desvantagem:
Custo, alta complexidade e grande desperdício de espaço.

Conclusão:
Une o melhor dos dois mundos, para o bem e para o mal.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: 4 sempre número par. (2 em striping e 2
em mirroring).

- RAID 1+0 (10 ou 1/0) Stripe of Mirrors:

Consiste em sair espelhando continuamente um par de discos striped.

Sei que é meio difícil de entender, deixa dar um exemplo.

Vamos dizer que você tem 8 discos.

Se você usa RAID 0+1 ficarão 4 discos em striping e 4 discos espelhando eles.

Se você usar RAID 1+0 ficarão 2 disco em striping e 3 espelhamentos (cada um com 2
discos) fazendo o backup dos 2 primeiros.

Ótimo para situações onde você precisa de múltiplos backups de um mesmo conjunto de
discos sem abandonar completamente o desempenho.
RAID1+0:

Desvantagem:
Custo, alta complexidade e grande desperdício de espaço.

Conclusão:
Une o melhor dos dois mundos, para o bem e para o mal.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: 4 sempre número par. (2 em striping e 2
em mirroring).

- RAID 5+0 (50):

Idéia bem simples, fazer um striping de um sistema em RAID 5. Cada disco do RAID 5
será substituído por 2 discos em striping, para ganho de desempenho.

Desvantagem:
Custo e altíssima complexidade.

Conclusão:
Se você quer altíssima velocidade e tolerância a falha de até 2 discos e dinheiro não é
problema, esse é o sistema pra você.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: RAID 5 *2.

- RAID 5+1 (53):

Sinceramente não sei por que o pessoal chama de 53 ao invés de 51, bem, deixando isso
de lado...

Outro conceito bem simples, fazer espelhamento de discos em RAID 5. Não é muito
usado por ser um pouco contraditório, pois você estará espelhando (controle de falhas)
um sistema que já tem um controle de falhas.

Talvez isso deve-se ao fato de ser anterior ao RAID 6, na grande maioria dos casos RAID
6 é mais recomendado que RAID 5+1.

Desvantagem:
Custo, alta complexidade, desperdício de espaço.
Conclusão:
Apesar de não ser muito usado ou recomendado ainda é um bom sistema para sistemas
que não podem parar de forma alguma e ainda precisam de desempenho.

Quantidade mínima de discos para esse sistema: RAID 5 *2.

RAID 0 (Striping): No RAID 0 todos os HDs passam a ser acessados como se fossem
um único drive. Ao serem gravados, os arquivos são fragmentados nos vários discos,
permitindo que os fragmentos possam ser lidos e gravados simultaneamente, com cada
HD realizando parte do trabalho. Isso permite melhorar brutalmente a taxa de leitura e de
gravação e continuar usando 100% do espaço disponível nos HDs. O problema é que no
RAID 0 não existe redundância. Os HDs armazenam fragmentos de arquivos, e não
arquivos completos. Sem um dos HDs, a controladora não tem como reconstruir os
arquivos e tudo é perdido. Isso faz com que o modo RAID 0 seja raramente usado em
servidores.

RAID 1 (Mirroring): No RAID 1 são usados dois HDs (ou qualquer outro número par). O
primeiro HD armazena dados e o segundo armazena um cópia exata do primeiro,
atualizada em tempo real. Se o primeiro HD falha, a controladora automaticamente
chaveia para o segundo HD, permitindo que o sistema continue funcionando. Em
servidores é comum o uso de HDs com suporte a hot-swap, o que permite que o HD
defeituoso seja substituído a quente, com o servidor ligado. A desvantagem em usar RAID
0 é que metade do espaço de armazenamento é sacrificado.

RAID 10 (Mirror/Strip): Este modo combina os modos 0 e 1 e pode ser usado com a
partir de 4 HDs (ou outro número par). Metade dos HDs são usados em modo striping
(RAID 0), enquanto a segunda metade armazena uma cópia dos dados dos primeiros,
oferecendo redundância.

RAID 5: Este é o modo mais utilizado em servidores com um grande número de HDs. O
RAID 5 usa um sistema de paridade para manter a integridade dos dados. Os arquivos
são divididos em fragmentos e, para cada grupo de fragmentos, é gerado um fragmento
adicional, contendo códigos de paridade. Os códigos de correção são espalhados entre
os discos. Dessa forma, é possível gravar dados simultaneamente em todos os HDs,
melhorando o desempenho.

O RAID 5 pode ser usado com a partir de 3 discos. Independentemente da quantidade de


discos usados, sempre temos sacrificado o espaço equivalente a um deles. Em um NAS
com 4 HDs de 1 TB, por exemplo, você ficaria com 3 TB de espaço disponível, em um
servidor com 10 HDs de 1 TB, você ficaria com 9 TB disponíveis e assim por diante. Os
dados continuam seguros caso qualquer um dos HDs usados falhe, mas se um segundo
HD falhar antes que o primeiro seja substituído (ou antes que a controladora tenha tempo
de regravar os dados), todos os dados são perdidos. Você pode pensar no RAID 5 como
um RAID 0 com uma camada de redundância.

RAID 6: O RAID 6 dobra o número de bits de paridade, eliminando o ponto fraco do RAID
5, que é a perda de todos os dados caso um segundo HD falhe. No RAID 6, a integridade
dos dados é mantida caso dois HDs falhem simultaneamente, o que reduz brutalmente as
possibilidades matemáticas de perda de dados.
A percentagem de espaço sacrificado decai conforme são acrescentados mais discos, de
forma que o uso do RAID 6 vai tornado-se progressivamente mais atrativo. No caso de
um grande servidor, com 20 HDs, por exemplo, seria sacrificado o espaço equivalente a
apenas dois discos, ou seja, apenas 10% do espaço total. O maior problema é que o
RAID 6 exige o uso de algoritmos muito mais complexos por parte da controladora, de
forma que ele não é suportado por todos os dispositivos.

JBOD: No JBOD (Just a Bunch Of Disks) os HDs disponíveis são simplesmente


concatenados e passam a ser vistos pelo sistema como um único disco, com a
capacidade de todos somada. Os arquivos são simplesmente espalhados pelos discos,
com cada um armazenando parte dos arquivos (nesse caso arquivos completos, e não
fragmentos como no caso do RAID 0). No JBOD não existe qualquer ganho de
desempenho, nem de confiabilidade, ele é apenas uma forma simples de juntar vários
HDs de forma a criar uma única unidade de armazenamento. Ele não é uma boa opção
para armazenamento de dados importantes, mas pode ser usado para tarefas secundária,
como no caso de servidores de backup.

RAID – O que é, quais tipos e como funciona


RAID – Redundant Arrays of Independent Disks ou Matriz Redundante de Discos
Independentes, é uma tecnologia desenvolvida para aumentar a performance de acesso e
confiabilidade dos dados em um servidor ou desktop. Esta tecnologia foi desenvolvida por
pesquisadores da universidade de Berkeley- Califónia-EUA em meados dos anos 80. Tal
tecnologia se baseia na organização e sincronização de vários discos (HDs) para formar
um ou mais discos lógicos. Com um sistema RAID torna-se possível conseguir
consideráveis melhorias na velocidade de acesso e segurança dos dados.
Os tipos de Raid mais comuns são:
 Raid 0
 Raid 1
 Raid 10 ou 0+1
 Raid 5
 Raid 6
 NAS / SAN
 JBOD
 Máquinas Virtuais

Quando uma solução com sistemas Raid é implementada, os custos da solução


normalmente são justificados principalmente pela segurança e performance que a solução
irá proporcionar a empresa. Após a implementação a empresa se adequa e todos os
processos da empresa passam a ser sustentados pela solução implementada. Se em
algum momento a solução deixar de funcionar, a empresa também para. Neste momento,
na pressão para resolver o problema, as medidas que forem tomadas serão decisivas
para determinar quais serão os prejuízos causados pela paralização.
Raid 0
Um sistema RAID 0 se baseia na distribuição sincronizada da informação entre diversos
discos. Ou seja, os dados serão gravados e lidos de todos os discos ao mesmo tempo.
Quando um arquivo é gravado em um Raid 0, a controladora divide o arquivo em diversos
pedaços (Blocos / Stripe) e grava cada bloco nos discos sequencialmente. Isso torna o
sistema incrivelmente mais rápido, pois ao invés de ter apenas um disco para armazenar
um arquivo, haverá vários discos para receber o mesmo arquivo. Porém a perda de um
dos discos causará a perda de todos os arquivos existentes no HD, pois no RAID 0 não
existe qualquer tipo de redundância.

Problemas Apresentados: Devido o Raid 0 não possuir qualquer tipo de redundância, o


maior problema é a vulnerabilidade dos discos, pois se qualquer um parar de funcionar,
todos os dados ficarão inacessíveis. Veja outros problemas comuns em Raid 0:
Problemas de Configuração:
 Perda dos dados do Array
 Exclusão ou Alteração nas configurações da controladora RAID
 Exclusão ou alteração dos volumes do Array
 Perda da ordem seqüencial dos discos

Problemas Lógicos:
 Exclusão ou corrupção de dados em partições
 Formatação de Unidades ou partições
 Sobre-escrita de informações
 Formatação seguida de reinstalação de sistemas
 Problemas na inicialização do sistema
 Des-sincronização dos dados de um HD para outro*

Problemas Físicos:
 Queima ou problemas ocorridos na controladora RAID
 Queima de circuitos eletrônicos
 Queima de cabeças de leitura
 Quebra de cabeças de leitura
 Danos a superfície dos discos (Pratos do HD)
 Bad Blocks – Setores defeituosos
 Desgaste natural da mídia
 Riscos e arranhões superficiais
 Riscos e arranhões grave
 Travamento dos rolamentos do motor
 Queima do motor
 Problemas ocasionados por quedas ou impactos
 Problemas relacionado a área do Servo Mechanism
 Problemas de Firmware
 Problemas com Água ou outros líquidos

Recomendações Específicas: Nunca monte um Raid 0 para armazenar informações


importantes. Informações importantes devem ser montadas em Raid com implementações
de redundância. Um Raid 0 é ideal quando você precisa de um dispositivo ultra-rápido
que irá armazenar dados temporárias. Ex.: Renderização de projetos. Em casos de
problemas em um ou mais discos rígidos, o melhor a fazer é procurar uma empresa
especializada de sua confiança. Tentar solucionar o problema sem conhecimento
especializado pode ser fatal. Pois se um dos discos se tornar irrecuperável, todas as
demais informações serão perdidas.
Raid 1
Um sistema RAID 1 é baseado no espelhamento de um disco em outro. Ou seja, qualquer
informação que for armazenada no disco 1 também será armazenada no disco 2. De
forma que se um dos discos der qualquer tipo de problema a informação estará
totalmente resguardada no outro disco. Apesar de ser extremamente seguro, pois faz uma
duplicação de todas as informações, a performance deste sistema não terá nenhuma
diferença em relação a performance de um disco individual.

Problemas Apresentados: Um sistema Raid 1 possui um baixo índice de problemas, pois


todo o conteúdo de um HD é 100% duplicado em outro HD. Os problemas mais comuns
são:
Problemas de Configuração:
 Perda dos dados do Array
 Exclusão ou Alteração nas configurações da controladora RAID
 Exclusão ou alteração dos volumes do Array
 Perda da ordem seqüencial dos discos

Problemas Lógicos:
 Exclusão ou corrupção de dados em partições
 Formatação de Unidades ou partições
 Sobre-escrita de informações
 Formatação seguida de reinstalação de sistemas
 Problemas na inicialização do sistema
 Des-sincronização dos dados de um HD para outro*

Problemas Físicos:
 Queima ou problemas ocorridos na controladora RAID
 Queima de circuitos eletrônicos
 Queima de cabeças de leitura
 Quebra de cabeças de leitura
 Danos a superfície dos discos (Pratos do HD)
 Bad Blocks – Setores defeituosos
 Desgaste natural da mídia
 Riscos e arranhões superficiais
 Riscos e arranhões grave
 Travamento dos rolamentos do motor
 Queima do motor
 Problemas ocasionados por quedas ou impactos
 Problemas relacionado a área do Servo Mechanism
 Problemas de Firmware
 Problemas com Água ou outros líquidos

Vantagens:
 Segurança (100% de redundância)

Desvantagens:
 A performance não muda em nada se comparado com um disco individual
 Somente pode ser utilizado 2 discos (um disco espelhando o outro)

Tome muito cuidado com o sincronismo dos discos, pois pode ocorrer a seguinte situação:
O HD número 01 para de funcionar por mal contato ou desconexão de cabos. Neste caso
o sistema não para de funcionar, pois o HD número 02 é exatamente igual e continua a
funcionar. A controladora Raid avisa o usuário, porém como tudo continua funcionando
normalmente com o HD 02 não se dá a atenção devida ao problema. Uma semana depois
um técnico é informado do problema e vai ao local e religa o disco 01. Nesse momento a
controladora Raid pode escolher o HD 01 que estava desligado a uma semana como
sendo o HD principal e espelhar sobre o HD 02 que estavam os dados mais atualizados.
Os dados passarão a ser exatamente como estavam quando o HD 01 foi desligado, ou
seja, tudo o que foi feito nesse intervalo será perdido.
Recomendações: Sempre que um dos discos parar, faça os seus backups imediatamente
e chame um técnico para fazer a verificação do problema e se for o caso substituir o disco
estragado. Se por acaso os 2 discos pararem procure uma empresa especializada.
Raid 10 ou 0+1
Um Raid 10 não é exatamente igual a uma Raid 0+1, mas os mesmos funcionam
basicamente da mesma forma e tem o mesmo tipo de redundância e performance. Em
geral são 4 discos trabalhando da seguinte forma: 2 discos trabalhando em Raid 0,
espelhado em outros 2 discos trabalhando também em Raid 0. Dessa forma a o usuário
terá a performance do Raid 0 e a segurança do Raid 1.
Problemas Apresentados:
Problemas de Configuração:
 Perda dos dados do Array
 Exclusão ou Alteração nas configurações da controladora RAID
 Exclusão ou alteração dos volumes do Array
 Perda da ordem seqüencial dos discos

Problemas Lógicos:
 Exclusão ou corrupção de dados em partições
 Formatação de Unidades ou partições
 Sobre-escrita de informações
 Formatação seguida de reinstalação de sistemas
 Problemas na inicialização do sistema
 Des-sincronização dos dados de um HD para outro*

Problemas Físicos:
 Queima ou problemas ocorridos na controladora RAID
 Queima de circuitos eletrônicos
 Queima de cabeças de leitura
 Quebra de cabeças de leitura
 Danos a superfície dos discos (Pratos do HD)
 Bad Blocks – Setores defeituosos
 Desgaste natural da mídia
 Riscos e arranhões superficiais
 Riscos e arranhões grave
 Travamento dos rolamentos do motor
 Queima do motor
 Problemas ocasionados por quedas ou impactos
 Problemas relacionado a área do Servo Mechanism
 Problemas de Firmware
 Problemas com Água ou outros líquidos

Raid 5
Um sistema RAID 5 é a evolução dos sistemas RAID anteriores (RAID 0, 1, 2, 3 e 4).
Seria a junção da Segurança (RAID 1) e da Performance (RAID 0) em um único sistema
RAID. Para isso, quando um RAID 5 é criado, o sistema irá utilizar o espaço equivalente a
um disco inteiro para armazenar a paridade, que é a informação redundante.
Através de um complexo sistema de numeração pesquisadores da universidade Berkeley-
Califónia-EUA criaram mecanismos para obter performance e segurança ao mesmo
tempo. Utilizando complexas fórmulas matemáticas, foram criados algoritmos para
comprimir os dados independente do seu conteúdo, gerando assim a paridade.
A paridade não é nada mais que uma compactação sob medida para armazenar a
informação de vários discos ou blocos em um único disco ou bloco.
Nos sistemas anteriores (RAID 2, RAID 3 e RAID 4) a paridade era armazenada em um
único disco. No sistema RAID 5 a paridade é armazenada de forma alternada em todos os
discos. Se qualquer dos discos contidos no sistema estragar ou der qualquer tipo de
pane, o mesmo poderá ser substituído e reconstruído através do processo de rebuild.
A controladora irá detectar qualquer falha nos discos e avisará para o disco ser trocado.
Quando o disco for trocado automaticamente será iniciado o processo de reconstrução
das informações. No processo de reconstrução serão utilizadas as informações contidas
na paridade que está armazenada nos outros discos. Durante o processo de
reconstrução, a performance do sistema irá diminuir, mas o sistema continuará
funcionando normalmente sem que o serviço pare de funcionar, seja desligado ou sequer
seja reiniciado.

Problemas Apresentados: ( Embora um sistema Raid 5 seja um dos mais seguros, o


mesmo não está isento de falhas. )
Problemas de Configuração:
 Perda dos dados do Array
 Exclusão ou Alteração nas configurações da controladora RAID
 Exclusão ou alteração dos volumes do Array
 Perda da ordem seqüencial dos discos

Problemas Lógicos:
 Exclusão ou corrupção de dados em partições
 Formatação de Unidades ou partições
 Sobre-escrita de informações
 Formatação seguida de reinstalação de sistemas
 Problemas na inicialização do sistema
 Des-sincronização dos dados de um HD para outro*

Problemas Físicos:
 Queima ou problemas ocorridos na controladora RAID
 Queima de circuitos eletrônicos
 Queima de cabeças de leitura
 Quebra de cabeças de leitura
 Danos a superfície dos discos (Pratos do HD)
 Bad Blocks – Setores defeituosos
 Desgaste natural da mídia
 Riscos e arranhões superficiais
 Riscos e arranhões grave
 Travamento dos rolamentos do motor
 Queima do motor
 Problemas ocasionados por quedas ou impactos
 Problemas relacionado a área do Servo Mechanism
 Problemas de Firmware
 Problemas com Água ou outros líquidos

Recomendações Específicas: Normalmente quando ocorrem problemas com um servidor


RAID, pode ter se passado muito tempo em que o servidor foi configurado e raramente se
lembra dos detalhes das configurações utilizadas. Se o tipo do sistema é RAID 5 (com
discos redundantes) e ocorreu problema em apenas um dos discos, pode-se tentar
substituir o disco que está com problemas e realizar o Rebuild (procedimento para
reconstrução dos dados do disco danificado). Para isso, entre em contato com o suporte
técnico. Porém, antes de realizar o procedimento de Rebuild, é necessário ter absoluta
certeza de que o Array não sofreu nenhum tipo de alteração, ou seja, os dados da
controladora e a ordem dos discos físicos não foram modificados. Caso contrário haverá
sobreposição de dados.
Para saber mais: Um sistema Raid 5 com 4 discos pode ter mais de 1000 combinações
diferentes de acesso aos dados. Se estas combinações forem modificadas ou perdidas,
inevitavelmente ocorrerá a perda dos dados. Se alguma tentativa de reconstruir os dados
através do processo de REBUILD for realizada com um arranjo (Array) diferente do
original, fatalmente ocorrerá sobreposição de dados. Se isso já ocorreu, recomendamos
parar tudo e entrar em contato com nosso suporte técnico. Talvez ainda seja possível
recuperar os dados através de algoritmos especialmente escritos para reconstruir as
áreas sobrepostas através de dados armazenados nas regiões destinadas a paridade
(redundância) do Raid Array.
Veja um exemplo para entender melhor como a paridade funciona:
Em um sistema RAID 5 com 4 discos:
 As informações do primeiro bloco dos discos 1, 2 e 3 serão armazenadas no
primeiro bloco do disco 4.
 No segundo bloco, as informações dos discos 2, 3 e 4 serão armazenadas no disco
1.
 No terceiro bloco, as informações dos discos 3, 4 e 1 serão armazenadas no disco
2.
 No quarto bloco, as informações dos discos 4, 1 e 2 serão armazenadas no disco
3.

No quinto bloco todo o ciclo começa novamente. Desta forma a paridade será
armazenada em todos os discos ao mesmo tempo. Se um dos discos estragar, as
informações deste disco que estiver contida nas paridades gravadas nos outros discos,
serão utilizadas para fazer a reconstrução dos dados no novo disco que será colocado no
lugar do disco estragado.
Nota: Ao criar um sistema RAID 5, o espaço disponível será a soma da quantidade de
discos menos 1. Pois o sistema utilizará o espaço de um disco para armazenar a
paridade.
Raid 6
O sistema RAID 6 é uma evolução do sistema RAID 5. A principal diferença é que ao
invés de utilizar apenas um disco para redundância, são utilizados 2 discos. Ou seja,
neste sistema mesmo que 2 discos se estraguem fisicamente ao mesmo tempo, o sistema
ainda irá continuar funcionando. Porém o espaço disponível será o total de discos menos
2. Ou seja, se você montar um raid 6 com 7 discos, o espaço que você terá disponível
será o total equivalente a 5 discos. Este sistema é utilizado em situações de segurança
extrema. O sistema RAID 5 permite que apenas um disco se estrague. Se dois discos se
estragarem ao mesmo tempo ou um segundo disco se estragar antes de terminar o
processo de Rebuild do primeiro, o sistema irá parar.
O sistema RAID 6 permite a mesma performance do Sistema RAID 5, porém com maior
segurança.
Ao criar um sistema RAID 6, o espaço disponível será a soma da quantidade de discos
menos 2. Pois o sistema utilizará o espaço de dois discos para armazenamento e controle
da paridade.
Raid NAS/SAN
NAS – Network Attached Storage: Um NAS é Storage com sistema operacional próprio
que funciona como um servidor de arquivos ligado diretamente em rede. Uma vez
configurado, um NAS pode ser ligado diretamente no Switch possibilitando o acesso por
todos os usuários da rede independente do sistema operacional de cada máquina.
Normalmente dentro de um NAS possui vários HDs funcionando em Raid. Os NAS mais
novos possuim interface de configuração via browser, onde pode-se definir direitos de
uso, previlégios, senhas etc.
SAN – Storage Area Netork – Um SAN não é um dispositivo de armazenamento de
dados. Um SAN é uma rede de alta performance para interconexão de storages.
Raid JBOD
JBOD (Just a Bunch Of Disks) – Neste tipo de Raid os discos são apenas somados ou
concatenados. Não existe a distrubuição de blocos como no Raid 0. É um sistema muito
prático, pois pode-se ajuntar vários discos de diversos tamanhos e diferentes
performance. Porém não existe qualquer ganho de desempenho, nem de confiabilidade.
Em um Raid JBOD se você tiver 3 discos rígidos de 100, 200 e 300 GB o resultado final
será um volume de 600 GB. Em um Raid 0 se você tiver 3 discos de 100, 200 e 300 GB o
resultado final será um volume de 300 GB. O motivo disso é a forma com que os 2 tipos
de Raid trabalham. O Raid 0 distribui os blocos de informações uniformemente. O JBOD
soma os discos.
Cada HD pode dar sua parcela de contribuição, independentemente de sua capacidade.
No caso do Raid 0, se você misturar HDs de diversos tamanhos e diferentes tipos de
performance o sistema vai trabalhar como se todos os discos fossem do tamanho do
menor e trabalhar na velocidade do disco mais lento. Pois todos os discos são
entrelaçados.
Problemas Apresentados:
Os sistema Raid JBOD são muito frágeis, pois não tem qualquer tipo de redundância. Os
problemas mais comuns são.
Problemas de Configuração:
 Perda dos dados do Array
 Exclusão ou Alteração nas configurações da controladora RAID
 Exclusão ou alteração dos volumes do Array
 Perda da ordem seqüencial dos discos

Problemas Lógicos:
 Exclusão ou corrupção de dados em partições
 Formatação de Unidades ou partições
 Sobre-escrita de informações
 Formatação seguida de reinstalação de sistemas
 Problemas na inicialização do sistema
 Des-sincronização dos dados de um HD para outro*

Problemas Físicos:
 Queima ou problemas ocorridos na controladora RAID
 Queima de circuitos eletrônicos
 Queima de cabeças de leitura
 Quebra de cabeças de leitura
 Danos a superfície dos discos (Pratos do HD)
 Bad Blocks – Setores defeituosos
 Desgaste natural da mídia
 Riscos e arranhões superficiais
 Riscos e arranhões grave
 Travamento dos rolamentos do motor
 Queima do motor
 Problemas ocasionados por quedas ou impactos
 Problemas relacionado a área do Servo Mechanism
 Problemas de Firmware
 Problemas com Água ou outros líquidos

Problemas Específicos: Em um Raid com sistema JBOD se um dos discos parar, todos os
dados ficarão inacessíveis. Na verdade, o único ganho é o de praticidade, com a
possibilidade de usar vários discos de qualquer tamanho para formar um único volume de
grande capacidade, ao invés de ter vários HDs.
Máquinas Virtuais
Máquinas Virtuais são gerenciadores de sistemas operacionais e partições desenvolvidos
para aproveitar ao máximo o desempenho e recursos oferecidos nos servidores atuais.
Aliado aos sistemas Raid, este recurso se transforma em um canivete suiço. Através
destes gerenciadores é possível criar vários servidores lógicos, utilizando apenas um
servidor físico. Ou seja, ao invés de se comprar um servidor para cada tipo de aplicação
(Aplicativos, arquivos, banco de dados, e-mail e internet), compra-se apenas um servidor
escalonável e nele se instala um gerenciador de máquina virtual para rodar vários
servidores ao mesmo tempo. Exemplo: Em um único servidor é possível colocar para
rodar um Servidor de controle de acesso a Usuários Windows Server 2003, Servidor de e-
mail rodando em Linux, servidor de banco de dados SQL Server com Windows 2008 etc.
Com o gerenciador de máquinas virtuais é possível compartilhar ou alocar recursos para
cada servidor virtual de acordo com a demanda. Se em algum momento o servidor físico
precisar de mais recursos, basta adicionar memória, discos ou processadores. A utilização
de máquinas virtuais proporciona uma economia de até 40% em relação ao uso de
servidores convencionais.
Apesar da praticidade, perder o acesso as máquinas virtuais pode causar um grande
transtorno. Os problemas mais comuns são:
Problemas Lógicos:
 Corrupção do sistema de partição
 Perda do acesso as máquinas virtuais
 Formatação de Unidades com máquinas virtuais

Problemas Físicos:
 Mal funcionamento, queima ou quebra do sistema de armazenamento do
gerenciador de máquinas virtuais
 Veja também problemas com HDs e sistemas raid.

Vantagens:
 A principal vantagens é a redução de custos
 A centralização reduz muitos problemas com manutenção e segurança dos
sistemas e servidores

Desvantagens:
 Se o servidor ou o storage parar, todos os demais servidores virtuais que estiverem
rodando neste servidor também irá parar

Recomendações Específicos:
A utilização de máquinas virtuais é algo relativamente novo no mercado. Em caso de
perda de dados, antes de utilizar métodos que não se sabe quais serão os resultados,
consulte um especialista na área de recuperação de dados.
Os gerenciadores de máquinas virtuais mais comuns são:
 VMware – Virtual Machine Ware
 LVM – Linux Virtual Machine
 Microsoft Virtual PC
 JVM – Java Virtual Machine

Introdução

Este artigo visa explicar os conceitos da tecnologia RAID, muito utilizada para operações
críticas, onde não se pode perder dados ou ter serviços fora de funcionamento. Para um
usuário normal, a perda de dados até que pode não fazer muita falta (mesmo que tenha,
inclusive, valores sentimentais). Mas para empresas ou profissionais, a perda de
informações pode significar prejuízos enormes. A tecnologia RAID, já consolidada e usada
há alguns anos, é uma forma bastante eficiente de proteger informações e, no caso de
empresas, garantir a permanência de seus negócios. Conheça, nas próximas linhas, os
conceitos desta tecnologia.

O que é RAID

RAID é a sigla para Redundant Array of Independent Disks. Sua definição em português
seria "Matriz Redundante de Discos Independentes". Trata-se de uma tecnologia que
combina vários discos rígidos (HD) para formar uma única unidade lógica, onde os
mesmos dados são armazenados em todos (redundância). Em outras palavras, é um
conjunto de HDs que funcionam como se fossem um só. Isso permite ter uma tolerância
alta contra falhas, pois se um disco tiver problemas, os demais continuam funcionando,
disponibilizando os dados. O RAID é uma tecnologia consolidada, já que surgiu pelas
mãos de pesquisadores da Universidade de Berkesley, na California (EUA) no final da
década de 1980.
Para que o RAID seja formado, é preciso utilizar pelo menos 2 HDs. O sistema
operacional, neste caso, enxergará os discos como uma unidade lógica única. Quando há
gravação de dados, os mesmos se repartem entre os discos do RAID (dependendo do
nível). Com isso, além de garantir a disponibilidade dos dados em caso de falha de um
disco, é possível também equilibrar o acesso às informações, de forma que não haja
"gargalos".

Os níveis de RAID

A tecnologia RAID funciona de várias maneiras. Tais maneiras são conhecidas como
"níveis de RAID". No total, existem 6 níveis básicos, os quais são mostrados a seguir:

RAID nível 0 - Este nível também é conhecido como "Striping" ou "Fracionamento". Nele,
os dados são divididos em pequenos segmentos e distribuídos entre os discos. Este nível
não oferece tolerância a falhas, pois não existe redundância. Isso significa que uma falha
em qualquer um dos HDs pode ocasionar perda de informações. Por essa razão, o RAID
0 é usado para melhorar a performance do computador, uma vez que a distribuição dos
dados entre os discos proporciona grande velocidade na gravação e leitura de
informações. Quanto mais discos houver, mais velocidade é obtida. Isso porque, se os
dados fossem gravados em um único disco, esse processo seria feito de forma
sequencial. Com o RAID, os dados cabíveis a cada disco são gravados ao mesmo tempo.
O RAID 0, por ter estas características, é muito usado em aplicações de CAD e
tratamento de imagens e vídeos.

RAID nível 1 - também conhecido como "Mirroring" ou "Espelhamento", o RAID 1


funciona adicionando HDs paralelos aos HDs principais existentes no computador. Assim,
se por exemplo, um computador possui 2 discos, pode-se aplicar mais um HD para cada
um, totalizando 4. Os discos que foram adicionados, trabalham como uma cópia do
primeiro. Assim, se o disco principal recebe dados, o disco adicionado também os recebe.
Daí o nome de "espelhamento", pois um HD passa a ser uma cópia praticamente idêntica
do outro. Dessa forma, se um dos HDs apresentar falha, o outro imediatamente pode
assumir a operação e continuar a disponibilizar as informações. A conseqüência neste
caso, é que a gravação de dados é mais lenta, pois é realizada duas vezes. No entanto, a
leitura dessas informações é mais rápida, pois pode-se acessar duas fontes. Por esta
razão, uma aplicação muito comum do RAID 1 é seu uso em servidores de arquivos.

RAID nível 2 - este tipo de RAID, adapta o mecanismo de detecção de falhas em discos
rígidos para funcionar em memória. Assim, todos os discos da matriz ficam sendo
"monitorados" pelo mecanismo. Atualmente, o RAID 2 é pouco usado, uma vez que
praticamente todos os discos rígidos novos saem de fábrica com mecanismos de
detecção de falhas implantados.

RAID nível 3 - neste nível, os dados são divididos entre os discos da matriz, exceto um,
que armazena informações de paridade. Assim, todos os bytes dos dados tem sua
paridade (acréscimo de 1 bit, que permite identificar erros) armazenada em um disco
específico. Através da verificação desta informação, é possível assegurar a integridade
dos dados, em casos de recuperação. Por isso e por permitir o uso de dados divididos
entre vários discos, o RAID 3 consegue oferecer altas taxas de transferência e
confiabilidade das informações. Para usar o RAID 3, pelo menos 3 discos são
necessários.
RAID nível 4 - este tipo de RAID, basicamente, divide os dados entre os discos, sendo
que um é exclusivo para paridade. A diferença entre o nível 4 e o nível 3, é que em caso
de falha de um dos discos, os dados podem ser reconstruídos em tempo real através da
utilização da paridade calculada a partir dos outros discos, sendo que cada um pode ser
acessado de forma independente. O RAID 4 é indicado para o armazenamento de
arquivos grandes, onde é necessário assegurar a integridade das informações. Isso
porque, neste nível, cada operação de gravação requer um novo cálculo de paridade,
dando maior confiabilidade ao armazenamento (apesar de isso tornae as gravações de
dados mais lentas).

RAID nível 5 - este é muito semelhante ao nível 4, exceto o fato de que a paridade não
fica destinada a um único disco, mas a toda a matriz. Isso faz com que a gravação de
dados seja mais rápida, pois não é necessário acessar um disco de paridade em cada
gravação. Apesar disso, como a paridade é distribuída entre os discos, o nível 5 tende a
ter um pouco menos de performance que o RAID 4. O RAID 5 é o nível mais utilizado e
que oferece resultados satisfatórios em aplicações não muito pesadas. Este nível precisa
de pelo menos 3 discos para funcionar.

RAID 0 + 1 - O RAID 0 + 1 é uma combinação dos níveis 0 (Striping) e 1 (Mirroring), onde


os dados são divididos entre os discos para melhorar o rendimento, mas também utilizam
outros discos para duplicar as informações. Assim, é possível utilizar o bom rendimento
do nível 0 com a redundância do nível 1. No entanto, é necessário pelo menos 4 discos
para montar um RAID desse tipo. Tais características fazem do RAID 0 + 1 o mais rápido
e seguro, porém o mais caro de ser implantado. A ilustração abaixo ilustra este tipo de
RAID:

Tipos de RAID

Existem 2 tipos de RAID, sendo um baseado em hardware e o outro baseado em


software. Cada uma possui vantagens e desvantagens. O primeiro tipo é o mais utilizado,
pois não depende de sistema operacional (pois estes enxergam o RAID como um único
disco grande) e são bastante rápidos, o que possibilita explorar integralmente seus
recursos. Sua principal desvantagem é ser um tipo caro inicialmente. A foto ao lado
mostra um poderoso sistema RAID baseado em hardware. Repare que na base da direita
estão armazenados vários discos:

O RAID baseado em hardware, utiliza dispositivos


denominados "controladores RAID", que podem ser,
inclusive, conectados em slots PCI da placa-mãe do
computador. Já o RAID baseado em software não é
muito utilizado, pois apesar de ser menos custoso, é
mais lento, possui mais dificuldades de configuração
e depende do sistema operacional para ter um
desempenho satisfatório. Este tipo ainda fica
dependente do poder de processamento do
computador em que é utilizado.

Finalizando

A tecnologia RAID é um dos principais conceitos


quando o assunto é armazenamento de dados. Sua
eficiência é comprovada por se tratar de uma tecnologia em uso há vários anos e que
mesmo assim "não sai de moda". Grandes empresas, como a Intel, oferecem soluções de
RAID, e essa tecnologia é possível de ser encontrada até mesmo em computadores
domésticos. É muito provável que o RAID ainda venha a apresentar novos meios de
funcionalidades, ampliando seu uso para os mais diversos tipos de necessidade de
armazenamento e acesso à dados

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