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AMANDA DA SILVA COTRIM DINIZ

SILVAN DINIZ DE CARVALHO

MATHEUS CESTARI

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I

Palmas – TO

2017
AMANDA DA SILVA COTRIM DINIZ

SILVAN DINIZ DE CARVALHO

MATHEUS CESTARI

METODOLOGIA ATIVA – CÁLCULO ESTRUTURAL DE UMA EDIFICAÇÃO

Relatório apresentado como requisito parcial da


disciplina de Estruturas de Concreto Armado I do curso
de Engenharia Civil da Católica do Tocantins, orientado
pela professora Ma. Caroline Rezende Couto.

29 de agosto de 2017.
Objetivo

Pré-dimencionar os elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) de um sobrado e, dimensionar,


parceladamente as lajes maciças e vigas retangulares.

Memorial de Cálculo – Pré-dimensionamento das Lajes do Pavimento Superior

A Laje dimensionada é caracterizada como Laje Maciça.

A NBR 6118 no item 13.2.4.1 determina que a espessura mínima para Lajes Maciças deve respeitar:

7 cm para Lajes de cobertura não em balanço;


8 cm para Lajes de piso não em balanço;

Altura da Laje - Fórmula

A altura da Laje pode ser determinada:

Onde L é o menor comprimento da Laje.

Exemplo

Laje L-201

Menor comprimento: 350 cm;

350 350
≥ℎ≥
40 60

8,75 𝑐𝑚 ≥ ℎ ≥ 5,83 𝑐𝑚

A altura estimada para a Laje L-201 deve estar dentro deste intervalo.

Tabela 1 – Pré-dimensionamento das Lajes Pavimento Superior


Lajes de Piso

Laje Menor Comprimento (cm) Altura Estimada

L-201 350 8,75 >h> 5,83

L-202 120 3 >h> 2

L-203 270 6,75 >h> 4,5

L-204 123 4,25 >h> 2,83

L-205 170 3,07 >h> 2,05

L-206 350 8,75 >h> 5,83

L-207 350 8,75 >h> 5,83

De acordo com a norma, os limites mínimos para a altura da laje de piso é 8 cm, portanto
para uma melhor compatibilização e execução, adotaremos 10 cm de altura padrão para todas as
Lajes.

Memorial de Cálculo – Pré-dimensionamento das Vigas do Pavimento Superior

De acordo com a NBR 6118 item 13.2.2, a seção transversal das vigas não pode apresentar largura
menor que 12 cm e as vigas de parede menor que 15 cm.

Altura das Vigas – Fórmula

Para determinar a altura das vigas:

Onde L0 é o vão livre.

Exemplo

Viga V-201 a – Tramo externo

Vão Livre: 350 cm;


350
ℎ= ℎ = 35 𝑐𝑚
10

Tabela 2 – Pré-dimensionamento da altura das Vigas

Altura das Vigas

Viga Vão Livre (cm) Tramo Altura (cm)

V-201 a 350 Externo 35

V-201 B 370 Externo 37

V-202 370 Externo 37

V-203 a 350 Externo 35

V-203 b 370 Externo 37

V-204 a 350 Externo 35

V-204 b 370 Externo 37

V-205 a 350 Externo 35

V-205 b 370 Externo 37

V-206 a 320 Externo 32

V-206 b 170 Interno 14,20

V-206 c 375 Externo 37,5

V-207 a 315 Externo 31,50

V-207 b 170 Interno 14,20

V-207 c 370 Externo 37

V-208 a 320 Externo 32

V-208 b 170 Interno 17

V-208 c 375 Externo 37,5

Adotaremos 40 cm de altura padrão para todas as vigas.


Base das Vigas – Fórmula

Para garantir uma estabilidade lateral da viga (flambagem lateral) utilizaremos as fórmulas:

b - Largura da zona comprimida;

h - Altura total da viga;

L0 – Comprimento do flange comprimido, entre os suportes que garantam o contraventamento lateral;

Βfl – Coeficiente que depende da forma da viga (NBR 6118/2014):

Exemplo

Viga V-201 a – Tramo externo

Altura da viga: 35 cm e comprimento do flange: 350 cm;

350
𝑏≥ 𝑏 ≥ 7 𝑐𝑚
50

0,40 𝑥 35 = 14 𝑐𝑚
Tabela 3 – Pré-dimensionamento da base das Vigas

Base das Vigas


Vão Livre h calculado h adotado 𝑳𝟎
Viga 𝒃≥ 𝟎, 𝟒𝟎 𝒙 𝒉
(cm) (cm) (cm) 𝟓𝟎

V-201 a 350 35 40 7 14

V-201 b 370 37 40 7,4 14,8

V-202 370 30,8 40 7,4 12,32

V-203 a 350 29,1 40 7 11,64

V-203 b 370 30,8 40 7,4 12,32

V-204 a 350 29,1 40 7 11,64

V-204 b 370 30,8 40 7,4 12,32

V-205 a 350 35 40 7 14

V-205 b 370 37 40 7,4 14,8

V-206 320 32 40 6,4 12,8

V-207 a 170 17 40 3,4 6,8

V-207 b 375 37,5 40 7,5 15

V-208 315 26,25 40 6,3 10,50

V-209 a 170 14,1 40 3,4 5,64

V-209 b 370 30,83 40 7,4 12,33

V-210 320 32 40 6,4 12,8

V-211 a 170 17 40 3,4 6,8

V-211 b 375 37,5 40 7,5 15

Adotaremos 15 cm de base padrão para todas as vigas.

Área de Influência dos Pilares do Pavimento Superior

As cargas de um pilar, para fins de pré-dimensionamento da seção, pode ser estimada através das áreas de
influência.
FONTE: PIRES, 2011.
Memorial de Cálculo – Pré-dimensionamento dos Pilares do Pavimento Superior

De acordo com a NBR 6118, a seção transversal dos pilares não pode apresentar dimensão menor
que 19 cm.

Seção dos Pilares – Fórmula

De acordo com LIBÂNIO, 2003:

Exemplo

Pilar P-01 - Canto

Área de Influência: 2,5 m²;


Pilar de Canto: α = 1,8;
n: 1 Pavimento Tipo;
ƒck: 20 KN/m² ou 2 KN/m²;
ɣn: 1,2;

30 𝑥 1,8 𝑥 2,5 𝑥 (1 + 0,7)


𝐴𝑐 =
2 + 0,01 𝑥 (69,2 − 2)

𝐴𝑐 = 85,89 𝑐𝑚2 𝑥 1,2 𝐴𝑐 = 103,06 𝑐𝑚²


Tabela 4 – Pré-dimensionamento da seção dos Pilares

Área da Seção dos Pilares - Calculada


Pilar Área (m²) α n Ƒck (KN/cm²) Ac (cm²) Ac x ɣn

P-01 2,5 1,8 1 2 85,89 103,06

P-02 7,71 1,3 1 2 191,30 229,57

P-03 2.64 1,8 1 2 90,70 108,84

P-04 5,64 1,5 1 2 161,47 193,77

P-05 16,16 1,3 1 2 400,97 481,17

P-06 5,53 1,5 1 2 158,32 190

P-07 4,75 1,5 1 2 136 163,19

P-08 14,64 1,3 1 2 363,26 435,91

P-09 5 1,5 1 2 143,15 171,78

P-10 2,17 1,8 1 2 74,55 89,46

P-11 6,70 1,3 1 2 166,24 199,49

P-12 2,29 1,8 1 2 78,67 94,41

Tabela 5 – Seção dos Pilares Adotada

Área da Seção dos Pilares - Adotada


Pilar l (cm) L (cm) A (cm²)

P-01 15 30 450

P-02 15 30 450

P-03 15 30 450

P-04 15 30 450

P-05 15 35 525

P-06 15 30 450

P-07 15 30 450

P-08 15 30 450

P-09 15 30 450

P-10 15 30 450

P-11 15 30 450

P-12 15 30 450
Memorial de Cálculo – Vãos Teóricos das Lajes

Vãos Teóricos de acordo com a NBR 6118.

Vãos Efetivos – Fórmula

Para as lajes isoladas os vãos efetivos pode ser calculado pela fórmula:

𝐿𝑒𝑓 = 𝐿0 + 𝑎1 + 𝑎2

𝑡1 𝑡2
Sendo 𝑎1 o menor valor entre 𝑒 0,3 𝑥 ℎ e 𝑎2 o menor valor entre 𝑒 0,3 𝑥 ℎ.
2 2

Exemplo

Laje L-201 – Menor Vão

L01 – 350 cm;


T1 = T2 – 15 cm;
h: 10 cm;

15
𝑎1 ≤ 0,3 𝑥 10 𝑎1 ≤ 3 𝑐𝑚 𝑡1 = 𝑡1 = 7,5 𝑐𝑚
2

15
𝑎2 ≤ 0,3 𝑥 10 𝑎2 ≤ 3 𝑐𝑚 𝑡2 = 2
𝑡2 = 7,5 𝑐𝑚

𝐿𝑒𝑓 = 350 + 3 + 3

𝐿𝑒𝑓 = 356 𝑐𝑚
Laje L-201 – Maior Vão

L02 – 405 cm;


T1 = T2 – 15 cm;
h: 10 cm;

15
𝑎1 ≤ 0,3 𝑥 10 𝑎1 ≤ 3 𝑐𝑚 𝑡1 = 2
𝑡1 = 7,5 𝑐𝑚

15
𝑎2 ≤ 0,3 𝑥 10 𝑎2 ≤ 3 𝑐𝑚 𝑡2 = 2
𝑡2 = 7,5 𝑐𝑚

𝐿𝑒𝑓 = 405 + 3 + 3

𝐿𝑒𝑓 = 411 𝑐𝑚

Direção da Armação – Fórmula

Ás direções da armação das Lajes, pode-se utilizar o seguinte esquema:

𝐿𝑒𝑓 𝐿𝑒𝑓
𝑆𝑒 𝑙𝑒𝑓 > 2, 𝑎 𝑎𝑟𝑚çã𝑜 é 𝑒𝑚 1 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜. 𝑆𝑒 𝑙𝑒𝑓 ≤ 2, 𝑎 𝑎𝑟𝑚𝑎çã𝑜 é 𝑒𝑚 2 𝑑𝑖𝑟𝑒çõ𝑒𝑠

Exemplo

Laje L-201

𝑳𝒆𝒇 𝟒𝟏𝟏
= = 𝟏, 𝟏𝟓 ≤ 𝟐 − 𝑨𝒓𝒎𝒂𝒅𝒂 𝒆𝒎 𝟐 𝒅𝒊𝒓𝒆çõ𝒆𝒔
𝒍𝒆𝒇 𝟑𝟓𝟔
Tabela 6 – Valores de a1 e a2

Vãos Teóricos das Lajes - Valore de a1 e a2


Altura a1 (cm) a2 (cm)
Laje Vão (cm) T1 (cm) T2 (cm)
(cm) 0,3 x h T1/2 0,3 x h T2/2
350 15 15 10 3 7,5 3 7,5
L-201
405 15 15 10 3 7,5 3 7,5

120 15 15 10 3 7,5 3 7,5


L-202
370 15 15 10 3 7,5 3 7,5

270 15 15 10 3 7,5 3 7,5


L-203
370 15 15 10 3 7,5 3 7,5

170 15 15 10 3 7,5 3 7,5


L-205
370 15 15 10 3 7,5 3 7,5

Tabela 7 – Vãos Teóricos e Sentido da Armação

Vãos Teóricos e Direção da Armação


𝑳𝒆𝒇
Laje 𝑳𝒆𝒇 (cm) 𝒍𝒆𝒇 (cm) Sentido Armadura
𝒍𝒆𝒇

L-201 411 356 1,15 2 direções

L-202 376 126 2,98 1 direção

L-203 376 276 1,36 2 direções

L-205 376 176 2,13 1 direção


Planta Arquitetônica Térreo, Superior e Cobertura
Pré-disposição dos Pilares e Vigas
Planta de Formas do Pavimento Superior
Planta de Sentido da Laje
Memorial de Cálculo – Cargas Permanentes e Acidentais das Lajes

Todos os pesos específicos foram retirados das tabelas da norma NBR 6120;

Cargas Permanentes

Para o cálculo das lajes do pavimento superior, são consideradas as seguintes cargas:

Peso Próprio (PP)

Considerando que todas as lajes do pavimento tem 10 cm de espessura e o peso específico do concreto
armado é 25 kN/m³, tem-se para cada laje:

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 25𝑥0,10

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 2,50 𝐾𝑁/𝑚²

Regularização Superior e Inferior

Considerando que a espessura da regularização superior e inferior é de 2 cm e o peso específico da


argamassa é 21 kN/m³, pode-se calcular seu peso através da fórmula:

𝑅𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑆𝑢𝑝. = 21 𝑥 0,02

𝑅𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑆𝑢𝑝. = 0,42 𝐾𝑁/𝑚²

𝑅𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐼𝑛𝑓. = 21 𝑥 0,02

𝑅𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝐼𝑛𝑓. = 0,42 𝐾𝑁/𝑚²

Piso

O piso é o revestimento final na superfície superior da laje, assentado sobre a argamassa de regularização.
Considera-se a carga de revestimento de piso cerâmico igual a 0,60 kN/m².

Alvenaria

Considera-se a espessura do tijolo furado de 9,0 cm e seu peso específico é 13 kN/m³ e a espessura do
revestimento da parede, 3,0 cm em ambos os lados com o peso específico da argamassa de 21 kN/m³. A carga de
alvenaria sobre a laje segundo a menor dimensão pode ser calculada através do seguinte método:
𝒃 𝒍
𝒃=𝒂+𝒉 𝒃𝒘 = +
𝟐 𝟐
Exemplo

Laje L-205

L – 376 cm;
l – 176 cm;

𝑏 = 0,15 + 0,10 = 0,25

0,25 1,76
𝑏𝑤 = +
2 2

𝑏𝑤 = 1,005

(13 ∗ 0,09 + 2 ∗ 0,03 ∗ 21) ∗ 3


𝐶𝑃 =
1,005

𝐶𝑃 = 7,25 𝐾𝑁/𝑚²

Cargas acidentais

De acordo com a NBR 6120/80 – As cargas acidentais têm os seguintes valores para os edifícios
residenciais:

Dormitórios, Sala, Copa, Cozinha e Banheiro


1,5 KN/m²
(L-201, L-202, L-203 e L-205)

Tabela 8 – Cargas atuantes nas lajes do pavimento superior (KN/m²)

Cargas

Laje Peso Regular. Regular. Revesti. Carga de Carga Carga Carga


Próprio Superior Inferior (KN/m²) Parede Acidental Permanente Variável
(KN/m²) (KN/m²) (KN/m²) (KN/m²) (KN/m²) (KN/m²)
(KN/m²)

L-201 2,5 0,42 0,42 0,60 - 1,5 3,94 1,5

L-202 2,5 0,42 0,42 0,60 - 1,5 3,94 1,5

L-203 2,5 0,42 0,42 0,60 - 1,5 3,94 1,5

L-205 2,5 0,42 0,42 0,60 7,25 1,5 11,19 1,5


Memorial de Cálculo – Combinações das Ações: ELU – Normal

O Estado Limite é definido como a situação a partir da qual a estrutura deixa de atender a uma das finalidades
de construção. O Estado Limite Último relaciona-se ao esgotamento da capacidade de sustentação por rupturas de
seções, colapso da estrutura, perda de estabilidade e deterioração por fadiga.

É calculado a partir das ações atuantes na estrutura que são divididas em permanentes, variáveis e
excepcionais. Foram utilizados os coeficientes de ponderação presentes nas tabelas da NBR 6118.

Fórmula do ELU – Normal:

Exemplo

Laje L-201

Carga Permanente – 3,94 KN/m²;


Carga Variável – 1,50 KN/m²;

𝐹𝑑 = (1,4 𝑥 3,94) + (1,4 𝑥 1,5)

𝐹𝑑 = 7,62 𝐾𝑁/𝑚²

Memorial de Cálculo – Combinações das Ações: ELS – Quase Permanente e Raras

O Estado Limite de Serviço está relacionado à durabilidade, aparência, conforto do usuário e bom
desempenho em que são analisados a formação de fissuras, abertura de fissuras, deformação excessiva e vibrações
excessivas. As ações podem ser calculadas através das combinações através das seguintes fórmulas:

Quase Permanente – Verificação da Flecha (Deformação excessiva)

Exemplo

Laje L-201

Carga Permanente – 3,94 KN/m²;


Carga Variável – 1,50 KN/m²;

𝐹𝑑𝑠𝑒𝑟 = 3,94 + 0,3 𝑥 1,50 𝐹𝑑𝑠𝑒𝑟 = 4,39 𝐾𝑁/𝑚²


Raras de Serviço – Verificação de Formação de Fissuras

Exemplo

Laje L-201

Carga Permanente – 3,94 KN/m²;


Carga Variável – 1,50 KN/m²;

𝐹𝑑𝑠𝑒𝑟 = 3,94 + 1,50 𝐹𝑑𝑠𝑒𝑟 = 5,44 𝐾𝑁/𝑚²

Tabela 9 – Valores de Cálculo das Combinações das Ações (KN/m²)

CNU – Combinação Última Normal

CQPS – Combinação Quase Permanente de Serviço

CRS – Combinação Rara de Serviço

Fd
Laje Permanentes Variáveis
CNU CQPS CRS
(KN/m²) (KN/m²) (KN/m²)

L-201 3,94 1,5 7,62 4,39 5,44

L-202 3,94 1,5 7,62 4,39 5,44

L-203 3,94 1,5 7,62 4,39 5,44

L-205 11,19 1,5 17,63 11,64 12,69


Memorial de Cálculo – Esforços (Momentos Fletores) da Combinação: ELU

Em lajes de duas direções, os momentos Fletores são calculados pelo Método da Tabela de Marcus,
conforme na exemplificação abaixo:

Exemplo

Laje L-201 – Duas direções

ɣ - 1,15;
Cx – 0,0476;
Cy – 0,0360;

𝑀𝑥 = 𝐶𝑋 𝑥 𝑝 𝑥 𝐿𝑥 2

𝑀𝑥 = 0,0476 𝑥 7,62 𝑥 3,562

𝑚
𝑀𝑥 = 4,60 𝐾𝑁.
𝑚

𝑀𝑦 = 𝐶𝑦 𝑥 𝑝 𝑥 𝐿𝑥 2

𝑀𝑦 = 0,0360 𝑥 7,62 𝑥 3,562

𝑀𝑦 = 3,47 𝐾𝑁. 𝑚/𝑚

O cálculo dos esforços para lajes em uma direção é dado pela equação:

Exemplo

Laje L-202 – Uma Direção

Fd – 7,62 KN/m²;
Lx – 1,26m;

𝑝 𝑥 𝑙2
𝑀𝑎 =
8

7,62 𝑥 1,262
𝑀𝑎 =
8

𝑀𝑎 = 1,51 𝐾𝑁. 𝑚
Tabela 10 – Momentos Fletores

CNU
𝑳𝒆𝒇 M. Fletor x M. Fletor y M. Fletor
Laje Cx Cy Lx (m)
(KN/m²) 𝒍𝒆𝒇 (KN.m) (KN.m) (KN.m)

L-201 7,62 0,0476 0,0360 1,15 3,56 4,60 3,47 -

L-202 7,62 - - 2,98 1,26 - - 1,51

L-203 7,62 0,0630 0,0341 1,36 2,76 3,66 1,98 -

L-205 17,63 - - 2,13 1,76 - - 6,82

Definição das Bitolas e Espaçamento das Armaduras

Utiliza-se as seguintes formulas:

Após se obter os 3 valores de As, a partir do maior valor dentre os 3, serão definidos a bitola e o espaçamento
da armadura, respeitando as seguintes condições:

Para armaduras principais de flexão:


Em lajes em uma direção, para as armaduras secundárias:

Por fim, determina-se o As de projeto conforme as limitações, a bitola e o espaçamento

da armadura, através da tabela da NBR 7480-85.

Exemplo

Laje L-201 – Duas direções

Mdx – 460 KN.cm


Mdy – 347 KN.cm
d - 7cm
460
𝑦𝑥 = 7 × (1 − (√1 − ( )))
0,425 × 100 × 72 × 1,79

𝑦𝑥 = 0,44 𝑐𝑚

0,85 × 1,79 × 100 × 0,44


𝐴𝑠𝑥, 𝑐𝑎𝑙 ≥
43,48

𝑨𝒔𝒙, 𝒄𝒂𝒍 ≥ 𝟏, 𝟓𝟑 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

0,035 × 100 × 10 × 1,79


𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛, 𝜔 ≥
43,48

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏, 𝝎 ≥ 𝟏, 𝟒𝟒 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛, 𝜌𝑠 ≥ 0,15 × 10

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏, 𝝆𝒔 ≥ 𝟏, 𝟓 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

347
𝑦𝑦 = 7 × (1 − (√1 − ( )))
0,425 × 100 × 72 × 1,79

𝒚𝒚 = 𝟎, 𝟑𝟑 𝒄𝒎

0,85 × 1,79 × 100 × 0,33


𝐴𝑠𝑦, 𝑐𝑎𝑙 ≥
43,48

𝑨𝒔𝒚, 𝒄𝒂𝒍 ≥ 𝟏, 𝟏𝟓

𝑨𝒔𝒙 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟏, 𝟓𝟑 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝑨𝒔𝒚 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟏, 𝟓𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎


Bitola e espaçamentos máximos:

Para facilitar a montagem da laje vamos considerar a bitola e o espaçamento mais viáveis e dentro
dos limites para as armaduras da L201 no dois sentidos:

∅ 𝟔. 𝟑 𝒆 𝑺 = 𝟐𝟎 𝒎𝒎

Exemplo

Laje L-202 – Uma Direção

Direção Principal

Ma – 151 KN.cm
d - 7cm

151
𝑦 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐 = 7 × (1 − (√1 − ( )))
0,425 × 100 × 72 × 1,79

𝑦 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐 = 0,14 𝑐𝑚

0,85 × 1,79 × 100 × 0,14


𝐴𝑠𝑥, 𝑐𝑎𝑙 ≥
43,48

𝑨𝒔𝒙, 𝒄𝒂𝒍 ≥ 𝟎, 𝟒𝟗 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

0,035 × 100 × 10 × 1,79


𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛, 𝜔 ≥
43,48
𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏, 𝝎 ≥ 𝟏, 𝟒𝟒 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛, 𝜌𝑠 ≥ 0,15 × 10

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏, 𝝆𝒔 ≥ 𝟏, 𝟓 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝑨𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟏, 𝟓𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

De acordo com a tabela, estipulamos a bitola e o espaçamento mais viáveis e dentro dos limites
para a armadura da L202:

∅ 𝟔. 𝟑 𝒆 𝑺 = 𝟐𝟎 𝒎𝒎

Direção Secundária

𝑨𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒋𝒆𝒕𝒐 = 𝟏, 𝟓𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏 ≥ 𝟐𝟎% × 𝟏, 𝟓𝟎

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏 ≥ 𝟎, 𝟑𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛, 𝜌𝑠 ≥ 0,5 × (0,15 × 10)

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏, 𝝆𝒔 ≥ 𝟎, 𝟕𝟓 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝑨𝒔𝒎𝒊𝒏 ≥ 𝟎, 𝟗𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

De acordo com a tabela, estipulamos a bitola e o espaçamento mais viáveis e dentro dos limites
para a armadura da L202:

∅ 𝟔. 𝟑 𝒆 𝑺 = 𝟑𝟑 𝒎𝒎

Laje L-203 – Duas direções

𝑨𝒔𝒙 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟏, 𝟓𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

𝑨𝒔𝒚 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟏, 𝟓𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎


De acordo com a tabela, estipulamos a bitola e o espaçamento mais viáveis e dentro dos limites
para a armadura da L202:

∅ 𝟔. 𝟑 𝒆 𝑺 = 𝟐𝟎 𝒎𝒎

Laje L-205 – Uma Direção

Direção Principal

𝑨𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟐, 𝟑𝟒 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

De acordo com a tabela, estipulamos a bitola e o espaçamento mais viáveis e dentro dos limites
para a armadura da L202:

∅ 𝟔. 𝟑 𝒆 𝑺 = 𝟏𝟑 𝒎𝒎

Direção Secundária

𝑨𝒔 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟎, 𝟗𝟎 𝒄𝒎𝟐 /𝒎

De acordo com a tabela, estipulamos a bitola e o espaçamento mais viáveis e dentro dos limites
para a armadura da L202:

∅ 𝟔. 𝟑 𝒆 𝑺 = 𝟑𝟑 𝒎𝒎

Memorial de Cálculo dos Esforços (Momentos Fletores) da Combinação: ELS - RARA

O cálculo dos esforços para lajes em uma direção é dado pela equação:

Exemplo

Laje L-202 – Uma Direção

5,44 × 1,262
𝑀=
8

𝑀 = 1,08 𝐾𝑁. 𝑚/𝑚


Em lajes de duas direções, os momentos Fletores são calculados pelo Método da Tabela de
Marcus, conforme na exemplificação abaixo:

Exemplo

Laje L-201 – Duas Direções

cx – 0,0476
cy – 0,0360

𝑀𝑥 = 𝐶𝑋 𝑥 𝑝 𝑥 𝐿𝑥 2

𝑀𝑥 = 0,0476 𝑥 5,44 𝑥 3,562

𝑀𝑥 = 3,28 𝐾𝑁. 𝑚/𝑚

𝑀𝑦 = 𝐶𝑦 𝑥 𝑝 𝑥 𝐿𝑥 2

𝑀𝑦 = 0,0360 𝑥 5,44 𝑥 3,562

𝑀𝑦 = 2,48 𝐾𝑁. 𝑚/𝑚

CÁLCULO DOS MOMENTOS FLETORES PARA COMBINAÇÃO RARA DE SERVIÇO

Combinação Comprimento efetivo Método de Marcus (2 direções) 1 Direção


Rara de
Lajes M. fletor M. fletor M. fletor
Serviço l λ
L (m) cx em x cy em y Calculado
(kN/m²) (m) (L/l)
(kN.m/m) (kN.m/m) (kN.m)

L201 5,44 4,11 3,56 1.15 0,0476 3,28 0,036 2,48 -

L202 5,44 3,76 1,26 2,98 - - - - 1,08

L203 5,44 3,76 2,76 1,36 0,0630 2,61 0,0341 1,41 -

L205 12,69 3,76 1,76 2,13 - - - - 4,91

Memorial de Cálculo da Definição dos Estádios

Em lajes de duas direções, os momentos Fletores são calculados pelo Método da Tabela de
Marcus, conforme na exemplificação abaixo:
∝ = 1,5 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑙𝑎𝑗𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑠𝑒çã𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟

𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 0,3 × 3√𝑓𝑐𝑘 ²

3
𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 0,3 × √25²

𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 2,56 𝑀𝑃𝑎


𝑦𝑡 =
2

10
𝑦𝑡 =
2

𝑦𝑡 = 5 𝑐𝑚

1,5 × 2,56 × 8.333


𝑀𝑟 =
10 × 5

𝑀𝑟 = 6,40 𝐾𝑁/𝑚

Momento de
Laje Momento Fletor Estádio
Fissuração

L201 3,28 6,40 Estádio I

L202 1,08 6,40 Estádio I

L203 2,61 6,40 Estádio I

L205 4,91 6,40 Estádio I

𝐸𝑐𝑠 = ∝ 𝑖 × 𝐸𝑐𝑖

𝐸𝑐𝑠 = 24.150 𝑀𝑃𝑎

𝑅𝑖𝑔𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑑𝑎 𝑃𝑒ç𝑎 = 𝐸𝑐𝑠 × 𝐼𝑐

𝑅𝑖𝑔𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑑𝑎 𝑃𝑒ç𝑎 = 2.011,7 𝐾𝑁/𝑚2

Memorial de Cálculo das Flechas

Para análise das flechas imediatas, as cargas são calculadas com a Combinação Quase
Permanente de Serviço.
As lajes em 1 direção e 2 direções possuem fórmulas de cálculo de flechas imediatas distintas
especificadas abaixo:

Em 1 Direção:

Em 2 Direções:

Exemplo

Laje L-202 – Uma Direção

5 4,39 × 3,564
𝑎𝑖 = ×
384 2.011,7

𝑎𝑖 = 3,60 × 10−4

Exemplo

Laje L-201 – Duas Direções

∝= 𝟔, 𝟐𝟎

𝟔, 𝟐 × 𝟏 𝟒, 𝟑𝟗 × 𝟑, 𝟓𝟔𝟐
𝒂𝒊 = ×
𝟏𝟐𝟎𝟎 𝟐. 𝟎𝟏𝟏, 𝟕

𝒂𝒊 = 𝟏, 𝟒𝟐 × 𝟏𝟎−𝟒
4,39

4,39

4,39

11,64

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