Você está na página 1de 8

Universidade Anhanguera – UNIDERP – Polo Caxias

Tutor a Distância: Professora Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia, Prof° Natália Branco
Lopes Krawczun, Prof. Me. Maurício Dias, Profa .Ma. Elaine Cristina Vaz Vaez
Gomes, Profa. Helenrose A. da S. Pedroso Coelho
Tutor Presencial: Jaldeane Oliveira
Curso: Serviço Social 4° período

Desafio Profissional

Fundamentos das Políticas Sociais; Psicologia e Serviço Social II; Direitos


Humanos; Ética Profissional; Fundamentos Históricos e Teórico-
Metodológicos do Serviço Social III.

Acadêmicos:

Antônia Elizete Cardoso RA: 3398562190


Gilvanice Gomes Moura RA: 4212751697
Rayele Machado Reis RA: 2910311814
Santana Luara Pereira A. RA: 3278402313

Caxias /Ma

Nov/2017
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo uma reflexão critica sobre o cenário atual
das Políticas Sociais brasileiras em tempos de crise econômica e social e demonstrar
que houve uma evolução de maneira significativa, em face às conquistas sociais
advindas a partir da década de 1930 até os dias atuais.

Palavras chave: Políticas Sociais, Estado, Brasil


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

DESENVOLVIMENTO....................................................................................................5

CONCLUSÃO...................................................................................................................7

REFERÊNCIAS
4

INTRODUÇÃO

As políticas sociais são entendidas como fruto da dinâmica social, da inter-


relação entre os diversos atores, em seus diferentes espaços e a partir dos diversos
interesses e relações de força. Surgindo como “[...] instrumentos de legitimação e
consolidação hegemônica que, contraditoriamente, são permeadas por conquistas da
classe trabalhadora” (Montaño, 2007, p.39).

A realidade do mundo do trabalho, hoje: intensificação da exploração do


trabalhador, desemprego, precarização das relações de trabalho, flexibilização das
relações de trabalho, desregulamentação dos direitos trabalhistas, entre tantas outros
aspectos nefastos dessa dura realidade que assola a classe operária e que acaba por
provocar a exclusão social de uma crescente massa de trabalhadores.
5

As políticas sociais apresentam-se como estratégias governamentais de


integração da força de trabalho na relação de trabalho assalariado, destinadas a atender
problemáticas particulares e específicas apresentadas pela questão social (produto e
condição da ordem burguesa), contribuindo para uma subordinação dos trabalhadores ao
sistema vigente e reproduzindo as desigualdades sociais decorrentes das diferentes
participações no processo de produção (Pastorini, 1997, p.90).

As políticas sociais são entendidas como fruto da dinâmica social, da inter-relação


entre os diversos atores, em seus diferentes espaços e a partir dos diversos interesses e
relações de força. Surgindo como “[...] instrumentos de legitimação e consolidação
hegemônica que, contraditoriamente, são permeadas por conquistas da classe
trabalhadora” (Montaño, 2007, p.39). Por isso é preciso compreender como se dá a luta
entre os interesses de classe e, mais precisamente, como se dão os conflitos no mundo
do trabalho, uma vez que essas transformações podem significar uma precarização do
trabalho, se pensarmos, por exemplo, nos níveis de desemprego.

As longas jornadas de trabalho praticadas por trabalhadores informais resulta em


mais demissões e crescimento do número de desempregados, avolumando as fileiras dos
trabalhadores informais. Não há dúvida de que a exclusão alimenta a exploração e a
exploração (particularmente do trabalhador informal) alimenta a exclusão. Torna-se
necessário à classe trabalhadora, para construir uma alternativa a este quadro desolador,
reconhecer a “possibilidade de emancipação do e pelo trabalho, como ponto de
partida decisivo” para a melhoria das condições de trabalho na sociedade atual.

No Brasil de hoje, as chamadas centrais sindicais, em linhas gerias, têm os


seguintes pontos como reivindicação: mudanças na política econômica para reduzir
juros e distribuir renda; redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40
horas; extinção do fator previdenciário; e regulamentação da terceirização de serviços.
No novo sistema de organização da produção intensifica a exploração do trabalho: ele
exige bem mais do trabalhador que o sistema fordista. Além da exigência de que os
operários trabalhem simultaneamente com várias máquinas, há o “gerenciamento por
tensão”, através do sistema de luzes.

A Terceira Revolução Industrial, com a introdução de novas tecnologias e a


adoção de novas técnicas produtivas mais flexíveis, aliada à globalização e ao
6

neoliberalismo contribuíram para a queda nos níveis de emprego formal, elevando os


níveis de trabalho precário e informal. Portanto, é a realidade do mundo do trabalho,
hoje: intensificação da exploração do trabalhador, desemprego, precarização das
relações de trabalho, flexibilização das relações de trabalho, desregulamentação dos
direitos trabalhistas, entre tantas outros aspectos nefastos dessa dura realidade que
assola a classe operária e que acaba por provocar a exclusão social de uma crescente
massa de trabalhadores.

De acordo com Faleiros (1991, p.8), pode-se afirrmar que:

As políticas sociais ora são vistas como mecanismos de manutenção da força


de trabalho, ora como conquista dos trabalhadores, ora como arranjos do
bloco no poder ou bloco governante, ora como doação das elites dominantes,
ora como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do
cidadão.

De acordo com Iamamoto (2002, p.97-8), são devolvidos aos usuários os


serviços sociais de direito: saúde, educação, política salarial, trabalho, habitação, lazer e
outros, como benesse, assistência, filantropia, favor, ou seja, medidas parcelares e
setoriais que o Estado oferece nas questões sociais para manter o controle e a ordem
social. Em 2016 os efeitos da crise econômica foram amplamente sentidos pela
sobrecarga nos serviços públicos e pela população, que precisou adaptar as contas para a
realidade financeira. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) no ano, quase metade dos entrevistados (48%) passou a usar
mais transporte público e 34% deixaram de ter plano de saúde. O aprofundamento da
crise econômica levou 14% das famílias a trocarem a escola dos filhos de particular para
pública em junho, com percentual superior aos verificados em 2012 e 2013, antes da
crise. Além disso, os consumidores trocaram produtos por similares mais baratos (78%),
esperando liquidações para comprar bens de maior valor (80%) e poupando mais para o
caso de necessidade (78%). Em junho de 2017, o PIB subiu um por cento no primeiro
trimestre do ano, sendo o primeiro aumento, após oito quedas trimestrais consecutivas.
O ministro da fazenda, Henrique Meirelles, disse que o país "saiu da maior recessão do
século". No primeiro trimestre de 2017, foi registrado um aumento do PIB de 1 por
cento, sendo o primeiro aumento desde o início de 2015 Fonte: http://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2017/06/pib-do-primeiro-trimestre-cresce-1-apos-oito-quedas seguidas.html.
7

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para Costa (2006):

Pensar o conjunto de necessidades sociais que se colocam como campo


potencial para a atuação do profissional do Serviço Social exige um
profissional mais refinado, capaz de compreender para além da brutalidade da
pobreza, da exclusão social, da violência, as possibilidades emancipatórias
dos desejos e das escolhas significativas. Costa (2006, p.73)

A luta pela universalização da seguridade social, com garantia de saúde pública


e previdência para todos os trabalhadores, uma educação laica, pública e universal em
todos os níveis, enfim, luta pela garantia dos direitos como estratégia de fortalecimento
da classe trabalhadora e mediação fundamental e urgente no processo de construção de
uma sociedade emancipada.

Percebe-se que muitas vitórias foram alcançadas nesses períodos pelos


trabalhadores, observa-se que a criação do Ministério do Trabalho foi um importante
passo, em defesa dos direitos dos operários, já que estes trabalhavam em condições
muitas vezes subumanas. Nota-se também que esses períodos foram marcados por
interesses e jogos políticos, os Governantes atuavam de forma repressiva no intuito de
manter o poder sobre a sociedade.
REFERÊNCIAS

ASSUMPÇÃO, Raiane Patrícia Severino e CARRAPEIRO, Juliana de Magalhães.


Ditadura e serviço social no Brasil: contribuições para prosseguir rompendo com o
conservadorismo na profissão. Disponível em: <file:///C:/Users/arol/Downloads/25695-
67047-1-SM%20(1). pdf.> Acesso em:10/05/2017
BRASIL. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da
profissão. - 10ª. ed. rev. e atual. - [Brasília]: Conselho Federal de Serviço Social,
[2012]. Acesso em: 10/05/2017
CEOLIN, George Francisco. Crise do capital, precarização do trabalho e impactos no
Serviço Social - Capital crisis, work precariousness and impacts on Social Service.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n118/a03n118.pdf.> Acessado em:
19/05/2017.
Disponível em : http://diamantina.cedeplar.ufmg.br/2014/site/arquivos/a-evolucao-das-
politicas-sociais-no-brasil.pdf Acessado em: 19/05/2017.
MACEDO, Fausto. Discurso de ódio não é liberdade. Disponível:
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/discurso-de-odio-nao-e-liberdadede-
expressao-diz-defensora-que-venceu-acao-contra-fidelix. Acessado em: 15/05/2017
MIOTO, Regina Celia Tamaso; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Política Social e
Serviço Social: os desafios da intervenção profissional. Rev. Katálysis, Florianópolis
, v. 16, n. spe, p. 61-71, 2013 . Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1414-49802013000300005&lng=en&nrm=iso>. Acessado em:
20/08/2017.
RIBEIRO, Paulo Silvino. Conflitos e precarização no mundo do trabalho; Brasil
Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conflitos-precarizacao-
no-mundo-trabalho.htm>. Acesso 20/08/2017.
RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Preconceito. Disponível em:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/preconceito.htm. Acessado em:
26/08/2017.

Você também pode gostar