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INTRODUÇÃO
No capítulo 1 estudaram-se vários tipos de funções de transferência de primeira e de segunda ordem,
que são necessárias para realizar qualquer função de transferência. Neste capítulo determinar-se-ão as
funções de transferência que satisfazem condições pré-determinadas de respostas de amplitude, de fase ou
de atraso de grupo. Como se viu, o filtro passa-baixo ideal teria uma atenuação nula e uma característica
de fase linear com a frequência, desde a frequência nula até à sua frequência de corte, ωC, e uma
atenuação infinita para frequências maiores do que ωC, ver Fig. 1.1. Este filtro não é realizável na prática,
mas há diversas formas de obter características aproximadas a este ideal. Estas formas podem separar-se
em duas grandes classes: aproximações à resposta de amplitude ideal e aproximações à resposta de fase
ideal.
Suponha que quer aproximar a resposta inversa do filtro pelo cociente de dois polinómios, sendo o
do numerador de grau n e o do denominador de grau m ≤ n.
X (S )
H (S ) = = T ( S ) −1
Y (S )
( 1.1)
O quadrado da resposta em frequência inversa de um filtro passa-baixo, sendo uma função par da
frequência, será descrita pelo cociente de dois polinómios pares, isto é, por
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 2
1 + a1Ω 2 + a 2 Ω 4 + ... + an Ω 2 n
= 1 + ( a1 − b2 )Ω 2 + [( a 2 − b2 ) − b2 ( a1 − b1 )]Ω 4 + ...
2
H ( jΩ) = H ( jΩ).H ( − jΩ) =
1 + b1Ω 2 + b2 Ω 4 + ... + bm Ω 2 m
( 1.2)
A A
(dB) (dB) 6dB/oit.
As
A min
A máx
Ap
Bandas de:
ideal = 0 Ωs
1 0 1 Ω
0 Ω
Banda de: passagem transição atenuação
passagem atenuação
φ(Ω) φ(Ω)
ideal = 0
ideal com
atraso
τ(Ω) τ(Ω)
ideal = 0
ideal com
atraso
A função |K(jΩ)|, na banda de passagem, representa o erro do filtro em relação à função ideal |H(jΩ)|
= 1. Os métodos de aproximação ao filtro ideal pretendem impor várias condições sobre a variação do
erro na banda de passagem ou na banda de atenuação. Na secção seguinte desenvolver-se-ão métodos que
permitem obter erros nulos em Ω = 0 e cuja característica de atenuação é a que mais se aproxima do filtro
ideal para frequências muito baixas.
2
2 D '' (0).Ω 2 D n (0).Ω n d n H ( jΩ)
H ( jΩ) = D(0) + D (0).Ω + '
+ ... + em que D n (0) = .
2! n! dΩ n
Ω =0
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 3
( 1.4)
Para obter uma função de atenuação maximamente plana em Ω = 0, deve ser D(0) = 1 e todas as
derivadas nulas, com a excepção da de ordem n, vindo:
a i = b i , i = 1, 2,..., m; b 2 = 0, i = m + 1,..., n − 1; e b n ≠ 0.
( 1.5)
X(S)
H(S) = = T(S) −1 = B n (S) = b 0 + b1S1 + ... + b n S n .
Y(S)
( 1.6)
Nos filtros de Butterworth a função característica é proporcional a um polinómio de Butterworth,
através da constante ε cujo significado será analisado mais adiante,
K ( jΩ) = ε .Bn (Ω ) .
( 1.7)
As funções de Butterworth satisfazem quatro condições importantes: Bn(Ω) é um polinómio de grau
n; Bn(0) = 0; Bn(Ω) é maximamente plano em Ω = 0; Bn(1) = 1.
2 2
H ( jΩ) = H ( jΩ).H ( − jΩ) = 1 + Ω 2 n = 1 + K ( jΩ) .
( 1.8)
As raízes da função H(S), que são os pólos do filtro, podem obter-se notando que
2 2
H ( S ) = H ( S ). H ( − S ) S = jΩ = H ( jΩ) S
.
Ω = = − jS
j
( 1.9)
De ( 1.8) obtém-se:
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 4
H ( S ).H ( − S ) = 1 + ( − jS ) 2 n = 1 + ( −1) n .S 2 n ,
( 1.10)
2n
cujas raízes satisfazem a condição Sk = -1, para n par, e +1 para n ímpar, isto é, têm módulo unitário e
ângulo θk, (argumento), dados por:
Sk = 1
(1 ± 2 k )π
θk = , n par .
2n
para k = 0, 2,..., 2n
± 2 kπ
= , n ímpar
2n
( 1.11)
Regra Mnemónica:
As raízes (pólos do filtro) estão situadas sobre uma circunferência com raio unitário1, e, atendendo a
( 1.11), estão separados entre si de π/n radianos; os filtros de ordem ímpar têm um pólo real negativo em
S = -1. Cada par de pólos conjugados origina uma função de transferência quadrática com a forma
Por exemplo, os pólos do filtro de 3ª ordem serão: S1 = -1; S2,3 = -cos 60º ± j.sen60º, o que conduz a
H ( S ) = ( S − S1 ).( S − S 2 ).( S − S 3 )
= ( S + 1).( S + cos 60º − jsen60º ).( S + cos 60º + jsen60º ) ,
= ( S + 1).(1 + S + S 2 )
( 1.13)
como está representado na Tab. 1.1. Nesta tabela encontram-se listados também os valores do factor de
qualidade dos pólos.
1
- o módulo dos pólos é unitário.
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 5
1 1
s
S ' = ε .S = ε .
n n
ωP
( 1.14)
pelo que a atenuação de um filtro de Butterworth será, finalmente,
( 1.15)
O filtro deve satisfazer a especificação de atenuação A(Ω) < AP na banda de passagem e A(Ω) > AS
para Ω > ΩS. Pode-se observar de ( 1.15), que qualquer que seja a ordem n do filtro, a atenuação é sempre
a mesma para Ω = 1. Isto permite calcular o parâmetro ε e atribuir-lhe um significado. Tendo o valor de ε,
pode impor-se o valor da atenuação AS desejada em ΩS e calcular a ordem n necessária para o filtro. De
facto vem:
ε = 10 0,1. AP − 1
10 0,1. AS − 1 10 0,1. AS − 1
log
log 0,1. AP
ε2 10 − 1
n≥ =
2. log(Ω S ) 2. log(Ω S )
( 1.17)
a ordem n deve ser, evidentemente, aproximada ao número inteiro superior ao resultado obtido.
Define-se a lei de atenuação assintótica como sendo a lei de variação da atenuação com a frequência,
quando s → ∞. A atenuação assintótica de um filtro de Butterworth pode obter-se fazendo Ω >> 1, vindo,
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 6
( 1.18)
Esta característica de atenuação tem uma inclinação de 20.n dB por década e varia ligeiramente com
a ondulação ε escolhida para a banda de passagem.
Exercício 1.1- Relação entre a frequência de corte e a atenuação na banda de passagem.
Calcule a frequência de corte, a 0,25 dB, 0,5 dB, 1 dB, 2 dB e 3 dB, de erro na banda de passagem de um filtro de
Butterworth de 2ª ordem.
Resolução:
A atenuação de um filtro de Butterworth, de uma dada ordem, é apenas função da frequência e pode estimar-se pelas
equações ( 1.14) e ( 1.16), vindo: AP 0,25 0,5 1 2 3
ε 0,243 0,348 0,501 0,764 1
Ω´= ε1/2 .Ω ΩC 0,493 0,591 0,708 0,875 1
Qual a ordem de um filtro de Butterworth que satisfaz AP = 0,1 dB, AS = 30 dB, ωS/ωP = 1,3?
Solução:
A solução é n = 20,3 ou seja n =21, a que corresponde AS = 31,5 dB, que é superior ao valor desejado.
Mostre que a operação de escalamento de frequência não altera o factor de qualidade das raízes dos filtros de
Butterworth.
Mostre que quando a ordem do filtro aumenta, o factor de qualidade das raízes também aumenta.
Polinómios de Chebychev
2
- O matemático russo Tchebychev estudou estes polinómios, mas no ocidente aceitou-se o nome Chebychev, por ter sido um
francês que primeiro traduziu os seus trabalhos.
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 7
(
C n (Ω) = cos n cos −1 (Ω) ) 0 ≤ Ω ≤1
.
= cosh (n cosh −1
)
(Ω ) Ω > 1
( 1.19)
Embora estas expressões não aparentem tratar-se de um polinómio, o cálculo das expressões
trigonométricas permite obter as seguintes relações recorrentes3:
C0 (Ω) = 1; C1 (Ω ) = Ω;
.
C n (Ω) = 2ΩC n −1 (Ω) − Cn − 2 (Ω); n ≥ 2
( 1.20)
As funções de Chebychev, Cn(x), satisfazem as seguintes condições: i)- Cn é um polinómio de ordem
n que é par se n for par e é impar se n for ímpar; ii)- Cn tem todas as raízes no intervalo –1 < x <+1; iii)-
Cn tem valores que oscilam entre ± 1 no intervalo –1 < x < +1; iv)- Cn(1) = 1.
K ( jΩ) = ε .C n (Ω )
( 1.21)
A função de resposta em frequência inversa de um filtro de Chebychev será, então, dada por:
2
A(Ω) = 10. log H( jΩ) = 10. log 1 + (ε.C n (Ω)) 2 [ ]
( 1.22)
ε = 10 0,1. AP − 1
1 1
10 0,1. AS − 1 2 10 0,1. AS − 1 2 .
cosh −1 cosh −1 0,1. A
ε = 10 P
− 1
n≥
cosh −1 (Ω S ) cosh −1 (Ω S )
( 1.23)
A largura de banda ωP e o factor de escalamento ε, estão relacionados entre si. De facto, de ( 1.22),
para Ω = (ω/ωP) = 1, a atenuação é 10 log 2, isto é :
3
- Basta considerar a seguinte relação trigonométrica: cos[(n+1)]a = 2.cos(na).cos(a)-cos[(n-1)a].
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 8
−2
ω 1
ε .C n (Ω) = ε .C n ( ) = 1, e sendo ε = (10 0,1. AP − 1)2 vem 10 0,1. AP = 1 + C n ( )
1
ωP ωP
( 1.24)
Esta equação mostra que existe um compromisso entre ε, a ordem n e a frequência de corte ωP. Se
para uma ordem n fixa, se pretender uma ondulação pequena, a banda de passagem deve ser pequena. Se
se pretender uma ondulação pequena e uma largura de banda grande, então a ordem n deve ser maior.
De ( 1.22), obtêm-se para Ω >> 1, a aproximação, baseada na aproximação (válida para x >>1),
Cn(x) ≅ 2 n-1. xn,
[
A(Ω) ≅ 10. log[(ε .C n (Ω)] ≅ 10. log (ε .2 n −1.Ω n
2
]2
Na Fig. 1.2 pode observar-se a variação com a frequência de um polinómio de ordem par, 4, e um de
ordem ímpar, 5. Pode ainda observar-se as curvas de atenuação dos correspondentes filtros de Chebychev.
Os filtros de ordem par têm erro máximo em Ω = 0, enquanto os de ordem ímpar têm erro nulo;
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 9
Sendo,
2 2
H ( jΩ) = H ( jΩ).H ( − jΩ ) = 1 + K ( jΩ) ,
( 1.26)
os zeros Sk, da função H(S), podem obter-se usando a teoria da continuação analítica, que já foi usada na
determinação dos pólos dos filtros de Butterworth, substituindo Ω por –jS e impondo a seguinte equação:
H ( S ).H ( − jS ) = 1 + ε 2 .C n2 ( − jS ) = 0 .
( 1.27)
Na solução desta equação atribuem-se os zeros com parte real negativa a H(S) e os zeros com parte
real positiva a H(-S).
cosh −1 ( − jΩ ) = u + jv
j
Cn ( − jΩ ) = cosh nu. cos jnv + senhnu.senhjv = ±
ε
lembrando que cosh(ju) = cos(u) e senh(ju) = j.sen(u), resulta
Σ 2k Ω 2k
+ = 1,
senh 2 v cosh 2 v
( 1.30)
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 10
que é a equação de uma elipse e que ilustra o facto de os pólos de T(S) estarem sobre uma elipse com
semi-eixo maior dado por b = cosh(v) e o semi-eixo menor dado por a = senh(v), com focos localizados
em Ω = ±1.
Na Fig. 1.3 pode observar-se, sobre uma elipse, o pólo real (PC0) e um dos pólos complexos conjugados
(PC1) de um filtro de Chebychev de 3ª ordem. Estes pólos podem ser calculados a partir dos
correspondentes pólos (PB0 e (PB1)) de um filtro de Butterworth através da construção geométrica
apresentada na Fig. 1.3. Por exemplo, o pólo PC1 pode determinar-se a partir do pólo PB1 , traçando a recta
bissectriz a 45º (ângulo θ do pólo de Butterworth) e as duas rectas R1 e R2 que passam no ponto de
intersecção da bissectriz com as duas circunferências de raio a e b dados por:
a=
1
(
γ − γ −1 )
[
γ = (ε −2
)
+1
1/ 2
+ε −1
]
1/ n
2 .
PC1
R1
1
1
2
(
b = γ + γ −1 )
PB1
R2
Fig. 1.3- Cálculo dos pólos de um filtro de Chebychev a partir dos pólos de um
filtro de Butterworth.
PB0 PC0 θ = 45º
-b -1 -a
Determine a ordem de um filtro de Chebychev que satisfaz as especificações: AP = 0,1 dB, AS = 30 dB; fC = 1000 Hz,
FS = 1300 Hz.
Resolução:
ΩS = fS/fc = 1,3. De ( 1.23), obtêm-se n = 7,9. Como n deve ser inteiro, será n = 8. Para ΩS = 1,3 A(Ω8) = 30,22 que
satisfaz o valor pretendido de 30 dB.
Determine a ordem de um filtro de Chebychev que satisfaz as especificações: AP = 0,1 dB, AS = 50 dB; fC = 1000 Hz,
FS = 1300 Hz.
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 11
ver na Fig. 1.4. Obtêm-se, assim, zeros de transmissão. Os filtros de Chebychev inversos têm a
propriedade de aplanamento máximo na banda de passagem, tal como os filtros de Butterworth, mas são
mais selectivos que estes na banda de transição.
Fig. 1.4- Correspondência entre atenuações de um filtro de Chebychev e do filtro de Chebychev inverso.
A função H(jΩ) do filtro de Chebychev inverso está relacionada com a do filtro de Chebychev por:
2
2 1 1
H ( jΩ) CI = 1 + H (− j ) = 1 +
Ω C 1
ε 2 .C n2
Ω
( 1.31)
Esta transformação garante que os filtros inversos de Chebychev têm aplanamento máximo na
origem, tal como os filtros de Butterworth, e têm igual ondulação na banda de atenuação, conseguida à
custa da introdução dos zeros de transmissão provocada pela inversão da característica. Assim, para
frequências pouco maiores do que Ω = 1, a selectividade dos filtros inversos de Chebychev é maior do
que a dos filtros de Chebychev e de Butterworth, devido ao efeito dos zeros de transmissão. Os pólos e os
zeros de transmissão do filtro inverso de Chebychev calculam-se muito facilmente a partir dos
correspondentes pólos do filtro normal de Chebychev.
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 12
Assim, os mínimos de atenuação na banda de atenuação ocorrem nas frequências inversas daquelas
em que o filtro de Chebychev tem a atenuação máxima na banda de passagem, ou seja, onde Cn(1/Ω)= ±
1/ε, o que, de ( 1.19) conduz a:
( 2 k + 1)π ( 2 k + 1)π
Ω z = sec para k = 0,1,2,..., n , dado n cos −1 (1 / Ω z ) = .
2n 2
( 1.32)
As frequências de atenuação mínima na banda de atenuação são:
kπ
Ω AS = sec .
n
( 1.33)
Para obter os pólos e zeros do filtro inverso de Chebychev deve começar-se por calcular o parâmetro
ε, a partir da atenuação mínima AS requerida, através de:
1
ε=
1
−1
10 0,05. AS
.
10 0,1. AS − 1
−1
cosh
ε
n≥
cosh −1 (Ω S )
( 1.34)
Depois calculam-se os pólos do correspondente filtro de Chebychev, com a mesma ordem e o ε já
calculado. Os pólos do filtro inverso são os recíprocos do filtro de Chebychev normal, e os zeros são os
existentes nas frequências ΩAS, acima referidas.
Exercício 1.5, calcule o factor de qualidade destes pólos e os do filtro de Chebychev inverso.
Resolução:
O factor de qualidade das raízes serão: i) Chebychev- 0,59, 1,18, 2,45 e 8,08; ii)- Chebychev inverso: 0,54, 0,86, 1,64 e
5,27.
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 13
O factor de qualidade dos pólos do filtro de Chebychev inverso é menor do que o factor de qualidade
dos filtros do correspondente filtro de Chebychev (ver Exercício 1.7), pelo que o atraso de grupo também
será mais plano que o do filtro de Chebychev, sendo semelhante ao do filtro de Butterworth.
Na prática é preferível usar tabelas ou programas de computador que calculam estes filtros em vez de
obter expressões para o cálculos dos pólos e dos zeros da função de transferência destes filtros.
O livro de Zeverev apresenta tabelas destes filtros desde ordem 2 a 7 em termos de 2 parâmetros, um
ângulo, θ (º) e o factor de reflexão ρ (%), definidos da seguinte forma:
1 1
θ = sen -1 ou Ω S = = cos ec θ
ΩS sen θ
− 2. m p
ρ = 1− e
( 1.35)
Como vimos, a resposta em frequência com atraso de grupo constante é uma das condições
para que um filtro não introduza grande distorção na resposta no domínio do tempo. Também
aqui se procura, de modo semelhante ao que foi obtido para a aproximação à resposta em
amplitude ideal, obter comportamentos do atraso de grupo, do tipo constante com aplanamento
máximo em Ω = 0 ou com igual ondulação no erro do atraso de grupo constante. Os filtros de
Bessel-Thomson seguem o critério de aplanamento máximo. Tem também interesse prático
determinar um filtro cuja resposta ao impulso seja uma resposta do tipo de função gaussiana do
tempo, que também aproxima um filtro com atraso de grupo constante4.
2 2
H ( S ).H ( − S ) = H ( jΩ ) = e 0,694. S
Ω = − jS
( 1.37)
n
a i S 2i a 2 S 4 a 3S 6
= e aS lim n →∞ ∑
2 2
H ( S ). H ( − S ) = H ( jΩ) ≅ 1 − a.S 2 + − + ...
Ω = − jS i =0 i! 2 6
( 1.38)
supondo a = 0,694, podem obter-se os pólos da tabela seguinte.
4
- Na transmissão digital de pulsos a um ritmo 1/T, através de um sistema com rsposta em frequência do tipo
gaussiano, a interferência entre símbolos resultante da filtragem, anula-se sempre nos instantes múltiplos do período
de amostragem.
APROXIMAÇÕES À RESPOSTA DE AMPLITUDE IDEAL 15
H ( S ) = e Sτ 0 = e S = senh( S ) + cosh( S ) ,
τ 0 =1
( 1.39)
podem obter-se os pólos representados na Tab. 1.4.