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Geologia Cap8 PDF
Geologia Cap8 PDF
I. PROPRIEDADES QUÍMICAS
1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA
• Por si só não é um elemento suficiente par definir uma rocha;
• A composição varia muito de uma amostra pra outra;
• Existem limites de erros permitidos nas diferentes dosagens.
2. REATIVIDADE
• Algumas rochas possuem elementos químicos capazes de reagir, como
p.ex, o silicato e a sílica mineral (reagem com álcalis do cimento Portland);
• Reações – cimento/agregado: provocam a deteriorização do concreto;
• Outros tipos: transformação do anidrito em gesso (túneis), dissolução dos
carbonatos, lixiviação de rochas em obras hidráulicas, etc.
3. DURABILIDADE
• Resistência da rocha à ação do intemperismo;
• Julgamento é feito na prática pela preservação de monumentos antigos e
por meio de ensaios.
II. PROPRIEDADES FÍSICAS
1. COR
• Fator de classificação fraco devido a grande variabilidade, até mesmo
dentro de uma mesma jazida;
• Podem ser: monócronas (uma única coloração uniformemente distribuída)
e polícronas (duas ou mais cores);
• Rochas compactas (sedimentares) → coloração devido a pigmentações ou
difusão de grãos;
• Amarela, alaranjada ou vermelha → pigmentação de hidróxido de ferro;
• Cinzenta e preta → pigmentos carbonosos ou betuminosos;
• Verde → depende de compostos de ferro (sulfetos) e de níquel.
2. PESO ESPECÍFICO
• Depende do peso específico dos seus elementos constituintes e de sua
porosidade;
• Determinado em laboratório:
W0
- Peso específico aparente (d ou p.e.) =
W s − Wa
Onde: W o = peso da amostra
Ws = peso da amostra saturada
Wa = peso da amostra dentro da água
W0
- Peso específico real (d ou p.e.) =
W0 − Ws
• Fatores que influenciam na densidade das rochas:
a) Estado de alteração:
• reações químicas dos minerais densos em minerais menos
densos;
• aumento de volumes desses minerais.
b) Porosidade e compacidade:
• rocha porosa com vazios isolados diminui a densidade real,
enquanto que, se interligados, a densidade real será maior;
• rochas muito porosas são de baixa densidade;
• resistência à compressão cresce com a densidade;
• resistência ao desgaste cresce com a densidade;
• dificuldade de corte cresce com a densidade.
3. POROSIDADE
• É a propriedade das rochas em conter espaços vazios (relação entre o
volume dos vazios e o volume total da rocha);
• Dependente de:
a) Tipo de rocha:
• sedimentares: grande volume de vazios dando-lhes maior
porosidade mas, quanto cimentadas, a porosidade diminui;
• ígneas: extrusivas possuem maior porosidade que as intrusivas;
• metamórficas: baixa porosidade e varia com o grau de
metamorfismo, sendo que, quanto mais intenso, mais porosa é a
rocha.
b) Estado de alteração:
• tem influência através do fenômeno de lixiviação e dissolução;
• resistência à compressão diminui com a porosidade;
• classificação: extremamente porosa (50%), muito porosa (10 a
30%), bastante porosa (5% a 10%), medianamente porosa (2,5% a
5%), pouco porosa (1 a 2,5%) e muito compacta (1%).
Rocha Porosidade (%)
Granito 0,5 a 1,5
Arenito 10 a 20
Calcário 5 a 12
Argila 45 a 50
4. PERMEABILIDADE
• Maior ou menor facilidade que a rocha oferece à percolação da água;
• Primária → existe desde a sua formação;
• Secundária → devido à lixiviação, dissolução de componentes
mineralógicos, etc;
• Metamórficas possuem baixa permeabilidade e sedimentares, maior valor.
5. ABSORÇÃO
• É a propriedade na qual uma certa quantidade de líquido é capaz de
ocupar os vazios de uma rocha, ou parte desses vazios;
Pa − Ps
• É dada por: A = x100
Ps
Sendo: P a = peso após longa imersão e Ps = peso seco
6. DUREZA
• Resistência ao risco, dada pela escala de Mohs;
• Na prática:
a) riscável pela unha ou exageradamente fácil pelo canivete;
b) riscável pelo canivete;
c) dificilmente ou não riscáveis pelo canivete.
7. DEFORMABILIDADE
a) MÓDULO DE ELASTICIDADE OU MÓDULO DE YOUNG
• Deformação elástica (a amostra tende a recuperar sua forma e tamanho
originais) ou plástica ou irreversível (parte da deformação permanece);
tensão unitária
• É dado por: E = (Kg/cm 2), aplicada a rochas isotrópicas
deformação unitária
(mesmas propriedades elásticas em todas as direções);
• As propriedades elásticas normalmente é afetada pela anisotropia.
b) COEFICIENTE DE POISSON (ν )
• Relação entre as deformações transversais e longitudinais;
∆B
• É dado por: ν = B
∆L
L
III. PROPRIEDADES MECÂNICAS
1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
• Grande variabilidade de resultados;
• Para rochas estratificadas: compressão paralela e perpendicular ao leito
de estratificação tanto no caso seco quanto saturado;
• Normalmente tem-se:
a) rochas de grãos finos, da mesma espécie que rochas de grãos grossos,
possuem maior resistência à compressão;
b) quanto mais forte for o ligamento entre os cristais, maior a resistência à
compressão;
c) as rochas silicificadas tem maior resistência;
d) os corpos de prova com compressão perpendicular aos planos de
estratificação apresentam maior resistência à compressão.
P
• Tensão de ruptura dada por: Tr =
Smédia
2. RESISTÊNCIA AO CHOQUE (Rc)
• Resistência ao impacto de um peso que cai de uma certa altura;
• Medida pelo produto do peso pela altura de queda que provoca a ruptura
do corpo-de-prova;
• Importância quando usada p/ pavimentação de estradas e aeroportos;
• Ensaio – Resistência ao Impacto Treton;
peso inicial − peso final
• É dado por: Rc = x100
peso inicial
3. RESISTÊNCIA AO DESGASTE
• Resistência ao desgaste por atrito mútuo → resistência da rocha sob a
forma de agregado, quando submetida a atrito mútuo de seus fragmentos.
Em alguns métodos são acrescentada esferas de ferro fundido ou aço.
Conforme o tipo de máquina: resistência ao desgaste Los Angeles, Deval,
• Resistência ao desgaste por abrasão → resistência da rocha quando
submetida à abrasão de abrasivos especificados. Importância especial
quando a rocha for empregada sob a forma de pavimentos. Método
utilizado é o de resistência à abrasão Los Angeles;
peso inicial − peso final
• É dado por: Ra = x100
peso inicial
4. RESISTÊNCIA AO CORTE
• É a resistência de uma rocha se deixar cortar em superfícies lisas;
• Normalmente a resistência ao corte cresce com a dureza da rocha.
1. GRAU DE ALTERAÇÃO
• São classificados em: praticamente sã, alterada e muito alterada;
• Tal classificação é muito subjetiva;
• Não está incluso na classificação a rocha extremamente alterada
(considerada material de transição ou solo de alteração de rocha).
3. GRAU DE CONSISTÊNCIA
• São baseados em características físicas: resistência ao impacto
(tenacidade), resistência ao risco (dureza), friabilidade;
• São divididos em:
Grau de consistência
Rocha Características
• quebra com dificuldade ao golpe de martelo;
muito • o fragmento possui bordas cortantes que resistem ao
consistente corte por lâmina de aço;
• superfície dificilmente riscada por lâmina de aço.
• quebra com relativa facilidade ao golpe do martelo;
• o fragmento possui bordas cortantes que podem ser
consistente
abatidas pelo corte com lâmina de aço;
• superfície riscável por lâmina de aço.
• quebra facilmente ao golpe de martelo;
• as bordas do fragmento podem ser quebradas pela
quebradiça pressão dos dedos;
• a lâmina de aço provoca um sulco acentuado na
superfície do fragmento.
• esfarela ao golpe do martelo;
friável
• desagrega sob pressão dos dedos.
4. GRAU DE FRATURAMENTO
• Apresentado em número de fraturas por metro linear ao longo de uma
dada direção;
• São consideradas somente as “originais”.
Grau de Fraturamento
Rocha Número de fraturas por metro
ocasionalmente fraturada <1
pouco fraturada 1–5
medianamente fraturada 6 – 10
muito fraturada 11 – 20
extremamente fraturada > 20
em fragmentos torrões ou pedaços de diversos
tamanhos, caoticamente dispostos