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Olhar Técnico

8/12/17

Analista responsável: Guilherme Volcato, CNPI-T

ISHARES BOVA11

Cotação atual R$ 70,12


Recomendação NEUTRA
Risco MÉDIO
Resistência 2 R$ 74,50
Upside 6,25%
Resistência 1 R$ 72,50
Upside 3,39%
Suporte 1 R$ 68,50
Downside -2,31%
Suporte 2 R$ 64,50
Downside -8,01%
1 semana depois, pouca coisa mudou!
O ETF acabou perdeu força ao longo do dia e fechou quase estável nesta sexta-feira (0,17%) –
acumulando alta modesta no acumulado da semana (0,65%). Chamou a tenção a disparada da cota no
leilão de fechamento da última quarta-feira, quando acabou disparando, totalmente descorrelacionada
do Ibovespa (ver página 2). Fora isso, os candles mostram que o Mercado está indeciso – possivelmente
aguardando o encaminhamento da discussão sobre a Reforma da Previdência.
No entanto, supondo que a oscilação dia 06/12 seja coerente, teríamos uma sinalização de “pivot”
de alta (topos e fundos ascendentes) no curtíssimo-prazo. Isto se opões ao canal de baixa de curto-prazo
vigente e pode, então, estar sinalizando uma reversão de tendência. Neste sentido e como a volatilidade
intraday está muito alta, um eventual novo teste dos R$ 69 em início de pregão representa um bom ponto
de entrada, buscando-se um ganho rápido próximo de 3%. Como esta “janela de oportunidade” está com
os dias contados, é melhor aproveitar enquanto dure.
O próprio estreitamento das bandas de bollinger é um indicativo de que nos aproximamos de um
movimento mais intenso para algum dos lados – o problema é saber pra onde ele ocorrerá. Mesmo os
indicadores auxiliares não ajudam muito, pois o IFR “concorda” com o cenário traçado pelos preços
(sugerindo alta), enquanto o volume-OBV apresenta divergência baixista (reforçando o cenário negativo).

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Olhar Técnico
8/12/17

IBOVESPA Diário

Resistência 2 77.000
Resistência 1 75.000
Patamar Atual 72.732
Suporte 1 71.000
Suporte 2 66.500

• O Índice subiu hoje (0,34%) – acumulando alta similar na semana (0,65%). Este comportamento, desta
vez, acompanhou o movimento visto nas Bolsas norte-americanas que também subiram hoje, mas não
perderam força ao longo do dia (S&P500 0,53%) – pregão que acabou praticamente definindo a
oscilação da semana (0,49%). Nas commodities, o Petróleo Brent teve um dia muito positivo (2,03%) –
mas que não foi o suficiente para impedir que terminasse a semana em baixa (0,47%). Já com relação
ao Minério de Ferro na China, conseguimos atualizar as cotações no mercado a vista até segunda-feira,
mostrando uma alta significativa (7,0%), conforme se esperava. No entanto, desde então, as sinalizações
do mercado futuro são de que os preços devam ter tido uma queda significativa nos últimos 3 dias.
• O Ibovespa vem mostrando uma perda de volatilidade, com topos descendentes e fundos ascendentes.
O triângulo (nada bem-comportado) da figura mostra este comportamento atípico. Assim, aquela linha
que primeiro for perdida (ou superada) irá deflagrar um movimento bastante intenso naquela direção.
• O Petróleo Brent chegou a perder a média-móvel “longa” (25 dias – indicador que costuma diferenciar
repiques de reversões de tendência), mas recuperou-se - reforçando a tendência lateral vigente desde
o início de novembro. Assim, um fechamento acima de U$$ 64 ou abaixo de U$$ 61 deverá deflagrar u
movimento mais intenso.
o A alta das cotações começou em 22/06 – mesmo dia em que o Ibovespa iniciou seu último rali.
• O Minério de Ferro chegou a aproximar-se dos níveis alcançados em agosto/setembro. No entanto, as
(possíveis) quedas registradas desde então, sugerem, numa perspectiva maior, a continuidade de um
canal de baixa de médio-prazo – iniciado em fevereiro -, que pode levar a cotação a, eventualmente,
perder até mesmo o piso registrado em junho.
o Com os últimos movimentos, os indicadores de sobre-preço em algumas ações de peso no Índice
aumentaram, estando em patamares muito elevados.
o Uma continuidade da tendência de alta nas commodities é fundamental para que o Ibovespa
possa frear as quedas recentes.
• O S&P500 (índice dos EUA) segue acima das médias-móveis (10 e 25 dias) há mais de 3 meses. No
entanto, o surgimento hoje de um 3º gap (os outros foram nos dias 11/09 e 21/11) e a proximidade da
linha superior de um canal de alta de 2 anos sugerem que seu movimento de valorização talvez esteja
chegando à exaustão. Vários candles anteriores que também poderiam sinalizar topo foram
sumariamente anulados, mas a diferença agora é que a volatilidade aumentou. Assim, uma reversão /
correção é bastante possível,
o Numa observação de prazo maior, percebe-se que os Índices norte-americanos operam em um
canal de alta que vem desde janeiro de 2016 – justamente quando houve a reversão de
tendência de longo-prazo da Bolsa brasileira.
o O Índice brasileiro (em termos de patamares gráficos) vem mantendo nos últimos dias seu nível
de “sobrepreço” (em relação ao Índice norte-americano). Está atualmente com 54% do maior
spread aberto recentemente – o nível máximo dos últimos 3 anos foi em 03/10/2017. Assim, com
a correlação voltando a manifestar-se, uma reversão do otimismo visto no exterior pode
potencializar um possível movimento de baixa do Ibovespa (caso o cenário interno se deteriore).

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8/12/17

IBOVESPA SEMANAL

Resistência 2 81.000
Resistência 1 78.000
Patamar Atual 72.732
Suporte 1 70.500
Suporte 2 65.000

O Ibovespa operava em um canal de baixa de longo prazo que poderia convergir para os fundos
de 2008, auge da última crise mundial, com um 1º suporte em aproximadamente 37.000 pontos e, num
segundo momento, os quase impensáveis 31.000 pontos. No entanto, é preciso levar em conta que o Índice
passou por profundas transformações durante os últimos 7 anos. Sua metodologia foi alterada, passando a
privilegiar valor de mercado em detrimento de liquidez, de modo que hoje sua composição é
profundamente diferente, havendo maior peso do setor financeiro em detrimento das commodities. Assim,
os “alvos” podem não ser tão precisos.
No entanto, o rompimento da sua temida LTB (linha de tendência de baixa) anulou definitivamente
a tendência baixista que vinha desde 2010. Numa projeção de tempo maior, isto não quer dizer
necessariamente que o Mercado passará só a subir (isto inevitavelmente só ocorrerá se os fundamentos
ajudarem). Assim, pode ocorrer agora um longo período de movimentos laterais.
Mais do que qualquer suporte ou LTA, o indicador técnico mais relevante a "sustentar" o movimento
de alta vinha sendo a média-móvel de 25 períodos. Este indicador fora (mais ou menos) respeitado desde a
1ª semana de março/2016, até sua súbita perda em maio/2017. Isto sugeria (a princípio) uma reversão de
tendência de médio prazo, mas a superação dos 2 topos anteriores anulou este pressuposto.
Canais, médias-móveis ou correlações, nenhum destes estudos consegue mais explicar a valorização
do Ibov (que dobrou de patamar em apenas 1 ano e meio). Assim, partimos para uma outra abordagem a
fim de identificar um novo “alvo” para o índice. Pegando-se a alta registrada entre as mínimas e máximas
do rali anterior (outubro/2008 a novembro/2010) e projetando-a a partir da mínima do atual rali
(janeiro/2016), obtemos aproximadamente a (nova) 2ª resistência.
As últimas semanas vem ressaltando a enorme força compradora presente na média-móvel “longa”
(25 SEMANAS). Embora este indicador tenha falhado em maio-junho/2017, se considerarmos aquele
movimento de baixa como atípico (tivemos até circuit breaker em 18/05), faz sentido acreditar na
possibilidade da continuidade da tendência de alta de longo-prazo, com o Índice buscando os 80 mil
pontos. No entanto, caso seja perdida (assim como o 1º suporte), teremos um pivot de baixa de médio-prazo
– possivelmente decretando a anulação da tendência principal. Como tentar antecipar isso? A resposta
não é trivial, mas quanto mais tempo o Mercado se mantiver no patamar atual, mais indicativos teremos de
que as altas retornarão. Se na semana passada a previsão foi de que esta deveria ser de pouca volatilidade
(e foi o que ocorreu), para a próxima a expectativa é uma definição de cenário. Por isso, talvez o mais
indicado seja estar comprado, mas com os stops muito bem posicionados.

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EQUIPE DE ANÁLISE DA BANRISUL CORRETORA DE VALORES


• Guilherme C Volcato, CNPI-T – guilherme_volcato@banrisul.com.br – (51)3215-3115
• Fabio F Gonçalves, CNPI-P – fabio_goncalves@banrisul.com.br – (51)3215-1972

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