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A principal falha nesta etapa do projeto é a previsão de apenas uma câmara para reservatórios
e cisternas, sem septo separador. Isso provoca sérios problemas na edificação, como a
dificuldade de manutenção, caso ocorra vazamento, ou quando são necessários reparos nas
boias ou limpeza.
Uma das principais falhas nas instalações hidráulicas é a execução dos ramais de distribuição
com sifão formando um “U” invertido. Isso causa um fluxo desfavorável, que forma vácuo e
bolhas de ar, fazendo com que a água saia com fluxo descontínuo nos pontos terminais de
torneiras e chuveiros . Às vezes, essa falha pode provocar a queima da resistência do chuveiro
por falta de escoamento de água durante alguns instantes.
5. Válvulas de descarga
Nos detalhamentos das instalações hidráulicas é comum que sejam esquecidos os meios para
drenagem, exiguidade de espaço para instalação de filtros tipo Y e registros de fechamento.
Porém, de forma simplista, toda edificação que tenha uma altura de coluna de água que
ultrapasse 40 m de altura, deve dispor de uma estação redutora de pressão. O projetista
deverá fazer, portanto, o dimensionamento correto de quando a estação será necessária e
onde ela ficará localizada.
7. Localização do barrilete
A localização do barrilete deve ser considerada para que a equipe de manutenção predial
possa fazer as manobras de fechamento e abertura de registros de forma segura e acessível.
Uma falha recorrente é o barrilete dividir o mesmo espaço físico com a casa de máquinas de
elevadores, o que impede o acesso rápido, quando necessário.
Este é um sério problema nos projetos, devido à não compatibilização entre os projetos
arquitetônico e hidrossanitário. Geralmente, projeto de arquitetura estima uma área para
abrigar as cisternas, sem conhecer profundamente a real necessidade de volumetria em
função do consumo diário de água. Assim, muitas vezes a dimensão é insuficiente.
As pobres bombas também são muitas vezes negligenciadas pelo projeto arquitetônico, e
ganham um local muito pequeno para instalação. Resta ao projetista hidráulico, quando
possível, definir um espaço, pequeno que seja, para fazer as instalações hidráulicas de
registros de fechamento adequados nas tubulações de sucção e recalque das bombas
centrífugas.
Para uma bomba funcionar bem, é preciso ela estar afogada, ou seja, em cota mais baixa que o
fundo do reservatório. No entanto, isso nem sempre é considerado pela arquitetura ao
planejar um espaço adequado para as bombas. Assim, em alguns projetos, ela fica em cota
superior ao fundo da cisterna, impedindo o afogamento.
12. Falta de tampas estanques
As bombas sempre emitem ruídos e vibrações ao operarem. Para evitar ou minimizar o efeito,
deve-se prever no projeto ou na especificação técnica a localização das bombas e o
assentamento sobre uma plataforma de material, que absorva tais vibrações e ruídos. Com
isso, além de diminuir o barulho nessas instalações hidráulicas, é possível proteger as
tubulações do entorno contra rachaduras e vazamentos nas juntas das conexões.
Nas paredes de teto da cisterna, sempre há água de evaporação e isso acaba infiltrando nos
eletrodutos, resultando em problemas nas instalações elétricas. Efetuar manutenções nestes
trechos torna-se perigoso, pois água e eletricidade juntas não combinam. Por isso, ao criar o
projeto, nunca atravesse eletrodutos pela cisterna.
17. Ausência de lira, cavaletes e/ou juntas de expansão entre trechos longos de ramais de
distribuição de água quente
É sempre bom lembrar que as tubulações de água quente são feitas de materiais que sofrem
dilatação térmica. Devido à dilatação e retração destas tubulações, por variação de
temperatura, deve-se tomar os seguintes cuidados ao fazer a distribuição destas tubulações
em projeto e, em trechos longos e retilíneos: usar cavaletes, liras ou juntas de dilatação
especiais, que permitam a dilatação das tubulações.