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o design como

ferramenta de
intervenÇÃo atravÉs
do stencil, utilizando
materiais reciclÁveis

felipe cumaru
&
carla batista
designer
Como as informações nos
atingem todos os dias?
Quais meios de
comunicação usuais?
E depois que a mensagem foi
transmitida qual o destino
desse material?
Há como quebrar
esse paradigma?
Qual o papel do design,
nesse contexto?

Qual o seu papel


nesse contexto?
O Design Possível
é um projeto de desenvolvimento
social que conta com a participação
de estudantes, profissionais, ONGs
e empresas.

www.designpossível.org
Para superar os desafios sociais
existentes, aplicam o design na forma de
desenvolvimento de produto, gestão
produtiva, comunicação ou da maneira
que possa contribuir para a
geração de renda, estimulando o
desenvolvimento humano e social.

www.designpossível.org
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O grande diferencial é o processo produtivo
destes produtos. A confecção realizada
pelas comunidades carentes. Acaba
gerando visibilidade, o que desperta interesse
por parte de consumidores e, principalmente,
empresas preocupadas em relacionar sua
imagem corporativa à sustentabilidade.
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Os objetos abaixo são resultado de uma parceria
bem-sucedida entre design e artesanato, sendo
vendidas e divulgadas no site CASA.COM.
Adriana
Yazbek iniciou
um projeto
para remodelar
os espaços de
um albergue
municipal
destinado a
catadores de
lixo.
Feitas por gente simples e talentosa, as peças ganham re
conquistam consumidores exigentes graças à orientação
que valoriza os saberes do artesão e resgata suas téc
efinamento e Os designers Tania de Paula e
o do designer, Christian Ullman fundaram o
cnicas. Projeto Oficina Nômade.
OSSÁRIO:
“Expor a morte oculta na
vida vibrante da cidade de
São Paulo”.
Esse era o propósito de Alexandre
Órion. Esse método de ientervenção
se dá pelo método de subtração.
Órion criou essas imagens
deslocando seletivamente
daquelas paredes, a pelícu-
la de fuligem que ali se de-
posita devido ao intenso
tráfego de veículos no túnel
Max feffer em São Paulo.
Alexandre busca falar de
amor e de ódio. Amor pela
cidade na qual ele vive, o
amor pela utopia urbana
da cidade que é de todos e
não só de alguns, amor dos
que tem a cidade como lar,
como parte integrante do
coração e da consciência.
Ódio pelo consumo pre-
datório da cidade por
aquele que a sujam, que
cospem nela, que jogam
lixo pelas ruas.
Pelos que se acham esper-
tos por se apropriarem do
que não lhes pertence.
Do que é de todos.
Sua obra é um manifesto
esteticamente fino e belo.
Nessa intervenções,
questiona o que a cidade
faz consigo mesma,
questiona o incivilizado
desprezo pelo lugar em
que vivemos.
Alexandre afirma que foram
várias abordagens policiais,
no entanto, ninguém podia
lhe impedir de desenhar
caveiras no túnel. Não havia
crime em limpar. E como
era de se esperar, o Estado
não deixou barato. Só exis-
tia uma maneira de impedir
a “limpeza” a seu modo.

Após 160 metros


alcançados, a prefeitura
efetuou a primeira
limpeza. No entanto,
não foi como esperado.
A intenção do estado
foi somente remover a
intervenção.
Ele continuou com a
atividade nos 120 metros
restantes do túnel. Aí
então a prefeitura efetuou
a limpeza completa do
túnel. Não somente
deste, mas de todos os
túneis da cidade.
FAVELA
PAINTING:
Em 2006, os artistas
holandeses Jeroen Koolhaas
e Dre Urhahn conceberam
a idéia de criação de arte
dirigida a intervenções
comunitárias no Brasil.

O projeto visa
transformar as
comunidades
carentes em marcos
e monumentos de
inspiração, como uma
parte da imagem do
Rio de Janeiro, ao
lado da estátua do
Cristo Redentor e Pão
de Açúcar.
Antes

Depois
Seus primeiros esforços
deram origem a dois
murais que foram pintados
na Vila Cruzeiro, favela
mais notória Rio de
Janeiro.

O primeiro mural,
intitulado “menino
com pipa” tem uma
superfície de 150 m2.
O segundo mural
mostrou-se mais
desafiador, com uma
superfície de 2000
m2. Pintado em uma
escadaria no centro da
Vila Cruzeiro, que retrata
um rio com peixes Koi
Carpa no estilo de uma
tatuagem em japonês,
projetado em conjunto
com Rob Admiraal.
As obras para os
murais são pintadas
em colaboração com
a juventude local.
Os jovens são pagos como
pintores, aprendem os
truques do comércio e são
capacitados tecnicamente,
contribuindo para o
desenvolvimento da
comunidade local e
execução da obra.
Esses projetos receberam
cobertura da imprensa
em todo o mundo e
tornaram-se pontos
de orgulho dentro da
comunidade e em todo
Rio de Janeiro.
O Favela Painting é apoiado
pela Fundação Firmeza
na criação de obras de arte
impressionantes em lugares
inesperados. Colabora
com a comunidade
local para usar arte
e cor como uma
ferramenta para
inspirar, criar beleza,
combater preconceitos
e atrair a atenção.
A Fundação também
desenvolve relevantes
projetos nas áreas
de educação, apoio
sócio-económico e
desenvolvimento de pessoas
envolvidas nos projetos.
PINTURA EM
CAMINHÕES
PAQUISTANESES
A subvalorização da cultura
paquistanesa está inserida em
uma história extraordinária.
A partir do dia do Raj, Já em
1920, o transporte coletivo
não atraia usuários devido às
condições precárias em que
se encontravam.
Tendo em vista esta
problemática, as empresas
contrataram artesãos para
enfeitar seus ônibus na
esperança de que estas
“telas em movimento”
iriam atrair mais
passageiros.
A técnica funcionou tão
bem que você não podia
comprar um bilhete sem
ver dezenas de caminhões
lindamente pintados
esperando para levá-lo
ao seu destino. Com o
passar dos anos a arte
não tem o mesmo
propósito, mas é
tão relevante como
nunca tornando-se
mais complexa. Ela
desenvolveu um
significado cultural
mais profundo ao
longo do tempo.
O Profeta, Buraq, é um
emblema favorito, handily
simbolizando a devoção de
confiança e velocidade.
A escolha
deslumbrante
e eclética de
imagens torna-se
uma miscelânea
cultural,
misturando com
igual entusiasmo
o Oriente e o
Ocidente.
O secular e o
sagrado.
CARACTERÍSTICA DE
SE EXPRESSAR
É INERENTE
AO HOMEM
E O MERCADO
PERCEBEU ESSA
NECESSIDADE
ADICOLOR
ADIDDAS
Esse mesmo
espírito do
faça-você
mesmo
foi despertado
em mim há
alguns anos
ORIGEM
Particularmente busquei os primórdios
do stencil no mundo e no Brasil.
Descobri que o stencil
originou-se na China,
juntamente com a invenção
do papel, no século 105 d.C.
Com o uso do papel se começou
a entalhar a forma, o desenho, a
escrita e tudo o mais que se quizesse
reproduzir fielmente. Se pode dizer
que o stencil foi a primeira forma de
gravura.
Com o passar dos anos o
Stencil foi adquirindo outras
utilidades, servindo para
decorar ambientes ou assinar
documentos em série.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
começou a ser utilizado
em
intervenções urbanas como
forma de propaganda de
guerra e também como
forma de impressao nos
uniformes e material de
guerra.
Hoje assistimos a um novo
movimento artístico chamado:

Stencil Art, urbano,


feito na rua e para arua, os suportes
são as paredes das cidades do
mundo. Os artistas poucas vezes
identificados, utilizam este meio
como forma de expressão.
E NO BRASIL?
COMO FOI?
É admirável o talento e
profissionalismo que os artistas se
expressavam.

Alex Vallauri, um dos


percussores, que nos
anos 70 recuperou a arte
contemporânea aplicando
a técnica do Stencil Art,
utilizada na modernidade,
nos anos 30, pelos artistas
da Ècole de Paris.

Alex Vallauri abriu


caminho para uma legião
de artistas, que em vez
de usar os materiais
convencionais da
arte usaram a cidade
como suporte para as
suas obras.
Aparece assim a escola
vallauriana: artistas
que utilizam o Stencil
Art e, com o passar
do tempo, transmitem
por intermédio de
oficinas artísticas, o
ideal de Vallauri para
as novas gerações:
“transformar o
urbano como uma
arte viva”.
Tipografia,
é impossível ignorar que os tipos de
letras possuem visualmente uma
‘personalidade’.
Esta característica representativa das
tipografias foi bastante explorada
pelos movimentos de vanguarda
do começo do século XX, como
Futurismo e Construtivismo.
Idéias tipográficas
surgidas na escola
alemã Bauhaus
deram origem ao
Funcionalismo Suíço ou
Estilo Internacional, que
defendia uma tipografia
universalmente neutra,
compreensível e
funcional.
Já na década de 70, surgiram
movimentos de cunho político e
social, entre eles estão

o psicodelismo e o punk.
Esteticamente o punk era
agressivo e sujo. Uma das
maiores influências visuais do punk
foi através dos fanzines, publicações
alternativas de pequenas tiragens.
Muitas vezes textos já impressos
eram reaproveitados; usavam-
se colagens, recortes de letras e
palavras, textos batidos a
máquina e corrigidos a mão, fotos
em alto contraste e disposição não
ortogonal dos textos.
Hoje em dia, nos trabalhos
gráficos, a função da
tipografia vai além da
composição das palavras.
Numa cultura visual tão saturada de
informações é preciso chamar a atenção do
leitor, transmitindo a mensagem da maneira
mais rápida e eficiente possível.
Outra característica dessa nova
estética é a de desafiar o leitor a
partir de textos ilegíveis.
A geração que sucede
a atual está criando
uma nova forma de
percepção visual, o
que se deve à convivência
com o vídeoclipe,
multimídia e
realidades virtuais.
E COMO FAZ A MATRIZ
DO STENCIL?
DESENHANDO O
CONTORNO
CUIDADO COM
AS ABAS
O MODELO A SER
CORTADO
USANDO O
ESTILETE
A MATRIZ
PRONTA
MATRIZES
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