Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
pensar?)
O que deve a arquitetura fazer para melhor servir os aspetos sensoriais da obra
arquitetónica e do habitante? Pergunta da tese. Aqui?
Que razão tem refletir sobre um todo mundo emocional arquitetónico se não fizer
sentido no contexto real habitacional?
(Referenciar)
MELHOR – A Comodidade no contexto do lar é algo que é assegurado por uma situação
de segurança, conforto, tranquilidade, bem-estar… que requer um fator temporalidade
um quanto constante. O bem-estar não é assegurado em condições de instabilidade e
incerteza.
A cabana fui o utensílio pensado e criado, no limite da sua conceção, para abrigar o
homem e lhe garantir um contacto indireto com o meio envolvente.
O lar, assim como a primeira construção, funciona como uma esfera resultado da
interpretação da envolvente; uma ponte entre o homem e o seu meio, que garante um
diálogo indireto entre ambos, numa relação que media e resguarda o homem das
inconstantes incertezas da natureza e/ou da sua sociedade, garantindo-lhe um novo
meio seguro e constante.
E portanto, a arquitetura como ferramenta a serviço do homem deve ser responsável por
assegurar os próprios desígnios sobre os quais foi criada, que asseguraram a segurança
e a comodidade do homem, que o hospedam e permitem o seu dia-a-dia.
Que razão de existência teria a arquitetura se deixa-se de ser uma resposta aos desígnios
para os quais foi criada?
O objetivo desta reflexão passa por perceber que partido a arquitetura deve tomar em
relação a questões que envolvam o seu lado sensitivo, nomeadamente os sentimentos,
não deixando de ter em consideração os princípios plausíveis para a habitabilidade do
lar, de forma a não deixar de assegurar ao homem o fator de confortabilidade; questionar
até se a relação conforto/sentimento faz algum sentido, ou se no limite é sequer
exequível.
(_Engenharias )
Porém, seria uma ingenuidade pensar a arquitetura como algo, ou apenas como uma
resposta a carências meramente físicas. A casa é um diálogo entre o homem e a sua
envolvente, uma interpretação do seu meio, ou seja, é algo muito mais complexo e
subjetivo para ser assegurado, apenas, e através de normativas ou cálculos, pois existem
outras carências, não tão imediatamente intuitivas, a serem equacionadas além das
necessidades corporais.
“Architecture problems are, indeed, far too complex and deeply existencial to be dealt
with in a soley conceptualised and racional manner.” p.7 the thinking hand
“O lar não é um simples objeto ou um edifício, mas uma condição complexa e difusa,
que integra memória e imagens, desejos e medos, o passado e o presente.” Habit p18
A natureza humana através do sensível e dos seus estados emotivos, é de certa forma,
incerta e irregular… algo inconstante em contradição à estabilidade que a comodidade
constante do lar requer. Portanto o estado de inquietação da natureza metafísica
humana, é de certa forma, um antagonismo ao estado de comodidade devido ao
desequilíbrio que propícia. MELHOR
(_PERGUNTA - Bipolaridade)
Admitindo este raciocínio como veracidade, utopicamente é difícil imaginar o lar onde
o conforto físico e o lado metafisico subsistam em total e perfeita harmonia, tendo em
conta que são dois conceitos um tanto bipolares, onde a instabilidade da natureza
metafisica pode por em questão a serenidade que o conforto do lar requer. MELHOR
Será que no contexto habitacional pode existir um estado de conforto absoluto que
despreze o fator emocional humano, ou seja, pode existir uma quietação emocional não
pondo dessa forma em causa o conforto do lar?
(_referenciar)
MELHOR
As emoções eram consideradas uma ameaça a uma governação que procurava a máxima
eficiência social através de uma unificação coletiva, estabelecidos por um único
individuo, e portanto foram abolidos os valores da humanidade individual.
já que a variedade e singularidade das emoções permitem que cada um seja distinto, ou
seja, incitam a variedade e a imprevisibilidade da individualidade pessoal.
Nestas distopias, o lar (que talvez nem possa ser assim nomeado conforme a definição
no contexto atual) perdia totalmente a personalidade e identidade pessoal; sem
qualquer tipo de barreiras visuais tornava-se algo totalmente transparente ao exterior,
totalmente exposto ao plano social, de forma a retrair a figura pessoal.
LIGAR
Portanto faz sentido pensar num estado de quietação emocional absoluta em vista no
objetivo de conseguir o maior bem-estar para a habitação, já que esse estado requer a
criação de um tipo de ser humano que não existe?
(_QUESTIONAR Passividade emociona)
Talvez não faça sentido já que, provavelmente, a quietação emocional absoluta só pode
subsistir num esboço duma arquitetura e sociedade utópica, só viável paralelamente à
existência de um impossível estado emocional vegetativo do usuário da arquitetura. Ou
seja, o homem teria de se tornar em algo que não o é atualmente, algo que o aproximava
à eficácia fria de uma máquina, paralelamente à existência de uma realidade onde não
subsistissem os instáveis estados emocionais do homem.
Então será que o conforto absoluto não passa de uma Utopia? Se assim o é, então não
é um conceito absoluto, mas sim algo muito importante a considerar mas em paralelo a
outras variáveis também importantes. MELHOR (Questão de valor?)
(_Comodidade física?)
(_OBRAS PÚBLICAS)
E no contexto arquitetónico das obras públicas (outra palavra) talvez seja onde a questão
se revela com mais facilidade.
As obras públicas procuram uma maior abertura e relação com a envolvente, de forma a
se integrar da melhor forma possível com o plano social, portanto a relação com o
público exterior, com a sociedade, e o ocupante interior é muito importante, e portanto
claramente distinto da habitação particular. MELHOR
Para criar tal interação, e muitas vezes protagonismo, o programa público trabalha com
outros meios de forma a ser mais impactante e dialogante. MELHOR Por exemplo a luz,
a escala, ….
(_referenciar)
Logo, consequentemente ao tentar criar maior interação social com o público deixa o
conforto físico para segundo plano. MELHOR
Até porque muitos do tempo despendido nesses espaços é uma ínfima percentagem em
comparação ao lar, e portanto faz sentido o tipo de prioridades no planeamento ser um
tanto distinto. (Questão temporal?)
(_Catedral Gótica)
Por exemplo, a catedral Gótica procura explorar conceitos como a luz e a verticalidade
dos seus constituintes, que certamente poderiam ser postos em causa se a comunidade
física fosse fator primordial, todavia essas conceções são utilizadas para criar um
misticismo no ambiente da igreja, importante tendo em conta a representatividade do
espaço considerado sagrado.
_falar do emocional
Capela Zumthor
Portanto no contexto da obra pública, a comodidade não requer apenas respostas físicas
às necessidades corporais, mas também, neste caso, uma interação com o estado
emocional humano a fim de garantir
Mas é importante que assim o seja porque a obra pública tem uma abertura, um diálogo
muito mais direto com o coletivo exterior à obra
teriam de tornar o homem em algo que não é, pelo menos do momento. Uma mudança
que tornaria o homem em algo próximo de uma máquina.
Então como é que esta dualidade deve-se comportar no contexto íntimo do lar? Esse
tipo de arquitetura deve se servir da natureza emocional para criar um espaço mais
dinâmico ou interativo?
Esse tipo de interatividade interessa para a arquitetura do lar?
A arquitetura do lar, em comparação à pública, tem de ser muito mais introspetiva, mais
focada no sujeito alvo e não numa generalidade de sujeitos. A comodidade física é
certamente algo que nunca pode ser desconsiderado, mas como já esclarecido, também
não pode ser uma procura obsessiva por tal conceito, pois o sujeito, é muito mais que
aspetos físicos, e portanto a arquitetura tem também de se preocupar com tais fatores.
(-Referenciar)
ARQUITETURA GENERICA?
Portanto não
MOVIMENTO MODERNO
Singularidade
Individualidade - Diferenças
Por isso pouco importa pensar se são compatíveis ou não, já que existem em conciliação.
Como intervir?
Este lado metafísico é algo que traz alguma instabilidade ao ser, algo disruptivo à
regularidade da vida e da arquitetura, talvez seja esse o seu papel, trazer algum tipo de
disrupção e um novo dinamismo à ordem.
E portanto, não é o papel da arquitetura tentar alterar a natureza humana, apenas tem
de a aceitar, e se moldar em seu propósito.
INTERNOS / EXTERNOS
PROVOCAR EMOÇÃO?