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CONHEÇA AS PRINCIPAIS

ETAPAS QUÍMICAS NA
INDÚSTRIA DE CELULOSE
E PAPEL

Processos Químicos Industriais II


POLPAÇÃO QUÍMICA

• Os cavacos são cozidos em licores ou lixívias, isto é, em


soluções aquosas contendo um ou diversos reagentes e em
alta temperatura. Os processos químicos podem ser
classificados em: ácido (pH entre 1 e 3), bissulfito (4,5),
neutro (entre 6 e 10) e alcalino (entre 11 e 14). Entre os
alcalinos, há o sulfito, soda e sulfato ou Kraft. No Brasil, a
grande maioria é pelo processo Kraft que mistura
hidróxido e sulfeto de sódio e carbonato, sulfito e
tiossulfato de sódio. A polpação visa separar as fibras das
madeiras umas das outros e da lignina, que aglutina as
fibras, com o mínimo prejuízo às propriedades das fibras
Branqueamento das pastas
celulósicas
• É uma seqüência de tratamentos físicos e químicos para
melhorar algumas propriedades celulósicas, como alvura,
limpeza e pureza química. No branqueamento de pastas
químicas, das quais a maior parte da lignina foi removida na
polpação, a remoção de cor atinge apenas a lignina
remanescente e seus derivados.

• É um mercado dominado anteriormente pelo cloro e com


ascensão para o peróxido de hidrogênio, oxigênio, dióxido de
cloro e ozônio.
Colagem interna

Para ganhar a propriedade de resistência à penetração de


líquidos, os papéis precisam passar pelo processo chamado
colagem interna, no qual colas à base de breu, silicones,
polietilenos, perfluorcarbonetos e colas sintéticas são adicionados
à massa, ainda durante sua preparação, para impermeabilizar o
papel. Hoje, porém, a maioria das empresas aderiu à chamada
colagem alcalina, na qual uma formulação à base de carbonato
de cálcio ou de caulim com pH alto, com agentes colantes como o
AKD e o ASA substituindo os breus, permitem papéis mais alvos,
com menor gramatura e menor geração de efluentes, entre outras
vantagens.
Colagem superficial
• Envolve a aplicação de substâncias que
formam película na superfície das folhas de
papéis e papelões em fase de acabamento.

• São utilizados amidos modificados, gomas,


alginatos, álcool vinílico, metil celulose,
carboximetilcelulose, entre outros.
Adição de corantes e pigmentos

Há duas maneiras de colorir o papel. A


primeira é adicionar o corante à massa
antes da formação da folha, ou aplicá-lo
superficialmente após a formação.

O pigmento, menos usado, é fixado


sobre as fibras mediante ligações
eletrostáticas.
Retenção
O teor de finos de uma massa afeta as propriedades
ópticas, de superfícies e de resistência do papel. Além
disso, as partículas finas não-retidas passam para o
sistema de água branca, provocando problemas de
recuperação e manuseio, poluindo os efluentes.

Para se reter as partículas coloidais e finos das fibras,


adicionam-se coagulantes, floculantes e
micropartículas (estas e alguns tipos de papéis com
colagem neutra e alcalina).

Por muito tempo, foi usado o sulfato de alumínio como


coagulante, hoje predominam os polieletrólitos
orgânicos.
Revestimento
É o processo final de revestimento de papéis
especiais, sobretudo o do tipo couché, em
que um equipamento chamado coater aplica
uma formulação baseada em látex (estireno-
butadieno) para dar printabilidade e brilho ao
papel.

Além do látex, a formulação engloba cargas


minerais, modificadores reológicos, biocidas e
outros aditivos.
Resistência
É etapa na qual são adicionados agentes para aumentar
a resistência a seco e a úmido do papel. Os agentes de
resistência a úmido são largamente utilizados nos
papéis toalha e guardanapos, evitando que um
guardanapo se desmanche e quebre quando se limpa a
boca, por exemplo.

Estes agentes também são importantes para aumento


de resistência dos papéis durante a etapa de impressão
e para aumento de resistência em papéis de
embalagem, permitindo muitas vezes a substituição de
fibras.

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