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Direito Administrativo - pdf-1 PDF
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DISCIPLINA
Fundamentos de Direito Administrativo
CONTEUDISTAS
ARLINDO da Cunha Medina Neto - Ten Cel QOPM
Eric BARROS Menezes - Cap QOPM
FORMATAÇÃO
JOELSON Pimentel da Silva
• 2017•
SUMÁRIO
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
punição de cuja natureza depende da gravidade da até o emprego da força pública para seu normal
falta cometida. cumprimento, quando houver resistência por parte do
Ressalta-se também que uma infração penal administrado.
pode também ensejar uma punição administrativa.
4.3 Abuso de Poder (ou Abuso de Autoridade):
4.2.5 Poder Regulamentar (ou Normativo):
Embora a atividade normativa seja típica do Ocorre sempre que uma autoridade ou um
Legislativo, o Executivo atipicamente pode expedir agente público, embora competente para a prática de
regulamentos e outros atos normativos de caráter um ato, ultrapassa os limites das suas atribuições ou se
geral e de efeitos externos para melhor se estruturar e desvia das finalidades administrativas.
funcionar e oferecer fiel execução à lei. O abuso de poder (ou abuso de autoridade)
como todo ilícito, reveste as formas mais diversas. Ora
4.2.6 Poder de Polícia: É a atividade da se apresenta ostensivo como a truculência, às vezes
Administração Pública que, limitando ou disciplinando dissimulado como o estelionato, e não raro encoberto
direitos, interesses ou liberdades individuais dos na aparência ilusória dos atos legais. Em qualquer
particulares, regula a prática do ato ou abstenção de desses aspectos - flagrante ou disfarçado - o abuso do
fato, em razão do interesse da coletividade. poder é sempre uma ilegalidade que invalida o ato que
A Administração exerce o poder de polícia sobre o contém.
todas as atividades que possam, direta ou
indiretamente, afetar os interesses da coletividade. O
O uso do poder é lícito, o abuso é sempre ilícito.
poder de polícia é exercido por todas as esferas da
Federação.
É o mecanismo de frenagem de que dispõe a O abuso de poder reparte-se em duas espécies:
Administração para coibir os abusos do direito o excesso de poder e o desvio de finalidade.
individual. a) Excesso de Poder: Ocorre quando a
A extensão do poder de polícia é hoje muito autoridade, embora competente para praticar o ato,
ampla, abrangendo desde a proteção à moral e aos vai além do permitido e exorbita no uso de suas
bons costumes, a preservação da saúde pública, a faculdades administrativas. Excede, portanto, sua
censura de espetáculos públicos, a segurança das competência legal e, com isso, invalida o ato, porque
construções e dos transportes, a manutenção da ninguém pode agir em nome da Administração fora do
ordem pública em geral. que a lei lhe permite. O excesso de poder torna o ato
arbitrário, ilícito e nulo, pois retira a legitimidade da
4.2.6.1 Limitações do Poder de Polícia: conduta do administrador, colocando-o na ilegalidade
a) Necessidade: O Poder de polícia só deve ser e até mesmo no crime de abuso de autoridade. Ex.
adotado para evitar ameaças reais ou prováveis de Conduzir preso algemado em desacordo com a lei.
perturbações ao interesse público; b) Desvio de Finalidade (ou de Desvio de
b) Proporcionalidade: é a exigência de uma Poder): Verifica-se quando a autoridade, embora
relação entre a limitação ao direito individual e o atuando nos limites de sua competência, pratica o ato
prejuízo a ser evitado; por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela
c) Eficácia: A medida deve ser adequada para lei ou exigidos pelo interesse público.
impedir o dano ao interesse público. Ex: Quando a autoridade pública decreta uma
desapropriação alegando utilidade pública, mas
4.2.6.2 Atributos do Poder de Polícia: visando, na realidade, a satisfazer interesse pessoal
a) Discricionariedade: Consiste na livre escolha próprio ou favorecer algum particular com a
pela Administração Pública dos meios adequados para subsequente transferência do bem expropriado.
exercer o poder de polícia, bem como, de empregar os 5 ATO ADMINISTRATIVO
meios conducentes a atingir o fim desejado, que é a
proteção de um interesse público. 5.1 Conceito:
b) Autoexecutoriedade: É a faculdade da É uma espécie de ato jurídico. É toda
Administração de decidir e de executar direta e manifestação unilateral de vontade da Administração
imediatamente seus atos, sem necessidade de Pública, que agindo nessa qualidade, tenha por fim
recorrer, previamente, ao Poder Judiciário. imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,
c) Coercibilidade: É a imposição imperativa do extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
ato da Administração a seu destinatário, admitindo-se administrados ou a si própria.
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5.5.2 Atos Inexistentes, Atos Nulos e Atos 6.2 Princípios do Processo Administrativo
Anuláveis:
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9.4 Condições de Ingresso13: art. 1º da Lei 14.113, de 12 de maio de 2008). XII – ter
conhecimento da legislação militar, conforme dispuser o
edital do concurso; (Inciso com redação dada pela Lei nº
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“Art.10. O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de 16.010, 05 de maio de 2016.) XIII - ter obtido aprovação em
Bombeiros Militar do Ceará dar-se-á para o preenchimento todas as fases do concurso público, que constará de 3 (três)
de cargos vagos, mediante prévia aprovação em concurso etapas: (Redação dada pelo art. 1º da Lei 14.113, de
público de provas ou de provas e títulos, promovido pela 12/05/2008). a) a primeira etapa constará dos exames
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social em conjunto intelectuais (provas), de caráter classificatório e eliminatório,
com a Secretaria do Planejamento e Gestão, na forma que e títulos, quando estabelecido nesta Lei, esse último de
dispuser o Edital do concurso, atendidos os seguintes caráter classificatório; (Alínea incluída pelo art. 1º da Lei
requisitos cumulativos, além dos previstos no Edital: 14.113, de 12/05/2008). b) a segunda etapa constará de
(Redação dada pelo art. 1º da Lei 14.113, de 12/05/2008). I - exames médico-odontológico, biométrico e toxicológico, de
ser brasileiro; II – ter, na data de inscrição no curso de caráter eliminatório; (Alínea incluída pelo art. 1º da Lei
formação para o qual convocado, idade igual ou superior a 14.113, de 12/05/2008). c) a terceira etapa constará do
18 (dezoito) anos e, na data de inscrição no concurso: (Inciso Curso de Formação Profissional de caráter classificatório e
com redação dada pela Lei nº 16.010, 05/05/2016.) a) idade eliminatório, durante o qual serão realizadas a avaliação
inferior a 30 (trinta) anos, para as carreiras de praça e oficial psicológica, de capacidade física e a investigação social,
do Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, ou Quadro todos de caráter eliminatório; (Alínea incluída pelo art. 1º da
de Oficiais Bombeiros Militares - QOBM; (Alínea com Lei 14.113, de 12/05/2008). XV – ser portador da carteira
redação dada pela Lei nº 16.010, 05/05/2016.) b) idade nacional de habilitação classificada, no mínimo, na categoria
inferior a 35 (trinta e cinco) anos, para a carreira de oficial “B”, na data da matrícula no Curso de Formação Profissional.
do Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar - QOSPM, (Inciso com redação dada pela Lei nº 16.010, 05 de maio de
Quadro Complementar Bombeiro Militar - QOCPM/BM e 2016.) CONTEÚDO DO EDITAL DO CONCURSO §1º O Edital do
Quadro de Oficiais Capelães - QOCplPM/BM. (Alínea com concurso público estabelecerá os assuntos a serem
redação dada pela Lei nº 16.010, 05 de maio de 2016.) abordados, as notas e as condições mínimas a serem
NOTA: Quadro de Oficial Complementar foi extinto na PMCE. atingidas para obtenção de aprovação nas diferentes etapas
No Corpo de Bombeiros não existe Quadro de Oficiais do concurso e, quando for o caso, disciplinará os títulos a
Capelães. III - possuir honorabilidade compatível com a serem considerados, os quais terão apenas caráter
situação de futuro militar estadual, tendo, para tanto, boa classificatório. (Redação dada pelo art. 1º da Lei 14.113,
reputação social e não estando respondendo a processo de/05/2008). CONDIÇÕES DE APROVAÇÃO NO CONCURSO
criminal, nem indiciado em inquérito policial; IV - não ser, §2º Somente será aprovado o candidato que atender a todas
nem ter sido, condenado judicialmente por prática exigências de que trata o parágrafo anterior, caso em que
criminosa; V - estar em situação regular com as obrigações figurará entre os classificados e classificáveis. §4º Para
eleitorais e militares; VI - não ter sido isentado do serviço aprovação no Curso de Formação Profissional, a que se
militar por incapacidade definitiva; VII - ter concluído, na refere a alínea “c” do inciso XIII, deste artigo, o candidato
data da posse, o ensino médio para ingresso na Carreira de deverá obter pontuação mínima na Avaliação de Verificação
Praças e curso de nível superior para ingresso na Carreira de de Aprendizagem e na Nota de Avaliação de Conduta,
Oficiais, conforme dispuser o edital, ambos reconhecidos conforme estabelecido no Plano de Ação Educacional – PAE,
pelo Ministério da Educação; (Inciso com redação dada pela do respectivo curso, a cargo da Academia Estadual de
Lei nº 16.010, 05/05/2016) VIII - não ter sido licenciado de Segurança Pública do Ceará – AESP/CE.” (NR) (Parágrafo com
Corporação Militar ou das Forças Armadas no redação dada pela Lei nº 16.010, de 05/05/2016.)”
comportamento inferior ao “bom”; IX - não ter sido demitido,
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excluído ou licenciado ex officio “a bem da disciplina”, “a Art. 37, I, da CF/1988: “os cargos, empregos e
bem do serviço público” ou por decisão judicial de qualquer funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
órgão público, da administração direta ou indireta, de preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
Corporação Militar ou das Forças Armadas; X - ter, no aos estrangeiros, na forma da lei;”.
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mínimo, 1,62 m de altura, se candidato do sexo masculino, e Art. 12, § 3º, da CF/1988: “§ 3º - São privativos de
1,57m, se candidato do sexo feminino; XI - se do sexo brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente
feminino, não estar grávida, por ocasião da realização do da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III
Curso de Formação Profissional, devido à incompatibilidade - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do
desse estado com os exercícios exigidos; (Redação dada pelo Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de
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10 SERVIÇO PÚBLICO
10.1 Conceito:
10.2 Classificação:
FIGURA 6 - Serviço Público Geral (Segurança Pública)
a) Direto ou centralizado: Quando estiver sendo
prestado pela Administração Direta do Estado. Ex. 11 BENS E DOMÍNIO PÚBLICOS
Segurança Pública.
b) Indireto ou descentralizado: Ocorre quando São todos os bens que pertencem às pessoas
não estiver sendo prestada pela Administração Direta jurídicas de Direito Público, isto é, União, Estados,
do Estado, esta o transferiu, descentralizou a sua Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações
prestação para a Administração Indireta ou terceiros Públicas. O Domínio Público em sentido amplo é o
fora da Administração. Ex. Autarquias. poder de dominação ou de regulamentação que o
Estado exerce sobre os bens do seu patrimônio (bens
10.3 Modalidade: públicos), ou sobre os bens do patrimônio privado
(bens particulares de interesse público), ou sobre as
a) Próprios: São os serviços públicos inerentes à coisas inapropriáveis individualmente, mas de fruição
soberania do Estado. geral da coletividade (res nullius).
Ex: A defesa nacional, a polícia judiciária, a
polícia ostensiva, o judiciário, etc. 11.1 Espécies:
b) Utilidade Pública: São os considerados úteis
ou convenientes. a) Bens de Uso Comum (ou de Domínio
Ex: O transporte coletivo, fornecimento de Público): São os bens que se destinam à utilização
energia, etc. geral pela coletividade.
Ex: Ruas, praças, mares, rios, estradas, etc.
b) Bens de Uso Especial (ou do Patrimônio
Administrativo Indisponível): São os bens destinados à
básica dos vencimentos inerentes ao posto ou graduação do
policial-militar da ativa”. execução dos serviços administrativos e serviços
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Art. 6º da Lei n° 13.035, de 30/06/00: “Em substituição às públicos em geral.
espécies remuneratórias extintas no artigo anterior, ficam Ex: Prédios das repartições, escolas públicas,
instituídas: I - a Gratificação Militar - GM, nas referências e valores quartéis e viaturas da PMCE, etc.
constantes do Anexo II desta Lei, que será concedida aos policiais
militares e aos bombeiros militares, em razão de sua formação
c) Bens Dominicais (ou do Patrimônio
militar. II - a Gratificação de Qualificação Policial - GQP, nas Disponível): São os bens, que embora constituam o
referências e valores constantes do Anexo II desta Lei, que será patrimônio público, não possuem uma destinação
concedida aos policiais militares, em razão de sua qualificação para pública determinada ou um fim administrativo
o desempenho da atividade de polícia ostensiva e da preservação específico.
da ordem pública”.
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Art. 1º da Lei nº 15.114, de 16/02/12: “Art. 1º Fica criada Ex: terras devolutas (são terras públicas sem
a Gratificação de Desempenho Militar - GDM, no valor de R$ 920,18 destinação pelo Poder Público e que em nenhum
(novecentos e vinte reais e dezoito centavos), já incluído o momento integraram o patrimônio de um particular,
percentual do índice de revisão geral concedido em janeiro de 2012,
sendo devida a partir de 1º de janeiro de 2012”.
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ainda que estejam irregularmente sob sua posse), bens • Resume-se na composição de danos, não se
móveis inservíveis, prédios públicos desativados, etc. trata de responsabilidade penal.
A responsabilidade civil, também dita
11.2 Características dos Bens Públicos: extracontratual, tem como pressuposto o dano e se
a) Inalienabilidade: É característica original do exaure com a indenização. Significa dizer que sem
bem público que restringe de forma efetiva a dano não existe responsabilidade civil.
possibilidade de sua alienação. Esta característica não
se apresenta de modo absoluto, ou seja, pode ser 12.1 Responsabilidade Objetiva:
mudada através de lei.
b) Imprescritibilidade: Decorre como A Administração responde com base no conceito
consequência lógica de sua inalienabilidade originária. de nexo de causalidade, que consiste na relação de
E é fácil demonstrar a assertiva: se os bens públicos causa e efeito existente entre o fato ocorrido e as
são originariamente inalienáveis, segue-se que conseqüências dele resultantes.
ninguém os pode adquirir enquanto guardarem essa Verifica-se numa conduta comissiva (ação)
condição. Daí não ser possível à invocação de praticada pelo agente público.
usucapião sobre eles. Ex: Tiro de um policial que acerta um particular.
c) Impenhorabilidade: Os bens públicos não Conforme art. 37, § 6º, da CF/198821, no caso de
estão sujeitos a serem utilizados para satisfação do culpa ou dolo do agente público, a Administração
credor na hipótese de não-cumprimento da obrigação Pública poderá cobrar do mesmo a indenização que foi
por parte do Poder Público. Decorre de preceito obrigado a pagar (direito de regresso).
constitucional que dispõe sobre a forma pela qual
serão executadas as sentenças judiciárias contra a 12.2 Responsabilidade Subjetiva:
Fazenda Pública, sem permitir a penhora de seus bens.
Admite, entretanto, o sequestro da quantia necessária Diante de uma omissão do Estado a
à satisfação do débito, desde que ocorram certas responsabilidade deixa de ser objetiva e passa a ser
condições processuais através de precatório. subjetiva.
d) Não-oneração: É a impossibilidade dos bens Verifica-se de uma conduta omissiva (omissão)
públicos serem gravados com direito real de garantia do Estado.
em favor de terceiros. Os bens públicos não podem ser Ex: Casa alagada em decorrência de enchentes
objeto de Hipoteca. causadas por fortes chuvas, demonstrado o dolo ou a
culpa do Estado em não limpar os bueiros para facilitar
o escoamento das águas.
12 RESPONSABILIDADE DO ESTADO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANEXOS:
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Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP/CE
Curso de Formação Profissional para a Carreira de Praças Policiais Militares – CFPCP/PM
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3. EMPRESAS PÚBLICAS:
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Portaria nº202/2012*.
(Publicada no DOE nº. 043, de 02/03/12 e
transcrita no BCG nº. 044, de 05/03/12)
Punição de Praça.
O CONTROLADOR-GERAL DE DISCIPLINA, no uso
das atribuições que lhe confere o art.5º, I, da Lei
Complementar nº98, de 13 de junho de 2011 c/c
Art.32, I da Lei nº13.407, de 21 de novembro de 2003
e, CONSIDERANDO os fatos constantes na Sindicância
SPU nº11789180-0, visando apurar a responsabilidade
disciplinar do SD PM FULANO DE TAL DOS ANZÓIS
PEREIRA, por ter chegado atrasado ao expediente da
CGD, nos dias 07, 08 e 10 de novembro, onde passou
pouco tempo indo embora logo em seguida, sem
autorização e ter faltado o serviço no dia 11 de
novembro. CONSIDERANDO que o acusado, nas
alegações de defesa, não apresentou tese com força
suficiente para demover os fatos que depõem contra
si; CONSIDERANDO o relatório do Sindicante às fls.
43/44, cujo entendimento pautado nos princípios que
regem o devido processo legal, foi sugerir a aplicação
de sanção disciplinar, RESOLVE: Punir com 02 (dois)
dias de PERMANÊNCIA DISCIPLINAR ao SD PM FULANO
DE TAL DOS ANZÓIS PEREIRA - matrícula funcional
nº123.456-7-8, de acordo com o art.42, III da Lei
nº13.407/03, e ingressará no comportamento ÓTIMO,
pelos atos contrários aos valores e deveres militares,
bem como terem infringido as regras contidas no
art.7º, III, IV, V e VII, no art.8º, VIII, X, XIII, XIV, XV, XVIII
e XXXVI, bem como as transgressões disciplinares
previstas no Art.13, §1º, XLIII, §2º, XVIII, XX e XXV, e
§3º, X e XI, todos do Código Disciplinar da Polícia
Militar. PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE E CUMPRA-SE.
CONTROLADORIA GERAL DE DISCIPLINA - CGD, em
Fortaleza, 14 de fevereiro de 2012. Servilho Silva de
Paiva - CONTROLADOR GERAL DE DISCIPLINA DOS
ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA E SISTEMA
PENITENCIÁRIO.
*** *** ***
(*) Os dados do PM sancionado foram alterados
para preserva-lhe a identidade.
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ANEXO C
Disponível em:
<http://entendeudireito.blogspot.com.br/2012/03/formas-de-provimento direito.html>. Acesso em: 30
mar. 2012.
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FUNDAMENTOS PSICOSSOCIAIS DA ATIVIDADE POLICIAL
ANEXO D
“(…) reputo não haver que se falar em manifesta ilegalidade em ato emanado de superior hierárquico
consistente em determinar a subordinado que se dirija à cadeia pública, a fim de reforçar a guarda do local. Por
outro lado, tenho para mim que a obediência reflete um dos grandes deveres do militar, não cabendo ao
subalterno recusar a obediência devida ao superior, sobretudo levando-se em conta os primados da hierarquia e
da disciplina. Ademais, inviável delimitar, de forma peremptória, o que seria, dentro da organização militar,
ordem legal, ilegal ou manifestamente ilegal, uma vez que não há rol taxativo a determinar as diversas atividades
inerentes à função policial militar. Observo ainda que, levando-se em conta a quadra atual a envolver os presídios
brasileiros, com a problemática da superpopulação carcerária em contraste com a escassez de mão de obra,
entendo razoável a participação da Polícia Militar em serviços de custódia e guarda de presos, sobretudo a fim
manter a ordem nos estabelecimentos prisionais. Por fim, emerge dos documentos acostados aos autos que a
ordem foi dada no sentido de reforçar a guarda, temporariamente, em serviços inerentes à carceragem, e não
para substituir agentes penitenciários como afirma a defesa.” (HC 101.564, voto do Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 30-11-2010, Segunda Turma, DJE de 15-12-2010.)
Jurisprudência do STF sobre ordem ilegal no âmbito da Polícia Militar. [S.l.] 01 jun. 2011.
Disponível em:
<http://forcapolicial.wordpress.com/2011/06/01/jurisprudencia-do-stf-sobre-ordem-ilegal-no-ambito-da-
policia-militar/>. Acesso em: 30 mar. 2012.
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ANEXO E
FONSECA, Victor. Questões Etárias na Hierarquia PM. [S.l.] 26 mar. 2012. Disponível em:
<http://abordagempolicial.com/2011/03/questoes-etarias-na-hierarquia-pm/>. Acesso em: 30 mar. 2012.
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ANEXO F
ABORDAGEM POLICIAL
Duração: 8’20’’
“O primeiro episódio da Série Nota 10 Segurança Pública trata de abordagem policial. A abordagem policial
costuma ser a situação mais delicada, e também a mais emblemática, da relação entre polícia e população. Nesse
momento, o cidadão comum, fora da situação de crime, tem uma experiência pessoal com a polícia. Para o
policial, é o momento em que ele tem que estar preparado para todas as possibilidades; para o abordado, é o
momento em que ele se descobre percebido como suspeito. Por que um procedimento tão corriqueiro e previsto
por lei, tornou-se tão polêmico?
A série Nota 10 Segurança Pública apresentará um painel dos principais temas debatidos hoje no campo da
segurança pública: a relação entre civis e policiais, a identidade das nossas polícias, o trabalho realizado por elas,
sua eficiência, o protagonismo da juventude nas questões relacionadas à violência, a participação cidadã. Num
passeio por esses assuntos, conheceremos experiências bem sucedidas de combate a violência e ouviremos todas
as vozes interessadas na produção de políticas segurança pública”. (Texto original do site).
Produtora: Pindorama.
Consultoria: Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
(*) Vídeo extraído do You tube, que foi enviado por canal Futura em 14/08/09.
Série Nota 10 Segurança Pública (Episódio 1). Canal Futura, 2009. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=xEkCi2wRbk4&feature=plcp&context=C4005f1fVDvjVQa1PpcFPaQ_aTKl1Gt
DB6j11MJBGW2Fln9hRYcYE=> Acesso em: 30 mar. 2012.
ATIVIDADE PROPOSTA:
1) Quais dos poderes administrativos é exercido mais notoriamente na abordagem policial e quais são o
seus atributos?
2) Como qualquer outro ato administrativo, o de polícia deve conter alguns requisitos. Quais são os
requisitos da abordagem policial?
3) Quais são as limitações desse poder?
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RESPOSTAS:
1) O Poder de Polícia.
a) Discricionariedade: A polícia decide realizar buscas em áreas e horários com acentuado índice de
criminalidade em pessoas que se encontram em atitude suspeita, utilizando-se de efetivo, viaturas, armamento e
materiais que julga adequados.
b) Autoexecutoriedade: A decisão de realizar a busca é direta e imediata do policial que se depara com
alguém em atividade suspeita, sem necessidade de participação do Poder Judiciário.
c) Coercibilidade: Caso o administrado apresente resistência a ser revistado, o policial poderá empregar a
força necessária para o normal cumprimento da busca.
a) Competência: A Constituição Federal estabeleceu que às Polícias Militares são competentes para adoção
de iniciativas que garantam a preservação da Ordem Pública, dentre elas se pode citar a abordagem policial. O
exercício do Poder de Polícia não é facultado à nenhum particular.
b) Forma: É o aviso, através de sinais ou de voz, e a atuação do policial para a realização da abordagem.
c) Motivo: Nada mais é do que o pressuposto do ato em si, no caso a abordagem é resultante da realidade
fática em que se verificou: atitude suspeita, fundada suspeita, flagrante delito, ordem de serviço ou mandado
judicial.
d) Objeto (conteúdo): É a materialização da decisão do policial em realizar a abordagem policial. É a própria
abordagem.
e) Finalidade: O ato não pode ter outro interesse que não o coletivo, quando se limita o direito de ir e vir
do cidadão que é abordado.
a) Necessidade: A abordagem policial é necessária para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações
ao interesse público, em face do autor de um delito, durante uma prisão em flagrante, no contexto da repressão
imediata, nesse caso caracterizada como busca pessoal processual, ou por iniciativa policial, mesmo sem
mandado judicial, baseada em “fundada suspeita”, tratando-se de busca mediante seleção de quem será
revistado, fundamentada no Código de Processo Penal (CPP).
b) Proporcionalidade: Somente pelo tempo necessário a realização da abordagem o administrado tem
limitado o seu direito individual, a fim de se evitar que pessoas circulem com armas, drogas, objetos furtados e
materiais que ponham em risco a coletividade.
c) Eficácia: Em razão da versatilidade do emprego da abordagem policial, ela é considerada atualmente o
principal procedimento operacional das polícias militares, trazendo resultados expressivos e contabilizáveis como
prisões, apreensões de drogas e armas, recuperação de veículos e libertação de reféns de sequestros relâmpagos.
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