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Aproveitamento dedefontes
Instituto Politécnico Leiria Renováveis
Cristhian Apolo Apolo
em
mail: crist-ap@hotmail.com
Redes Isoladas
Abstract the use of electric energy production systems from
renewable sources is increasing, especially in remote regions.
The use of the sources is subject to its availability. It is necessary
to determine the overall power based on available resources in
the area. This document analyzes the various uses and existing
technologies to supply electricity in an isolated system. In
addition, it will present the main differences between the
solutions and technologies in the market, providing a number of
alternatives for self-sufficient energy.
Palabras Chave— renewable sources, isolated system.
I INTRODUÇÃO
E xiste actualmente um percentagem significativa de
comunidades ou locais remotos, que não têm acesso ao
fornecimento de energia elétrica, e que dependem
principalmente de combustíveis fósseis para gerá-la. Isto
representa certas desvantagens em termos de fatores
económicos e ambientais. Para atender a essas exigências,
especialmente em zonas remotas que não estão ligadas ao
sistema elétrico, é possível incorporar tecnologias para
aproveitar os recursos naturais da região e produção de
electricidade, reduzindo os custos económicos e de impacto
ambiental através de um menor consumo de combustível e
redução emissões de CO2.
O uso de recursos renováveis para a geração de eletricidade
(água em movimento, vento, solar, biomassa), não podem ser
armazenados em grande escala, portanto, deve ser usado onde
e quando elas estiverem disponíveis. Frequentemente esta
disponibilidade de recursos não está relacionada com a
procura de eletricidade, ou seja, a capacidade máxima de
geração poderia ocorrer nas horas em que a procura total tem
níveis mínimos ou anti-horário. Por isso, é conveniente a
contribuição de duas ou mais fontes de energia renováveis,
bem como sistemas de armazenamento e controle para
melhorar o desempenho do sistema e manter um sistema
estável.
Neste documento, vamos enfatizar a tecnologias
fotovoltaicas e mini-eólica, as quais têm conseguido um
maior desenvolvimento e adaptação às diferentes exigências.
. conversão directa de energia solar em energia elétrica através
II SISTEMA ISOLADO
Entende-se por sistema isolado, que é capaz de produzir a
energia necessária para satisfazer as suas próprias consumo,
evitando ligação a uma rede de alimentação geral.
2.1 Sistema Isolado Individual
Este tipo de sistema está composto por um único
consumidor, pode ser uma habitação, instalações públicas ou
aplicação produtiva e pode ser limitada à prestação de
serviços básicos, com consumo de energia reduzido.
E-
2.2 Sistema Isolado Centralizado
Um sistema pode fornecer energia para diferentes
utilizadores que estão fisicamente agrupados denominando
sistema isolado centralizado onde distribuição de energia
elétrica é feito através de uma micro rede e é geralmente
produzidos por vários geradores próximos com diferentes
fontes primárias (sistema híbrido). Neste tipo de sistema a
gama de consumo é maior, e no caso de um crescimento
significativo da comunidade ou aumento da procura ocorrer
são justificados em termos económicos, esta mini rede pode
ser interligada à rede de alimentação geral. [1]
III APROVEITAMENTO DE GERAÇÃO RENOVÁVEL
A expansão dos serviços de eletricidade em regiões
remotas, tanto em países desenvolvidos como em vias de
desenvolvimento está profundamente relacionado com a
transformação do sector da energia, em particular o sector da
electricidade. No ambiente rural, a alternativa à extensão da
rede é a utilização de sistemas de auto-geração, mas não só
geradores convencionais (diesel), mas em fontes renováveis
de energia ou sistemas híbridos.
3.1 Tipos de aproveitamentos
Dependendo do serviço eléctrico necessário, distribuição
física de beneficiários e fontes primárias de energia
disponíveis, pode-se usar diferentes alternativas tecnológicas,
tais como: Biomassa, Geradores mini eólicos, Sistemas
fotovoltaicos, Geradores micro-hídricos Ou combinações
destes, incluindo sistemas híbridos, incorporando geradores à
base de combustíveis fósseis.
3.1.1 Aproveitamento Solar
O aproveitamento da energia gerada pelo sol, tanto como
fonte de calor quanto de luz, é hoje uma das alternativas
energéticas mais promissoras para prover a energia necessária
ao desenvolvimento humano. Existem 2 principais formas de
aproveitamento da radiação solar: a energia solar térmica e
fotovoltaica, esta última mais desenvolvida para aplicações de
geração de energia elétrica de pequena escala.
A utilização de energia fotovoltaica é feita através de
do chamado efeito fotovoltaico. Esta conversão tem lugar na
célula fotovoltaica, que é o elemento de base do processo de
conversão. [2]
Quando um fótão com energia suficiente atinge a célula
fotovoltaica, é absorvido pelos materiais semicondutores e
libera um elétrão, esse elétrão deixa atrás uma carga positiva
chamado lacuna, dando assim origem a um deslocamento de
cargas e produzindo uma corrente eléctrica (DC). Portanto,
quanto maior o número de fótões que atingem a célula, mais
numerosos os pares de electrões-lacuna produzido pelo efeito
fotovoltaico e, maior a quantidade de corrente produzida. A

Fig.1 mostra o efeito fotovoltaico.
Fig. 1 Geração de pares electron-lacuna pela incidencia de fótons no material
semicondutor chamado efeito fotocondutivo
3.1.2 Aproveitamento eólico
Trata-se do aproveitamento da energia cinética associada
ao movimento de uma massa de ar, isso é porque a terra
absorve de maneira não uniforme a radiação solar e causa o
deslocamento das massas de ar a partir de áreas de alta
pressão à baixa pressão. A intensidade do vento depende da
topografia da área e a rugosidade do solo, e poderá ser afetada
no seu percurso pelas diversas obstruções existentes no seu
trajeto, portanto possui um potencial de aproveitamento
elevado junto à zonas livres de obstáculos. [3]
Ao contrário dos sistemas eólicos de grande escala ligado à
rede, estes sistemas se colocam no local onde a energia será
consumida. Este facto faz com que turbinas para aplicações
isoladas normalmente operam com velocidades do vento
relativamente baixos, por isso são de menor capacidade
(menos de 100kW). A Fig.2 mostra o comportamento do
vento na presença de obstáculo.
Fig. 2 Comportamento do vento na presença de obstáculo
3.1.3 Aproveitamento Hídrico
Este tipo de aproveitamento utiliza a água em movimento
para produzir electricidade, o aproveitamento é feito por uma
turbina que converte a energia cinética da água em
movimento em energia mecânica de rotação, e por sua vez um
gerador acoplado à turbina converte esta energia mecânica em
energia elétrica. A potência a instalar num determinado
aproveitamento depende do valor da queda, ou desnível
topográfico e do caudal, de modo que esta informação torna-
se muito importante quando se escolhe o tipo de turbina. [1]
Podem ser diferenciadas pela seguinte classificação com
base na captação de água:
Água corrente: São sistemas que usam diretamente o leito
do rio, não têm reservas de água. Não é possível a regulação
de electricidade, pois o fluxo varia de acordo com regime
hidrológico anual.
2
De derivação: São aquelas instalações, que permite desviar
parte do fluxo do rio para um canal que conduz à central de
produção. Depois a água é devolvida ao rio.
Água represada: Acumulam água de rios, lagos através de
um reservatório. Neste tipo de sistema é possível regular o
fluxo de saída para ser utilizada quando for necessário.
De forma geral a tecnologia de micro e pico-centrais é
utilizada nos países em desenvolvimento para fornecimento
de eletricidade a comunidades isoladas para as quais a
extensão de rede é inviável. Na maioria dos casos não são
necessárias barragem ou reservatórios.
3.1.4 Utilização da Biomassa
A biomassa é a matéria orgânica de origem vegetal ou
animal, incluindo os desperdícios e resíduos orgânicos, capaz
de ser aproveitados energeticamente. A energia contida na
matéria orgânica provém de luz solar que é transformada em
energia bioquímica através da fotossíntese. Sendo
basicamente de carbono e hidrogénio que pode por sua vez ser
convertida em energia elétrica, térmica ou na forma de
combustível por vários processos.
Diferentes tipos de biomassa utilizam diferentes
tecnologias e processos para a produção de bioenergia:
Biomassa sólida: (como madeira e palha) pode ser
colocada através de processos, incluindo combustão, pirólise,
hidrólise ou gaseificação para produzir bioenergia.
Biogás: pode ser produzido a partir de resíduos orgânicos
através da fermentação anaeróbia e obtido a partir de gás de
aterro.
Biocombustíveis: são combustíveis produzidos a partir de
material vegetal que não sofreu processo de fossilização, e
que podem ser usados em motores a combustão interna ou
para a geração de energia.
IV SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA SISTEMAS
ISOLADOS
Há um número considerável de possibilidades para
implementar um sistema autónomo renovável, porque as
tecnologias desenvolvidas são extremamente flexíveis e
apropriadas para um grande número de aplicações. Existe
uma solução económica para a maioria das necessidades,
especialmente para sistemas que têm uma baixa margem e
potência média.
O processo de seleção consiste principalmente em avaliar a
procura atual de energia nos consumidores, como pode mudar
no futuro, e que recursos estão disponíveis na área,
considerando os aspectos técnicos e económicos para
encontrar a solução que se adapta às necessidades.
4.1 A tecnologia fotovoltaica
Um sistema fotovoltaico é constituido por um bloco gerador
(módulos fotovoltaicos), um bloco de condicionamento de
potencia (regulador de carga), bloco de armacenamento

(baterías) e opcionalmente um inversor. Para dar a conhecer
as diferentes configurações em um sistema fotovoltaico
apresenta-se uma definição básica dos componentes que
compõem. [2]
Módulo fotovoltaico (PV): é composto por células
fotovoltaicas conectados em arrangos (série e/ou paralelo)
para produzir tensão e corrente suficientes para a utilização
prática de energia, ao mesmo tempo em que promove a
proteção da células. A tecnologia actual tem disponíveis
painéis fotovoltaicos(PV) com diferentes níveis de tensão e
capacidade, de modo que eles podem ser interligados de
acordo com as especificações exigidas.
Banco de Baterias: é o elemento responsável por
armazenar a energia coletada pelos painéis (PV) durante o dia
para usá-lo no momento em que a produção de energia é
baixo ou nula (durante a noite).
Controlador de Carga: É um dispositivo encarregue para
monitorizar constantemente o estado de carga das bateria com
o objetivo de proteger a bateria (ou banco de baterias) contra
cargas e descargas excessivas, aumentando a sua vida útil. Os
Controladores de carga são componentes críticos em sistemas
fotovoltaicos isolados, pois, caso venham a falhar, a bateria
poderá sofrer danos irreversíveis.
Inversor: Um inversor é um dispositivo eletrónico que
fornece energia elétrica em corrente alternada (AC) a partir
de uma fonte de energia elétrica em corrente contínua (DC). A
energia DC pode ser proveniente, por exemplo, de baterias,
células a combustível ou módulos fotovoltaicos. A tensão AC
de saída deve ter amplitude, frequência e conteúdo harmónico
adequados às cargas a serem alimentadas.
4.1.1 Tipos de soluções
Os Sistemas Fotovoltaicos (SFV) podem ser classificadas
em duas categorias principais: isolados e ligadas à rede. Em
ambos os casos, podem operar a partir apenas da fonte
fotovoltaica ou combinados com uma ou mais fontes de
energia, quando são chamados de híbridos. A utilização de
cada uma dessas opções depende da aplicação e/ou da
disponibilidade dos recursos energéticos. Podem existir
sistemas isolados sem armazenamento (sistemas de
irrigação), e com armazenamento os quais podem ser
puramente fotovoltaicos ou hibridos.
Os sistemas isolados de geração de energia contam também
com uma unidade responsável pelo controle e
condicionamento de potência composta por inversor e
controlador de carga.
4.1.1.1 Abastecimento através da corrente DC
Este sistema permite a ligação de dispositivos que
funcionam apenas com corrente contínua, por isso está
limitado a um baixo consumo de energia em que, a
iluminação ou pequenos dispositivos pode ser a única carga
considerada. É constituída por modulos fotovoltaicos,
controlador de carga, e batería.
3
4.1.1.2 Abastecimento através da corrente DC-AC
Neste sistema, é adicionado um dispositivo inversor, que
permite a ligação de computadores e dispositivos em AC e
pode obter uma maior flexibilidade operacional no sistema,
porque geralmente tem um circuito em DC para iluminação, e
outro circuito para as cargas em AC. Esta configuração
apresenta a vantagem de manter o fornecimento de energia
aos equipamentos DC e à iluminação se ocorrer falha no
inversor. Como desvantagens tem-se a maior complexidade
no manutenção da instalação, os custos da instalação
associados com o circuito DC, a pior relação qualidade/preço
das luminárias DC em relação às luminárias AC. A Fig.3
mostra o esquema de sistema fotovoltaico isolado en DC-AC.
Fig. 3 Esquema Sistema Fotovoltaico isolado en DC e AC
4.1.1.3 Abastecimento através da corrente AC
Este sistema é composto pelos mesmos componentes que
um sistema DC e AC, mas, neste caso, todas as cargas devem
funcionar através da corrente AC. Isto é devido à
disponibilidade de dispositivos no mercado e os custos totais
de investimento. Utiliza, em relação à instalação
exclusivamente em DC., cablagens de menor secção e
equipamentos elétricos de maior disponibilidade no mercado,
além de melhor qualidade e eficiência, tanto de controle
quanto de consumo.
4.2 Tecnología minieólica
Um sistema eólico é constituído por vários componentes
que devem trabalhar em harmonia de forma a propiciar um
maior rendimento final. Este sistema é composto
principalmente por uma turbina eólica, um gerador, uma torre
de suporte, controlador de carga, inversor e bateria. Através
da rotação das pás, a turbina converte a energia cinética do
vento em movimento rotativo que acciona o gerador e
consequentemente produz electricidade. [4]
Para efeito de estudo global da conversão eólica devem ser
considerados os seguintes componentes:
Viento: Disponibilidade energética do local destinado à
instalação do sistema eólico.
Turbina de eólica: Atualmente a maioria de turbinas
fabricadas são de eixo horizontal, e têm 2, 3 e 6 pás com
várias características em termos de tensão e capacidade de
produção. Devido à sua maior desenvolvimento têm um
melhor desempenho e custos mais baixos do que as turbinas
de eixo vertical, embora a sua eficiência é reduzida ao operar
em regime turbulento. As turbinas de eixo vertical estão
sempre orientadas para o vento devido a sua simetria, são
menos sensíveis às condições de elevada turbulência e uma
menor produção de vibrações, estas características tornam

ideais para integração em áreas residenciais e ambientes
urbanos.
Gerador: Responsável pela conversão da energia mecânica
em energia elétrica. Podem ser de dois tipos de geradores:
Indução: deve estar sempre conectado a uma fonte de
potência reativa que serve de excitação, requer-se a caixa
de velocidades. Em geral não é utilizado para pequena
potência.
Síncrono: tem a sua própria excitação por ímans
permanentes ou eletroímans.
Torre de suporte: Responsável por sustentar e posicionar o
rotor na altura conveniente.
Mecanismo de Controlo: Responsável pela orientação do
rotor, controle de velocidade, controle da carga.
O sistema eólico somente começa a funcionar a partir de
uma certa velocidade, chamada de velocidade de entrada, que
é necessária para vencer algumas perdas. Quando o sistema
atinge a chamada velocidade de corte um mecanismo de
proteção é acionado com a finalidade de não causar riscos ao
rotor e à estrutura. Para os sistemas eólicos, a velocidade de
rotação ótima do rotor varia com a velocidade do vento. Um
sistema eólico tem o seu rendimento máximo a uma dada
velocidade do vento (velocidade nominal) e diminui para
velocidades diferentes desta.
4.2.1 Tipos de soluções
Um sistema eólico pode ser utilizado em três aplicações
distintas: sistemas isolados, sistemas híbridos e sistemas
interligados à rede. Os sistemas obedecem a uma
configuração básica, necessitam de uma unidade de controle
de potência e, em determinados casos, conforme a aplicação,
de uma unidade de armazenamento.
Os sistemas isolados pequenos, em geral, utilizam alguma
forma de armazenamento de energia. Este armazenamento
pode ser feito através de baterias ou na forma de energia
potencial com a finalidade de armazenar a água bombeada em
reservatórios elevados para posterior utilização. Alguns
sistemas isolados não necessitam de armazenamento, como
no caso dos sistemas para irrigação onde toda a água
bombeada é diretamente consumida.
Tal como acontece com os sistemas fotovoltaicos, podem-se
fornecer energia ao um sistema isolado, quer DC, AC, ou
ambos ao mesmo tempo, contanto que a configuração do
sistema contenha os certos elementos para permitir a conexão
das cargas, (regulador, bateria, inversor). A Fig.4 mostra o
esquema eólico AC-DC.
4
Fig. 4 Esquema sistema eólico AC-DC
4.3 Tecnologia micro hidrica
O modo de operação de uma micro central hídrica é
semelhante a uma central hídrica convencional, neste caso, o
sistema foi projectado para aproveitar os baixos caudais, e
para uma ampla variedade de desniveis num intervalo entre 2
e 150 m. Em condições do operação normal o sistema fornece
energia AC com níveis adequados de tensão e frequência.
Além disso está apropriado para adaptar-se à energia gerada e
armazenar em sistemas de baterias, e fornecer flexibilidade
no caso de ocorrer uma falha. [5]
Este tipo do sistema é composto por:
Hidrogerador: responsável pela transformação da energia
cinética em energia eléctrica, e é composto por uma turbina e
gerador;
Equipamentos de processamento e controlo: estabiliza o
funcionamento da instalação e fornece electricidade em
condições normais de utilização, e é composto pore um
transformador, retificador, controlador, inversor.
Sistema de armazenamento: Composto por baterias, o
tamanho depende da autonomia requerida
4.3.1 Tipos de soluções
Atualmente, há vários tipos de micro-turbinas disponíveis
que variam de 1 kW a 100 kW, as quais têm certas
características em termos de fluxo e altura de queda. Além de
se pode utilizar mini-turbinas que podem ser adaptadas para
as linhas de pressão, que utilizam o fluxo e pressão da água
para a produção de electricidade.
O fornecimento de energia pode ser feito em AC, DC, ou de
ambos, de modo que eles podem ser combinados com outros
tipos de tecnologias para melhorar o desempenho e assegurar
o abastecimento de energia. Fig.5.
Fig. 5 Aproveiramento miro-hídrico de sistema isolado
 5

4.4 Tecnologia para Biomassa
A produção de electricidade a partir de biomassa sólida
precisa do sistemas complexos devido ao seu poder calórico, a
alta umidade e alto conteúdo volátil. Por tanto estes sistemas
requerem a implementação de caldeiras com dimensões
adequadas e sistemas especificos que por sua vez gera um
alto investimento.
4.4.1 Produção de biogás num biodigestor
O biogás é produzido pelo processo de decomposição
anaeróbica na ausência de oxigênio para resultar em dois
produtos principais: biogás (composto principalmente de
metano) e lamas estabilizadas. Os Biodigestores são centrais
tecnológicas que aceleram o processo de decomposição da
matéria orgânica e optimizam os produtos resultantes desse
processo e são a solução ideal para o tratamento de resíduos
sólidos orgânicos de todos os tipos. [6]
e maximizar a vida útil do banco de baterias, diminuindo os
custos de operação e manutenção do sistema.
Existem actualmente uma variedade de soluções
tecnológicas de geração de energia renovável, bem como
dispositivos para sistemas de controlo, gestão e
monitorização, que permitam integrar e combinar diferentes
tipos de recursos e manter o sistema operacional em
condicones adequadas de trabalho.
Os principais tipos de sistemas híbridos em utilização nos
sistemas isolados são:
• Sistema Eólico-Diesel
• Sistema Fotovoltaico-Diesel
• Sistema Fotovoltaico-Eólico-Diesel
• Sistema Eólico-Ftotovoltaico

A decomposição da matéria orgânica é um processo

bioquímico realizado por milhares de bactérias que
transformam a matéria orgânica em gases e biofertilizantes.
Dentro do digestor deve ser dadas as condições adequadas
(temperatura, oxigênio, acidez, C/N, pH) de modo a que o
resultado do processo anaeróbio contém uma elevada
percentagem de metano e fertilizante de alta qualidade. A
fig.6 mostra o esquema de um tipo de biodigestor.

As aplicações mais comuns são para produção do calor
(combustão) e produção de eletricidade usando geradores a
gás natural. Estes geradores estão disponíveis no mercado a
partir de 1 kW em diante.
Fig. 7 Sistema hibrido Eólico-Fotovoltaico
Os quais o mais comum é Fotovoltaico-Eólico-Diesel,
devido ao comportamento da radiação solar ao longo do dia
segue um padrão razoavelmente previsível, iniciando no
início da manhã com valores discretos, atingindo um máximo
próximo ao meio-dia, e decrescendo ao pôr do sol. Em
contrapartida, o comportamento do recurso eólico é menos
previsível, e a possibilidade de serem obtidas velocidades
mais elevadas em períodos onde o nível de radiação solar é
baixo ou inexistente confere ao sistema maior continuidade
no que se refere à geração de energia elétrica. Fig.7.

Em geral, pode-se executar uma combinação de todos os

Fig. 6 Esquema do um tipo do Biodigestor
tipos de aproveitamentos mencionado, pois actualmente estão
4.5 Sistemas Hibridos disponíveis uma variedade de soluções tecnológicas de
geração de energia renovável, bem como dispositivos para
Sistemas híbridos para geração de energia elétrica podem sistemas de controlo, gestão e monitorização, que permitem
ser definidos como associações de duas ou mais fontes integrar e combinar diferentes tipos de recursos e manter o
renováveis de energia com o objetivo básico de fornecer sistema em condicones adequadas de trabalho. A Fig.8 mostra
eletricidade a uma determinada carga ou a uma mini-rede uma red composta por vários tipos de geradores.
elétrica, isoladas ou ligadas ao sistema elétrico. A principal
vantagem dos sistemas híbridos é a possibilidade do
aproveitamento conjunto e otimizado dos recursos locais
disponíveis, podendo garantir assim altos níveis de
qualidade e confiabilidade do atendimento, com redução
de custos de investimento e operacionais. [3]

O dimensionamento adequado dos geradores de energia

elétrica através de fontes renováveis, sistemas de
almazenamento e a utilização de uma estratégia de operação
que otimize os recursos disponíveis, deve ter como objetivo
minimizar ou eliminar a utilização do grupo gerador a diesel
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Fig. 8 Micro-rede composta por vários geradores

V. CONCLUSÕES
A energia elétrica, na era atual, é tida como fator
primordial de desenvolvimento humano, viabilizar
infraestrutura de fornecimento de electricidade onde o homem
faz-se presente passa a ser também uma necessidade básica. O
fornecimento de energia a regiões isoladas mediante uma rede
geral, na grande maioria dos casos torna-se inviável
economicamente e também em muitos casos tecnicamente
inviável, o uso da geração térmica através de grupos
geradores para abastecimento, além de dispendiosa, por ter
elevados custos, é também, ambientalmente incorreta. Por
tanto o uso do energía renovavel é uma solucao adequada
para atender estas zonas do mercado energético que se
encontran geograficamente desfavorecidas.

Uma escolha apropriada da tecnologia nos permite fazer

uma melhor utilização dos recursos disponíveis, e integrar
diversas fontes de geração com o mesmo nível de qualidade
que uma rede geral.

O desenvolvimento de projetos utilizando o biogás como

fonte de energia ajuda a reduzir significativamente o impacto
ambiental causado pelo efeito de gases de efeito estufa, devido
que o principal componente do biogás (metano), fornece uma
magnitude de impacto ambiental de 21 vezes CO2.

VI. REFERENCIAS

[1] M. C. H. Miguel A Egido, «Guía de Normas y Protocolos Técnicos para la

Electrificación Rural con Energías Renovables,» España, 2008.
[2] M. A. G. João Tavares P, «Manual de Engenharia para Sistemas
Fotovoltaicos,» Rio de Janeiro, 2014.
[3] C. F. E. J. d. S. ,. H. M. S. João Tavares P, «SISTEMAS HÍBRIDOS
Soluções Energéticas para a Amazônia,» Brasília, 2008.
[4] E. Departamento de Energía, EEUU «Sistemas Eólicos pequeños para
generación de Electricidad.,» 2007.
[5] V. M. S. José Luis Lorenzo Escuín, «interempresas.net,» 27 10 2011. [En
línea]. Available: http://www.interempresas.net/Energia/Articulos/57268-
Micro-Central-Vernis-energia-hidraulica-producida-en-casa.html. [Último
acceso: 20 05 2016].
[6] F. N. R. e. V. (FNR), «Guía del Biogás” Desde la producción hasta el uso,»
Gülzow, 2010.