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Ensaios de Toxicidade
Março de 2018
Sumário
1. Introdução......................................................................................................................... 1
2. Ensaios de toxicidade....................................................................................................... 1
3. Efeito agudo e efeito crônico ............................................................................................ 2
3.1. Testes de Toxicidade Aguda ..................................................................................... 3
3.2. Testes de Toxicidade Crônica ................................................................................... 3
4. Organismos indicadores ................................................................................................... 4
4.1. A bactéria marinha Vibrio Fischeri ............................................................................ 5
4.1.1. Ensaio de toxicidade aguda com a bactéria Vibrio Fischeri ............................... 5
4.2. Microcrustáceos Daphnia similis e Ceriodaphnia dubia ............................................ 6
4.2.1. O Ensaio de Toxicidade aguda com o microcrustáceo Daphnia similis ............. 6
4.2.2. O Ensaio de Toxicidade crônica com o microcrustáceo Ceriodaphnia dubia .... 6
4.3. Principais organismos indicadores ............................................................................ 7
5. Requisitos Legais ............................................................................................................. 7
5.1. Resolução CONAMA nº430/2011 ............................................................................. 7
5.2. Lei Federal de Recursos Hídricos nº 9433 de 1997 .................................................. 9
5.3. Constituição Federal e Legislação pertinente ........................................................... 9
5.3.1. Estado de São Paulo ....................................................................................... 10
5.3.2. Estado do Paraná ............................................................................................ 10
5.3.3. Estado do Rio Grande do Sul .......................................................................... 10
5.3.4. Estado de Minas Gerais ................................................................................... 11
5.3.5. Estado de Santa Catarina ................................................................................ 11
6. Limitações dos métodos ................................................................................................. 12
7. Conclusão....................................................................................................................... 12
8. Referências .................................................................................................................... 13
1. Introdução
2. Ensaios de toxicidade
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Os bioensaios são feitos em laboratório através da comparação experimental do
efeito da substância testada com efeitos causados por uma substância conhecida,
em uma cultura de células vivas ou em um organismo-teste. Para maior
confiabilidade nos testes, é recomendado que sejam utilizados diferentes
organismos de diferentes níveis tróficos da cadeia alimentar, de modo a ter
produtores, consumidores primários e consumidores secundários. Isto se dá devido
à biomagnificação, processo no qual a concentração da substância química é
bioacumulada nos organismos devido à cadeia alimentar. Também é recomendado
que os organismos utilizados sejam representantes dos ecossistemas marinhos,
fluviais ou terrestres. Os mais utilizados são microcrustáceos, peixes e algas, por
serem reconhecidos como um grupo sensível a variações de parâmetros ambientais
e representarem diferentes níveis tróficos.
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de toxicidade ou ensaios ecotoxicológicos), nos quais uma quantidade conhecida de
organismos é exposta ao agente estressante por períodos conhecidos de tempo e,
posteriormente, os efeitos são avaliados quanto à sobrevivência ou mortalidade dos
organismos, bem como efeitos comportamentais, morfológicos e fisiológicos. Tais
testes permitem a determinação do tempo e das concentrações necessárias para
que o agente tóxico, potencialmente prejudicial, possa causar efeitos adversos
detectáveis.
São testes que estimam a manifestação de efeito letal, ou outro efeito produzido em
um curto espaço de tempo. Em geral são testes realizados com peixes e
invertebrados. O efeito agudo é uma resposta severa e rápida dos organismos à
exposição de poluentes por um intervalo de tempo que pode variar de 0 a 96 horas.
Em geral, esse é o primeiro estudo realizado com uma substância, quando não se
tem noção ou somente noções teóricas, muito restritas, sobre a substância a ser
analisada.
Este ensaio também permite estabelecer uma relação entre a dose administrada e a
intensidade de efeitos adversos observados, e também calcular uma dose ou uma
concentração letal (DL50 e CL50) que é a expressão matemática da dose ou
concentração da substância que provoca a morte de 50% da população exposta.
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Geralmente, os efeitos crônicos são avaliados quando os testes de toxicidade aguda
não forem suficiente para caracterizar um efeito plausível. Já foi evidenciado que os
organismos testes, em testes realizados em laboratórios ou em meio natural, reagem
de forma diferente para uma mesma substância químico. Desse modo, a utilização
de métodos de ensaios, que se aproximem o máximo possível das condições reais,
podem fornecer respostas mais precisas quanto ao impacto causado no ecossistema
4. Organismos indicadores
Estes organismos devem possuir uma relativa sensibilidade aos diversos compostos
presentes no efluente em questão. Teoricamente, no momento que a toxicidade do
efluente é reduzida, desta forma, não afeta os organismos indicadores, as diferentes
espécies presentes nos corpos receptores ficam protegidas.
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4.1. A bactéria marinha Vibrio Fischeri
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4.2. Microcrustáceos Daphnia similis e Ceriodaphnia dubia
Para o ensaio, coloca-se amostrar de D. similis com idade entre 6 e 24 horas junto
às substâncias de interesse em diferentes concentrações e observando-se o
resultado de tal exposição. A leitura dos ensaios é feita com auxilio de iluminação
artificial para melhor visualização da imobilidade dos organismos expostos, o que
corresponde à impossibilidade do organismo se movimentar na coluna d’água.
(Hamada, 2008)
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4.3. Principais organismos indicadores
5. Requisitos Legais
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Órgão Ambiental competente e de diretrizes da operadora dos sistemas de coleta e
tratamento de esgoto sanitário”. Portanto, as exigências para o monitoramento dos
efluentes mediante a utilização de ensaios de toxicidade passam a vigorar em todos
os Estados brasileiros. Em relação às condições e padrões de lançamento de
efluentes, a resolução citada descreve:
Art. 16. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados
diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões
previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis.
Art. 18. O efluente não deverá causar ou possuir potencial para causar efeitos
tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios
de ecotoxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
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5.2. Lei Federal de Recursos Hídricos nº 9433 de 1997
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5.3.1. Estado de São Paulo
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toxicidade de efluentes líquidos lançados em águas superficiais do Estado, sendo
portanto, uma forma mais efetiva de aplicar as avaliações de ecotoxicidade com a
qualidade de efluente, distinção de tipos de efluentes, a serem lançados nas águas
superficiais no território. De acordo com Dezotti (2008), essa resolução é
interessante por considerar a vazão de efluente que é descartada e estabelece que
os testes de toxicidade devem ser feitos no mínimo em três níveis tróficos, além da
importância da introdução de testes de genotoxicidade., ou seja, identificação e
estudo da ação de qualquer agente físico, químico ou biológico que produz efeitos
tóxicos e genotóxicos, sobre o material genético.
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Outro ponto importante é que esta portaria lista uma série de limites máximos de
toxicidade aguda de efluentes de diferentes categorias industriais para com dois
tipos distintos de métodos de ensaio ecotoxicológicos: toxicidade aguda para
Daphnia magna e toxicidade aguda para Vibrio fischeri.
Segundo Dezotti (2008), para o tratamento estatístico dos dados coletados durantes
os testes, é necessário um número mínimo de réplicas nos procedimentos e também
de um número mínimo de organismos por réplica, dando assim maior credibilidade à
análise. Outro fator importante à realização das análises é quanto à amostragem.
Como os efluentes tendem a sofrer variações, recomenda-se a amostragem de
períodos variáveis (concentração do agente químico é variável no meio).
Outras limitações que pode ser citadas são a não utilização dos testes para todas as
espécies existentes o que gera um grau de incerteza na extrapolação dos dados, as
variações dos fatores ambientais (por exemplo, dureza das águas, temperatura, pH,
etc., também torna mais difícil tal extrapolação. (RUBINGER, 2009).
Segundo Arenzon (2011), ensaios de toxicidade são análises cujos resultados são
baseados nas respostas dadas por seres vivos. Desta forma, a qualidade dos
organismos utilizados é fundamental para a maior confiabilidade dos resultados.
Além disso, destaca-se a limitação de alguns organismos de se adequarem somente
à ambientes com propriedades específicas, sendo assim necessário forçar tais
situações, o que pode ser considerado como uma alteração de suas características.
Outro crítica é à sua utilização no monitoramento de ambientes que não os seus
habitats naturais.
7. Conclusão
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- MINAS GERAIS, 2008. Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº
01 de 01 de maio de 2008. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água
e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
Diário Oficial do Estado, Executivo. Publicado em 13 de maio de 2008.
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- SÃO PAULO, 2000. Resolução da Secretaria de Meio Ambiente nº 3.
Implementa o controle ecotoxicológico de efluentes líquidos no Estado de São
Paulo. Publicado no Diário Oficial do Estado. Executivo de 23 de fevereiro de
2000.
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