Você está na página 1de 4
1.9 QuaLipabE DAS ESTRUTURAS ‘Um dos aspectos ase destacar na nova Norma (NBR 6118:2003)¢2 preocupaci “Requisitos gerais de qualidade da estrutura ¢ avaliacio da conform! na 6 “Diretrizes para 2 durabilidade das estruturas de concreto” A Norma estabelece, no item 5.1.1, que as estruturas de concreto devem tender 108 seguintes requisitos minimos de qualidade, durante a construsio ¢ utili sificados em teés grupos distintos definidos no item 5.1.2: las © grupo 1: requisitos relativos a capacidade resistente da estrutura ou de seus clementos componentes; ‘+ grupo 2: requisitos relativos a0 desempenho em servigo, que consiste na capa~ cidade da estrutura de manter-se em condigbes plenas de utilia 58 Céleulo edetalhamento de estruturas usin de concreto armada do aptesentar danos que comprometam, em parte ou tokalmente, 9 uso para 0 qual foi projerada; e © grupo 3: requisitos relativos & sua durabilidade, que consiste na capacidade da estrutura de resistir As influéncias ambientais previstas ¢ definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante. Simplificadamente, as exigéncias do grupo 1 correspondem a seguranga ¢ a ruptu- 1a, as exigencias do grupo 2 referem-se a danos como fssuragio excessiva, deformacdes inconvenientes e vibragses indesejiveis,e as exigencias do grupo 3 tém como referéncia a conservacao da estrutura, sem necessidade de reparos de alto custo, A solugao estrutural adotada deve atender aos requisitos de qualidade estabe- lecidos nas normas técnicas referentes aos trés grupos. Deve ainda considenat as condigdes arquiterOnicas, funcionais, construtivas (estabelecidas principalmente na NBR 14931:2003), estruurais e de integracio com os demais projetos (elétticos, hi- drgulicos e outros). ‘Quanto a0 projeto em si ele deve proporcionar as informagées necessécias para a execusiio da estrutura,atendendo a todos os requisitos estabelecidas na NBR 6118:2003 em outras complementares e especificas, conforme o eas. 1.10 Durasitipabe DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO Em selagio & durabilidade, a NBR 6118:2003, item 6.1, exige que as estruturas de concreto sejam projetadas e construidas de modo que, sob as influéncias ambientais previstas ¢ quando utilizadas conforme estabelecido em projeto, conservem sua segu- ranga, estabilidade ¢ comportamento adequado em servico durante o perfodo corres pondente a sua vida dtl de projeto, Vida util de projeto, de acosdo com o item 6.2 da Norma, é 0 periodo de tempo durante 0 qual se mantém as caracteristicas da estrutura de concreto, desde que sejam atendidos o¢ requisitos de uso e manutengio prescritos pelo projetista ¢ construtor, bem como de execugio dos reparos necessirios, decorrentes de eventuais danos acidentais, A durabilidade das estruturas de concreto requer, ainda, cooperagio ¢ esforsos coordenados do proprictério, do usuirio ¢ dos responsiveis pelo projeto arquiterdnico, pelo projeto estrutural, pela tecnologia do concreto e pela construcio. ‘Uma das principais responsiveis pela perda de qualidade e durabilidade das estru- turas € 2 agressividade do meio ambiente, que, segundo o item 6.4 da NBR 6118:2003, esti relacionada as agdes fiscas e quimicas que atuam sobre as estruturas de conereto, independentemente das agbes mecanicas, das variagoes volumétricas de origem térmi- ca, da retracio hidriulica,além de outras previstas no dimenstonamento, Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental pode ser clas- sificada de acordo com 0 Quadro 1.7 (Tabela 6.1 da NBR 6118:2003), podendo ser Get lntoduséo a0 estudo das estuuras de concretoarmado 59 svaliada,simplifcacamente, segundo as condigdes de exposigao da estrutura ou de suas partes. ‘Quadro 1.7 Classes de agressividade ambient Case teievaos | Rodden |. mgressivdnde / Agresvidnde [SPO Uambiene cea ambiental re i projeto Rural it Fraca Insignificant | Submerso ia Moderada Urbano Pequeno | /Marinho ® Fonte Grande Tndostial industrial ™ Muito fore [—————tenado | Respingos de mané Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais Branda (um 1) | ntvelacin) para ambientesintemos secos: sala, dormitérios, anheiros,cvzinas, | _ }ireas de servigo de apartamentos zesidenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestdo com argamasste pintur, PPode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nivel acima) cm: obras Jay [emsezdes de clima seco, com umtidade relativa do ar menor ou igual a 6596, partes a estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regibes onde chove raramente | Ambientes quimicamente agressivos: tanques industrais,galvanoplastia, Bangues 3) | mento em indistrias de eculosee papel, armazéns de fertilizantes,ndistrasquimi- A durabilidade das estruturas € altamente dependente das caracterfsteas do con- «reto, da espessura ¢ da qualidade do concreto do cobrimento da armadura, Segundo 0 item 7.4.2 da NBR 6118:2003, ensaios comprobatérios de desempenho da durabilid de da estrutura frente ao tipo e nivel de agressividade previsto em projeto deve esta~ belecer o8 parimetros aiinimos a serem atendidos, Na falta destes e por causa da forte conrespondéncia entre a relacio 4gua/cimento,a ressténcia & compressio do concreto e 50 Cielo‘ datathamento de esteuturas usuais de concrete amado sua durabilidade € permitido adorar 05 requisitos minimos do Quadro 1.8 (Tabela 7.1, NBR 6118:2003). ‘Quadro 1.8 Correspontiéncia entre classe de agresividade ¢ qualidade do concreto, Classe de agressividade ijufm|w Conerero Tipo } Rélagio sgulcimento em | _Conero armado | <045 | 060 | 055s | s0as massa Concreto procendide | <0,60 | <0,55 | <0,50 | <0,45 eae Tmccoum [soma fetastecat|=oa oman as) Gonentepoveniio 2625 |2620] 2035] 20-0 Além das especificagdes da classe de conereta e do mximo fator égua/eimento,as verificagdes de aberturas méximas de fissuras e 0s cobrimentos minimos das armaduras (Capitulo 4), todos em fancdo da classe de agressividade ambiental, fizem parte das condigées de projeto que garantem a durabilidade da estrucura

Você também pode gostar