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Medicina do Trabalho

Direito Médico
Direito Médico
Introdução

O Direito Médico é um novo ramo da ciência jurídica que trata de


questões relacionadas com a Medicina, principalmente no que diz
respeito ao cometimento de erro médico, além de outras áreas
relacionadas com saúde pública, privada e sadio exercício do
serviço prestado para a população em geral (RODRIGUES,
2015).
Direito Médico

Prestação de Serviços Médicos

Relação de Consumo
Relação de Emprego
Relação de Trabalho
Direito Médico

Relação de Trabalho e Emprego


Trabalho: é qualquer prestação de serviço
Emprego: é a prestação de serviço remunerada, pessoal, não
eventual e com vínculo contratual (BASTOS, 2011).
Consolidação das Leis de Trabalho
Artigo 1º. Esta Consolidação estatui as normas que regulam as
relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.
Artigo 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Direito Médico

§ 1º. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da


relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem
fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo
industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica,
serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
Direito Médico

Artigo 3º. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de
emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho
intelectual, técnico e manual.
Artigo 4º. Considera-se como de serviço efetivo o período em
que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando
ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada. (BRASIL, 1943)
Direito Médico

Características da relação de emprego


Compõe-se da reunião de cinco elementos fáticos e jurídicos,
quais sejam:
a) Prestação de trabalho por pessoa física: pessoa jurídica
prestadora de serviços não pode ser contratada com
empregada;
b) Prestação efetuada com pessoalidade pelo trabalhador: o
elemento fidúcia é essencial, razão pela qual o trabalhador
não pode se fazer substituir;
Direito Médico

É intuitu personae só em relação à pessoa do empregado, que não


poderá ser substituído na execução das suas tarefas por quem
quer que seja (o que pode acontecer, é que o empregador
promova contratação de outro trabalhador como possível
substituto);

c) Prestação efetuada como não eventualidade, de forma


contínua: pois trabalho eventual não consolida uma relação
de emprego a ser protegida pela CLT;
Direito Médico

d) Efetuada sob subordinação ao tomador de serviços,


cumprindo suas ordens: inclusive o empregador tem poder
para aplicar sanções disciplinares;

e) Prestação de trabalho efetuada com onerosidade: há uma


perspectiva de contraprestação patrimonial e econômica; o
trabalho prestado de forma voluntária, sem pagamento de
salário, descaracteriza a relação de emprego.

(OLIVEIRA, 2016)
Direito Médico

Relação de consumo
Lei nº 8.078 - Código de proteção e Defesa do Consumidor
Artigo 1º. O presente código estabelece normas de proteção e
defesa ao consumidor, de ordem pública e interesse social, nos
termo dos artigos 5º, inciso V da Constituição Federal e artigo 48
de suas Disposições Transitórias.
Artigo 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utilizada produto ou serviço como destinatário final.
Direito Médico

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de


pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo.

Artigo 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
Direito Médico

§ 1º. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou


imaterial.

§ 2º. serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de


consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes
das relações de caráter trabalhista.

(BRASI, 1990)
Direito Médico

Regulamentação do serviço médico

Constituição da República
Lei Orgânica de Saúde
Federativa do Brasil

Código de Proteção e Defesa do


Código Civil Consumidor

Código de Ética Médica


Direito Médico

Constituição Brasileira de 1988

Artigo 197. São de relevância pública as ações e serviços de


saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre
sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também,
por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Direito Médico

Lei nº 10.406/02 – Código Civil

Título III – Dos atos ilícitos

Artigo 186. Aquele que por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Artigo 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que,


ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa fé ou pelos bons costumes.
Direito Médico

Título IX – Da responsabilidade civil

Capítulo I – Da obrigação de indenizar

Artigo 927. Aquele que por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, no casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para direitos de outrem.
Direito Médico

Capítulo II – Da indenização

Artigo 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a


gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
equitativamente, a indenização.

Artigo 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o


evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a dor autor do dano.
Direito Médico

Artigo 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem


excluir outras reparações:

I. No pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu


funeral e o luto da família;

II. Na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia,


levando-se em conta a duração provável de vida da vítima.

Artigo 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor


indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros
cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo
que o ofendido prove haver sofrido.
Direito Médico

Artigo 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido


não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença,
incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para
que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a


indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
Direito Médico

Artigo 951. O disposto nos artigos 948, 949 e 950 aplica-se


ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício
de atividade profissional, por negligência, imprudência ou
imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-
lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
Direito Médico

Lei nº 8.080/90

Disposição preliminar:

Artigo 1º. Esta lei regula em todo o território nacional as ações e


serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em
caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas
de direito público ou privado.
Direito Médico

Lei nº 8.078/90 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor

Da responsabilidade pelo fato do produto e do serviço

Artigo 14. O fornecedor de serviços responde, independente, da


existência de culpa, pela reparação de danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços vem
como informações insuficientes ou inadequadas sore sua fruição
e riscos.
Direito Médico

§ 1º. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que


o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:

I. O modo de seu fornecimento;

II. O resultado e os riscos que razoavelmente deles se esperam;

III. A época em que foi fornecido.

§ 2º. O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de


novas técnicas.
Direito Médico

§ 3º. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado


quando provar.

I. – que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II. – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros.

§ 4º. A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será


apurada mediante a verificação de culpa.
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Resolução CFM nº 1931/2009 – Código de Ética Médica

Preâmbulo

I. O presente Código de Ética Médica contém as normas que


devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão,
inclusive no exercício de atividades relativas ao ensino, à
pesquisa e a administração de serviços de saúde, bem como no
exercício de quaisquer outras atividades em que se utilize o
conhecimento advindo do estudo da Medicina.

II. As organização de prestação de serviços médicos estão sujeitas


às normas deste Código.
Direito Médico

Capítulo I – Princípios fundamentais

I. A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser


humano e da coletividade e será exercida sem discriminação
de nenhuma natureza.

II. O alvo da toda a atenção do médico é a saúde do ser humano,


em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o
melhor de sua capacidade profissional.

III. Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico


necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de
forma justa.
Direito Médico

IV. Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético


da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da
profissão.

V. Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos


e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.

VI. O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará


sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para
causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser
humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade
e integridade.
Direito Médico

VII.O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo


obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua
consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de
ausência de outro médico, em caso de urgência ou
emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde
do paciente.

VIII. O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob


nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem
permitir quaisquer restrições ou imposições que possam
prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho.
Direito Médico
IX. A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma,
ser exercida como comércio.

X. O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros


com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa.

XI. O médico guardará sigilo a respeito das informações de que


detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com
exceção dos casos previstos em lei.

XII. O médico empenhar-se-á pela melhor adequação do trabalho


ao ser humano, pela eliminação e pelo controle dos riscos à
saúde inerentes às atividades laborais.
Direito Médico

XIII. O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer


formas de deterioração do ecossistema, prejudiciais à saúde e à
vida.

XIV. O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços


médicos e em assumir sua responsabilidade em relação à saúde
pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.

XV. O médico será solidário com os movimentos de defesa da


dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja
por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-
profissional da Medicina e seu aprimoramento técnico-científico.
Direito Médico

XVI. Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital


ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha,
pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a
serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da
execução do tratamento, salvo quando em benefício do
paciente.

XVII. As relações do médico com os demais profissionais devem


basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na
independência de cada um, buscando sempre o interesse e o
bem-estar do paciente.
Direito Médico

XVIII. O médico terá, para com os colegas, respeito,


consideração e solidariedade, sem se eximir de denunciar
atos que contrariem os postulados éticos.

XIX. O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca


presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de
relação particular de confiança e executados com
diligência, competência e prudência.

XX. A natureza personalíssima da atuação profissional do


médico não caracteriza relação de consumo.
Direito Médico

Capítulo II – Direitos dos Médicos

É direitos dos médicos:

I. Exercer a medicina sem ser discriminado por questões de


religião, etnia, sexo, nacionalidade, cor, orientação sexual,
idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra
natureza.

II. Indicar o procedimento adequado ao pacientes, observadas as


práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a
legislação vigente.
Direito Médico

III. Apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das


instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício
da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros,
devendo, dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e,
obrigatoriamente, à comissão de ética e ao Conselho Regional de
Medicina de sua Jurisdição.

IV. Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou


privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam
prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos
demais profissionais. Nesse caso, comunicará imediatamente sua
decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.
Direito Médico
V. Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente,
quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não
oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou
não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de
urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua
decisão ao Conselho Regional de Medicina.

VI. Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados e


públicos com caráter filantrópico ou não, ainda que não faça
parte dos seus corpos clínicos, respeitadas as normas técnicas
aprovadas pelo Conselho Regional de Medicina da pertinente
jurisdição.
Direito Médico
VII. Requerer desagravo público ao Conselho Regional de
Medicina quando atingido no exercício de sua profissão.

VIII. Decidir, em qualquer circunstância, levando em


consideração sua experiência e capacidade profissional, o
tempo a ser dedicado ao paciente, evitando que o acúmulo
de encargos ou de consultas venha a prejudicá-lo.
IX. Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por
lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.

X. Estabelecer seus honorários de forma justa e digna.


Direito Médico

Capítulo III – Responsabilidade profissional

É vedado ao médico:

Artigo 1º. Causar dano ao paciente, por ação ou omissão,


caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.
Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e
não pode ser presumida.

Artigo 2º. Delegar a outros profissionais atos ou atribuições


exclusivos da profissão médica.
Direito Médico

Artigo 3º. Deixar de assumir responsabilidade sobre


procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo
quando vários médicos tenham assistido o paciente.

Artigo 4º. Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato


profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que solicitado
ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal.

Artigo 5º. Assumir responsabilidade por ato médico que não


praticou ou do qual não participou.
Direito Médico

Artigo 8º. Afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo


temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do
atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave.

Artigo 9º. Deixar de comparecer a plantão em horário


preestabelecido ou abandoná-lo sem a presença de substituto,
salvo por justo impedimento.

Parágrafo único. Na ausência de médico plantonista substituto, a


direção técnica do estabelecimento de saúde deve providenciar a
substituição.
Direito Médico

Artigo 10. Acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a


Medicina ou com profissionais ou instituições médicas nas quais
se pratiquem atos ilícitos.

Artigo 17. Deixar de cumprir, salvo por motivo justo, as normas


emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e de
atender às suas requisições administrativas, intimações ou
notificações no prazo determinado.

Artigo 18. Desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos


Conselhos Federal e Regionais de Medicina ou desrespeitá-los.
Direito Médico

Artigo 19. Deixar de assegurar, quando investido em cargo ou


função de direção, os direitos dos médicos e as demais condições
adequadas para o desempenho ético-profissional da Medicina.

Artigo 20. Permitir que interesses pecuniários, políticos,


religiosos ou de quaisquer outras ordens, do seu empregador ou
superior hierárquico ou do financiador público ou privado da
assistência à saúde, interfiram na escolha dos melhores meios de
prevenção, diagnóstico ou tratamento disponíveis e
cientificamente reconhecidos no interesse da saúde do paciente
ou da sociedade.
Direito Médico

Capítulo VII – Relação entre médicos

É vedado ao médico:

Artigo 47. Utilizar sua posição hierárquica para impedir, por


motivo de crença religiosa, convicção filosófica, política,
interesse econômico ou qualquer outro, que não técnico-
científico ou ético, que as instalações e os demais recursos da
instituição sob sua direção sejam utilizados por outros médicos
no exercício da profissão, particularmente se forem os únicos
existentes no local.
Direito Médico

Artigo 48. Assumir emprego, cargo ou função para suceder


médico demitido ou afastado em represália à atitude de defesa de
movimentos legítimos da categoria ou da aplicação deste Código.

Artigo 51. Praticar concorrência desleal com outro médico.

Artigo 52. Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente,


determinados por outro médico, mesmo quando em função de
chefia ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível
benefício para o paciente, devendo comunicar imediatamente o
fato ao médico responsável.
Direito Médico

Artigo 55. Deixar de informar ao substituto o quadro clínico dos


pacientes sob sua responsabilidade ao ser substituído ao fim do
seu turno de trabalho.

Artigo 56. Utilizar sua posição hierárquica para impedir que seus
subordinados atuem dentro dos princípios éticos.

Artigo 57. Deixar de denunciar atos que contrariem os


postulados éticos à comissão de ética da instituição em que
exerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho
Regional de Medicina.
Direito Médico

Capítulo VIII – Remuneração profissional

É vedado ao médico:

Artigo 58. O exercício mercantilista da Medicina.

Artigo 59. Oferecer ou aceitar remuneração ou vantagens por


paciente encaminhado ou recebido, bem como por atendimentos
não prestados.

Artigo 60. Permitir a inclusão de nomes de profissionais que não


participaram do ato médico para efeito de cobrança de
honorários.
Direito Médico

Artigo 61. Deixar de ajustar previamente com o paciente o custo


estimado dos procedimentos.

Artigo 62. Subordinar os honorários ao resultado do tratamento


ou à cura do paciente.

Artigo 63. Explorar o trabalho de outro médico, isoladamente ou


em equipe, na condição de proprietário, sócio, dirigente ou gestor
de empresas ou instituições prestadoras de serviços médicos.
Direito Médico

Artigo 64. Agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, para


clínica particular ou instituições de qualquer natureza, paciente
atendido pelo sistema público de saúde ou dele utilizar-se para a
execução de procedimentos médicos em sua clínica privada,
como forma de obter vantagens pessoais.

Artigo 65. Cobrar honorários de paciente assistido em instituição


que se destina à prestação de serviços públicos, ou receber
remuneração de paciente como complemento de salário ou de
honorários.

Artigo 66. Praticar dupla cobrança por ato médico realizado.


Direito Médico

Parágrafo único. A complementação de honorários em serviço


privado pode ser cobrada quando prevista em contrato.

Artigo 67. Deixar de manter a integralidade do pagamento e


permitir descontos ou retenção de honorários, salvo os previstos
em lei, quando em função de direção ou de chefia.

Artigo 68. Exercer a profissão com interação ou dependência de


farmácia, indústria farmacêutica, óptica ou qualquer organização
destinada à fabricação, manipulação, promoção ou
comercialização de produtos de prescrição médica, qualquer que
seja sua natureza.
Direito Médico

Artigo 69. Exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia ou


obter vantagem pelo encaminhamento de procedimentos, pela
comercialização de medicamentos, órteses, próteses ou implantes
de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta
em virtude de sua atividade profissional.

Artigo 70. Deixar de apresentar separadamente seus honorários


quando outros profissionais participarem do atendimento ao
paciente.
Direito Médico

Artigo 71. Oferecer seus serviços profissionais como prêmio,


qualquer que seja sua natureza.

Artigo 72. Estabelecer vínculo de qualquer natureza com


empresas que anunciam ou comercializam planos de
financiamento, cartões de descontos ou consórcios para
procedimentos médicos.
Direito Médico

Principais inovações do novo Código de Ética Médica

As grandes mudanças são encontradas no Capítulo III, acerca da


Responsabilidade Profissional e, abordam algumas colocações
inusitadas, que podem ajudar a clarear posicionamentos dos
juízes em processos judiciais, normalmente desprovidos de
conceitos muito pré definidos, quais sejam:
Direito Médico

a) A pessoalidade do médico na sua atuação profissional, ou


seja, ficou evidenciado pelo Código, o caráter intuito
personae da relação médico-paciente, o que significa dizer
que, a responsabilidade civil do médico é pessoal, prescinde
de culpa (negligência, imprudência ou imperícia), não
podendo ser presumida, portanto, não se operando a
responsabilidade civil objetiva, embora haja uma tendência
mundial caminhando para a objetividade da responsabilidade
civil profissional.
Direito Médico

b) A relação médico-paciente não é de consumo, ou seja, ficou


evidenciado pelo novo Código que, quando essa relação é
pessoal, não deve ficar sujeita as regras do Código de Defesa
do Consumidor, isto é uma novidade, pois embora o Código
de Ética Médica seja apenas uma Resolução que regulamentar
o exercício da Medicina, não havia nenhum tipo de
documento legal, dizendo que, a relação médico-paciente não
é de consumo e que, a relação de consumo só deve acontecer
quando não há contratação dos serviços médicos intuito
personae (relação personalíssima).
Direito Médico

c) As causas de excludente da culpa também ficaram mais claras,


reconhecendo que podem existir fenômenos imprevisíveis e
inevitáveis na medicina, afinal não é uma ciência exata, sendo
que no direito Civil, a imprevisibilidade está ligada ao caso
fortuito e a inevitabilidade está ligada a força maior.

d) A culpa pode ser exclusiva do paciente entendida naqueles casos


em que o paciente abandona o tratamento, acarretando-lhe danos
a sua saúde, o que exclui assim, a culpa do médico (o dano não
decorreu da atividade médica e sim de abandono do tratamento
ou de outras situações anteriores a atuação médica).
Direito Médico

Alguns tribunais do país dizem em seus acórdãos que a culpa do


médico deve ser certa, ou seja, que não pode ser presumida,
porém não havia nenhuma Resolução que abordasse esta questão
de forma expressa.
Da mesma forma, pode-se deduzir dessa afirmação que, quando a
relação é personalíssima não deve haver inversão do ônus da
prova, pois, quando o juiz concede a inversão, ele acaba
sinalizando que, no seu entender já há culpa presumida do
médico.
(PITELLA, 2009)
Direito Médico
Regras gerais

O salário mínimo dos médicos contratados pelo regime de


Consolidação da Leis do Trabalho (CLT) é regulado pelo disposto
na Lei nº 3.999, de 15 de dezembro de 1961, e fixado em
quantia igual a três vezes o salário mínimo legal. Já o médico
servidor público estatuário tem a remuneração fixada pela
legislação municipal, estadual ou federal.
Direito Médico

Adicional de Insalubridade para médicos e profissionais da


saúde celetistas

A maioria dos empregadores de médicos celetistas efetua o


pagamento do adicional de insalubridade utilizando como base o
salário mínimo legal. No entanto, o TST já pacificou o
entendimento de que, quando o empregado tem salário
profissional fixado em lei ou norma coletiva, o adicional em
questão deve ser calculado sobre referido piso salarial.
Direito Médico

Os médicos celetistas têm o salário mínimo profissional fixado no


artigo 5º, da Lei nº 3.999/61 em três salários mínimos. Há, ainda,
médicos que têm salário profissional superior em função de lei ou
por força de norma coletiva. Assim, o adicional de insalubridade
do médico celetista deve ser calculado sobre, pelo menos, três
salários mínimos, salvo salário profissional superior decorrente
de lei ou norma coletiva, situação em que prevalece o maior valor.
Direito Médico

Quanto ao percentual de apuração, normalmente, a insalubridade


do médico é em grau médio e, assim, é devido o adicional de
20% sobre o salário profissional. Porém, há casos que é devido
adicional grau máximo (por exemplo, o médico radiologista) o
que gera direito a adicional de 40% sobre o salário profissional.
Direito Médico

Lei nº 3.999, de 15 de dezembro de 1961 – Altera o salário-


mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas

Artigo 1º. O salário-mínimo dos médicos passa a vigorar nos


níveis e da forma estabelecida na presente lei.

Artigo 2º. A classificação de atividades ou tarefas, desdobrando-


se por funções, será a seguinte:
a) médicos (seja qual fôr a especialidade);
b) auxiliares (auxiliar de laboratorista e radiologista e internos).
Direito Médico

Artigo 3º. Não se compreende na classificação de atividades ou


tarefas, previstas nesta lei (obrigando ao pagamento de
remuneração) o estágio efetuado para especialização ou melhoria
de tirocínio, desde que não exceda ao prazo máximo de seis
meses e permita a sucessão regular no quadro de beneficiados.
Artigo 4º. É salário-mínimo dos médicos a remuneração mínima,
permitida por lei, pelos serviços profissionais prestados por
médicos, com a relação de emprego, a pessoas físicas ou jurídicas
de direito privado.
Direito Médico

Artigo 5º. Fica fixado o salário-mínimo dos médicos em quantia


igual a três vezes e o dos auxiliares a duas vezes mais o salário-
mínimo comum das regiões ou sub-regiões em que exercerem a
profissão.
Artigo 6º. O disposto no art. 5º aplica-se aos médicos que, não
sujeitos ao horário previsto na alínea a do artigo 8º, prestam
assistência domiciliar por conta de pessoas físicas ou jurídicas de
direito privado, como empregados destas, mediante remuneração
por prazo determinado.
Direito Médico
Artigo 7º. Sempre que forem alteradas as tabelas do salário-mínimo
comum, nas localidades onde o salário-mínimo geral corresponder a
valor inferior a metade da soma do mais alto e do mais baixo
salário-mínimo em vigor no país, o salário-mínimo dos médicos será
reajustado para valor correspondente a três vezes e o dos auxiliares
para duas vezes mais esta metade.
Artigo 8º. A duração normal do trabalho, salvo acordo escrito que
não fira de modo algum o disposto no artigo 12, será:
a) para médicos, no mínimo de duas horas e no máximo de quatro
horas diárias;
b) para os auxiliares será de quatro horas diárias
Direito Médico

§ 1º. Para cada noventa minutos de trabalho gozará o médico de


um repouso de dez minutos.
§ 2º. Aos médicos e auxiliares que contratarem com mais de um
empregador, é vedado o trabalho além de seis horas diárias.
§ 3º. Mediante acordo escrito, ou por motivo de força maior,
poderá ser o horário normal acrescido de horas suplementares, em
número não excedente de duas.
§ 4º. A remuneração da hora suplementar não será nunca inferior
a 25% (vinte e cinco por cento) à da hora normal.
Direito Médico

Artigo 9º. O trabalho noturno terá remuneração superior à do


diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de
20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Artigo 10. O profissional, designado para servir fora da cidade ou


vila para a qual tenha sido contratado, não poderá:
a) perceber importância inferior à do nível mínimo de
remuneração que vigore naquela localidade;
b) sofrer redução, caso se observe nível inferior.
Direito Médico

Artigo 11. As modificações futuras de critério territorial para a


fixação dos salários-mínimos comuns, em tabelas, aproveitarão,
também, para os do médicos.

Artigo 12. Na hipótese do ajuste ou contrato de trabalho ser


incluído à base-hora, o total da remuneração devida não poderá
perfazer quantia inferior a vinte e cinco (25) vezes o valor da
soma das duas (2) primeiras horas, conforme o valor horário
calculado para a respectiva localidade.
Direito Médico

Artigo 13. São aplicáveis ao salário-mínimo dos médicos as


disposições de caráter geral, sobre o salário-mínimo, constantes,
do Decreto-lei número 5.452, de 1º de maio de 1943 (CLT).
Artigo 14. A aplicação da presente lei não poderá ser motivo de
redução de salário, nem prejudicará a situação de direito
adquirido.
Artigo 15. Os cargos ou funções de chefias de serviços médicos
somente poderão ser exercidos por médicos, devidamente
habilitados na forma da lei.
Direito Médico

Artigo 16. A partir da vigência da presente lei, o valor das


indenizações estaduais na C. L. T., que venham, a ser devidas,
será desde logo calculado e pago de conformidade com os níveis
de remuneração nela fixados.
Artigo 17. Para os fins de previdência social, os médicos que não
sejam contribuintes obrigatórios dos Institutos ou Caixas de
Aposentadoria e Pensões, serão considerados contribuintes
facultativos do I. A. P. C. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 66, de
1966).
Direito Médico

Artigo 18. Aos médicos que exerçam a profissão como


empregados de mais de um empregador é permitido contribuir,
cumulativamente, na base dos salários efetivamente recebidos nos
diversos empregos, até o máximo de dez vezes o maior salário-
mínimo geral vigente para os trabalhadores não abrangidos por
esta lei, cabendo aos respectivos empregadores recolher as suas
cotas, na proporção dos salários pagos.
Direito Médico

Artigo 19. As instituições de fins beneficentes e caritativos, que


demonstrem não poder suportar o pagamento dos níveis mínimos
de salários instituídos na presente lei, será facultado requerer ao
Conselho Nacional do Serviço Social isenção total ou redução
dos mesmos salários.
§ 1º. A isenção, para ser concedida, deve subordinar-se à
audiência do órgão sindical e da Associação Médica Brasileira,
por intermédio de sua federada regional e, bem assim, do Serviço
de Estatística da Previdência e do Trabalho, do Ministério do
Trabalho e da Previdência Social.
Direito Médico

§ 2º. A isenção poderá ser declarada, em cada caso, na fase da


execução da sentença proferida em litígio trabalhista, pelo Juízo
ou Tribunal competente, podendo, contudo, a execução ser
reaberta, independentemente de qualquer prazo prescricional,
sempre que o interessado prove alteração superveniente das
condições econômicas da instituição.
Artigo 20. Os benefícios desta lei estendem-se aos profissionais
da medicina e seus auxiliares que trabalham ou venham a
trabalhar em organizações industriais e agrícolas, localizadas em
zonas urbanas e rurais.
Direito Médico
§ 1º. As empresas que já tenham serviço médico-social organizado,
conservarão seus médicos e auxiliares com as vantagens decorrentes
desta lei, levando-se em consideração o tempo de serviço, as
distâncias e outros fatores que possam influir na organização do
horário, de acordo com as necessidades do serviço.
Artigo 21. São automaticamente nulos todos os contratos de
trabalho que, de qualquer forma, visem a elidir a presente lei.
Artigo 22. As disposições desta lei são extensivas aos cirurgiões
dentistas, inclusive aos que trabalham em organizações sindicais.
Artigo 23 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Direito Médico
Fundamento Constitucional para
Servidores Públicos
Emenda Constitucional Nº 20, de 15 de dezembro de 1998 –
Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas
de transição e dá outras providências.
Artigo 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de
caráter contributivo, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Direito Médico

§ 1º. Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que


trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a
partir dos valores fixados na forma do § 3º:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável, especificadas em lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição;
Direito Médico

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez


anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo
efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes
condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de
idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição
Direito Médico

§ 2º. Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de


sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo
servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que
serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º. Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua


concessão, serão calculados com base na remuneração do
servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na
forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração.
Direito Médico

§ 4º. É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados


para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas
exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física, definidos em lei complementar.
§ 5º. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a",
para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio.
Direito Médico

§ 6º. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos


acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção
de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência
previsto neste artigo.
§ 7º. Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por
morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido
ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em
atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no §
3º.
Direito Médico

§ 8º. Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de


aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e
na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos
servidores em atividade, sendo também estendidos aos
aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive
quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo
ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, na forma da lei.
Direito Médico

§ 9º. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será


contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço
correspondente para efeito de disponibilidade.
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de
tempo de contribuição fictício.
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras
atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de
previdência social,
Direito Médico

e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade


com remuneração de cargo acumulável na forma desta
Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos


servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que
couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de
previdência social.
Direito Médico
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de
outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime
geral de previdência social.
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde
que instituam regime de previdência complementar para os seus
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para
o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo
regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
art. 201.
Direito Médico

§ 15. Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá


sobre as normas gerais para a instituição de regime de
previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares
de cargo efetivo.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto
nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver
ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência
complementar."
Direito Médico
Referências
• BASTOS, Roseli Quaresma. Diferenças entre a relação de trabalho e a relação de
emprego a partir da análise da legislação. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 95,
dez 2011. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10829&revista_caderno=
25>. Acesso em: 28 out 2016.
• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 28
out 2016.
• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 28 out.
2016.
Direito Médico

• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 3.999, de 15 de dezembro de


1961. Altera o salário-mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1950-1969/L3999.htm>. Acesso em: 28
out. 2016.
• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em: 28 out.
2016.
• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde,
a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em: 28 out. 2016.
Direito Médico
• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 28 out.
2016.
• BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Emenda Constitucional nº 20, de 15 de
dezembro de 1998. Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de
transição e dá outras previdências. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc20.htm>.
Acesso em: 28 out. 2016.
• BRASIL. Resolução CFM nº 1931/2009. Publicada no D.O.U. de 24 de setembro
de 2009, Seção I, p. 90. Retificação publicada no D.O.U. de 13 de outubro de 2009,
Seção I, p.173. Aprova o Código de Ética Médica. Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2009/1931_2009.htm>. Acesso
em: 28 de out. 2016.
Direito Médico

• OLIVEIRA, Rodrigo Gonzaga de. Pessoa jurídica prestadora de serviço ou pejotização


das relações de emprego?. Revista Jus Navigandi, Teresina, v. 21, n. 4638, mar., 2016.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/34183>. Acesso em: 28 out. 2016.
• PITELLA, Juliane. Novo Código de Ética Médica: Principais alterações e reflexos.
Conexão Médica, novembro de 2011. Disponível em:
<http://ww2.conexaomedica.com.br/cm/wp/2009/11/novo-codigo-de-etica-medica-
%E2%80%93-principais-alteracoes-e-reflexos/>. Acesso em: 28 out. 2016.
• RODRIGUES, Gianelli Barbosa. Direito e Saúde: disseminação de conhecimentos
jurídicos ao profissionais da área médica. Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente do UniFOA
como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre, Volta Redonda, 2015.
Disponível em:
<http://web.unifoa.edu.br/portal_ensino/mestrado/mecsma/arquivos/2015/03.pdf>.
Acesso em: 28 de out. 2016.
FIM DA APRESENTAÇÃO

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