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Lei Dos Termopares
Lei Dos Termopares
A partir da descoberta dos efeitos termoelétricos foram elaboradas algumas leis que
constituem a base da teoria utilizada nas medições de temperatura através de termopares,
ou seja, esta está fundamentada em três leis cujo proposito das mesmas é possibilitar o
entendimento dos fenômenos que ocorrem ao utilizar os termopares na obtenção de
valores de temperatura em um determinado processo. Em seguida serão enunciadas quais
são as leis citadas juntamente com a explicação de cada uma delas.
Esta lei enuncia que a tensão gerada a partir de um circuito formado a partir de dois metais
diferentes com suas junções sujeitas a duas temperaturas T1 e T2, não depende do
gradiente de temperatura, ou seja, não depende da distribuição da mesma ao longo dos
fios. No entanto, a tensão citada depende apenas dos metais em questão (em virtude da
densidade de elétrons citada no artigo introdutório) e das temperaturas existentes nas
junções (desde que as estruturas dos condutores permaneçam homogêneas).
Esta lei estabelece que em um circuito, composto de dois metais diferentes, a tensão
gerada não será modificada caso seja inserido um outro metal intermediário em
qualquer ponto do circuito, desde que as junções recém formadas sejam mantidas a uma
mesma temperatura devida. Isto ocorre devido ao fato de que a tensão gerada a partir
destas duas novas junções será igual a zero (como dito anteriormente, a tensão gerada
depende da existência de uma diferênça de temperatura entre as junções). Este princípio
por sua vez garante o uso de fios de extensão, bem como de conectores.
Como consequência direta deste princípio, pode-se efetuar correções caso termopares
que foram calibrados a uma determinada temperatura de referência possam ser utilizados
em qualquer outra temperatura de referência.
De fato, a correção para este problema é conhecida desde que o fenômeno foi aproveitado,
e reside no próprio efeito termelétrico: monta-se duas junções termopares iguais, porém
numa das extremidades (de cada uma) conectadas entre si (importante: em sentidos
inversos!); enquanto as duas junções se mantiverem numa mesma temperatura, o
resultado medido entre as extremidades livres (as desconectadas!) Será rigorosamente
zero (Volts). Com isto, passa a se ler tensão (e temperatura) diferencial (em lugar da
absoluta). Em termos práticos: uma das junções (denominada junta fria) deve então
permanecer constantemente imersa na atmosfera ambiente, e a outra junção deve ser
exposta ao processo. A leitura diferencial assim monitorada deixa de ser afetada pelo
ambiente, e o resultado da medição passa a ser idêntico, esteja o circuito de medição
operando próximo ao equador, ou no polo sul (no auge do inverno), etc.