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Isso acontece quando o agente extrapola a margem de escolha conferida pela lei, logo, se o
agente pratica ato desproporcional, o judiciário, ao ser provocado, pode anular a atuação, uma
vez que a norma desproporcional é ilegal.
A atuação estatal desvirtuando a finalidade definida em lei configura abuso de poder, na espécie
desvio de poder/ou finalidade e enseja a nulidade da conduta praticada.
Mesmo que a finalidade genérica seja respeita, a violação da finalidade específica configura
o desvio de finalidade.
EXCEÇÃO
TREDESTINAÇÃO LÍCITA: quando a Após efetivação da desapropriação de um terreno
alteração do fim originário do ato tenha privado, ao invés de construir uma escola, conforme
se dado para satisfação do interesse determinava expressamente o ato, o agente público
público. decide construir um hospital.
TREDESTINAÇÃO ILÍCITA: Após efetivação da desapropriação de um terreno
privado, ao invés de construir uma escola, o agente
público decide não fazer nada, não constrói nem
escola nem hospital.
RETROCESSÃO é o instituto por meio do qual ao expropriado é lícito pleitear as
consequências pelo fato de o imóvel não ter sido utilizado para os fins declarados no decreto
expropriatório.
Lei estipula prazo para manifestação e a Administração não se manifesta: após o transcurso do
prazo, a omissão é abusiva, passível de controle, mediante mandado de segurança;
A Lei não estipula prazo para manifestação da Administração, que demora em dar resposta,
também configura irregularidade, que deve ser sanada pela própria administração ou o judiciário,
que, a luz do princípio da razoabilidade, devem estabelecer um prazo para a resposta.
Entretanto, o vício de forma é sanável quando não gerar prejuízo ao interesse público nem a
terceiros desde que mantido o interesse público.
Em alguns casos, o vício de forma é insanável por atingir diretamente o próprio conteúdo do ato.
Ex: Expedição de Instrução Normativa declarando utilidade pública de um bem imóvel para fins
de desapropriação. Nesse caos, a lei exige a prática de um decreto, expedido pelo Presidente
da República e o desrespeito à forma atinge diretamente os direitos e garantias do particular
atacado pelo ato.
Deve haver adequação entre o motivo que deu ensejo à prática do ato e o resultado a ser obtido
pela atuação estatal.
Motivo: Situação prevista em lei que ocorre, de fato, justificando o ato administrativo.
É a real intenção do agente público quando pratica a conduta estatal. Se a vontade
Móvel: real do agente não for o interesse da coletividade, ato deverá ser anulado. Relevante
nos atos discricionários.
Ato praticado sem a motivação devida contém um vício no elemento forma.
Motivo: requisito do ato administrativo, constitui-se na demonstração da situação fática e jurídica
que justificam a prática do ato;
Motivação: exteriorização do motivo, ou seja, explicação por escrito, expondo as razões que
ensejaram a execução do ato.
Motivação Aliunde: ao invés de expor os motivos que deram ensejo à pratica do ato, o
administrador público remete sua motivação aos fundamentos apresentados por um ato
administrativo anterior que o justificou – CONCORDAR COM O PARECER.
Exceção: a lei pode elencar situações que o ato não precisa ter motivação, por exemplo,
exoneração de servidor público comissionado, de livre nomeação e exoneração.
Atos Administrativos Pendentes: são atos perfeitos e válidos que, ainda, não estão aptos a
produzir efeitos.
Perfeito, Válido e Eficaz: cumprida todas as etapas, apto a produzir efeitos e praticado dentro
dos limites legais.
Perfeito, Válido e Ineficaz: cumpriu todas as etapas, expedido conforme a lei, mas não apto a
produzir efeitos por dependem de termo ou condição (atos administrativos pendentes).
Perfeito, Inválido e Eficaz: não corresponde às normas legais para sua prática, mas produzira
efeitos até que seja declarado irregular.
Perfeito, Inválido e Ineficaz: sempre que a ilegalidade do ato for demonstrada, quanto então,
não poderá produzir efeitos contrários àqueles definidos na legislação que trata de sua edição.
QUANTO À ESTRUTA
Atos Concretos Resolvem uma situação específica, uma única aplicação. Ex: multa de
trânsito.
Atos Abstratos Definem uma regra genérica que deverá ser aplicada sempre que a
situação descrita ocorrer de fato. Ex: expedição de circular que define
horário de funcionamento de uma repartição pública.
QUANTO AO ALCANCE
Atos Internos Produzem efeitos dentro da estrutura da Administração Pública.
Atos Externos Produzem efeitos aos administrados.
ATOS NORMATIVOS: derivam do poder normativo, normas gerais para fiel execução da lei
Regulamento Ato normativo privativo do chefe do Poder Executivo. Decreto é a forma do
regulamento.
a) Regulamentos Executivos: editados para dar fiel execução as leis;
b) Regulamentos Autônomos: substituem a lei e inovam o ordenamento
jurídico – Art. 84 IV, CF.
Aviso Expedido por órgãos auxiliares diretos do Poder Executivo (Ministérios ou
Secretárias), ligados a atividade fim do órgão.
Instrução Dar execução de decretos e regulamentos, por exemplo, IN da Receita
Normativa Federal para estabelecer normas referentes a suas atividades.
Regimento Normas internas. Ex: Regimento Interno TJ/RS
Deliberações Expedido por órgãos colegiados, representando a vontade da maioria dos
agentes que representam.
Resolução Expedido por órgão colegiado, usado pelos Poderes Legislativo e
Judiciário, Agências Reguladoras, para disciplinar matéria de sua
competência específica.
Extinção Natural: ocorre quando o ato já cumpriu todos os efeitos ou pelo advento do termo
final ou prazo ou esgotamento do conteúdo jurídico da conduta.
Cumprimento dos efeitos: decorrer da execução material da situação apresentada no ato
administrativo. Ex: licença para construir se extingue com o fim da construção.
Advento do termo final ou da condição resolutiva: extingue os atos sujeitos a prazo
determinado ou que dependam de evento futuro e incerto que deixe de produzir efeitos. Ex: porte
de arma concedido por 1 ano.
Esgotamento do Conteúdo Jurídico: férias do servidor que está extinta após exaurido os seus
efeitos, com o transcurso do prazo de 30 dias.
RENÚNCIA: somente para atos ampliativos, que geram direitos a particulares, uma vez que
impossível renunciar obrigação. Particular que o ato se destina abre mão do benefício. Servidor
pode renunciar nomeação para assumir função de chefia.
ANULAÇÃO
Atos Violam princípios básicos. Ex: autorização para exploração de trabalho
Inexistentes escravo, o ato não existe.
Atos Nulos São aqueles declarados em lei como tais, decorrer do desrespeito à lei,
ensejando a impossibilidade de convalidação*
Atos Anuláveis Aqueles que possuem vícios que admitem conserto, podem ser
convalidados.
Atos Irregulares Sofrem vício material irrelevante, não atinge a esfera jurídica dos
destinatários do ato.
*Apesar da anulação de ato praticado, poderão ser garantidos alguns efeitos pretéritos
produzidos em relação a terceiros de boa-fé, para se evitar prejuízos ou enriquecimento ilícito. A
retirada produzir efeito ex tunc, ou seja, retroativos.
A anulação é retirada do ato administrativo por motivo de ilegalidade, opera efeitos ex tunc,
ressalvado os direitos adquiridos de terceiros.
Teoria da Aparência: a nomeação de servidor sem concurso é nula, mas os atos praticados são
válidos, em atenção ao princípio da segurança jurídica.
Prazo decadência de 5 anos para anular atos administrativos, salvo no caso de má-fé.
Ato viciado praticado antes da Lei 9.784/99, o prazo prescricional de 5 anos começa a contar da
vigência do diploma legal.
Na anulação não há efeito repristinatório, ou seja, a declaração de nulidade do ato X que havia
anulado o ato Y, não gera o retorno do ato Y, salvo disposição expressa no ato de anulação do
ato X.
CONVALIDAÇÃO
É possível a correção de vício de ato administrativo quando for nulidade relativa. A correção do
vício e consequente manutenção do ato deve sempre atender ao interesse público.
Se o interesse público exigir e for sanável o vício, o ato administrativo pode ser convalidado, em
razão da oportunidade e conveniência, desde que a convalidação não cause prejuízos a
terceiros.
Nomeação feita por autoridade incompetente, caso de nulidade sanável, se for mais interessante
ao interesse público e causar menos prejuízo do que a sua anulação. Efeito ex tunc.
A Administração não poderá mais convalidar seus atos administrativos se estes já tiverem
sido impugnados pelo particular, exceto se tratar de irrelevante formalidade, pois neste caso
os atos são sempre convalidáveis.
Conversão: ato administrativo que sofre de um vício de forma pode ser convertido em outro mais
simples, praticado para a produção dos mesmos efeitos jurídicos.
CADUCIDADE: extinção do ato administrativo por lei superveniente que impede a manutenção
do ato inicialmente válido.
Estabilização dos Efeitos dos Atos Administrativos: não há convalidação do ato, ele continua
com os vícios que levariam à sua invalidação, mas, por outras questões, tais como o Princípio
da Segurança Jurídica e da proteção à boa-fé, ele permanece aplicável no ordenamento
jurídico e seus efeitos estabilizam-se.