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Retirado na íntegra do site: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2584850/prescricao-e-decadencia,
acesso em 30 de abril de 2018, às 17h47min.
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Artigo 5º, inciso XXX: é garantido o direito de herança (PLANALTO, Titulo II dos Direitos e
Garantias Fundamentais, Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos – 1988).
No entanto, a legislação anterior, deixou pontos controversos a este respeito,
por não tratar de forma individualizada os institutos da prescrição e decadência. A
legislação civil atual é omissa quanto ao prazo estabelecido, deixando dúvidas sobre se
a ação estaria sujeita à prescrição ou decadência.
Da Prescrição
Acredita-se que tal regra tenha nascido para que as relações jurídicas pudessem
ter uma segurança e estabilidade necessárias, evitando que os sujeitos pudessem estar “a
mercê” do titular de um direito, embasando-se no princípio da segurança jurídica, pois
a prescrição seria uma espécie de punição perante a falta de agir do interessado ou
titular do direito.
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TORRANO, 2013, p.120 (TORRANO, Luiz Antônio Alves. Petição de herança. Campinas: Servanda, 2013).
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Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição(...) –
Código Civil, 2002 – Título IV, Capítulo I, da Prescrição, Seção I – Disposições Gerais
A prescrição é a sanção que se aplica ao titular do direito que permaneceu
inerte diante de sua violação por outrem. Perde ele, após o lapso previsto em
lei, aquilo que os romanos chamavam de actio, e que, em sentido material, é a
possibilidade de fazer valer o seu direito subjetivo. Em linguagem moderna,
extingue-se a pretensão. (2010, p. 330)
Neste sentido, leciona Maria Helena Diniz: “O titular da pretensão jurídica terá
prazo para propor a ação, que se inicia (dies a quo) no momento em que sofrer violação
do seu direito subjetivo.” (2014, p. 436).
No Código Civil de 2002, o legislador disse desde logo sobre a forma que se
daria a prescrição, deixando expresso no artigo 205 e 206 do supra, que a regra geral,
estaria prevista em 10 (dez) anos, com exceção das hipóteses previstas nos artigos 197 e
198 do mesmo Código.5
Da Decadência
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Código Civil, 2002 – Titulo IV, Capítulo I, Seção I – Das Causas que impedem ou suspendem a
prescrição - Valendo a transcrição na íntegra:
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.