Você está na página 1de 2

Redação Corrigida

WWW.ALGOSOBRE .COM .BR

A TELEVISÃO TRAZ CONSEQUÊNCIAS

Minha infância foi tranqüila, não tive muito acesso à televisão, por isto fui realmente criança. Brincava de
bonecas, de casinha, de mamãezinha da Rua, de queimada, rouba-bandeira, era um mundo fantástico,
que me deu grande oportunidade de fazer bons amigos.

Lá em casa, televisão não tinha e quando meu pai resolveu comprar, eu já estava tão viciada no meu
mundinho fantástico que nem fiz caso da televisão.

Antigamente, as crianças não ficavam presas à televisão, tinham tempo para estudar, brincar e dormir.
Amava minha infância, porque junto dela participei de vários campeonatos, vivenciei os momentos de
alegria dos amiguinhos, quando era chegado o natal, pois, cada um deles, exibiam suas bonecas, seus
carrinhos, seu joguinhos de quebra-cabeça, suas bicicleta, ah!!! Que saudade da minha inocente e bela
infância. Hoje, vejo que nossos filhos, já não se ligam nesta de brinquedos para meninos ou meninas,
eles querem mesmo, é viver o tempo de frente à televisão, vendo filmes de horrores, novelas onde o
vilão sempre sai ganhando e os desenhos que já não trazem a mesma pureza, já não refletem o que é
brincar, ao contrário, mostra cenas de violência, onde o Senhor do mal, mesmo quando vencido, volta
um dia para atacar.

O que podemos esperar dos dias de hoje? Se nossos filhos descobrem tão rápido, o caminho da
mentira, desrespeito e violência? Será que somos culpados, ou se a culpa é mesmo dos acontecimentos
deste mundo novo, onde nada é proibido, onde os heróis são vistos como arrombadores de carros, ou os
meninos fogem de casa, porque os pais se separaram, e aí vai a tecnologia, roubando das nossas
crianças, a doce capacidade de viver bem a infância.

A verdade é uma só, ou cada um tenta educar seu filho, para que cedo ou tarde ele não se torne um
monstro, ou ficamos silentes, e, deixamos o mundo televisivo entrar em nossas casas e destruir a mente
dos nossos inocentes.

1  

 
Redação Corrigida
WWW.ALGOSOBRE .COM .BR

Comentário

Três coisas chamaram minha atenção:

1 – O texto foi provavelmente escrito sem planejamento porque os parágrafos estão uma bagunça só.
Exemplo: o primeiro e o segundo parágrafo falam do mesmo assunto (a infância do autor), mas as idéias
foram separadas. Por quê? Lembrem-se: cada parágrafo deve ter seu tópico frasal (o assunto do parágrafo).

2 – A linguagem está informal demais. Exemplo: “já não se ligam nesta de brinquedos para meninos ou
meninas”. A linguagem de uma redação não deve ser pedante, mas deve-se igualmente evitar o uso de
gírias, jargões e outros termos mais adequados à linguagem falada. Você não está entre amigos.

3 – O autor critica fortemente a televisão, mas não apresenta argumentos convincentes, o que transforma sua
opinião em simples preconceito. No último parágrafo, afirma que crianças que assistem à TV podem se
transformar em monstros. É uma afirmação forte demais e não fundamentada pelo texto.

A redação apresenta ainda um problema importante de pontuação, com excesso de vírgulas e escassez de
pontos. O resultado disso são frases confusas e longas demais. Importante: na dúvida, escolham o ponto.
Revisem as regras de pontuação e leiam seu texto em voz alta, para sentir onde estão as pausas.

Outra coisa: evitem parágrafos longos demais como o terceiro que, aliás, mistura dois assuntos diferentes (a
infância de antigamente e a infância de hoje). Evitem também as frases longas. Duas linhas são suficientes.
Não fiquem com pena de usar o ponto. Desconfiem do excesso de vírgulas.

Por último, o título: ambíguo e óbvio. Ambíguo porque diz que a televisão traz conseqüências, mas não
especifica o teor da redação nem cria expectativa. Óbvio porque é evidente que a televisão traz
conseqüências. O melhor é elaborar o título depois de pronta a redação, de modo a se obter mais precisão.

Caro autor, você tem informações muito legais na cachola que merecem uma melhor organização. Vamos
praticar porque, embora a prática não leve à perfeição (que não existe), ajuda a escrever melhor.

2  

Você também pode gostar