UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Aluna: Estela Novaes Cunha

Matrícula: 201404264

Disciplina: Filme, Educação e Emancipação.

Filme: A invenção da mentira, 2009. Direção:Ricky Gervais e Matthew Robinson

No filme a “Invenção da Mentira” é retratado um mundo no qual ninguém

consegue mentir. As pessoas expressam tudo o que sentem e pensam da forma mais
verdadeira possível, isso acaba muitas vezes sendo constrangedor.
O protagonista “Mark” é considerado um fracassado por toda a sociedade, este
trabalha em uma empresa produtora de filmes, que é claro, só produz filmes com
roteiros reais, que já ocorreram, por exemplo, “A Peste Negra”, roteiro escrito por Mark
que foi considerado por todo um fracasso.
No filme há elementos bem interessantes, por exemplo, até mesmo as
propagandas devem ser verdadeiras, o que pode ser relacionado, com a indústria atual
do consumo, pois não era possível, como atualmente, esconder os malefícios dos
produtos, alienando os consumidores.
Ao longo da história o personagem “Mark” perde seu emprego e chega ao ápice
do fracasso, porém, sua vida repentinamente muda no decorrer do filme, pois no
momento em que este tem que pagar o aluguel e vai ao banco para retirar o valor do
dinheiro que tem em conta, descobre sua capacidade de mentir. Mark tem 300 dólares
em conta e diz ter 800. Como ninguém daquela sociedade sequer conhece a mentira fica
presumido que este está dizendo a verdade, sendo assim, ele recebe o valor que diz ter
em conta.
A partir daí, Mark transforma sua vida, escreve o roteiro de um filme que diz ser
bem antigo, no qual, coloca extraterrestres, espaçonaves e tudo que ele diz é levado
como verdade incontestável. O filme é claro, vira um sucesso de bilheteria.
Os encontros do personagem, com Anna McDoogles são os mais cômicos, sendo
que este deseja muito conquista-la.
Mark fica conhecido por todos, pois no momento em que, sua mãe está no leito
de morte, e diz a ele que está com medo, porque a morte é sombria e em alguns
instantes tudo estará escuro e será um vazio eterno, o personagem argumenta que não é
assim e que ela irá pra um lugar bem melhor, no qual todos vão ter mansões e serão
muito felizes. Os médicos escutam a história de Mark e querem saber mais. Todos
querem saber mais. Deste modo, o personagem conta a todos uma história de um
homem no céu que controla tudo, neste momento há uma analogia com a história
bíblica. É possível também, fazer uma reflexão sobre a necessidade do homem de ser
confortado, de crer em algo.
A capacidade de mentir de Mark pode ser relacionada à criatividade. O
personagem tinha à criatividade, que faltava no restante da sociedade.
Algumas posturas assumidas por Mark são éticas, pois há momentos em que ele
pode mentir para conseguir à amada Anna McDoogles, mas escolhe não fazer isso.
Por fim, é demonstrado também como a mentira vai se disseminar na sociedade,
pois o filho de Anna McDoogles e Mark nasce com a mesma capacidade de mentir de
seu pai. Tal fato torna possível uma analogia bíblica, com a maçã de Adão e Eva, sendo
que no momento em que o fruto proibido foi provado, ou seja, quando houve o primeiro
pecado, este foi sendo disseminado.