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Técnicas de Resgate

e Salvamento;
Suporte Básico de Vida

Enfª Mest. Ana Carolina Feldns


1° SGT Bombeiro Jefferson Lederhans Mendes
Característica do Povo
“Cultura do socorrer por socorrer”.

“rapidez é mais importante que a qualidade”


QUEM PRESTA SOCORRO DEVE:

➢ Estar muito bem treinado e periodicamente reavaliado;


➢ Atualizado quanto a conhecimento e técnicas.
➢ Faça tudo o que puder = CONHECIMENTO +
TREINAMENTO + EXPERIÊNCIA. JAMAIS BANQUE
O HERÓI!
➢ Lembre-se: a morte, em algumas situações é inevitável!
➢ Avalie os riscos: NÃO CAUSE NENHUM MAL.
➢ Avalie a situação com segurança e rapidez.
➢ CHAMAR SOCORRO ESPECIALIZADO
Tenha a noção clara do que
você irá fazer para não expor
a vítima a mais riscos.
Não tente realizar nada
sozinho.
Atendimento pré-hospitalar

 Atendimento pré-hospitalar é toda


assistência realizada por profissionais
fora do âmbito hospitalar.

 Pode variar desde uma simples


orientação até o atendimento a
ocorrências graves.

Pg 10 IPED
QUESTIONAMENTO

Quem é a pessoa mais importante no local


de um atendimento?
Cena
O socorrista tem três prioridades na
chegada ao local de atendimento:
1 – Avaliação da cena
2 – Avaliação do paciente
3 – Se houver mais de uma vitima, deve-se
voltar o atendimento a fim de salvar o
maior número de vítimas, fazer o melhor
para o maior número.

Pg 70 PHTLS
Segurança da Cena

 1º EU - EPIs

 2º Minha equipe

 3º Vítima
Segurança da Cena
As situações de risco podem incluir:
 Fogo;
 Trânsito;
 Fios elétricos;
 Armas;
 Materiais perigosos;
 Condições ambientais;
 Sangue e fluidos orgânicos.
EPI????
Avaliação da cena
Cuidado para não
torna-se mais uma
vítima.
Materiais para atendimento
Distribuição trimodal dos óbitos
1º Pico - Ocorre desde os primeiros minutos
até 01 hora após o trauma

Pg 6 PHTLS
2º Pico – Hora de Ouro
Primeiras horas após o acidente, pode ser
prevenido com bom APH e hospitalar.

Pg 6 PHTLS
3º Pico – Dias à semanas após o
trauma
Colisão Frontal –
Quais lesões devem ser suspeitadas?
Fique atento ao olho de boi...
Colisão Traseira –
Quais lesões devem ser suspeitadas?
Impacto lateral
Capotamento
Atropelamento
Ejeção
FAB
Avaliação Primária
Avaliação Primária
É uma avaliação que deve seguir a seguinte
cronologia:

 A - Avaliação das vias aéreas e controle


da coluna cervical
 B - Boa Ventilação
 C – Circulação
 D – Incapacidades
 E - Exposição
A –Atendimento das vias aéreas
e controle da coluna cervical
- Assegurar vias aéreas abertas e limpas;
- Assegurar que não haja nenhum tipo de
obstrução das vias aéreas como corpos
estranhos e fraturas faciais ou
mandibulares.

Pg 19 – IPED, Pg 95 - PHTLS
Observar traumas de face
Observar trauma de face
Principais sinais de obstrução
das vias aéreas:
1 – Agitação ou torpor sugerindo falta de
oxigenação;
2 – Cianose;
3 – Ruídos respiratórios anormais;
4 – Agressividade indicando a impossibilidade de
respirar;
5 – Ausência de movimentos de ar durante o
esforço respiratório;
6 – Desvio da traqueia de sua posição original
no pescoço.
Pg 20 - IPED
Desvio de traquéia
Controle da Coluna Cervical
Controle da Coluna Cervical
 Considerar Trauma Raqui Medular em
todo o paciente traumatizado
(principalmente no TCE e nas lesões
acima da clavícula.

Pg 95 - PHTLS
Evitar hiperextensão no
atendimento a vítima de trauma
Sinais e sintomas de trauma na
coluna
 Dor no pescoço e nas costas;
 Dor aos movimentos;
 Dor na palpação da região posterior do pescoço
ou da linha média das costas;
 Deformidade na coluna vertebral;
 Contratura da musculatura do pescoço ou das
costas;
 Paralisia, dormência ou formigamento nas pernas
ou braços, em qualquer momento após o
acidente;
 Sinais e sintomas de choque neurológico;
 Priapismo.
Pg 236 PHTLS
Manobra B – Boa Ventilação

1 – O tórax deve estar exposto para permitir


uma avaliação adequada da ventilação
2 – A ausculta deve ser realizada para se
confirmar o fluxo aéreo nos pulmões
3 – A percussão poderá revelar a presença de
ar ou sangue no tórax.
4 – Observar se não há feridas soprantes.

Pg 20 - IPED
Manobra B – Boa Ventilação
Observar se não há ferimentos no tórax da
vítima, caso haja poderá ser realizado
curativo de 3 pontos.
Atendimento das vias aéreas

Freqüência Ventilatória Atendimento


Lenta (menor que 12 mipm) Ventilação + administração
O2
Normal (12 a 20 mipm) Observação
Muito rápida (20 a 30 mipm) Administrar O2
Anormalmente rápida Ventilação + Administração
(acima de 30 mipm) de O2

Pg 96 - PHTLS
Atendimento das vias aéreas
 Aspiração de fluidos ou sangue;
 Retirada de objetos que possam obstruir
via aérea;
 Administre oxigênio máscara facial;
 SN utilize o reanimador manual.
Circulação

Avaliar Estado Hemodinâmico

CONTER AS HEMORRAGIAS
VISÍVEIS

Fechar a Torneira
C- Circulação
Avaliar:
 Controle da Hemorragia: Se um grande
sangramento não for contido, o potencial de
morte aumenta significativamente.

 Perfusão: Avaliar cor, umidade e temperatura


da pele, bem como o tempo de enchimento
capilar.

 Pulso.
Pg 97 - PHTLS
Hemorragias
Hemorragia
Tipo de fratura Perda sanguínea
aproximada (ml)
Costela 125
Rádio ou ulna 250 - 500
Úmero 500 - 750
Tíbia ou fíbula 500 - 1000
Fêmur 1000 - 2000
Bacia 1000 - maciça

Avaliar sinais de hemorragia interna...


Sintomas de hemorragia interna:
 Pulsação acelerada ou fraca.
 Pele fria e pálida.
 Mucosas da boca e dos olhos
esbranquiçadas.
 Extremidades arroxeadas pela pouca
irrigação sanguínea.
 Sede.
 Tontura.
 Inconsciência.
Controle de hemorragia externa -
Pressão direta e torniquete
D – Incapacidades - Avaliação
neurológica
- Escala de Coma de Glasgow.
Nível de consciência diminuído deve alertar
para:
 Oxigenação cerebral diminuída;
 Lesão do SNC;
 Intoxicação por drogas;
 Distúrbio metabólico

Pg 98 - PHTLS
Sinais do TCE
Avaliação Neurológica
Avaliação de Pupilas
Estresse pós
traumático
ou
Hemorragia
cerebral
E- Exposição/ Controle do
Ambiente
 Nesta manobra a vítima é totalmente
despida para facilitar o exame completo do
corpo. A hipotermia deve ser evitada com
cobertores e fluídos intravenosos
aquecidos.

 Cuidar o local onde o paciente é


despido!!!!!

Pg 98 – PHTLS
Pf. 22 - IPED
Em suma, limite seu atendimento na
cena do acidente nas seguintes
situações:
 Via aérea inadequada ou em risco;
 Ventilação comprometida (FR anormal,
hipóxia, dispnéia, pneumotórax);
 Hemorragia externa significativa;
 Estado neurológico anormal;
 Trauma penetrante;
 Amputações ...
Pg 101 – PHTLS
Exame Secundário
 A - Alergia;
 M – Medicações que utiliza;
 P – Passado médico
 L – Líquidos ingeridos;
 A - Ambiente e eventos relacionados ao
trauma
Fraturas
Imobilizações
Imobilização Padrão
Cavaleira
Imobilização com
rolamento
Imobilização com a vítima em pé
Imobilização de membros
Transporte de vitimas
utilizando recursos
escassos
Imobilização
utilizando
recursos
escassos
Retirada de capacete
Retirada de capacete
Retirada de capacete
Retirada de capacete
Evisceração – o que fazer?
 Umedecer com SF ou solução estéril.

 Cobrir as vísceras com compressa ou gaze


estéril

 Encaminhar o mais breve possível para o


hospital.

 Caso não tenha disponível material estéril, que


o mesmo seja o mais limpo possível.
Exposição de vísceras
Objetos empalados
 Jamais remova o objeto;

 Faça um curativo ao redor para manter a


estabilidade do objeto;

 Controle o sangramento externo.


Objetos empalados
Amputações traumáticas
Parada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória

- Súbito cessar da atividade miocárdica


ventricular útil.

- Associada à ausência de respiração;


AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

Iniciar a avaliação da vítima utilizando


a técnica do CAB

C – CIRCULAÇÃO (pulso)
A – VIAS AÉREAS (via aérea superior)
B – RESPIRAÇÃO (ventilação)
Caso não tenha
resposta – inicie
imediatamente a
Reanimação
Cardiopulmonar
CIRCULAÇÃO
COMPRESSÕES TORÁCICAS
Empurre o osso do peito de 5 a 6cm
para baixo em cada compressão, em uma
velocidade de 100 a 120 por minuto.
ABERTURA E DESOBSTRUÇÃO
DAS VIAS AÉREAS

Hiperextensão do pescoço para liberação da passagem do ar pelas vias


aéreas, tracionar bem.
“Manobra de chin lift”
MANOBRA DE CHIN LIFT
Ventilação
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL
BOCA A BOCA (NEM MORTO)

Lei do bom samaritano


A decisão é sua!
Reposicione 2x se
necessário

2 VENTILAÇÕES DE
RESGATE
(visualizar expansão do tórax)
Posição lateral de segurança
Em caso de sucesso na reanimação!
A IMPORTÂNCIA DO SBV
(10 minutos)
85% DOS CASOS
SUCESSO REVERTIDOS COM RCP EFICAZ E
DESFIBRILAÇÃO PRECOCE

Até 4 minutos: Boas chances de recuperação;

4-6 minutos: Pode ocorrer dano cerebral;

6-10 minutos: Provável dano cerebral irreversível;

Mais de 10 minutos: Severos danos cerebrais ou morte


cerebral.
QUANDO PARAR A RCP?
➢Vítima apresentar sinais de respiração e
circulação;
➢A chegada do Suporte Avançado
➢O local se tornar perigoso para você
➢Você está a mais de 30 minutos realizando
RCP e não tiver socorro a caminho
➢Você atingir exaustão física
Engasgo /
Obstrução de via aérea

Pode ser causado por:


✓ Alimentos;
✓ Objetos (moeda, dentes, tampa de
garrafa ...);
✓ Brinquedos;
✓ Líquidos (sangue, vômito, leite materno...);
Ajoelhe-se ou fique atrás da pessoa,
passe seus braços ao redor da vítima

Sinal universal
do engasgo
Se a pessoa não consegue mais ficar
em pé (está inconsciente) a manobra
deve ser aplicada com a vítima deitada.

Não importa se ela esta ficando sem reação, inicie o quanto antes!!!!
Você mesmo pode auto aplicar-se
a manobra!
Crianças
Recém nascido engasgado
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Perguntas, dúvidas,
comentários?!...

Não há melhor analgésico para o medo do


que reconhecer a confiança e a paz naquele
que traz o socorro!

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