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7, QO SOCIALISMO £ AS RELACHES INTERAMERLC, A vitéria da revolugao co 1959, tornou a diplomacia norze-americ elemento cotidiano nas relac62s dos governantes -sos fstcdos Unidos com os da América Latina, ® dectes entre si, Foi o Caribe que tornou a guerra fria uma roalidade na América Latina, 9s accntecimortos cm dois peque- nos pafses - Guatemala © Cuba - eltezaram as condi cdes de batalha_no hemisfério. £m ambos as casos, uma revolugao nao-comunist= fi dominada pelos comu~ nistas ou, como dizem os nerxistas cubanos, foi impe lida pelas "condigdes objetivas" (isto 6, a contradi glo entre o imperialismo e a iiberdade nacional @ justiga social) para o sociclisms. Nos dcis paises, os Estados Unidos procuraram dorrubar 0 governo re- sultante, Na Guatemale, 0 coforce teve éxito; em Cu ba, foi um retumbante fraceeso (i). Desde entao, a existéncia de um Estado sociali ta em Cuba tem sido amplamente discutida o manipulada pelos governantes norte-americanos e Jatinn-anoricanos. . A partir desse acontecimento, mais do que anteriovimente, eles. tém pro~ curado reduzir as suas controvdérsias e fortaleceres suas posi gdes internas. Na medida do possfyel, tém procurade capital zar a améaga do "comunismo internacional” como elon to do as glutinag3o dos seus interesses, em escala continental. Pode- eu-so de mode bastante se mesmo dizer que desde 1959 desenv amplo e acelerado o processo de contiyentali eg8o dos proble. mas politicos, econémicos © militares latino-americanss. A proliferag3o de organizagdes intcramericenas, de cunho multi lateral, voltadas para a discussao0 e a tomada de docistas so bre assuntos polfticos, econdmicos, militares, srevalhistas c paocemas empresariais, religiosos, culturais, cien em boa parte, condigao e conseqilencia desse precessa ¢ ralizagdo e sistematizagao dos inter-cses das classes én tes no continente, segundo as ¢ ta hegeiaanaa americana. A criag&o de um Estaso soci 56. tina revela, para governantes e governados, inclusive nos Es- tados Unidos, os seguintes aspectos da tealidade I@tiné-ameri cana. Em primeiro lugar, mostra que o socialismo nao é uma estratégia polftica de desenvolvimento econdmico, so- cial e cultural alheia 3 América Latina. Isto é, fica eviden ciado que também quanto a esse aspecto os pafses do hemisfé- rio participam da "civilizag&o ocidental". Afinal de contas, © socialismo, como teoria e prética, foi criado a partir das contradigées internas do capitalismo. Ao mesmo tempo, nao te ve sucesso a campanha orientada pelos governantes. norte ameri canos para apresentar a revolugaéo cubana como’ algo restrito ao aventuresco e exético Caribe. Desde 1959, pois, o socia~ lismo passou a ser um elemento real nas relagdes interamerica nas, como algo efetivamente ocorrido e que poderia ocorrer de nove. Em segundo lugar, esse acontecimento revela,tan to a governantes como a governados, a que grau de aprofunda- mento j& haviam chegado as contradigdes de classes om certos paises da América Latina, Tanto elguns programas de reformas sociais como outros de repressao politica foram mais ou manos decisivamente influenciados pelo reconhecimento de que os an= tagonismos de classes haviam se aprofundado bastante. Alids, a Conferéncia de Punta del Este, realizada em agosto de 1961, tanto quanto a Carta ali elaborada © a Alianga, que depois se criou, todas sao respostas, em ambito continental, & primeira experiéncia socialista latino-americana ¢ aos crescentes anta gonismos de classes no hemisfério. £m pronunciamento realize do durante a referida conferéncia, o representante cubano fez a seguinte observago: Devo dizer que Cuba entende que esta 6 uma conferén- cia politica. Cuba nao admite que se separe a econo= mia da pol{ftica, que caminham constantemente juntas. Por isso, nao pode haver técnicos que falem de técni ca, quando esté do permeio o destino dos povos. vou explicar porque esta conferéncia é polftica. Ela 57. 6 politica porque todas as conferéncias ecnnomicas 880 politicas. € politica, aldém de tudo, porque esté concebida contra Cubs, esté coneebida contra o exem~ plo que Cuba significa pare todo c continente ame~ ricano (2). De fato, intensificava-se a continentalizacZo dos interesses des classes dominantes, Daf a multiplicagao de conferéncias, acordos, tratados e organizagdes de cunho multilateral, Da mesma forma, vdérios golpes de Estado ocorri dos na América Latina, depois de 1959, foram justificados co~ mo reag3o as ameacas do "inimigo externo" que gera e ao mesmo tempo se alia ao "inimigo interno”. Em terceiro lugar, o modo pelo qual acontece e desenvolve-se a revolugao socialista em Cuba revela o papel decisivo que o imperialismo pode desempenhar tanto em sua o- clos&o como no seu aprofundamento, Note-se o curioso movimen td pendular do imperialismo norte-americano na América Latina, Em 1954, intervém na Guatemala, atuando decisivamente na depo sig&o do presidente Arbenz. £m 1959, confunde-se diante dos desdobramentos da revolugSo cubana, confiando na burguesie su balterna local. Em 1965, intervém na Repdblica Dominicana, receando a repeticao de experiéncia cubana. £m 1970, confun- de-se novamente, em face dos cesenvolvimentos da politica do governo socialista chileno, confiando noe seus aliados locais, no cardéter intrinsecamente capitalista da democracia represen tativa e na prépria capacidade de pressado desde fora. F sig~ nificativa a ambiglidade implicita nesse movimento pendular. Alias, essa ambiglidade esté expressa nos dois pontos que re~ sumem a andlise feita pela International Telephone and Tele~ graph Corporation (ITT), em ncvembro de 1970. 1, A opini&o dos conservedores chilenos, que no mo- mento procuram negociar com Allende, de que as repre sélias politicas e econimicas dos Estados Unidos for gam Allende a mover-se mais 3 esquerda, § uma apre= ciagao correta. Todavia, queira ou nao, ela pas. por cima do fato que Allende seré finalmente onpurra do muito a esquerda, scja qual for a politica adote= da por Washington. 58. 2. A opinido de outr> setor, de que as represélias dos Estados Unidos d2slocarao Allende para a extrema esquerda e de que con isto dessncadeard uma _reacéo popular e militer coitra 0 sau guverno, tem pouco mé rito. Os militares nio se mostraram dispostos a fa= zer parte da engrenajem. HA poucos motivos para acre ditar que o seu anima tenha mudado. Inclusive 6 duv. doso gue teriam capazidade para manejar o tipo de o- posic3o nacional de massas, como 1 esquerde pode or- ganizar: reves gerais, guerrilha urbana. 0 . tempo corréi rapidamente a capacidade militar de agir con- tra a coalisao allendista, inclusive na defesa da Constituigao, se surgisse esse problema moral (3). 0 fato é que essa ambiglidade, entre outras, pa rece ser inerente a0 imperialismo. Na medida em que a domina g30 nao é nem pode ser monolitica, 2 que a prépria classe do- minante, em Ambitos nacional e internacional, subdivide-se em faccdes também antagdnicas, isto tudo faz com que a dominagZo imperialista As vezes perce e perspective dos seus ~ interes- ses; ou confunda os.significados dos econtecimentos. Assim, na medida em que concentra as suas atenciss e esforgos sobre a ameaga representada pelo "comunicmo internacional", torna- se incapaz de perceber 0 cardter real dos antagonismos de classe: em desenvolvimento no hemisfério. Toma a prépria ideg logia pela realidade. A atitude dos Estados Unidos com e América Latina normalmente tem sido baseada na crenga de que, sem a interferéncia de fatores mundiais, a supremacia nor- te-americana 6 virtualmente absoluta, pois que as for gas latino-amaricanas sozinhas sac tao fracas que po dem ser negligenciadas. Entretanto, uma andlise mais cuidadosa des relagées hemis?éricas e das 2xperién- cias amargas sugere o contrério. 0 poderio dos Esta~ dos Unidos é limitado, e qualquer intento de ultra~ passar esse limite leva A derrota ou ao fracasso. Pa ra ser mais preciso, enquanto a cconomia dos Estados Unidos 6 esmagadora c decisiva, o seu podorio polf- tico (e militar) nao 2 6, Além disso, mesmo a imensa forga do capital norts~americano esta, em certo grau, A mercé de forgas politicas que Washington nao pode controlar (4). Como vimos, dentre os fatos que assinelam as am mo na América Lati bigUidades e derrotas do imperia a, des- taca-se também a vitéria do candidato sicialista nas eleigées 59. chilenas de setembro de 1970, Esse acontecimento cria novo elemento excepcional nas relagdes dos Estados Unidos com os pafses latino-americanos, e destes entre si © programa econdmico, polftico, social e cultu+ ral posto em prética pelo governo Allende 6 expressa0 da es- trutura de poder emergante no Chile. Além de impulsionar a reforma agréria e iniciar novo padréo de redistribuicao da renda, © governo Allende passa a nacionalizar as empresas es- trangeiras, desde as mineradoras &s.bancérias. £ ébvio que também a polftica exterior do governo exprime as tendéncias do Estado socialista que se esté criando no pafs. Essa pol{- tica exterior est4 inspirada no Programa de Governo elaborado pela Unidade Popular, a coligacdo de partidos predominantemen te de esquerda que forma a base politica do governo, Vejamos, pois, alguns dos objetivos biisicos da diplomacia socialista inaugurada pelo governo Allende em 1970. A politica internacional do governo popular seré di- rigida no sentido da completa autonomia politica oe economica do Chile. Haveré relagdes diplométices com todos_os pafses do mundo, indapendentemente de suas posigées idcoléai cas_e polfticas, com base no respeito & auto-determi nagdo e aos interesses do povo do Chile. ... A defesa ativa da independéncia do Chile implica na dentincie da etual O£A (Organizaggo dos Estados Ameri canos) como um instrumento e agéncia do imperialis= mo ‘norte-americano, e@ na luta contra todas as_formas de panamericanismo implicitas nessa organizagao. 0 governo popular optaré pela criagao de uma organiza g40 que seja verdadeiramente representativa dos paf~ ses da América Latina. Considera indispens4vel revisar, denunciar e abando- nar, conforme cada caso, os tratados ou acordos en- volvendo compromissos quo limitam a nossa _ sobera nia, concretaments os tratados de assisténcia reci- proca, os pactos de assisténcie mitua e outros, que 0 Chile ‘assinou com os Estados Unido (5). Segundo o governo Allende, uma politica exte~ rior conseqlente com o programa pol{tico-econdmico de constry 60. gG0 do socialismo no Chile precisa valorizar as. posigées das nagdes nao alinhadas e solidarizar-se, inclusive praticamente, com as lutas dos povos asidticos e africanos contra todas as formas de dependéncia. Quanto &s relagdes diplomdticas entre os pafses do hemisfério, ele preconiza diretrizes destinadas a emancipar as polfticas exteriores desses paises da tutela da diplomacia norte-americana. Pedimos e queremos a Organizagdo dos Estados America - nos firmemente vinculada ao sistema das Nagbdes, Uni- das, como uma organizagao regional complementar, na qual se realize 0 didlogo entre os Estados Unidos e a América Latina. Acreditamos que o futuro dessa en- tidade depende da sua capacidade para superar os pro- blemas fundamentais com 05 quais se tem defrontado nao dos pressupostos mais ou menos tdécitos que enco- brem e falsificam a realidade. £m primeiro lugar, a ilus&o que consiste em supor que aqui nos reunimos 23 estados iguais. £m segundo lugar, a ilus%o que supde que existe uma grande homogeneidade entre estes estados, com base Ros pressupostos, “ interesses, objetivos. e ideais co muns. A enorme diferenca de poder entre os. Estados Unidos e cada um dos nossos paises latino-americanos, con- sideradas isoladamente, torna impossfvel que se pos sa coneretizar - simplesmente com base no artificic de ‘supo-los iguais - um trabalho eficaz, verdadeiro e construtivo. € t@0 evidente a oposic&o de interesses entre o nor- tee o sul, que aparecem.em diversos aspectos da vi- da econdmica e dos acontecimentos politicos, que é impossivel se possé edificar algo sélido e duradou~ ro, simplesmente auscultando a. realidade insofis- mével (6). : € evidente a singularidade da polftica externa chilena, sob a governo Allende. Ela se propde tanto a expr como desfazer mir os objetivos reais do governo socialista pressupostos puramente formais ou préticas adversos aos = in- teresses das classes assalariadas. Trata-se de uma polftica externa que parte da perspectiva destas classes, © nao da bur-~ guesia. Essa é a razdo porqus as proposigdes sobre os objeti- 61. vos da diplomacia chilena implicam num trabalho crftico. las fogem aos convencionalismos formais ¢ ingressam nds éreas po- ‘lémicas. -“Isto € particularmente claro no discurso do” ‘prési- _dente Salvador Allende, pronunciado na abértura da Conferen- cia das Nagdes Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, a Ter ceira UNCTAD, realizada em Santiago do Chile, em. abril-maio de 1972, Para que as anélises © as decisdes da UNCTAD III ‘se- jam realistas e relevantes, & necessdério enfrentar o mundo como ele &, defendendo-nos das ilusdes © misti i fieagoe , mas abrindo, ao mesmo tempo, a imadginagao - ro»; a criatividade para solugdos novas de nossos ve~ . hos problemas. - A primeira constatacgao 6 que a nossa comunidade nao 6 homogénea, mas sim fragmentada em povos que se. fi- zeram Ticos e povos que permaneceram ‘pobres. Mas im portante ainda é reconhecer que inclusive entre os Povos pobres infelizmente existem pafses ainda mais pobres, muitos dos quais em condicées particularmen~ te insuportéveis: poténcias externas dominam a. sua economia; o estrangsiro ocupa todo ou parte do, seu territério; sofrem ainda 9 -jugo colonial; ou tém a maior parte da sua populacda submetida & violéncia do racismo e do apartheig. Pior ainda, em muitos dos nossos paises ha profundas diferencas sociais, ~ que esmagam as grandes maiorias, beneficiando reduzidos grupos de privilegiados. A segunda verificagao é que nés, os pafses pobres, + of | Subsidiamos, com os nossos recursos e 0 nosso trabe- iho, a prosperidade dos povos ricos. Nao se trata de repetir aqui dendncias de injusticas, mas de com -provar que a estrutura do intercambio internacional, tal como funciona, tornou-se um instrumento expolia~ dor, que suga os povos menos desenvolvidos (7). : Nocaso do governo Allends, pois, a politica exter~ na independente é uma polftica exterior fundada no . programa de criagao do Estado socialista. Como tal, ela 6, ao mesmo tempo, uma condigao0 necessdéria desse programa. A estratégia do caminho ‘pacffico para o socialismo exige rupturas estrutu- -rais profundas, tanto internas como externas. Note=se, portan toy que‘o que distingue a polftica externa independente do pafs comandado pelo Estado capitalista 6 que.ela nio preconi- za ou intents sengo uma reformulagdo das sondicdes de depen- 62. déncia, nos quadros do capitalismo mundial. A diplomacia do governo Allende, por seu lado é um elemento essencial da rup tura total das relagdes de dependéncia, caracterfsticas da e- conomia de base capitalista. Ao mesmo tempo, ela é um elemen to bésico do processo de criac3o do Estado socialista, como Estado nacional hegemdnico, Novamente, os governantes dos pafses do conti- nente se dao conta de que o imperialismo nao é capaz de en= frentar com sucesso certos desenvolvimentos das lutas de clas ses. Mais que isso, ao instalar-se um governo socialista no Chile, eles se d&o conta de que também a"democracia represen tativa" nZo é um meio de impodir a conquista do poder polfti-~ co pelas classes assalariadas. Por fim, os governantes dos pafses do continente constatam, mais uma vez, que a chamada burguesia nacional nao é capaz de fazer face 4s classes assa- lariadas, em particular o proletariado politicamente organi- zado. Na medida em que essa burguesia aceita e desenvolve a sua condigdo subaltorna, que o imperialismo lhe atribui, ela acaba por confundir as suas contradigdes com o.proletariado e as suas contradigées com o préprio imperialismo. Nessa si- tuagao, ela baralha as préprias perspectivas. Em suma, 0 socialismo deixou de ser um fato a- lheio & realidade politica, econémica, militar © intelectual latino-americana. Num perfodo de 11 anos, entre 1959 © 1970, criaram-se dois governos socialistas na América Latina. Cuba, no Caribe , estava totalmente integrada no sistema imperia~ lista. Alf o Estado socialista foi criado a partir de uma re volugao orientada contra o Estado capitalista repressivo, co- mandado pelo ditador Fulgencio Batista e o imperialismo. ~ Aa passo que o Chile, no continente, jé estava reformulando as suas relagdes com o imperialismo, quando se iniciou 0 governo Allende. Af 0 Estado socialista comegou a ser criado a- par tir do processo eleitoral t{pico da "democracia representa tiva", isto 6, ‘nos quadros de um Estado capitalista democréti co. Note-se, pois, que os governos socialistas de Cuba e do 63. Chile exemplificam duas estratégias pol{ticas de rupturas es truturais profundas: a revolucionéria e a pacffica. Os dois acontecimentos afetam, cada um a seu modo, as condigdes de he gemonia dos Estados Unidos sobre os paises da América Latina. Da mesma forma, alteram as condigdes de relacionamento destes pafses ontre si. 64. (1) CARR, Raymond - "A Guerra-Fria na América Latin (in PLANK, John org. - Cuba e os Estados Unidos, trad. de Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro, 0 Cruzeiro, 1968) pp. 177-196; citag&o da p. 182, Consultar também: BURR Robert N. ed. ~ "Latin America’s nationalistic revolu tions", ndmero especial de THE ANNALS,Philadelphia, of THE AMERICAN ACADEMY OF POLITICAL AND SOCIAL SCIENCE, vol. 334, 1961; BERLE, Adolf A. ~- Latin America diplo macy and reality. New York, Harper, 1962. (2) GUEVARA, Ernesto - discurso pronunciado na Reuniao do Con- selho Interamericano Economico e Social, vealizada em Punta del Este, Uruguai, © transcrito integralmente om CIENCIAS POLITICAS Y SOCIALES. Mexico, Alo VII, (25), 1961, pp. 445-477; citacdo dap. 446. Os significados polfticos da Alianga para o Progresso, quanto a Cuba, © socialismo e as contradigdes de classes na América Latina, est3o examinados por: SCHLESINGER, Arthur M. - op. cit., esp. caps. VIT e VIII, NYSTROM, J. Warren and HAVERSTOCK, Nathan A, - The Alliance for Progress. Princeton, Van Nostrand, 1966; GORDON, Lincoln - New Deal for Latin America - The Alliance for _Pro- i> gress. Cambridge, Harvard University Press, 1963, (3) DOCUMENTOS SECRETOS DE LA ITT, Fotocopias de los orig:na- les en ingles y su traduccidén al castellano, Santiago Chile, Quimantu, 1972, p. 85. (4) HOBSBAUM, E. 3. - "Latin America as US Empire Cracks", Neu York, THE NEW YORK REVIEW OF BOOKS, vol.XVI,(5), March 25, 1971, pp. 3-9; citagao dap. 4. Alguns espectes do papel dindmico do imperialismo na formeggo do socig lismo cubano foram examinados por: WILLIAMS, William Appleman - The United States, Cuba, and Castro New York, MONTHLY REVIEW PRESS, 1962; MORRAY, J. P. - The 65. second revolution in Cuba. Neu York, MONTHLY REVIEW PRESS, 1962. Para una anélise das preocupecdes e medi das dos governantes rorte-emericanos, quanto a movimen tos © partidos do escuerda na América Latina, antes de 1959, consultar: FLEXANDER, Robert J. ~ Communism in Lat America. New Brunswick, Rutgers University Press, 1957; MATTHEWS, Herbert L. ed. - The United Sta tes and Latin Americe. Neu York, The American Assem- bly - Columbia University, 1959; SCHNEIDER, Ronald mM. .a_(2.944-1954). New York, Prae- = Communi. ger, 1958. (5) "UP Program of Government", publicado en NEU CHILE, New York, volume preparado e editado por North American Congress on Latin America (NACLA), 1972, pp.130-42; ci tagdes das pp. 141 @ 142. (6) ALMEYDA, Clodomiro, Ministro das Relagdes Exteriores do Chile, em discurso pronunciado na Assembléia Geral da Organizacaéo dos Estados Americanos (0EA), a 15 de e- bril de 1971. Cf. transcrigo de ESTUDIOS LNTERNACIO- NALES, Afio IV, (16), pp. 189-96; citag&o da p. 194, -(7) “ALLENDE, Salvador - "El debor de los pueblos es superar el régimen capitalista y avanzar por un nuevo camino" transcrito por DESARROLLO INDOAMERICANO, Aho 6, (18), 1972, pp. 11-16; citac&o da p. 12.

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