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INTRODUÇÃO

Plantas medicinais são usadas, desde épocas passadas e de forma tradicional, para
tratamento de vários tipos de doença. No Brasil, especificamente, a procura pelo tratamento
natural se dá pelo custo elevado de alguns medicamentos sintéticos. (CORRÊA JUNIOR,
1994). A implantação no SUS emprega se como terapia alternativa alguns tipos de plantas,
como nos exemplos abaixo a camomila tem como uma de suas utilizações o tratamento de
flatulências e dispepsia, já a calêndula desde 2009 a Calendula officinalis é reconhecida pelo
Ministério da Saúde brasileiro como uma das plantas fitoterápicas de uso do SUS - Serviço
Nacional de Saúde onde dentre suas utilizações estão na regulação de estrogênios que auxilia
no inicio do tratamento da menopausa.

CAMOMILA

Nome popular:
Camomila, Camomila Verdadeira ou camomila-dos-alemães.

Nome cientifico:
Chamomilla recutita (L.) Rauschert e Matricaria chamomilla L.
(LORENZI, MATOS, 2002; NEWALL, ANDERSON, PHILLIPSON, 2002).

Pode ser enquadrada na família Compositae, quando adotado o sistema de Engler


(BARROSO, 1991). Para Martins et al. (2000), as formas mais empregadas para obtenção das
propriedades medicinais das plantas são os chás obtidos por infusão, decocção ou maceração,
geralmente incorporados às outras formas denominadas compressa, cataplasma, xarope, loção,
inalação, pós, emplastro, linimento, elixir, extratos, tinturas entre outros.
São utilizadas pela população para aliviar dores e curar o corpo e a mente, desde os
primórdios o homem tem utilizado todos os recursos disponíveis. Desta forma,
experimentando nos bons efeitos dos elementos da natureza para a conservação ou
recuperação da saúde, diversos povos usaram as plantas com finalidade terapêutica (DI
STASI, 1996).
É de grande importância para a indústria em geral pela aplicação do seu óleo essencial na
fabricação de aromatizantes, perfumes, xampus, loções e por conferir odor e sabor agradáveis
em uma enorme variedade de alimentos e bebidas.

CAMOMILINA C

Cápsulas: extrato de camomila 25mg, extrato de alcaçuz 5mg, vitamina C 25mg, vitamina
D3 150 UI.
Excipientes: fosfato tricalcico, amida, lactose e povidona.

Auxiliar para o alívio do desconforto na primeira dentição, pois o cálcio, fósforo e


colecalciferol são essenciais para a adequada mineralização óssea dos dentes.

 Nome Botânico: Matricharia chamomilla L.


 Sinônimos Científicos: Chamomilla recutita L., Matricaria recutita L., Matricaria
chamomilla var recutita L., Matricaria courrantiana DC., Chamomilla courrantiana
DC.C. koch.
 Nomes Populares: Camomila, Camomila-romana, Maçanilha, Camomila-comum,
Camomila-dos-alemães, Camomila-da-Alemanha, Camomilinha,
Camomilaverdadeira, Camomila-legítima, Camomila-vulgar, Matricária, Margaça-
das-boticas, Manssanilha, Macela-galega.
 Família Botânica: Asteraceae (Compositae)
 Parte Utilizada: Inflorescências e Capítulos Florais
 Na Camomilina C: é usado o extrato de camomila (parte da flor). Chamomilla
recutita (L.) Rauschert

Composição:
Cada cápsula de Camomilina® C contém:

COMPOSIÇÃO
IDR* IDR*
QUANTIDADE USO USO
COMPONENTES POR CÁPSULA LACTANTES %IDR PEDIÁTRICO %IDR
Vitamina D3 150 U.I. 200 U.I 75 200 U.I. 75
Vitamina C 25 mg 30 mg 83,3 30 mg 83,3
Extrato de
Camomila 25 mg - - - -
Extrato de Alcaçuz 5 mg - - - -

Na Camomilina C utiliza se o extrato de camomila (parte da flor) devido a labilidade


dos constituintes dos óleos voláteis, a composição dos produtos obtidos por arraste de vapor
de água difere da mistura dos constituintes inicialmente presentes nos órgãos secretores do
vegetal (SIMÕES; SPITZER, 1999). Em sua maioria, os óleos essenciais são obtidos por
destilação a vapor ou hidrodestilação (CASTRO; JIMÉNEZ-CARMONA; FERNÁNDEZ-
PÉREZ, 1999; GUENTHER, 1952; OTTE, 1994; POVH et al., 2001). Dada sua importância
terapêutica, o óleo de camomila está entre os mais utilizados e, consequentemente, os mais
valorizados óleos essenciais em nível internacional. Dentre os componentes identificados no
óleo essencial desta espécie, destacam-se o camazuleno e o alfabisabolol como as substâncias
que apresentam propriedades mais bioativas (CURIONI; ALFONSO, 1996).

O óleo essencial de camomila é extraído por hidrodestilação a partir de seus capítulos


florais, secos ao ar e conservados ao abrigo da luz. Os principais constituintes do óleo
essencial de camomila são:
Alfa-farneseno, óxido de carofileno, alfa-pineno, artemísia cetona, 3-careno, azuleno,
gama-muroleno, óxidos de bisabolol A e B, alfa-bisabolol, óxido de bisaboleno e camazuleno.
Dentre estes componentes, o camazuleno e o α-bisabolol destacam-se como
substancias com 7 propriedades bioativas, devido à atividade anti-inflamatória do camazuleno
e as propriedades antibacterianas do α-bisabolol [16,2] .
A planta camomila é conhecida por apresentar uma variedade de flavonoides ativos,
bem com seu óleo volátil, que é rico em terpenoides, como o alfa-bisabolol e o camazuleno.
Esses constituintes propiciam sua atividade medicinal (ALBUQUERQUE et al., 2009)
O alfa- bisabolol e seus óxidos de alfa-bisabolol A, alfa-bisabolol B, alcançando um tor
superior a 78%, o camazuleno atinge teores entre 1-155, os farnesenos alfa e beta de 12-28%,
espatulenol e os espiroeteres Z e E 8-20% (GUPTA et al., 2010).

CALCULO

1mg___25%
X_____78%

100mg X 3,12= 312mg/ capsulas


FC= 3,12

Os testes de controle de qualidade segundo a RDC nº 48, de 16 de março de 2004


devem:

 Apresentar a descrição de todas as metodologias utilizadas no


controle de qualidade, com os métodos analíticos devidamente validados para
o medicamento.
 Resultado da prospecção fito química, ou perfil cromatográfico
por cromatografia liquida de alta eficiência ou cromatografia gasosa-quando
cabível.
 Apresentar tradução quando o idioma não for inglês ou
espanhol.
 Especificação do material de embalagem primaria.
 Certificado de Boas Praticas de Fabricação e Controle, (BPFC)
emitido pela ANVISA, para a linha de produção no qual o produto foi
classificado como medicamento fitoterápico será fabricado ou protocolo de
solicitação de inspeção para fins de emissão do certificado de BPFC. Este
protocolo será valido desde que a linha de produção pretendida esteja
satisfatória na ultima inspeção para fins de verificação do cumprimento de
BPFC realizada.
 Enviar informações adicionais de acordo com a legislação
vigente sobre controle de Encefalopatia Espongiforme Transmissível, quando
cabível.
 No caso de associações, apresentar estudos que justifiquem suas
ações terapêuticas e evidencia de uso tradicional.
CALENDULA

A calêndula, planta de flores amarelas ou alaranjadas, do gênero Calendula, é


reconhecida como medicinal há séculos. A espécie Calendula officinalis é cultivada para este
fim e também para cosmética e pigmentos.
A Calendula officinalis L., nome que deriva da palavra latina “Calendae” que significa
“primeiro dia de cada mês”, foi inicialmente descrita pelo sueco Carl Von Linné, o qual a
nomeou pelo binômio Calendula officinalis L. (Wulf e Maleeva, 1969; Stuart, 1979).
Atualmente é popularmente conhecida como maravilha, margarida e mal-me-quer. É
usada na medicina popular para o tratamento afecções de pele, como cortes superficiais,
inflamação da pele e mucosas, eritemas, queimaduras, gengivite, artrite, eritema e como
cicatrizante.

Formas farmacêuticas

SÉDATIF PC comprimidos, caixa com 60 e 80 comprimidos de 300 mg de cada.


Cada comprimido contém:
Aconitum napellus 6 CH ................... 0,5 mg
Belladonna 6 CH ............................... 0,5 mg
Calendula officinalis 6 CH ................ 0,5 mg
Chelidonium majus 6 CH .................. 0,5 mg
Abrus precatorius (Jequirity) 6 CH .... 0,5 mg
Viburnum opulus 6 CH ...................... 0,6 mg
Excipientes qsp ................................... 1 comprimido
Excipientes: sacarose, lactose e estearato de magnésio vegetal.

Função dos Excipientes

Sacarose: é um tipo de glicídio formado por uma molécula de glicose, produzida pela
planta ao realizar o processo de fotossíntese, e uma de frutose. Antidesintegrante.
Lactose: é um dissacarídeo obtido a partir do leite, formado por uma molécula de
glicose e outra de galactose, unidas por uma ligação glicosídica. Um bom diluente.
Estearato de magnésio vegetal: é um lubrificante indicado para comprimidos,
cápsulas, pós efervescentes, granulados e supositórios.

Nomenclatura Botânica
Calendula officinalis L.

Gênero
Calendula

Espécie
Calendula officinalis

Variedade
Magnoliopsida
Autor do binômio
Carl Von Linné

Família
Astearaceae

Parte utilizada
Flores

Forma de utilização
Infusão: 1-2 g (1 a 2 col chá) em 150 mL (xíc chá)

Posologia e modo de usar


Aplicar compressa na região afetada 3 x ao dia

Para obtenção do extrato hidroetanólico de Calendula officinalis L. utilizou-se o


método de extração por maceração realizada em sistema de percolador aquecido a 40 – 60°C.
Assim 2 kg das flores secas de Calendula officinalis L. permaneceram em maceração durante
07 (sete) dias em 16 (dezesseis) litros de solução hidroetanólica a 70% em percolador
hermeticamente fechado ao abrigo da luz. A solução foi agitada frequentemente, e após o
término da extração, efetuou-se a filtração do macerado.
REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, U.P.; HANAZAKI, N. As pesquisas etnodirigidas na descoberta de novos


fármacos de interesse médico e farmacêutico: fragilidades e pespectivas. Revista Brasileira de
Farmacognosia v.16 ( suppl.0), p.678-89, 2006.

BARROSO, G. M. Sistemática de angiospermas do Brasil. Viçosa, Universidade Federal de


Viçosa, 1991. p. 237-74.

CASTRO, M. D. L. de; JIMÉNEZ-CARMONA, M. M.; FERNÁNDEZ-PÉREZ, V. Towards


more rational techniques for the isolation of valuable essential oils from plants. Trends in
Analytical Chemistry, Córdoba, v. 18, n. 11, p. 708-716, 1999.

CURIONI, A.; ALFONSO, W. La manzanilla común [Chamomilla recutita (L.) Rauschert] –


cosecha y poscosecha. Revista de Tecnología Agropecuaria, Pergamino, p. 72-76, mai 1996.

GUPTA, V.; MITTAL, P.; BANSAL P.; KHOKRA, S. L.; KAUSHIK, D. Pharmacological
Potential of Matricaria recutita: A review. International Journal of Pharmaceutical Sciences
and Drug Research, v. 2, p. 12-16, 2010.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil - nativas e exóticas. Nova


Odessa: Plantarum, 2002. p. 148-9.

RESOLUÇÃO-RDC Nº 48, DE 16 DE MARÇO DE 2004. DOU 18 de março de 2004


Savastano, M.A.P.; Di Stasi, L.C. 1996. Folclore: conceito e metodologia. Pp.37-45. In: L.C.
Di Stasi (org.). Plantas medicinais: arte e ciência - Um guia de estudo interdisciplinar. São
Paulo, Editora da Universidade Estadual Paulista

SIMÕES, C.M. de O.; SPITZER, V. Óleos essenciais. In: SIMÕES, C.M. de O.; SCHENKEL,
E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P. de; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P. (Org.).
Farmacognosia: da planta ao medicamento. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999. p.397-425

https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/5394/1/DM_29228.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/25/Vers--o-cp-
Calendula.pdf

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/25/Vers--o-cp-
Calendula.pdf

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