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Maison la Roche, 1923, Paris (hoje, Fundação Le Corbusier) É um projeto incorporado

a uma galeria de arte. Nele, Le Corbuiser soltou o pilotis e o primeiro andar ficou livre; foram
também trabalhados os traçados reguladores nas fachadas; as paredes internas foram tratadas
como se fossem paredes externas; adotou o ‘jogo’ de aberturas, integrando os ambientes;
adotou racionalidade: primeiro pensou na planta e depois destinou os espaços; os ambientes
foram integrados; adotou o Sistema don-inopossibilitando maior liberdade na volumetria;
adequou a função ao habitar; inverteu as funções dos pavimentos: os quartos são embaixo e a
cozinha e a sala são em cima; utilizou menos paredes internas, integrando os ambientes.

Villa Stein Utilizou esquadrias horizontais ocupando toda a volumetria e adotou forma
quadrada na volumetria, integrando os espaços internos.

Ville Savoye, França FASE PURISTA = integrar o interior ao exterior. Neste projeto uniu
todos os seus princípios: adotou pilotis livre, introduziu uma rampa que percorre todos os
andares, utilizou contraste entre as formas – rígida e orgânica e introduziu o “passeio
arquitetônico” – teto-terraço.

Le Corbusier – Villa Savoye – Poissy, França – 1928-29

Igreja Notre Dame du Mont (Ronchamp) França Retomou o tema sagrado – atmosfera
de ritual (silêncio). Explorou os sentidos através das aberturas e entre elas e a cobertura –
entrada de luz, concebeu ferramentas para compor o percurso através de textura preparação
para o ambiente.

Le Corbusier – Notre Dame du Haut, Ronchamp, França – 1955 – início fase Brutalista

Convento de La Tourette, França Le Corbusier manteve a tradição dos


conventos (construções afastadas da cidade). Este projeto faz parte da FASE
BRUTALISTA (questão é material – o concreto é explorado como forma de
plasticidade). Recuperou a história, a tipologia dos conventos – projetou áreas
reclusas, capelas, biblioteca (divide a capela), pátio interno (ligação entre os
edifícios), células onde moram as freiras, restaurante. Adotou o programa de
conventos tradicionais com linguagem moderna e reproduz a atmosfera com
linguagem volumétrica atual. Fez um partido quadrado, pesado (o edifício parece
um só volume), que não apresenta transição entre o edifício e solo (diferente de
pilotis). No interior, dividiu a nave principal e a lateral (pia batismal, etc) e explorou
a luz (direcionou, filtrou através de nichos, trabalhou para dar mais luminosidade
no ambiente – são como quadros dentro do ambiente), marcou limites. No pátio
interno, pela primeira vez foi explorado o brise-soleil. Contrastou a rigidez das
quinas com a modelação plástica da Capela (o volume se destaca).

Le Corbusier – Convento La Tourette – Lyon, França – 1957-1960 – fase Brutalista

Museu do Homem, Zurich Neste projeto Le Corbusier fugiu totalmente do


padrão arquitetônico que utilizava. Explorou a estrutura metálica – estrutura de
cobertura, mas utilizou o cubo (lembra as obras de Mondrian) e contrastou a
cobertura pesada com pilares finos.

A sua influência estendeu-se principalmente ao urbanismo. Foi um dos primeiros a


compreender as transformações que o automóvel exigiria no planejamento urbano. A
cidade do futuro, na sua perspectiva, deveria consistir em grandes blocos de apartamentos
assentes em pilotis, deixando o terreno fluir debaixo da construção, o que formaria algo
semelhante a parques de estacionamento. Grande parte das teorias arquitectónicas de Le
Corbusier foram adaptados pelos construtores de apartamentos nos Estados Unidos.
Le Corbusier defendia, jocosamente, que, "por lei, todos os edifícios deviam ser brancos",
criticando qualquer esforço artificial de ornamentação. As estruturas por ele idealizadas,
de uma simplicidade e austeridade espartanas, nas cidades, foram largamente criticadas
por serem monótonas e desagradáveis para os peões. A cidade de Brasília foi concebida
segundo as suas teorias.
Depois da sua morte, os seus detractores têm aumentado o tom das críticas, apelidando-o
de inimigo das cidades. É, no entanto, absolutamente, um nome de referência na história
da arquitetura contemporânea.

Arqui. Expre..

A arquitetura expressionista foi um movimento arquitetônico que se desenvolveu


na Europa setentrional durante as primeiras décadas do século XXparalelamente às artes
visuais representativas do Expressionismo.
O termo "Arquitetura expressionista" inicialmente descrevia as atividades
das vanguardas alemã, neerlandesa, austríaca, checa e dinamarquesa desde 1910 até
aproximadamente 1924. Subseqüentes redefinições estenderam o termo até 1905 e
também ampliaram seu campo de ação para o restante da Europa. Hoje em dia, o
conceito ampliou-se de tal modo, que chega a referir-se à arquitetura de qualquer período
ou localização que apresente algumas das qualidades do movimento original tais como;
distorção, fragmentação ou a comunicação de emoção violenta ou sobrecarga.[1]
O estilo foi caracterizado por uma adoção pré-modernista de novos materiais, inovação
formal e volumes extremamente incomuns, algumas vezes inspirados nas formas
biomórficas naturais, algumas vezes por uma nova técnica oferecida pela grande produção
de tijolos, aço e especialmente vidros. Muitos arquitetos expressionistas lutaram
na Primeira Guerra Mundial e suas experiências, combinadas com as agitações política e
social que seguiram-se à Revolução Espartaquista de 1919, resultaram em uma
perspectiva utópica e em uma visão romântica do socialismo.[2] As condições econômicas
limitaram severamente o número de construções entre 1914 e o meio da década de
1920,[3] fazendo com que muitos dos mais importantes trabalhos expressionistas
permanecessem como projetos no papel, tais como a Arquitetura Alpina de Bruno Taut e
os Formspiels de Hermann Finsterlin. Construções de exposições efêmeras eram
numerosas e altamente significativas durante este período.
A cenografia para teatro e cinema possibilitou uma outra saída para a imaginação
expressionista[4] e foi fonte de renda suplementar para muitos projetistas que tentaram
desafiar convenções em um clima econômico severo.
Eventos importantes na arquitetura expressionista incluem; a Exposição Werkbund de
1914 em Colônia, a conclusão e temporada teatral do Grosses Schauspielhaus, Berlim em
1919, as cartas Glass Chain, e as atividades da Amsterdam School. O principal marco
permanente existente do Expressionismo é a Torre Einstein de Erich
Mendelsohn em Potsdam. Em 1925, a maioria dos principais arquitetos do Expressionismo
tais como; Bruno Taut, Erich Mendelsohn, Walter Gropius, Mies van der Rohe e Hans
Poelzig, juntamente com outros expressionistas das artes visuais, haviam-se voltado para
o movimento da Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade), uma aproximação mais prática e
que rejeitou a agitação emocional do expressionismo. Poucos, particularmente Hans
Scharoun, continuaram o trabalho explorando a linguagem expressionista.[5]
Em 1933, depois da tomada do poder pelos Nazistas na Alemanha, a arte expressionista
foi proscrita como Arte degenerada.[5] Até mesmo os estudiosos da década de
1970[6] chegaram a depreciar a influência dos expressionistas no International style, porém
isto tem sido reavaliado nos últimos anos.
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O edifício Johnson Wax, apresenta essa metáfora orgânica por meio de seus pilares
altos e esguios em forma de cogumelo, formando suportes básicos no espaço dos escritórios.
O topo dos pilares tem forma circular, e foram erguidas em concreto, envolvidas por membrana
de vidro, que dão entrada de luz horizontais, vindas do teto.

Frank Lloyd Wright – Johnson Wax Building – Wisconsin – 1936-39

Os centros dos pilares – ocos – têm a função de facilitar o escoamento da água da chuva,
evitando o acúmulo na cobertura. Assim, Wright inverte a concepção tradicional, onde deveria
existir rigidez, na cobertura, utiliza materiais mais “leves”, o vidro e na base, a rigidez, o
concreto, o fechamento. Desta forma, o arquiteto incorpora à arquitetura da época, elementos
que são utilizados até hoje. Essa atmosfera deu ao edifício de escritórios um ar sagrado.

Frank Lloyd Wright – Johnson Wax Building – Wisconsin – 1936-39

A Falling Water (Casa da Cascata) produziu a fusão entre o lugar que se vive e a
natureza. O projeto partiu do uso do concreto armado, porém, os balanços introduzidos vão ao
limite. A casa projeta-se da rocha natural existente no local, que lembra uma plataforma que
flutua sobre uma pequena cachoeira. Consiste em um jogo de planos suspensos, em vários
níveis de altura acima das árvores. Sua fusão com a paisagem é total, pois esta permeia o
projeto a cada passo, e em função das aberturas horizontais de vidro.

Frank Lloyd Wright – Fallingwater – 1938

Internamente, as referências aos materiais naturais e locais, são mostradas através dos
revestimentos dos pisos e paredes feitos em pedra.
Apesar da utilização do concreto armado, Wright ainda tinha algumas restrições a esse
material, por considerá-lo “não natural”, assim, pintou as fachadas de concreto da cada com
tinta cor de damasco, fundindo-a a natureza.

Frank Lloyd Wright – Fallingwater – 1938

Sua visão foi cristalizada pela primeira vez e atingiu sua máxima realização, em seu projeto
para o Museu Guggenheim de Nova Iorque em 1943. Neste projeto Wright põe para fora toda a
sua idéia do fantástico. Este projeto pode ser visto como o ponto culminante da obra de Frank
Lloyd Wright, pois combina os princípios estruturais e espaciais da Falling Water com a
iluminação utilizada no edifício Johnson Wax.

Em seu primeiro livro sobre urbanismo, ‘A Cidade Evanescente’, de 1932, Frank Lloyd Wright
declara que a cidade do futuro estaria em todas as partes e em nenhuma. Defendia que os
homens deveriam procurar uma nova solução para as cidades existentes ou planejadas, onde
seriam introduzidos novos sistemas de assentamentos de terras dispersas, anti-urbanas. Em
seu livro, Wright afirma “os milagres de invenção técnica com os quais nossa cultura
compulsiva nada tem a ver são – apesar de seu mau uso – novas forças com as quais
qualquer cultura nativa deve acertar conta.”

Em sua cidade ideal, a construção mais importante não era a casa e sim a Fazenda-Modelo
Walter Davidson, projetada em 1932. Essa construção era destinada a facilitar a administração
econômica do local, onde cada pessoa iria cultivar e trabalhar a terra – era a economia de
subsistência incorporada à arquitetura.
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A casa da cascata é uma residência localizada perto de Pittsburgh, no Estado da Pensilvânia
nos Estados Unidos. Ela foi construída em 1936 e projetada pelo arquiteto Frank Lloyd Wright,
considerado o introdutor da arquitetura moderna em seu país. Considerada uma das mais
famosas casas do mundo, a casa da cascata é também conhecida como Casa Kaufmann, que é
o nome da família de seu primeiro proprietário, e em inglês seu nome é Fallingwater house.
Originalmente a casa foi construída em meio a um bosque na propriedade da família, para
servir de veraneio, mas hoje em dia abriga um museu.

A principal característica da casa da cascata é o fato de ter sido erguida sobre uma pequena
queda d'água, utilizando-se dos elementos naturais ali presentes. Assim como várias outras
obras de Wright, foi construída com materiais experimentais para a época.
Na obra predominam os terraços projetados logo acima da cascata que permitem apreciar
uma vista das montanhas e das árvores. Os muros de pedra remetem às rochas do local e
criam uma atmosfera protegida, quase de caverna. Neste projeto, Wright pôde expressar o
seu pensamento sobre a arquitetura orgânica.
Falling Water é uma casa espetacular e de acordo com o próprio arquiteto a casa “se projeta
num penhasco, agarra as rochas, suspensa no espaço por planos horizontais sobrepostos, com
a continuidade da água por baixo”.

A ANÁLISE

A casa foi implantada pretendendo-se buscar uma continuidade com o entorno, com a
vegetação, as rochas, e o riacho. O objetivo do arquiteto era dar a entender que a casa havia
surgido através do próprio crescimento orgânico.
De acordo com Wright: “Uma forma orgânica desenvolve sua estrutura a partir de condições
propícias, tal como a planta se desenvolve a partir do solo favorável, ambas crescem de
dentro para fora”, ou seja, ele acredita que os projetos devem ser formulados de dentro para
fora, a partir das necessidades do residente, resultando, somente no final, as aparências
externas.
Essa Idéia apresenta-se contraditória, já que notoriamente o projeto foi pensado inicialmente
de fora para possui uma continuidade com o meio ambiente externo, e o interno foi apenas
uma conseqüência.
Frank Lloyd Wright disse ao seu cliente: “Quero que viva com a sua cascata. Não quero que a
veja, mas que faça parte integrante da sua vida.”
Percebe-se, portanto, que o arquiteto adequou as características externas do entorno a
realidade da funcionalidade interna da casa.
A divisão interna do edifício não apresenta nenhuma complexidade, um fator que condiz com
o movimento moderno citado no texto: “o espaço interior contraditório não admite o
requisito da arquitetura moderna de uma unidade de continuidade de todos os espaços”
A casa apresenta uma concentração dos espaços comuns entorno da sala de estar e uma
redução do tamanho dos dormitórios, portanto a sala caracteriza-se como espaço primordial e
os demais espaços como residuais.

Arqui. Expressionista

O expressionismo se caracteriza pela subjetividade, experimentação formal e uso do


figurativismo e da simbolização, sobretudo relacionado com a natureza, como o
zoomorfismo (edifício com forma de animais) e o antropomorfismo (edifício com formas
humanas). Primava ainda pela efusão lírica, pela dissolução das normas clássicas de
composição, pela exploração da plasticidade do concreto. Temos ainda a distorção, o
anamorfismo e a monumentalidade (sobretudo em alguns edifícios alemães). Seus
arquitetos tinham como orientação o culto da personalidade e o desenho expontâneo, de
traços rápidos e fortes, com muito contraste.
Expressionismo será marcada pela critica à aproximação da arte com o processo
de industrialização, tendo como contraponto a busca de um novo homem, de
um novo mundo. Mundo vislumbrado na utopia do retorno ao convívio
harmonioso com a natureza, revelado na pureza e perfeição do cristal, ou na
transparência do vidro.

A arquitetura expressionista se desenvolveu no clima agitado do pós-guerra alemão.


Havia uma crise estilística manifesta à medida que vieram a tona duas tendências
principais: por um lado, os experimentos feitos pelo art nouveau haviam encorajado
uma visão extravagante que, embora se restringisse as inovações decorativas e não
estruturais, havia certamente ajudado a fazer da fantasia um componente válido do
design. Por outro lado, a tecnologia estava oferecendo uma gama de materiais
modernos que pareciam ditar um estilo mais severo: vigas de ferro, concreto armado
e vidro em chapas. Bruni Taut fez uso desses novos materiais, especialmente o vidro,
pelo qual tinha uma atração particular, daí veio o Pavilhão de Vidro, uma espécie de
colméia circular de telhas de vidro coloridas, onde os visitantes ficam suspensos sobre
uma plataforma circular, enquanto um feixe de lentes rotativas lança raios de luz coloridos sobre todas as
superfícies. Esse pavilhão é considerado obra importante da arquitetura expressionista, bom como o teatro
Grosses Schauspielhaus (1919) do arquiteto Hans Poelzig em Berlim. Seu interior é como uma simulação
arquitetônica de uma caverna subterrânea com milhares de estalactites penduradas no teto.

A Torre Einstein de Erich Mendelsohn, no entanto, é a chave da arquitetura


expressionista. Trata-se de um observatório em concreto armado, com superfícies

curvas em forma de uma espiral a partir da torre central e as janelas dispostas ao redor
formando ângulos retos para suavizar a angularidade dentro do fluxo rítmico. No
projeto, Mendelsohn determinou a função especifica do edifício; a partir dessa
especificação modelou o bloco, sua forma plástica; seu planejamento é simétrico e
baseado no aparato acadêmico de eixos principais e secundários. Assim, entende-se
que o edifício já não é concebido como uma combinação de planos, mas sim como
um bloco unitário escavado, uma espécie de ‘corpo’ de alvenaria e cimento.

O Expressionismo foi caracterizado por uma adoção pré-modernista de novos materiais, inovação formal e
volumes extremamente incomuns, algumas vezes inspirados nas formas biomórficas naturais, algumas vezes
por uma nova técnica oferecida pela grande produção de tijolos, aço e especialmente vidros. Muitos arquitetos
expressionistas lutaram na Primeira Guerra Mundial e suas experiências, combinadas com as agitações política
e social que seguiram-se à Revolução Espartaquista de 1919, resultaram em uma perspectiva utópica e em uma
visão romântica do socialismo. As condições econômicas severamente limitaram o número de construções
entre 1914 e o meio da década de 1920, fazendo com que muitos dos mais importantes trabalhos
expressionistas permanecessem como projetos no papel.

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