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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

JOAO AUGUSTO ANDRADE LOPES

OS IMPACTOS DO PROTOCOLO DE KYOTO E OS MECANISMOS DE


DESENVOLVIMENTO LIMPO

GOIÂNIA
2018
JOAO AUGUSTO ANDRADE LOPES

OS IMPACTOS DO PROTOCOLO DE KYOTO E OS MECANISMOS DE


DESENVOLVIMENTO LIMPO

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina


Orientação Metodológica para Trabalho de
Conclusão de Curso, visando à elaboração de
monografia de Relações Internacionais, requisito
imprescindível à formação do curso de Relações
Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica
de Goiás.

Goiânia
2018
RESUMO

A questão da degradação do meio ambiente não é algo recente, veio ao longo dos
anos piorando com o desenvolvimento da humanidade. Em 1997 em Kyoto, no Japão,
surgiu o chamado Protocolo de Kyoto como solução para a diminuição da emissão de
gases de efeito estufa. Este trabalho tem como objetivo abordar a importância do
Protocolo de Kyoto na redução dos gases do efeito estufa, analisar o investimento dos
países em tecnologia de desenvolvimento limpo e assimilar o funcionamento dos
diferentes tipos de energias renováveis. Para alcançar o objetivo proposto serão
utilizados dados de pesquisas, dados quantitativos e qualitativos.

Palavras Chave: Protocolo de Kyoto, Gases De Efeito Estufa, Desenvolvimento


Limpo, Energias Renováveis.

ABSTRACT

The issue of the degradation of the environment is not something recent, it has gone
down over the years worsening with the development of humanity. In 1997, in Kyoto in
Japan appeared the Kyoto Protocol as a solution for the reduction of the emission of
greenhouse gases. This paper aims to address the importance of the Kyoto Protocol
in reducing greenhouse gases, analyzing countries' investment in clean development
technology and assimilating the functioning of different types of renewable energy. To
achieve the proposed objective will be used research data, quantitative and qualitative
data.

Keywords: Kyoto Protocol, Greenhouse Gases, Clean Development, Renewable


Energies
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ............................................................................


1.1 Introdução .....................................................................................................
1.2 Problema........................................................................................................
1.3 Justificativa ...................................................................................................
2 OBJETIVOS ...............................................................................................................
2.1 Objetivo geral ................................................................................................
2.2 Objetivos específicos ...................................................................................
3 REVISÃO DA LITERATURA .....................................................................................
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................................
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO .............................................................................
6 PLANO DE TRABALHO ............................................................................................
REFERÊNCIAS .............................................................................................................
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

1.1. Introdução

Desde do surgimento da humanidade quase não interferimos no meio


ambiente, até porque, no começo, éramos limitados a sobreviver através do mesmo.
Desde da agricultura, a pesca e caça dependíamos do meio ambiente. No século XVIII
passamos por uma revolução industrial que mudaria para sempre o cenário mundial.
Neste período a convivência harmônica entre o homem e a natureza deixou
de existir. Cada vez mais a sociedade foi mudando, aumentando cada vez mais o
tamanho populacional e suas necessidades.
Ao longo da história para adaptar essas novas necessidades que foram
surgindo, o ser humano passou a degradar cada vez mais o meio ambiente. A
população começou o seu processo de êxodo rural.
Cada vez mais a população deixava de ser agrária e tornaria urbano. Assim
surgiram as cidades e com elas o surgimento das fábricas e os produtos
industrializados. Com os produtos industrializados começou a exploração
desenfreada do meio ambiente, causando assim a sua degradação intensiva.
Além da destruição massiva das florestas, e o poluimento massivo dos rios,
surgiram outros problemas. As industrias altamente poluentes soltaram grandes
quantidades de gás de efeito estufa, que ao longo dos séculos afetaram o planeta
como um todo.
Em dois séculos, a terra começou a apresentar um aumento da
temperatura média global de 0,74 graus Celsius e com previsões de até 4 graus até o
final do século XXI. Em 1997 em Kyoto no Japão foi assinado O Protocolo de Kyoto,
um documento das Nações Unidas que visa estipular metas para redução dos gases
de efeito estufa, e o surgimento de credito de carbono.
Após a ratificação do protocolo de Kyoto os países começaram a investir
em maior quantidade em tecnologia de desenvolvimento limpo e com isso um maior
investimento na energia limpa. Para Relações Internacionais mostra se importante
devido a cooperação entre os países no sentido de troca de tecnológica e o know-
how.
1.2. Problema
A presente pesquisa visa, de forma crítica e reflexiva, discutir o protocolo
de Kyoto e a análise mecanismos de desenvolvimento limpo procurando, através de
artigos científicos e doutrinas responder questionamentos como:
1. Porque a importância do Protocolo de Kyoto no cenário mundial?
2. Como funciona os mecanismos de desenvolvimento limpo?
3. Quais são os tipos de desenvolvimento limpo?
4. Como é gerada a energia renovável?

1.3. Justificativa

O presente tema tem se revelado de extrema importância no cenário


mundial e o cenário nacional.
A análise do Protocolo de Kyoto deve se dar a importância devido que sem
quais quer medidas preventivas para a redução do efeito estufa, pode causar o
aumento brusco e repentino das temperaturas globais, que causariam incontáveis
desastres ambientais, mortes, deslocamentos e prejuízos.
Para os países mais desenvolvidos a ratificação deste protocolo
prejudicariam a sua economia por reduzir as atividades industriais, pois elas são as
principais atividades poluidoras e precisariam investir em novas e mais modernas
tecnologias para a redução dos gases de efeito estufa. Isto causariam um aumento
do preço final de alguns produtos produzidos por eles.
Sendo assim os países mais industrializados investiriam em métodos de
desenvolvimento limpo e sustentáveis em seus territórios visando assim achar outros
meios de redução de custos de produção.
Adotando estas medidas terão um saldo positivo de credito de carbono,
que se implantado corretamente pode até girar outra fonte de renda, com a
comercialização mundial de créditos de carbono, o investimento em energias
renováveis, abaixar o custo de produção de sua mercadoria final é a troca de know-
how.
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Objetiva-se, a partir da análise do Protocolo de Kyoto mostrando as


políticas econômicas e sociais em quais ele impacta os países, além de expor as
vantagens para que os países podem beneficiar dessa política. Para analise deste,
utilizará os mecanismos de desenvolvimento limpo como os principais fatores.

2.2 Objetivos específicos

a) Mostrar a importância do Protocolo de Kyoto no cenário mundial


b) Analisar o investimento dos países no desenvolvimento limpo
c) Analisar o mecanismo de desenvolvimento limpo e como ele e associado com energia
renovável
3. REVISÃO DE LITERATURA

Desde do surgimento da humanidade, utilizamos como nossa fonte


primaria de sobrevivência a natureza. Através dela desenvolvemos diferentes meios
e os utilizamos a nosso favor. Os egípcios utilizaram os rios como meio de transporte
e para facilitar a movimentação de pedras. Os gregos utilizaram os mares como o
meio mais rápido de comercialização. Atualmente ela e essencial para a matriz
energética mundial. Existe incontáveis países que dependem da natureza como fonte
de geração de energia.
No Brasil a principal fonte de geração de energia brasileira é a
hidrelétrica, conforme abaixo:

A geração de eletricidade no Brasil cresceu a uma taxa média anual de 4,2% entre
1980 e 2002. Sempre a energia hidráulica foi dominante, uma vez que o Brasil é um
dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos. Por sua vez, é modesta a
contribuição do carvão, já que o país dispõe de poucas reservas e elas são de baixa
qualidade. (GOLDEMBER E LUCON, 2007, p. 03)

Segundo a análise de Simas (2013), o desenvolvimento de


tecnologias sustentáveis para os países emergentes e considerado de extrema
importância pois os permitem receber investimento de outros países mais
desenvolvidos, facilitando o investimento nesse meio. Este interesse é de mão dupla,
enquanto os países emergentes recebem o investimento em tecnologias, os países
desenvolvidos estão recebendo novos meios de redução dos gases do efeito estufa.
A necessidade de redução destes gases do efeito estufa surgiu na
assinatura do protocolo de Kyoto pelos países desenvolvidos, que são chamados
países do anexo I, sendo eles:

Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade


Europeia, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Grécia,
Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Liechtenstein, Lituânia,
Luxemburgo, Mônaco, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia,
Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte, República Tcheca,
Romênia, Suécia, Suíça, Turquia, Ucrânia. (LIMIRO, 2009, p. 44)

Originalmente apenas 39 países assinaram o protocolo sendo


insuficiente para sua ratificação, conforme é possível verificar abaixo:

Em 1997, entre os dias 1 e 12 de dezembro, na cidade de Kyoto, no Japão, foi realizada


a 3ª Conferência das Partes, conhecida como CPO 3, que contou com a presença de
166 representantes de países, tendo em vista o cumprimento do Mandato de Berlim,
adotado em 1995. Esse mandato havia proposto que os países desenvolvidos
assumissem o compromisso de reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa
para os níveis de 1990, até o ano 2000, porém as Partes decidiram que esse nível de
redução era inadequado para se atingir o objetivo de longo prazo da Convenção.
Destarte, restou convencionado que um Protocolo para a Convenção deveria ser
negociado, estando pronto para aprovação até a 3ª Conferência das Partes. Foi
durante a COP 3 que restou avençado o Protocolo de Kyoto, que, no início, contou com
o comprometimento de 39 países para com a redução das emissões de gases de efeito
estufa na atmosfera mediante metas e prazo estipulado. (LIMIRO, 2009, p. 65)

Apenas em 2005 com a assinatura da Rússia o Protocolo de Kyoto


entrou vigor e, com isso, os países já começaram seus investimentos em energias
limpas:

Já o Protocolo de Kyoto (1997-Japão) estabeleceu metas para a redução da


emissão de gases poluentes que intensificam o “efeito estufa”, com destaque
para o CO2. A retificação do Protocolo de Kyoto pelos países do mundo
esbarrou na necessidade de mudanças na sua matriz energética (SILVA, 2009,
p. 33)

Ante o exposto analisaremos a importância do Protocolo de Kyoto após


sua ratificação, além de analisar o investimento dos países desenvolvidos nos países
emergentes na questão do desenvolvimento limpo e a geração de energia renovável.
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Do ponto de vista de sua natureza, a pesquisa a ser realizada pode ser


classificada como básica por objetivar aplicar o conhecimento pelo conhecimento,
ampliando o que se sabe sobre um assunto em questão sem que se tenha uma
aplicação imediata. Além disso, objetiva gerar conhecimentos úteis para o avanço da
ciência envolvendo verdades e interesses universais, pois busca estimular o
desenvolvimento de fontes renováveis de energia e consequente diminuição de gases
do efeito estufa. De acordo com Gil (2008), a pesquisa científica básica deve ser
motivada pela curiosidade e suas descobertas devem ser divulgadas para toda a
comunidade, possibilitando assim a transmissão e debate do conhecimento.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, pode-se dizer que
há elementos quantitativos e qualitativos na presente pesquisa. O método quantitativo,
segundo Turato (2011), busca fatos, explicação do comportamento das coisas, dados
estatisticamente definidos, gráficos e tabelas. O presente trabalho utilizará gráficos a
fim de analisar a quantidade de redução dos gases de efeito estufa pelos países
adeptos ao protocolo de Kyoto, análise dos resultados econômicos de investimentos
dos países em energias renováveis e da quantidade de energia renovável presente
na matriz energética dos países do Anexo I. Já o método qualitativo, ainda segundo
Turato (2011), utiliza uma confrontação teórica inicial que será ampliada, conceitos
construídos, a interpretação de fenômenos e atribuição de resultados sem requerer
diretamente o uso de técnicas estatísticas. O presente trabalho analisará todo um
conceito histórico e cultural que levou à uma preocupação com os impactos
ambientais nas diversas formas de geração de energia.
Do ponto de vista dos objetivos, a pesquisa pode ser classificada como
exploratória e explicativa. De acordo Gil (1991), a pesquisa exploratória objetiva
explorar um problema para fornecer informações para uma investigação mais precisa.
Ela se concentra na descoberta de ideias e pensamentos, estabelecendo as bases
que levarão a estudos futuros, ou determinar se o que está sendo observado pode ser
explicado por uma teoria atualmente existente. Já a pesquisa explicativa exige a
teorização e a reflexão a partir do objeto de estudo, registrando, analisando,
interpretando dados e identificando suas causas. Segundo Lakatos e Marconi (2001,
p. 38), “Essa prática visa ampliar generalizações, estruturar e definir modelos teóricos,
relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo ou âmbito produtivo em
geral e gerar hipóteses ou ideias por força de dedução lógica. ”
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, o trabalho em mãos se deu
pelo método de pesquisa bibliográfica o qual, segundo o conceito de Gil (1991), foi
elaborado a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros,
artigos, de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet em
consonância com o tema apresentado.
Em relação ao método, foi feita a opção pelo hipotético-dedutivo. Esta
opção se justifica porque o método escolhido permite uma dedução de hipóteses que
são levantadas a partir de um problema. Uma explicação para esse método é que,
através dele:

[...] o cientista, através de uma combinação de observação cuidadosa, hábeis


antecipações e intuição científica, alcança um conjunto de postulados que
governam os fenômenos pelos quais está interessado, daí deduz ele as
consequências por meio de experimentação e, dessa maneira, refuta os
postulados, substituindo-os, quando necessário, por outros, e assim
prossegue. (KAPLAN, 1972, p.12)

Quanto ao tempo, a presente pesquisa será realizada no período


compreendido entre fevereiro e junho de 2018, devendo este projeto de pesquisa ser
apresentado até a data de 14 de junho de 2018.
5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Período
Atividade
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Apresentação do projeto de pesquisa •
Revisão da Literatura • • • •
Coleta de Dados • • •
Tabulação de Dados • •
Análise de Dados •
Escrita Final do TCC •
Protocolo Final do TCC •
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6. PLANO DE TRABALHO

INTRODUÇÃO
1. ANALISE DO PROTOCOLO DE KYOTO
2. ANALISE DO QUE E DESENVOLVIMENTO LIMPO
3. ASSOCIACAO DESENVOLVIMENTO LIMPO E AS ENERGIAS RENOVAVEIS
REFERÊNCIAS

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos De Pesquisa. 1ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas, 1991.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos De Pesquisa. 2ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas, 1999.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos De Pesquisa. 4ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas, 1999.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª Edição. São


Paulo: Editora Atlas, 1999.

KAPLAN, Abraham. A Conduta Na Pesquisa: Metodologia Para As Ciências Do


Comportamento. Editora Herder, 1972.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos Metodologia Científica. 4ª


Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2001.

LIMIRO, Danielle. Créditos de Carbono: Protocolo de Kyoto e Projetos de MDL.


Curitiba: Juruá, 2009.

OBERTHÜR, S. AND OTT, H. The Kyoto Protocol. Berlin: Springer, 2011.

SILVA, Benedito Gonçalves da. Contabilidade Ambiental Sob a Ótica Da


Contabilidade Financeira. Curitiba: Juruá Editora, 2009.

SIMAS, M.; PACCA, S. Energia Eólica, Geração De Empregos e


Desenvolvimento Sustentável. Revista Estudos Avançados, 2013, vol.27, nº 77,
p.99-116. ISSN 0103-4014.

TURATO, Egberto Ribeiro. Tratado da Metodologia da Pesquisa Clínico-


qualitativa. 6ª Edição. Editora Vozes, 2011.

GLÓRIA, Helaine Siman. Crédito de Carbono. 2018. Disponível em:


<http://www.fucape.br/premio_excelencia_academica/upld/trab/12/Helaine
SimanGlória_TCC.pdf>. Acesso em: 08/06/2018.

GOLDEMBER, Jose; LUCON, Oswaldo. Energia e meio ambiente no Brasil. 2007.


Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n59/a02v2159.pdf>. Acesso em:
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MOREIRA, Helena Margarido; GIOMETTI, Analúcia Bueno dos Reis. O Protocolo


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