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Sistema de Aterramento Elétrico:

O que é? Aterramento significa colocar instalações de estruturas metálicas e equipamentos


elétricos no mesmo potencial ou estabelecer um referencial, de modo que a diferença de
potencial entre a terra e o equipamento seja zero. Existe duas formas de medição da resistência
da terra (aterramento): o terrômetro e o alicate de pinça.

O aterramento tem por objetivo:

 Segurança de atuação de proteção;


 Proteção das instalações contra descargas atmosféricas;
 Proteção do indivíduo contra contatos com partes metálicas da instalação energizadas
acidentalmente;
 Uniformização do potencial em toda área do projeto, prevenindo contra lesões perigosas
que possam surgir durante uma falta fase-terra.
 Manter a resistência de aterramento nos limites seguros segunda a NBR 5410
 Instalações elétricas Comum – R<=10 Ohms;
 Telecomunicações – R<= 5 Ohms;

Com o aterramento adequado das instalações e equipamento elétricos, no caso de falha da


isolação do equipamento a corrente de falta passa pelo condutor de proteção (condutor de
aterramento), ao invés de percorrer o corpo da pessoa, proporcionando segurança aos usuários.

Conceitos sobre aterramento:

 Tensão de contato: é a tensão que pode aparecer acidentalmente, quando da falta de


isolação, entre duas partes simultaneamente acessíveis; tensão que o corpo humano está
sujeito quando em contato com partes metálicas acidentalmente energizadas;
 Tensão de toque: é tensão que o corpo humano está sujeito caso toque em partes
metálicas de um equipamento, gerando uma diferença de potencial entre as mãos e os
pés;
 Tensão de passo: a elevação de potencial em torno de um ponto faz surgir anéis de
distribuição de queda de tensão, deixando os pés do corpo humano sujeito a uma
diferença de potencial para cada pé.
 Ligação equipotencial: interligação de diferentes malhas de aterramento objetivando a
redução de diferenças de potenciais;
 Eletrodo de aterramento: elemento ou conjunto de elementos do subsistema de
aterramento que segura o contato elétrico com o solo e dispersa as correntes
provenientes de cargas estáticas, etc.
 Eletrodo de aterramento em anel: eletrodo de aterramento formando u anel fechado em
volt da estrutura.

Componentes de uma Malha de Aterramento:

 Hastes de aterramento: tratam-se de eletrodos cravados no solo, constituídos de hastes


cilíndricas com alma de aço revestidas de uma camada de cobre, cantoneiras de aço
galvanizadas, etc.
 Conectores de aterramento (splitbolt): trata-se de condutores metálicos, destinados a
execução das conexões entre os diversos componentes da malha;
 Cordoalhas de Aterramento: tratam-se de conexões flexíveis constituídas de fios finos
de cobres traçados e estanhados.
 Conexões exotérmicas: tratam-se de conexões efetuadas a partir de uma reação química
exotérmica, onde uma mistura de pó de cobre e pólvora é detonada no interior de um
cadinho (molde) de grafite. Há o de derivação e o de cruzamento.

Sabe-se que o valor ideal para um bom aterramento deve ser menor ou igual a 5 Ω. Dependendo
da química do solo (quantidade de água, salinidade, alcalinidade, etc.), mais de uma haste pode
se fazer necessária para nos aproximarmos desse valor. Caso isso ocorra, existem duas
possibilidades: tratamento químico do solo (que será analisado mais adiante), e o agrupa- mento
de barras em paralelo. Uma boa regra para agruparem-se barras é a da formação de polígonos.
A figura 5 mostra alguns passos. No- tem que, quanto maior o número de barras, mais próximo
a um círculo ficamos. Outra regra no agrupamento de barras é manter sempre a distância entre
elas, o mais próximo possível do comprimento de uma barra.

Comandos Elétricos: Materiais Elétricos e Partida Direta de Motores Indutivos Trifásicos

Dispositivos de Proteção para Motores Elétricos: os dispositivos de proteção têm como


finalidade a proteção de equipamentos, circuitos eletroeletrônicos, maquinas e instalações
elétricas, contra alterações de tensão de alimentação e intensidade de corrente elétrica.

 Fusíveis: são dispositivos cuja principal função característica é a proteção contra curto-
circuito (aumento brusco da intensidade de corrente elétrica ocasionada por falha no
sistema de energia ou operação máquina/operador).
o Protegem equipamentos e fiação;
o Sua classe funcional se dá por duas letras; a primeira letra denomina a faixa de
interrupção, ou seja, que tipo de sobre corrente o fusível irá atuar, que são:
 g = atuação para sobrecarga e curto, fusíveis de capacidade de
interrupção em toda faixa;
 a = atuação apenas para curto circuito, fusíveis de capacidade de
interrupção em faixa parcial.
o A segunda letra denomina a categoria de utilização, ou seja, que tipo de
equipamento o fusível irá proteger, que são elas:
 L/G = cabos e linhas/proteção de uso geral.
 M = Equipamentos de manobra.
 R = Semicondutores.
 B = Instalações de minas.
 Tr = Transformadores.
Os mais utilizados do mercado são o aM para motores, gL/gG para cabos de uso geral
e aR para semicondutores.

Classificação dos Fusíveis quanto a velocidade de atuação:


• ultrarrápidos (Ultra-Fast acting) utilizados para a proteção de
circuitos eletroeletrônicos, principalmente para a proteção de componentes
semicondutores onde pequenas variações de corrente em curtíssimo espaço de
tempo fazem o fusível atuar.
• rápidos (fast acting) também utilizados para a proteção de circuitos
com semicondutores e sua atuação é rápida suficiente para limitar o aumento
da corrente num curto intervalo de tempo.
• Normal (normal acting) A atuação do fusível é mediana, tem como
objetivo de proteção de circuito eletroeletrônico e circuito elétrico, utilizado de
forma mais geral onde a proteção do circuito não necessite um tempo muito
curto de atuação. Utilizado normalmente em circuitos com baixa indutância.
• retardado (time-delay acting) São fusíveis de atuação lenta. Utilizados
para a proteção de circuitos elétricos, e tem como principal objetivo a proteção
de circuitos com cargas indutivas (ex. motor). Esta característica permite que o
fusível não atue no pico de corrente provocado pela partida do motor Relé: são
dispositivos projetados com a características de proteger os equipamentos contra
sobrecarga (aumento da intensidade da corrente elétrica de forma gradual).

 Disjuntores Motores: são dispositivos que realizam a proteção contra curto-circuito e


sobrecarga (proteção térmica e magnética). Possuem knob para o ajuste da proteção da
intensidade de corrente (ajuste da proteção térmica).

Dimensionamento Partida Direta do Motor

1ª Cabos:

- Determina os tipos de instalação; a seção nominal; capacidade de condução de corrente;

- Corrige a corrente nominal ou de projeto para verificar se o cabo selecionado suporta;

2ª Fusível:

- Verifica o tempo de partida, geralmente é de 5 segundos;

- Faz o cálculo da corrente IP da fórmula IP/IN;

- Vai ao gráfico com os parâmetros tempo = 5s e IP = valor encontrado;

- A corrente do fusível é dada pela curva onde toca o ponto dos parâmetros.

3ª Contator:

- Utiliza o fator de serviço na seguinte fórmula IN*Fs = Ic, após feito o cálculo, encontra-se a
corrente do contator;

- Vai na tabela e acha o contator cuja corrente está nos limites.

4ª Rele Térmico:

- Acha-se apenas a faixa de operação do relé térico;

- Faz a relação IN*Fs e determina na mesma tabela anterior (fim da página) o limite em que se
enquadra tal relação

- Imín_____relação____Imáx.

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