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Resumão - Constitucional
Resumão - Constitucional
PODERES DO ESTADO
A Constituição Federal de 1988, como de tradição, adotou o sistema tripartido de separação dos
poderes, que são as de administrar, legislar e julgar. No Brasil, essas três funções são exercidas pelo
PODER EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO, respectivamente. Essa separação procura,
principalmente, evitar abusos de poder, já que um poder fiscaliza e limita a atuação do outro. Esse sistema
denomina-se “pesos e contrapesos”. A divisão dos poderes, no entanto, não é absoluta, sendo que cada um
dos poderes exerce, em menor ou maior grau, todas as funções.
PODER EXECUTIVO
No Brasil, o Poder Executivo será exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos
Ministros de Estado. As atribuições do Presidente da República estão listadas no art. 84 da Constituição
Federal, citadas as principais:
Caso o Presidente da República cometa algum crime, só poderá ser processado se a Câmara dos
Deputados autorizar (por dois terços de seus membros). Em se tratando de crimes comuns (previstos no
Código Penal), será ele julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Nas hipóteses de crime de
responsabilidade, o Presidente da República será julgado pelo Senado. São crimes de responsabilidade
todos aqueles atos que atentem contra a Constituição.
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. MINISTROS DE ESTADO
. CONSELHO DA REPÚBLICA
. CONSELHO DA DEFESA
Esse conselho também será um órgão de consulta do Presidente, com a diferença de que tratará
das questões relativas à soberania nacional e à defesa do Estado. Competirá a esse conselho: opinar
sobre as declarações de guerra e de paz, opinar sobre a intervenção federal, o estado de defesa e o estado
de sítio e, por fim, propor medidas que visem uma melhor defesa do território nacional, com o propósito
de garantir a independência nacional e a defesa do Estado Democrático.
PODER JUDICIÁRIO
Caberá ao Poder Judiciário, aplicando a lei e todas as fontes de direito, solucionar conflitos
existentes na sociedade ou conflitos entre os próprios poderes. O Judiciário É AUTÔNOMO, não se
subordina a nenhum outro poder. Por conta disso, ele mesmo elabora seus orçamentos. O Supremo
Tribunal Federal, órgão de cúpula do Poder Judiciário, poderá, exercendo seu poder de iniciativa, propor
o Estatuto da Magistratura (esse estatuto é a LOMAN, Lei Orgânica da Magistratura).
Os juízes possuem determinadas garantias que visam dar-lhes a segurança necessária para que
exerçam sua atividade de forma justa, sem se preocupar com pressões. São elas:
o Vitaliciedade, adquirida, pelos juízes concursados, após dois anos de atividade. Com essa
garantia, só por sentença judicial transitada em julgado será declarada a perda do cargo. Constitui
requisito para o vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido pela escola nacional
de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
o Inamovibilidade, que significa que o magistrado não pode ser lotado em outra localidade sem
que haja o seu consentimento, salvo se o Tribunal assim decidir, por voto de dois terços, em razão
do interesse público;
o Irredutibilidade de subsídio (remuneração), que garante a impossibilidade de se diminuir a
quantia recebida pelos juízes em virtude do seu trabalho.
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Aos magistrados É PROIBIDO:
O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores terão sede
em Brasília. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição (poder de dizer o
direito) em todo o território nacional. É inerente à atividade judiciária a autonomia administrativa e
financeira, consubstanciada na capacidade de elaborar seus próprios orçamentos e gerenciá-los. Os
Tribunais Regionais Federais e os Tribunais de Justiça são os órgãos de segunda instância do Poder
Judiciário, ou seja, julgam os recursos interpostos de sentença dos juízes de primeiro grau. Por conta de
sua importância, determina a Constituição que um quinto das vagas dessas cortes é reservado a membros
do Ministério Público e Advogados, ambos com, pelo menos, dez anos de carreira. Esse é o chamado
“quinto constitucional”.
As decisões dos juízes (sentenças) não são absolutas. Quase sempre há a possibilidade de
revisão por um órgão superior a este. Assim sendo, os tribunais têm a função maior de revisar os julgados
das sentenças dos juízes.
PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo federal é bicameral, composto por duas câmaras, exercido pelo Congresso
Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Não há hierarquia entre as
casas, sendo que o que uma decidir será revisto pela outra.
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Cabe ao Poder Legislativo a função precípua de elaborar leis, ou seja, legislar. Além dessa
função, também cabe ao Legislativo a fiscalização e o controle dos atos do Executivo, função esta
exercida com apoio do Tribunal de Contas.
O Congresso Nacional é um órgão que representa o Poder Legislativo, sendo formado pelo
conjunto de duas casas, quais seja, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, cada qual com seus
regimentos internos próprios. Existem dois tipos de competências previstas para o Congresso Nacional:
O SENADO é a casa legislativa que representa os Estados, sendo que, ao invés de seguir o
sistema proporcional, segue o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegem três
senadores. O art. 52 da Constituição Federal de 1988 enumera as atribuições do Senado Federal, sendo
que as principais são:
Cada órgão terá sua mesa, eleita dentre seus membros para mandato de dois anos. A Constituição
determina que o Presidente do Senado Federal irá presidir a mesa do Congresso Nacional, e os demais
lugares serão ocupados alternadamente, pelos devidos ocupantes das mesas do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados.
Via de regra, as deliberações serão tomadas por maioria simples, presente a maioria absoluta
dos membros da casa. Em casos excepcionais, é necessário quorum qualificado, exigindo-se, por
exemplo, maioria absoluta para cassar mandato parlamentar, aprovar lei complementar, exonerar ou
aprovar o Procurador-Geral da República e aprovar nomes indicados para Ministro do Supremo Tribunal
Federal. Exige-se, por sua vez, maioria de dois terços da Câmara dos Deputados para autorizar
instauração de processo por crime de responsabilidade, três quintos para aprovar Emenda Constitucional e
dois quintos para cancelar concessão de rádio e TV, que são exemplos de maiorias qualificadas.
. SESSÕES LEGISLATIVAS
Cada legislatura dura quatro anos, compreendendo quatro sessões legislativas (uma a cada
ano). As sessões legislativas são divididas em dois períodos, o primeiro de 15 de fevereiro a 30 de junho e
o segundo de 1º de agosto a 15 de dezembro. Pode haver sessões legislativas extraordinárias no período
de recesso, convocadas pelo Presidente do Senado nos casos de intervenção federal, estado de defesa ou
estado de sítio e convocadas pelo Presidente da República, do Senado ou da Câmara em caso de extrema
urgência. Nessas sessões, serão decididas apenas as matérias para as quais foram convocadas, salvo se
existirem medidas provisórias, que serão automaticamente inseridas na pauta de votação.
. COMISSÕES PARLAMENTARES
O Congresso Nacional e suas casas possuirão comissões, com formação e competências próprias.
Essas comissões se dividem em permanentes e temporários. Os permanentes possuirão a mesma formação
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durante a legislatura e tratarão de assuntos predeterminados. As comissões temporárias serão constituídas
por tempo determinado para tratarem de matérias específicas, sejam quais forem. As comissões poderão:
A Constituição estipula duas comissões que terão um papel extremamente importante nas
atividades do Congresso Nacional. São elas: a Comissão Representativa e as Comissões Parlamentares
de Inquérito (CPI’s).
Os parlamentares (Deputados e Senadores) possuem certas garantias que visam dar-lhes a devida
proteção no exercício de sua função. As principais dessas garantias são as IMUNIDADES, que se
classificam em Imunidade Parlamentar Material (o parlamentar não comete crime de opinião, não
podendo ser responsabilizado por suas palavras, votos, etc.) e Imunidade Formal (parlamentar terá de ter
seu processo-crime sustado por sua casa legislativa, a pedido de seu partido político ou da maioria dos
seus membros. Além disso, em virtude dessa imunidade, o parlamentar não pode ser preso, salvo em caso
de flagrante delito de crime que não admita fiança).
. INCOMPATIBILIDADES
o PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo corresponde a uma série de atos que visam à confecção das espécies
legislativas, quais sejam, as emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Várias são as etapas que compõem a atividade
legislativa, vejamos:
. INICIATIVA
A iniciativa é o ato que dá início ao processo legislativo por meio de um projeto de lei. Várias
são as pessoas que podem dar início ao processo legislativo, dentre elas os próprios parlamentares, o
Presidente da República, o Procurador Geral da República, o Supremo Tribunal Federal e o povo. A
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iniciativa popular tem como requisito a assinatura de 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos
por cinco Estados com, no mínimo, 0,3% dos eleitores de cada um deles. Algumas leis só podem ser
iniciadas pelo Presidente da República. São elas as que disponham sobre: fixação do efetivo das Forças
Armadas e Regime Jurídico dos Militares; cargos públicos e seus regimes jurídicos; organização dos
serviços públicos; organização do Ministério Público e Defensoria Pública da União e regras gerais para
os Estados, DF e Territórios; criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
. VOTAÇÃO
A discussão e a votação do projeto serão feitas nas duas Casas Legislativas. Via de regra, o
projeto é iniciado na Câmara dos Deputados, salvo quando sua iniciativa venha de um Senador,
oportunidade em que a votação será iniciada no Senado. Temos, assim, a atuação de duas casas na
votação do projeto, a casa iniciadora e a revisora. Podem ocorrer três hipóteses:
1ª) A casa iniciadora e a casa revisora aprovam. Resultado: o projeto é encaminhado ao presidente para a
sanção.
2ª) Casa iniciadora aprova e casa revisora desaprova. Resultado: o projeto é arquivado.
3ª) Casa iniciadora aprova e casa revisora emenda. Resultado: o projeto é reencaminhado à casa
iniciadora para a votação das emendas.
. SANÇÃO
. VETO
Nos quinze dias de que o Presidente dispõe para sancionar, ele também pode, ao invés disso, vetar,
ou seja, recusar o projeto, total ou parcialmente. Caso seja parcial, não poderá alcançar somente palavras
ou expressões, mas deverá abolir por completo um artigo, parágrafo, inciso ou alínea. O veto, no entanto,
NÃO É ABSOLUTO, sendo apreciado posteriormente pelo Congresso Nacional, que poderá derrubar
esse veto desde que assim o entenda por maioria absoluta de seus membros.
. PROMULGAÇÃO
. PUBLICAÇÃO
Com a publicação da lei, dá-se a ciência à sociedade da existência e do conteúdo dessas no mundo
jurídico. Caberá, à autoridade que promulgou a lei, publicá-la. O espaço de tempo entre a publicação
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e a vigência, se houver, é chamado de VACATIO LEGIS, ou VACÂNCIA DA LEI, que é um período de
adaptação à nova lei, definido pelo legislador.
o ESPÉCIES LEGISLATIVAS
As espécies legislativas são os objetos do processo legislativo, podendo se manifestar das seguintes
maneiras:
. EMENDAS CONSTITUCIONAIS
. LEIS COMPLEMENTARES
As leis complementares são leis para as quais o constituinte reservou certas matérias,
consideradas de maior importância. Essas leis exigirão, para que sejam aprovadas, os votos da maioria
absoluta das respectivas casas.
. LEIS ORDINÁRIAS
As leis ordinárias, como o próprio nome diz, são aquelas que tratam de todas as matérias
possíveis, sem qualquer rito especial para sua aprovação (requer somente maioria simples, que significa
mais da metade dos presentes). Existem basicamente duas limitações às leis ordinárias, quais sejam, NÃO
PODEM DISPOR sobre matérias reservadas a lei complementar nem tratar sobre assuntos de
competência privativa das casas legislativas (tratadas por decretos legislativos).
. LEIS DELEGADAS
Leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, mediante autorização expedida
pelo Congresso Nacional, para determinados assuntos. O Congresso Nacional pode, quando da
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autorização, determinar que a lei fique condicionada a uma posterior votação, que será única e sem a
possibilidade de emendas. Não podem ser objeto de leis delegadas:
. MEDIDAS PROVISÓRIAS
A faculdade de que o Presidente da República dispõe de expedir medidas provisórias permite a ele
que tome medidas com força de lei, quando houver uma grande urgência e relevância. Depois de
publicada, a medida provisória é encaminhada ao Congresso para que se decida se transforma a medida
em lei ou se será derrubada. Esse instrumento, porém, sofre uma série de modificações inerentes a sua
característica de urgência, como por exemplo:
- não pode tratar de: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos, direito eleitoral,
direito penal, direito processual penal e processual civil, organização do Judiciário e do Ministério
Público, matérias orçamentárias, seqüestro de bens ou aplicações financeiras;
- não pode dispor sobre matérias reservadas às leis complementares, nem matérias já disciplinadas pelo
Congresso Nacional e pendentes de sanção presidencial.
- terão duração de, no máximo, sessenta dias, prorrogável por mais sessenta;
- se a medida não for apreciada pelo Congresso em quarenta e cinco dias, será incluída em caráter de
urgência na pauta de votação, nada mais podendo ser votado, caso não seja votada a Medida Provisória;
- Não se pode reeditar medida provisória que já tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por
não ter sido apreciada.
Os decretos legislativos, na verdade, são leis que não precisam de sanção do presidente. Serão
sempre utilizados quando se tratar de questões referentes às competências exclusivas da casa Legislativa,
tendo sempre uma força normativa para toda a sociedade (externa). São elaborados pelo Congresso
Nacional, com tramitação por ambas as casas e aprovados por maioria relativa.
As resoluções, por sua vez, são atos de caráter interno, que visam regular o bom
funcionamento das atividades legislativas. São elaboradas pelo Congresso Nacional ou por cada casa
legislativa de forma isolada, sempre por maioria relativa. Essa espécie legislativa também prescinde de
sanção presidencial.
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Na hierarquia federativa das normas, podemos distinguir a seguinte ordem:
. SOBERANIA
. CIDADANIA
Em primeira análise, esse princípio corresponde a uma série de direitos e deveres reservados
àqueles que detêm a capacidade eleitoral ativa e passiva, o que, em outras palavras, quer dizer poder
de votar e ser votado.
Significa que todos terão direito a serem tratados de forma digna, respeitosa e honrosa. Tal
princípio traz uma série de reflexos, como a proibição de tortura, de penas perpétuas, de penas de morte,
etc.
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. VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E A LIVRE INICIATIVA
Ao se respeitar não só os valores econômicos, que significam alcançar o maior lucro possível em
menor tempo, mas também os valores sociais do trabalho, o constituinte busca proteger o trabalhador
das arbitrariedades, da despedida arbitrária, dos trabalhos indignos, enfim, uma série de garantias que
valorizem o trabalhador na sociedade e não que o tratem como mera mercadoria. Por sua vez, a
defesa da livre iniciativa visa impedir que algum grupo monopolize o mercado, usando de seu
poderio econômico para impedir novas iniciativas de empresas de menor porte.
. PLURALISMO POLÍTICO
Significa que poderão existir várias concepções, várias idéias, vários grupos políticos, mesmo
que contrários às idéias do governo.
DIREITOS são prerrogativas legais que visam concretizar a convivência digna, livre e igual de
todas as pessoas. Representam, por si só, certos bens e vantagens prescritos na norma constitucional. São
também conhecidas como disposições meramente declaratórias, pois apenas imprimem existência legal
aos direitos reconhecidos.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
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o CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
São os direitos sociais, tais como o direito ao trabalho, à greve, à saúde, à educação, e também os
direitos econômicos e culturais. Buscam a satisfação das carências coletivas do ser humano. São
denominados de direitos positivos, pois, diferentemente dos de primeira geração, não requer abstenção do
Estado, mas lhe estabelece obrigações. Inspiraram-se no direito à igualdade.
Apontam para os avanços da engenharia genética que terminam por colocar em risco a
própria existência humana.
2. Limitabilidade - Não são absolutos, pois são passíveis de conflitos com outros direitos. Nessas
hipóteses cabe ao magistrado ou intérprete decidir qual direito deverá prevalecer, levando em
conta o princípio maior a ser preservado. Há uma limitação recíproca de um para com o outro.
3. Concorrência - Pode ser exercida cumulativamente, quando, por exemplo, o jornalista transmite
uma notícia (direito de informação) e, juntamente, emite uma opinião (direito de opinião).
4. Irrenunciabilidade - O que pode ocorrer é o seu não-exercício, mas nunca a sua renuncia.
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5. Inalienalibilidade - Como são conferidos a todos, são indisponíveis, não se podendo aliená-los
por não possuírem conteúdo econômico-patrimonial.
O rol de direitos e garantias individuais e coletivos baliza e estrutura o convívio social, além de,
ao mesmo tempo, por serem consagrados constitucionalmente, apresentarem-se como marcos perenes a
obstacularem injusta investida do Estado ou de outro particular contra a liberdade, a segurança ou o
patrimônio de outrem.
Tais direitos são constituídos de direitos explícitos e implícitos. Estes últimos são “decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte”. Os explícitos, por sua vez, são de cinco categorias, cujos objetivos imediatos são a
vida, a igualdade, a liberdade, a segurança e a propriedade, já que, o objeto mediato de todas é
sempre a liberdade. Assim dispostos, a proibição da pena de morte (inciso XLVII); a proteção à dignidade
humana (inciso III), se refere à proteção do direito à vida, já o princípio da isonomia (art. 5°, caput e
inciso I) constitui proteção ao direito à igualdade, o direito de locomoção (incisos XV e LXVIII); de
pensamento (incisos IV, VI, VII, VIII e IX); de reunião (inciso XVI); de associação (incisos XVII A XXI);
de profissão (inciso XIII); de ação (inciso II), são direitos que visam assegurar a liberdade; enquanto
do domicílio (inciso XI); em matéria penal (incisos XXXVII a LXVII); dos direitos subjetivos em geral
(inciso XXXVI), são direitos que visão assegurar a segurança, e a propriedade em geral (inciso XXII);
de propriedade artística, literária e científica (incisos XXVII a XXIX); hereditária (XXX e XXXI), são
direitos que visão assegurar a propriedade.
o DIREITOS SOCIAS
Dedica à constituição um capítulo inteiro aos direitos sociais, quais seja, a educação, a saúde, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância e a assistência aos desamparados.
o DIREITOS À NACIONALIDADE
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. PRIMARIA
1º caso:
- Nascidos no Brasil;
- Mesmo que de pais estrangeiros, desde que ambos não estejam a serviço de seu país de origem.
2º caso:
- Nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro (não importa se nato ou naturalizado), a serviço do
Brasil. Por exemplo, o filho de uma diplomata brasileira a serviço em cuba.
3º caso:
a) Venha morar no Brasil (não há limite de tempo, bastando que se concretize a vontade de estabelecer
residência) e ainda;
b) Optem pela nacionalidade brasileira (essa opção só poderá ser exercida após seja atingida a maioridade
perante um juiz federal). A jurisprudência do STF diz que nesse caso a nacionalidade é primária, pois
existe desde o nascimento, ficando apenas sujeita a uma condição para o seu implemento.
. SECUNDÁRIA
Aos portugueses residentes no Brasil serão atribuídos os mesmos direitos reservados aos brasileiros, não
importando o tempo que aqui residam, desde que Portugal assim proceda com os brasileiros lá
residentes. Essa é a chamada quase-nacionalidade, que não abrange o acesso aos cargos privativos de
brasileiros natos.
Não poderá haver distinções entre brasileiros natos e naturalizados, salvos os previstos na
constituição, como, por exemplo, as possibilidades de extradição dos brasileiros natos, as restrições
quanto à propriedade de empresas de comunicação social e os cargos privativos de brasileiros natos.
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o DIREITOS POLÍTICOS
Esta parte da constituição prevê uma série de regras destinadas a delimitar a forma de
atuação do indivíduo nas decisões do estado. Aquele que se enquadra dentro dos requisitos
impostos pela constituição para atuar ativamente na vida política do país recebe a denominação
“cidadão”. A atuação política é um direito público subjetivo que confirma a opção feita no
parágrafo único do art. 1°, de um regime político democrático onde “o poder emana do povo, que
o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição”.
Segundo o art. 60, § 4°, o voto direto, secreto, universal e periódico é cláusula pétrea,
ou seja, algo que não pode ser extinto da constituição. Cabe ressaltar que não é cláusula pétrea
o voto obrigatório, o que nos leva a pensar que podemos um dia vir a ter uma emenda
constitucional que institua o voto facultativo para todos.
A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos. Outras formas de exercício da soberania popular são o plebiscito, o
referendo e a soberania popular. Tanto o plebiscito quanto o referendo são formas de perguntar
aos cidadãos o que eles pensam sobre determinada opção política do estado. A grande diferença
entre o plebiscito e o referendo é que naquele o estado primeiro pergunta ao cidadão e depois
age, ao contrário do referendo, em que primeiro o estado age e depois questiona os cidadãos se
eles aceitam determinado ato. A iniciativa popular de lei é uma forma de os cidadãos iniciarem
um projeto de lei, que será votado pelo congresso nacional, pelas assembléias legislativas ou pela
câmara municipais de vereadores, conforme a iniciativa seja de ato legislativo federal, estadual
ou municipal, respectivamente.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
. VEDAÇÕES
1º) Estabelecer, patrocinar, impedir o funcionamento e/ou criar dependência a cultos religiosos
ou igrejas.
2º) Recusar fé a documentos públicos. Os documentos públicos são dotados de presunção de
legitimidade, o que significa que se presumem verdadeiros os dados neles constantes. Não pode,
portanto, qualquer órgão da administração negar validade a um documento público, como, por
exemplo, uma certidão de nascimento ou uma escritura de imóvel, salvo se provada alguma
irregularidade.
3º) Criar regras que estabeleçam privilégios para alguns brasileiros, em detrimento do restante do
povo, ou entre os entes autônomos entre si.
o UNIÃO
A União, ente político dotado de autonomia, constitui uma pessoa jurídica de direito
público interno com função político-administrativa em todo o território nacional. Não
devemos confundir a União com a República, já que a primeira é dotada de mera autonomia,
enquanto a segunda, de soberania. Em alguns momentos, a União exerce funções de soberania,
como manter relações com outros Estados ou declarar guerra e celebrar a paz, mas a titularidade
da soberania continua com a República Federativa do Brasil.
. BENS DA UNIÃO
A Constituição Federal determinou, em seu art. 20, os bens da União, que são: os que
atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; as terras devolutas indispensáveis
à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; os lagos, rios e quaisquer correntes de
água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais; as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países;
as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas destas as áreas referidas no art.
26, II; os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; o mar
territorial; os terrenos de marinha e seus acrescidos; os potenciais de energia hidráulica; os
recursos minerais, inclusive os do subsolo; as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
arqueológicos e pré-históricos e, por fim, as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Essa
é uma enumeração exemplificativa, não impedindo que a União venha a adquirir outras
modalidades de bens.
. COMPETÊNCIAS
gerente das contas públicas, e, por fim, as competências LEGISLATIVAS, que são as áreas
que a União poderá disciplinar por meio de leis elaboradas pelo Legislativo Federal,
representado pelo Congresso Nacional.
o ESTADOS FEDERADOS
Os Estados Federados, como analisado na Parte I, Capítulo III, são entes políticos dotados
de autonomia, caracterizada por três elementos:
- Auto - Organização
- Auto - Governo
- Auto - Administração
Devemos ressaltar que a competência dos Estados se define como remanescente, visto
que caberão aos Estados todas as atribuições que a Constituição não proíba. Além, é claro, das
competências administrativas comuns e legislativas concorrentes citadas anteriormente. Um
exemplo de caso de competência expressa ao Estado-membro é a atribuição de explorar os
serviços locais de gás canalizado.
. AUTO-ORGANIZAÇÃO
. AUTOGOVERNO
. AUTO-ADMINISTRAÇÃO
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Constituem-se bens dos Estados todos aqueles elencados no art. 26 da Constituição Federal de
1988, quais sejam:
o MUNICIPIOS
Todo Município tem sua Lei Orgânica, que, respeitando a Constituição Federal e a Constituição
Estadual respectiva, irá definir a forma de organização do Município.
o DISTRITO FEDERAL
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Direito Constitucional - Resumo
• É proibida a divisão do Distrito Federal em Municípios (a Lei Orgânica do Distrito Federal, que
tem status de constituição estadual, determina a divisão do DF em regiões administrativas).
• O Poder Judiciário do Distrito Federal, assim como sua Defensoria Pública e seu Ministério
Público, serão organizados e mantidos pela União.
o TERRITÓRIOS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
o PRINCÍPIOS (LIMPE)
Segundo ele, todos os atos da Administração têm que estar em conformidade com os
princípios legais. Este princípio observa não só as leis, mas também os regulamentos que
contém as normas administrativas contidas em grande parte do texto Constitucional. Quando a
Administração Pública se afasta destes comandos, pratica atos ilegais, produzindo, por
conseqüência, atos nulos e respondendo por sanções por ela impostas (Poder Disciplinar). Os
servidores, ao praticarem estes atos, podem até ser demitidos.
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Direito Constitucional - Resumo
Um administrador de empresa particular pratica tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o
administrador público, por ser obrigado ao estrito cumprimento da lei e dos regulamentos, só
pode praticar o que a lei permite. É a lei que distribui competências aos administradores.
Este princípio está diretamente relacionado com os próprios atos dos cidadãos
comuns em seu convívio com a comunidade, ligando-se à moral e à ética administrativa,
estando esta última sempre presente na vida do administrador público, sendo mais rigorosa que a
ética comum. Por exemplo, comete ATO IMORAL o Prefeito Municipal que empregar a sua
verba de representação em negócios alheios à sua condição de Administrador Público, pois, É
SABIDO QUE O ADMINISTRADOR PÚBLICO TEM QUE SER HONESTO, TEM QUE TER
PROBIDADE E, QUE TODO ATO ADMINISTRATIVO, ALÉM DE SER LEGAL, TEM QUE
SER MORAL, sob pena de sua nulidade.
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Direito Constitucional - Resumo
o Nos casos de segurança nacional (seja ela de origem militar, econômica, cultural, etc.).
Nestas situações, os atos não são tornados públicos. Por exemplo, os órgãos de
espionagem não fazem publicidade de seus atos; nos casos de investigação policial: onde
o Inquérito Policial é extremamente sigiloso (só a ação penal que é pública);
o Nos casos dos atos internos da Adm. Pública: nestes, por não haver interesse da
coletividade, não há razão para serem públicos.
Por outro lado, embora os processos administrativos devam ser públicos, a publicidade
se restringe somente aos seus atos intermediários, ou seja, a determinadas fases
processuais. Por outro lado, a Publicidade, ao mesmo tempo em que inicia os atos, também
possibilita àqueles que deles tomam conhecimento, de utilizarem os REMÉDIOS
CONSTITUCIONAIS contra eles. Assim, com base em diversos incisos do art. 5° da CF, o
interessado poderá se utilizar do Direito de Petição, do Mandado de Segurança (remédio
heróico contra atos ilegais envoltos de abuso de poder), da Ação Popular, Hábeas Data e
Hábeas Corpus.
A publicidade dos atos administrativos é feita tanto na esfera federal (através do Diário
Oficial Federal) como na estadual (através do Diário Oficial Estadual) ou municipal (através do
Diário Oficial do Município). Nos Municípios, se não houver o Diário Oficial Municipal, a
publicidade poderá ser feita através dos jornais de grande circulação ou afixada em locais
conhecidos e determinados pela Administração. Por último, a Publicidade deve ter objetivo
educativo, informativo e de interesse social, não podendo ser utilizados símbolos e imagens
que caracterizem a promoção pessoal do Agente Administrativo.
Autotutela: A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e eficiência dos seus próprios
atos. É por isso que se reconhece à Administração o poder e dever de anular ou declarar a
nulidade dos seus próprios atos praticados com infração à Lei. Em suma, a autotutela se justifica
para garantir à Administração: a defesa da legalidade e eficiência dos seus atos; nada mais é que
um autocontrole;
Continuidade dos Serviços Públicos: O serviço público destina-se a atender necessidades sociais.
É com fundamento nesse princípio que nos contratos administrativos não se permite que seja
invocada, pelo particular, a exceção do contrato não cumprido.
. CENTRALIZAÇÃO
centralizada quando ele atua diretamente, por meio de seus órgãos. Se os serviços estão sendo
prestados pelas Pessoas Políticas constitucionalmente competentes, estará havendo centralização.
. DESCENTRALIZAÇÃO
Pode, inclusive, a execução de o serviço ser transferida para entidades que não estejam
integradas à Administração Pública, como: Concessionárias de Serviços Públicos e
Permissionárias. A descentralização, mesmo que seja para entidades particulares, não retira o
caráter público do serviço, apenas transfere a execução. A transferência da execução do serviço
público pode ser feita por OUTORGA ou por DELEGAÇÃO.
. DESCONCENTRAÇÃO
Existe quando as atividades estiverem distribuídas entre os órgãos de uma mesma pessoa
– quando forem as atribuições transferidas dos órgãos centrais para os locais/periféricos.
. CONCENTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Pessoa jurídica de direito público. É criada por Lei – a pessoa jurídica surge da própria
Lei, sem necessidade de registro. Não pode ser criada por decreto – ato administrativo, mas
apenas por lei no sentido formal e material – lei do Poder Legislativo. As autarquias são
criadas para desempenharem atividades típicas da administração pública e não atividades
econômicas.
Empresas Públicas
As empresas públicas têm criação autorizada por lei, têm personalidade jurídica de direito
privado, são formadas com capital exclusivamente público, sofrem possibilidade de penhora dos
bens e nelas ocorre a inexistência das prerrogativas da Fazenda Pública.
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Direito Constitucional - Resumo
regime trabalhista. Pode, a empresa pública, revestir-se de qualquer das formas societárias
admitidas em direito: S/A, Sociedade Por Cotas, Forma Societária Específica.
Existe necessidade de lei autorizando sua criação, conjuga capitais públicos e privados,
forma sempre Sociedade Anônima. Têm personalidade jurídica de direito privado, ausência das
prerrogativas do poder público e possibilidade de penhora dos bens.
Fundações Públicas
O posicionamento das Fundações Públicas sempre foi variado. Hoje, com o advento da
CF/88, foi encerrada essa dubiedade de posicionamento quando determina que a Fundação
Pública é submetida ao regime da administração indireta. As Fundações Públicas foram
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Direito Constitucional - Resumo
equiparadas às Autarquias. Possuem personalidade jurídica de direito público. Hoje, não mais
existe justificativa para se manter a diferença entre as Fundações e as Autarquias.
Organizações Sociais
Entidades de Direito Privado, disciplinadas pela Lei n° 9.637 de 15 de maio de 1998, sem
finalidade lucrativa e destinadas a atuarem em atividades de ensino, pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde. Tais
entidades são assim qualificadas pelo Poder Executivo e celebram contrato de gestão pelo qual
poderão receber recursos orçamentários, bens públicos e cessão de servidores públicos. Não
integram a chamada Administração Indireta, podendo ser classificadas como entes de
cooperação.
1. PERMISSIONÁRIOS;
2. CONCESSIONÁRIOS.
O conceito doutrinário de administração indireta é mais amplo do que o legal, pois inclui
as Permissionárias e as Concessionárias como integrante da administração indireta, ao contrário
do legal. A Constituição prevê, no artigo 175, a prestação de serviços públicos, mediante
concessão ou permissão, na forma da Lei e sempre através de licitação. A Lei n°8.987, de
13.02.95, regulamentou tal norma constitucional.
o SERVIDORES PÚBLICOS
de chamada dos concursandos deve seguir a lista de aprovação. Se essa ordem de chamada for
desobedecida, haverá direito líquido e certo do preterido de ser nomeado. As funções
comissionadas, destinadas aos cargos de direção, chefia e assessoramento são exercidas somente
por servidores de carreira efetivos. Os cargos em comissão (demissíveis ad nutum, a qualquer
momento) podem ser exercidos por qualquer pessoa que preencha os requisitos para acesso a
cargos públicos, mesmo sem concurso, devendo ser reservado um percentual para os servidores
efetivos.
É direito do servidor público civil: livre associação sindical, greve (matéria pendente de
regulamentação); subsídio ou remuneração fixado em lei, revisado anualmente e irredutível. A
“remuneração” do servidor representa a soma dos vencimentos com as vantagens a que ele tem
direito. Certos cargos possuem um regime especial de pagamento chamado subsídio, como, por
exemplo, os magistrados, os membros do Ministério Público, os defensores públicos, policiais,
cargos eletivos, Ministros de Estado, etc. A diferença entre a remuneração e o subsídio é que este
é pago necessariamente em parcela única, vedando-se qualquer gratificação, adicional, abono,
prêmio ou verba de representação. O teto, ou seja, o valor máximo das remunerações, subsídios e
aposentadorias, é o valor do subsídio mensal que recebem os Ministros do Supremo Tribunal
Federal. Esse teto deve ser definido por lei de iniciativa conjunta dos três poderes.
O valor das remunerações e dos subsídios deve ser publicado anualmente (princípio da
publicidade). Devem ser previstos cursos e programas de aperfeiçoamento dos servidores
públicos, o que deve ser requisito para promoção na carreira. Somente em quatro casos será
possível a acumulação de cargos e aposentadorias na Administração Pública Direta ou
Indireta, quais sejam:
- Ficará afastado do seu cargo, emprego ou função, exceto se for vereador, hipótese na qual,
havendo compatibilidade de horários, o servidor pode continuar a exercer sua função, recebendo
os proventos de ambos os cargos.
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Direito Constitucional - Resumo
A estabilidade do servidor público significa que ele só perderá o cargo em três hipóteses:
Ao contrário do que alguns pensam, o prazo do estágio probatório, previsto na Lei nº.
8.112/90 em 24 meses, não foi alterado pela EC nº. 19/98, que alterou o prazo para
estabilidade de 2 para 3 anos. O Supremo Tribunal Federal já assentou pacificamente a
distinção entre esses dois institutos, sendo a avaliação especial de desempenho, realizada no
estágio probatório, mera condição para a aquisição da estabilidade. Antes da estabilidade, será
exonerado o servidor que não for aprovado no estágio probatório ou que tomar posse, mas não
entrar em exercício. Existe ainda outro caso de perda do cargo – inserido no texto constitucional
pela Emenda Constitucional nº. 19/98 – que ocorrerá para adequar as finanças do Estado aos
percentuais previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo alcançar inclusive servidores
já estáveis. Nesse caso, deverão ser reduzidos, primeiramente, 20% dos cargos em comissão e os
dos servidores não estáveis. Não sendo o bastante, deverão perder o cargo os servidores já
estáveis, sendo devida a indenização de uma remuneração por ano de serviço.
o DISPOSIÇÕES GERAIS
8.429/92 (Lei do colarinho branco) e será punida com a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sendo a última
penalidade, imprescritível.
ORÇAMENTO PÚBLICO
O Orçamento Geral da União (OGU) prevê todos os recursos e fixa todas as despesas do
Governo Federal, referentes aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. As despesas
fixadas no orçamento são cobertas com o produto da arrecadação dos impostos federais,
como o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem
como das contribuições, como o da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social -
COFINS, que é calculado sobre o faturamento mensal das empresas, nas vendas de mercadorias,
de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, e bem assim do desconto na folha
que o assalariado paga para financiar sua aposentadoria. Os gastos do governo podem também
ser financiados por operações de crédito - que nada mais são do que o endividamento do
Tesouro Nacional junto ao mercado financeiro interno e externo. Este mecanismo implica o
aumento da dívida pública.
As receitas são estimadas pelo governo. Por isso mesmo, elas podem ser maiores ou
menores do que foi inicialmente previsto. Se a economia crescer durante o ano, mais do que se
esperava, a arrecadação com os impostos também vai aumentar. O movimento inverso também
pode ocorrer. Com base na receita prevista, são fixadas as despesas dos poderes Executivo,
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Direito Constitucional - Resumo
Legislativo e Judiciário. Depois que o Orçamento é aprovado pelo Congresso, o governo passa a
gastar o que foi autorizado. Se a receita do ano for superior à previsão inicial, o governo
encaminha ao Congresso um projeto de lei pedindo autorização para incorporar e executar o
excesso de arrecadação. Nesse projeto, define as novas despesas que serão custeadas pelos novos
recursos. Se, ao contrário, a receita cair, o governo fica impossibilitado de executar o orçamento
na sua totalidade, o que exigirá corte nas despesas programadas.
o PRINCIPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle do orçamento, que
estão definidas na Constituição, na Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, no Plano Plurianual e
na Lei de Diretrizes Orçamentárias. A Lei nº. 4.320/64 estabelece os fundamentos da
transparência orçamentária (art. 2o):
. PRINCÍPIO DA UNIDADE
. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE
. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE
. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE
O orçamento deve conter apenas matéria orçamentária, não incluindo em seu projeto de
lei assuntos estranhos.
. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO
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Direito Constitucional - Resumo
Visa vedar as autorizações de despesas globais, isto é, as despesas devem ser classificadas
com um nível de desagregação tal que facilite a análise por parte das pessoas.
. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
. PRINCÍPIO DE EQUILÍBRIO
Este princípio estabelece que todas as parcelas de receita e despesas devem constar do
orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de deduções. Busca-se com esta regra
impedir a inclusão de importâncias líquidas, ou seja, descontando despesas que serão efetuadas
por outras entidades e com isto gravando o orçamento e impedindo sua completa visão,
conforme preconiza o princípio de universalidade.
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