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 Cinética de Processos Fermentativos

Cinética de Processos Fermentativos

X=Microrganismo

X= Microrganismo
S= Substrato
P= Produto

X=X(t)
S= S(t) Limitante S= Substrato
P= P(t) Econômico

P= Produto
Cinética de Processos Fermentativos
Bioprocessos

 Cinética de Processos Fermentativos

È a analise dos valores de concentração de


um ou mais componentes do sistema de
cultivo, em função do tempo de cultivo.
cultivo.

Entende-se como componentes, o


Entende-
microrganismo (ou
(ou biomassa),
biomassa), os produtos
do metabolismo (metabólitos
(metabólitos)) e os
nutrientes ou substratos que compõem o
meio de cultura.
Cinética de Processos Fermentativos

 Sem o conhecimento da cinética torna-


torna-se
inviável a transposição de escala do
laboratório para a industria
industria..

 Através da cinética possibilita uma


comparação quantitativa entre condições
de cultivo;
 Ex: pH, temperatura, geralmente obtidos
em curvas de ajuste onde: X=X(t),
P=P(t), S=S(t) por variáveis como
velocidade de transformação ou fatores de
conversão
Cinética de Processos Fermentativos

 Parâmetros de Transformação

 Produtividade em biomassa:
biomassa:
Xm − Xo
PX = ;
tf
 Produtividade do Produto:
Produto:

Pm − Po
Pp = ;
t fp
Cinética de Processos Fermentativos
 Velocidades instantâneas de transformação:
transformação:
 As velocidades instantâneas de reprodução de
microrganismos, de consumo de substrato e de
formação de produto podem ser representadas
pelas seguintes expressões:
expressões:
 Velocidades de crescimento:
dx
rx = ;
dt
 Velocidade de consumo de substrato
ds
rs = − );
dt
 Velocidade de formação de produto:
produto:
dp
rp = ;
dt
Cinética de Processos Fermentativos
 Velocidades específicas de transformação:
transformação:
 A concentração X, aumenta durante o cultivo
descontínuo, aumentado o complexo enzimático
da transformação de S em P. Por isso, é preciso
especificar com relação a X.
 Velocidades específica de crescimento:
1 dx
µx = ;
x dt
 Velocidade específica de consumo de substrato
1 ds
µ s = .(− );
x dt
 Velocidade específica de formação de produto:
produto:
1 dp
µp = . ;
x dt
Cinética de Processos Fermentativos
 Fatores de Conversão:
Conversão: Consideramos um
determinado tempo t de fermentação e
determinados os valores X, S e P:

 Fator de conversão de Substrato em célula:


X − Xo
YX / S =
So − S
 Fator de conversão de produto em célula
X − Xo
YX / P = ;
P − Po
 Fator de Conversão de substrato em produto
P − Po
YP / S = ;
So − S
Cinética de Processos Fermentativos
 Se os três fatores permanecerem constantes
durante todo o cultivo, o que não ocorre com
frequência,, as três expressões anteriores pode
frequência
ser aplicadas no final da fermentação com
(X=X
(X= Xm; P=P
P=Pm; S=
S=00)
 Fator de conversão de Substrato em célula:
Xm _ Xo
YX / S =
So
 Fator de conversão de produto em célula
Xm − Xo
YX / P = ;
Pm − Po
 Fator de Conversão de substrato em produto

Pm − Po
YP / S = ;
So
Cinética de Processos Fermentativos
 Eliminando a grandeza Xo, pela combinação das
equações::
equações
X _ Xo e Xm _ Xo

Y = Y = X /S
So − S
X /S
S
 Fator de conversão de Substrato em célula:
Xm _ X
YX / S =
S
 O fator de conversão agora pode ser obtido de
um forma mais precisa, porque Xo, apresenta
erros experimentais mais elevado que Xm,
 Entretanto nem sempre a concentração de
substrato se esgota completamente, quando o
valor de X é máximo.
 Isso ocorre porque a medida que o micro-
micro-
organismo cresce forma metabólitos que podem
inibir o crescimento
Cinética de Processos Fermentativos
 Inicialmente o fator de conversão Yx/s, foi definido por
Monod, e tem sido útil na análise de alguns processos
como o de produção de proteína microbiana.
microbiana.
 Desde que seja conhecido o valor de Yx/s, é possível
calcular o valor de X, a partir de valor conhecido de S
e vice-
vice-versa
versa..
 Este fator é útil, na determinação do valor da
concentração de substrato limitante.
limitante.
 O valor de So, definirá a concentração máxima da
população microbina (Xm);
X m = X 0 − Yx / s .S 0
 Em outras palavras, se em uma outra experiência, de
um cultivo descontínuo, se o valor de So, for inferior
ao precedente, porém com concentrações idênticas
dos demais componentes, inclusive, Xo proporcionará
um valor de Xm, proporcionalmente menor no final do
cultivo, então vale a equação:
equação:
X = X m − Yx / s .S
Cinética de Processos Fermentativos
 Durante um cultivo descontíno,
descontíno, sob condições especiais,
concentração de S não muito elevada, agitação perfeita do
meio, é possível verificar a contância de Yx/s, com o auxílio
da expressão

X = X m − Yx / s .S
 Representando os valores experimentais de X, em função
de S, resultando em uma reta.
 As mesmas considerações podem ser aplicadas para os
demais fatores YX/P e YP/S
X Yx/s
Yx/s

Xm

S
Cinética de Processos Fermentativos
 Entretanto, se Yx/s, Yx/p ou Yp/s, não forem constantes,
deverão ser levado apenas seus valores instantâneos:
dX dX
YX / S = YX / P = YP / S =
dP
− dS dP − dS

 Considerando as definições de velocidades e velocidades


específicas:
rX µ X
YX / S = =
rS µ S

rX µ X
YX / P = =
rP µ P YX / S = YX / P .YP / S
rP µ P
YP / S = =
rS µ S
Cinética de Processos Fermentativos
 Em fermentações industriais, dificilmente são observados
valores constantes destes parâmetros, devido alguns
fatores, como tempo de mistura, transferência de oxigênio,
sistema de agitação.
 Além destes fatores, há de se considerar que as celulas
utilizam parte do substrato, para sua manutenção:
 Este conceito introduzido por Pirt,
Pirt, considera um consumo
específico para a manutenção celular

(rs ) m
m= rX
X rS = + m. X
Y ´X / S
rS = (rs ) c + (rs ) m µX
µS = +m
rX Y ´X / S
Y ´X / S =
(rS ) C
Cinética de Processos Fermentativos
 Se Y´X/S e m, forem constantes a relação entre µs e µX deve
ser linear. Esta definição de fator de conversão verdadeiro,
se aplica mais adequadamente aos processos
fermentativos.
 Uma generalização mais ampla pode ser aplicada,
considerando ainda o consumo de substrato para a
formação de produto (r (rS)p

µX µp
µS = ´´
+ ´
+ mP
Y X /S Y P/S
Cálculo das Velocidades

 Os cálculos das velocidades instantâneas e


velocidades específicas de transformação
dependem em primeiro lugar dos traçados das
curvas a partir de pontos experimentais.
 Estes traçados e ajustes podem ser feitos
manualmente, com programas de computador ou
ainda atravez de curvas representadas por
equações.
 O traçado manual, exige um bom conhecimento
do processo em estudo.
 Em geral para um grande número de casos, os
perfis das curvas de formação de microrganismos
(X) e de formação de produto em função do
tempo, apresentam forma sigmoidal crescente,
enquanto o perfil de Substrato S, é decrescente
Cálculo das Velocidades
Cálculo das Velocidades

1. Após o ajuste das curvas, traçar retas tangentes, em um


determinado instante t;
2. Calcular as velocidades instantâneas rX, rS e rP;
3. Calcular as velocidades específica µX, µS e µP.
Cálculo das Velocidades Instantâneas

dX 4−2 2g / L
rX = = = = 0,45 g / L.h
dt 6,2 − 1,8 4,4h
dP 70 − 100 30 g / L
rS = − = = = 7,9 g / L.h
dt 7,1 − 3,3 3,8h

dP 20 − 0 20 g / L
rP = = = = 4 g / L.h
dt 8,3 − 3,3 5h
Cálculo das Velocidades Específicas

1 dX 1  4−2  1 2g / L
µX = . =  = . = 0,13.h −1
X dt 3,5 g / L  6,2 − 1,8  3,5 g / L 3,8h

1 dP 1  70 − 100  30 g / L
µS = .− = .− = = 2,3.h −1
X dt 3,5  7,1 − 3,3  3,5 g / L3,8h

1 dP 1  20 − 0  1 20 g / L
µP = . = . = . = 1,1h −1
X dt 3,5  8,3 − 3,3  3,5 g / L 5h
Cálculo das Velocidades
Cálculo das velocidades
A curva de crescimento celular
A curva de crescimento celular
1. Fase lag ou de latência, segue a inoculação do meio nutritivo e é
um período de adaptação;
Quando uma cultura microbiana é mudada de um ambiente para
outro, é necessário reorganizar ambos os seus constituintes, micro e
macromoleculares;
Isto pode envolver a síntese ou repressão de enzimas.
A fase lag, como conseqüência, pode ser muito curta ou muito
longa.
Pode haver uma aparente ou pseudo fase lag quando o inóculo é
pequeno ou tem baixa viabilidade, já que o crescimento somente
pode ser registrado acima do nível de sensibilidade do método de
análise;
A duração da fase lag é bastante difícil de estimar. O objetivo geral
de um bom processo seria minimizar a fase lag e maximizar a
velocidade (taxa) e a duração da fase exponencial;
A duração da fase lag depende:
Das mudanças em composição de nutrientes experimentados pela
célula; da idade e viabilidade celular; do tamanho do inóculo
A curva de crescimento celular
1. A fase log ou exponencial é caracterizada por uma
linha reta em um gráfico semi-log de lnX versus tempo;
Esse é um período de crescimento balanceado ou
crescimento em estado estacionário, durante o qual a
velocidade de crescimento específica µx, é constante e
máxima µm;
Durante a fermentação a composição química do caldo está
variando, já que nutrientes estão sendo consumidos e produtos
metabólicos estão sendo produzidos;
Como uma conseqüência, o ambiente não está em estado
estacionário.
Num intervalo de concentração de nutrientes, a taxa de
crescimento é independente da concentração;
Também, durante a fase log, a composição macromolecular da
célula permanece constante.
A curva de crescimento celular
Em algum momento, a velocidade de crescimento começa diminuir, ou devido
ao desaparecimento de um nutriente essencial ou devido ao acúmulo de um
produto inibidor;
A célula passa por uma transição até que a velocidade de crescimento seja
zero.
Essa é a fase estacionária ocorre quando todas as células pararam de
dividir ou quando todas as células viáveis alcançaram equilíbrio com
células mortas, mas ainda há metabolismo e acúmulo de produtos na
célula ou no caldo;
A massa celular total, pode permanecer constante, mas o número de
células viáveis provavelmente diminuirá;
Como a viabilidade decresce, pode ocorrer lise celular, e a massa
diminuirá; Isso leva à criação de um meio complexo de produtos de lise, e
um período secundário de crescimento, pode acontecer o chamado
crescimento crítico;
Freqüentemente, metabólitos secundários não essenciais são formados
por sistemas enzimáticos não presentes ou não funcionando previamente
na célula.
A curva de crescimento celular
Fase de Morte: Poucos estudos têm sido feitos sobre a fase de morte
de culturas de células;
Talvez porque a maioria dos processos microbianos descontínuos
industriais são terminados antes da fase de morte começar.

Na fase exponencial a velocidade de crescimento


é diretamente proporcional a concentração de X,
Isto é:
dX
= µm .X
dt
X [µ m ( t −ti ) ]
ln = µ m .(t − ti )
Xi
ou X = X i .l
A curva de crescimento celular
Na fase exponencial a representação
semilogaritmica da concentração celular com o
tempo de cultivo, resulta em uma reta, até tc:
ln X = ln X 0 + µt
lnX

lnXo

tempo
A curva de crescimento celular

A fase exponencial também é caracterizada


frequentemente pelo tempo de geração tg, tempo
necessário para dobrar a concentração de X
X2 = 2X1
X
ln = µ m .(t − ti )
Xi
2.Xi
ln = µ m .(t g )
Xi
ln 2 0,693
µm = =
tg tg
TEMPO DE GERAÇÃO

Crescimento de Bactérias por Divisão

tg= 15-25 min

Crescimento de Levedura
tg= 90-120 min
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS

 Formação de produto metabólito pode ser


relacionada a consumo de nutriente
nutriente;;
 Além do mais, formação de produto não
pode ocorrer sem a presença de células;
células;
 Assim, é esperado que crescimento e
formação de produto estão intimamente
relacionados à utilização de nutrientes que
dependendo dos controles metabólitos
regulatórios;;
regulatórios
 A formação de produto será ligada ao
crescimento e/ou concentração celular.
celular.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS

 A relação cinética entre crescimento e


formação de produto depende do papel do
produto no metabolismo celular;
 As duas cinéticas mais comuns são aquelas
que descrevem a síntese do produto durante
o crescimento e após o crescimento ter
cessado;
 Um exemplo menos comum aplica ao caso
onde o crescimento inicialmente ocorre sem
formação de produto, mas após algum
período de tempo o produto começa a
aparecer enquanto o crescimento continua.
No gráfico (a), a formação de produto é associado ao crescimento
celular
No gráfico (b), temos formação de produto associado ao
crescimento, de uma forma mais ou menos confusa, chamada de
formação de produto misto, ou, parcialmente associada ao
crescimento
No gráfico (c), temos formação de produto não associada ao
crescimento.
Exemplos de Produtos Associado e Parcialmente
Associado ao Crescimento
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
1 1
FERMENTATIVOS
µ/µmax µ/µmax

Os gráficos
µp/µpmax µp/µpmax
mostram:
(d) formação de
d) t (e) t
produto associada ao
crescimento;
(e) formação de
1 µp/µpmax produto parcialmente
µ/µmax associada ao
crescimento e
(f) formação de
produto não associada
ao crescimento.
(f) t
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS

Os comportamentos relativos as funções µ=µ(t), também


fornecem base para classificação dos processos fermentativos,
proposta por Gaden.
Produto associado ao crescimento
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS

Os comportamentos relativos as funções µ=µ(t), também


fornecem base para classificação dos processos fermentativos,
proposta por Gaden.
Produto parcialmente associado ao crescimento
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS

Os comportamentos relativos as funções µ=µ(t), também


fornecem base para classificação dos processos fermentativos,
proposta por Gaden.
Produto formado denominado como metabólito secundário,
porque não se enquadra em nenhum dos tres grupos
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS

Em uma fermentação, é importante determinar se o


produto é formado por em reações necessárias ao crescimento
e manutenção celulares (produto primário ou intermediário) ou
se o produto é formado em reações que não são essenciais ao
crescimento (produto secundário do metabolismo).
A correlação empírica mais utilizada para classificar a
formação de um produto foi proposta por Luedeking e Piret
(1959) para interpretar a formação de ácido lático por
Lactobacillus delbrueckii, e apresenta a forma:

µp = α.µx + β

α e β...são parâmetros do modelo e são constantes num


determinado “sistema de produção” a valores fixos de pH e
temperatura.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS
Assim, no contesto cinético, pode-se classificar o produto como:

Associado ao crescimento: quando (β=0 e α ≠ 0)


Não associado ao crescimento: quando (β ≠ 0 e α = 0)(a sua síntese
inicía-se depois de o crescimento ter cessado).

Parcialmente associado ao crescimento: quando ambos parâmetros são


≠ ≠
positivos. (β 0 e α 0)

Este modelo simples tem-se revelado suficientemente versátil para


descrever a grande maioria das cinéticas de formação do Produto.

Exemplos típicos:

Antibióticos (produtos secundários); Proteínas Recombinantes (produtos


secundários); Ácido lático (produto intermediário); Ácido Cítrico (produto
intermediário); Ácido Glucônico (produto intermediário).
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS
FERMENTATIVOS
Outra classificação, baseada na associação entre formação do
produto com microrganismo em produção ou não é devida a
classificação de KONO, ASAI, dividido em tres grupos:

Processos em que a formação do produto esta associada apenas


à atividade de celulas em reprodução como, por exemplo, na
produção de sorbose;

Processos em que a formação de produto esta associada à


atividade de todas as células, em reprodução ou não, como por
exemplo a produção de ácido lático;

Processos em que a formação de produto esta associada apenas


à atividade das células que não se reproduzem, no caso da
produção de ácido cítrico
INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES
NA VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO
 Durante a maioria das fermentações
descontínuas típicas, a velocidade específica
de crescimento é constante e independente
da concentração de nutrientes que está
variando;
 A velocidade de crescimento, como uma
velocidade de reação química, é uma função
da concentração de compostos químicos;
 Os compostos químicos nesse caso são os
nutrientes essenciais para o crescimento;
 A forma da relação entre velocidade de
crescimento e concentração de nutriente foi
observada em 1949 por Monod,
 O modelo de Monod tem a forma:

S
µ X = µm .
Ks + S
INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES
NA VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO

S
µ = µm .
Ks + S

µ = vel. específica de crescimento;


µmax = vel. espec. de crescimento máximo;
S = concentração de nutriente;
KS = constante de saturação e é igual a S
quando µ = 0,5.µmax
• O modelo de Monod tem a forma:
S
µ = µm .
Ks + S

• Linearização da Equação de Monod


S
µ X = µm .
Ks + S
1 Ks S Ks 1 1
= + = . +
µX µ max .S µ max .S µ max S µ max Portanto:

1 KS 1 1
= . +
µ X µ max S µ max
INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES
NA VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO

O significado de Ks pode ser deduzido fazendo-se S = Ks


Ks.. Resultando
µx = µm/
µm/22. Ks representa a [S] na qual µx é a metade de seu valor
máximo.

Representação da equação de Monod. Ex: para µm = 0,14 h-1 e Ks = 0,60 mg/L


(valores hipotéticos).
INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES
NA VELOCIDADE ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO
A equação de Monod representa uma simplificação de várias situações
reais:

*Não prevê fase LAG (µx=


µx=00) S >>> Ks
Ks..
*Não prevê fase estacionária (embora S não seja nulo, S≠ 0; µx=µx=0
0.
*Não prevê nem um tipo de inibição.
*Não se aplica a cultivos com limitação de outros nutrientes (apenas S
limitante).

Representação da equação de Monod. Ex: para µm = 0,14 h-1 e Ks = 0,60 mg/L (curva
B), Ks = 0,030 mg/L (curva A).
A curva apresentada pela µX em função do tempo (condições
experimentais), apresenta um trecho máximo e constante (AB), após a
fase LAG curta.

Variação da (µx
µx)) e do tempo de geração (ttg), no cultivo descontínuo.
Representação da equação linearizada do modelo de MONOD:

1 KS 1 1
= . +
µX µ max S µ max

1/µx
Ks
Ks//µmáx

1/µ
1/µmáx

1/S
-Outros Modelos Matemáticos:

Estes modelos, como o de Monod, támbém não levam em conta o


fenômeno da inibição (pelo substrato ou pelo produto).
O fenômeno de inibição do crescimento celular (figura abaixo) somente
se aplica para valores de S relativamente baixos,menores ou iguais a
Ks
Ks.

S K i ,s
µ x = µm . *
K s + S K i ,s + S

Cinética de inibição pelo substrato (curva A) e sem inibição (---).


Com o objetivo de explicar a redução da velocidade
específica de crescimento provocada pelos altos
valores iniciais de substrato, uma modificação foi
proposta para a Equação de Monod:

S K i,s
µ x = µm . *
K s + S K i,s + S

Ks= Constante de saturação definida na Equação de Monod;


Ki,s=Constante de inibição pelo substrato;
µ
Ki,s = Ks, quando: µ x = max , porém para um valor de S, que
2
provoque a inibição,
sendo assim superior ao correspondente S da equação de Monod.
Quanto a inibição pelo produto, um equacionamento
semelhante foi proposto por JERUSALIMSKY &
NERONOVA
S K i,P
µx = µm. *
K s + S K i,P + S

Ks= Constante de saturação definida na Equação de


Monod;

Ki,p=Constante de inibição pelo produto;


Exercício:

4) Os dados obtidos de uma fermentação descontínua estão ilustrados na tabela


abaixo. Determine:
a) A forma linear do modelo matemático de Monod, demonstrando graficamente
os coeficientes linear e angular.
b) Os parâmetros cinéticos Ks e µm, utilizando a forma linear no modelo de
Monod encontrada no item (a).

T (h) X (g/L) S (g/L) dx/dt


0,00 15,50 74,00 12,24
0,52 22,50 61,00 15,90
0,86 28,60 49,00 19,63
1,18 35,30 37,00 22,29
1,43 41,10 26,00 23,92
1,74 48,20 11,00 20,20
2,06 53,00 3,00 9,12

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