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APLICAÇÕES
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO III
MANCAL E SUAS
APLICAÇÕES
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO
Autores:
RANIERE BERNARDO
SERGIO AZEVEDO
2015
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO V
Lista de Figuras
Sumário
1 HISTÓRICO DOS
MANCAIS
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1.1 Introdução
O carro de boi é utilizado para transporte de alimentos e animais, sendo muito
requisitado em algumas regiões do país. Este transporte, mesmo parecendo muito
simples em sua construção e reparo, não seria útil se lhe faltasse um elemento de
máquina: o mancal.
Segundo, ANDRADE JÚNIOR (1994), mancal é definido como um dispositivo fixo
fechado, sobre o qual é apoiado um eixo. Sua função é comportar um eixo, e
existem duas formas principais empregadas para esse propósito: o mancal de
deslizamento, na qual há uma bucha de material macio entre a base do mancal e o
eixo, tratando-se de uma solução para baixas rotações; e o mancal de rolamento,
adequado para maiores rotações.
O carro de boi se constitui de uma superfície plana, um eixo e dois mancais que
estão fixados nas extremidades inferiores da superfície. O eixo se encaixa nos
mancais e seu estado é estático e apenas as rodas se movimentam neste tipo de
transporte.
Conforme mostra figura abaixo:
2
TIPOS DE
MANCAIS
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 15
- Planos
- Escora
- Guia
b) Mancais de fricção - Quando uma das superfícies móveis é um eixo e o
deslizamento é executado considerando-se o movimento relativo de rotação entre o
eixo e o mancal.
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1.6.1 Vantagens
Menor atrito e aquecimento
Intercambialidade internacional
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 18
1.6.2 Desvantagens
Maior sensibilidade aos choques
Alumínio: Suas ligas resistem bem a corrosão produzida pela acidez do lubrificante.
São muito usados em mancais de motores de explosão, alguns compressores,
equipamentos aeronáuticos.
Prata: Mancais com prata são muito usados em aeronaves e motores diesel. São
camadas (0.001 à 0.005 in) de prata depositada internamente em mancais de aço.
Ferro fundido: São raramente usados.
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 19
Grafite: é misturado com cobre, bronze, e plásticos, obtendo assim, uma maior
diminuição do coeficiente de fricção.
3
2 VEDAÇÃO DE
MANCAIS
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2.1.1 De contato
Os elementos vedantes não têm contato com o eixo, portanto não têm limitações
quanto à aplicação em função da rotação. São recomendadas para altas rotações e
altas temperaturas.
Figura 2 - TC
Figura 3 – TC (TSNA C)
Figura 4 - TG
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Até 8m/s.
- Temperatura de trabalho: Entre -40°C a 100°C.
- Desalinhamento permitido: 1°.
- Características especiais: Exclusiva para mancais da série SNAH. Na montagem, o
espaço entre o lábio de contato deve ser preenchido com graxa.
Figura 5 - TA
- Descrição: Anél tipo V’Ring inteiriço, possui um lábio que veda axialmente em uma
placa metálica ou direto em uma superfície axial da própria caixa, esta superfície de
contato deve ser usinada.
- Lubrificação: Graxa ou óleo.
- Velocidade periférica: Até 12 m/s, mas a partir de 7 m/s devem ser travados
axialmente no eixo.
- Temperatura de trabalho: Entre -40°C a 100°C.
- Desalinhamento permitido: 1°.
- Características especiais: Exclusiva para mancais da série SNAH.
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Figura 6 - GS
Figura 7 - ZF
Figura 8 - R
Figura 9 - TS
- Descrição: Anel metálico com rasgos radiais que formam canais em forma de
labirinto quando montados.
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Próprios para altas rotações.
- Temperatura de trabalho: Próprios para altas temperaturas.
- Desalinhamento permitido: 0,25°.
- Características especiais: Os espaços entre os canais devem ser preenchidos com
graxa. Somente podem ser montados em caixas ou tampas bipartidas. O diâmetro
que é montado no eixo possui um anel O’Ring.
Figura 10 - AS
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 29
- Descrição: Anel metálico com rasgos axiais que formam estreitos canais em forma
de labirinto quando montados.
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Próprios para altas rotações.
- Temperatura de trabalho: Próprios para altas temperaturas.
- Desalinhamento permitido: 0,25°.
- Características especiais: Os espaços devem ser preenchidos com graxa. Quando
solicitado,podem ser providos de pino graxeiro para eliminação de possíveis
contaminantes que venham a passar pelos canais de vedação. O diâmetro que é
montado no eixo possui um anel O’ Ring.
2.1.3 Combinado
São combinações de duas ou mais vedações, visando uma melhor proteção quanto
à penetração de poluentes externos e saída de lubrificante. Indicadas para
aplicações em ambientes críticos e poluídos. Dependendo da combinação, podem
ser para baixas ou altas rotações e temperaturas.
Figura 11 - FF
- Descrição: Dupla de tiras de feltro indicadas para ambientes não muito poluídos.
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Até 4m/s.
- Temperatura de trabalho: Entre -40°C a 100°C.
- Desalinhamento permitido: 0,5°.
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Figura 12 - RR
- Descrição: Dupla de retentores inteiriços com mola e pino graxeiro para lubrificação
intermediária.
- Lubrificação: Graxa ou óleo.
- Velocidade periférica: Até 8 m/s e a superfície do eixo de contato deve ser
retificada.
Podem trabalhar à velocidade de até 20 m/s, porém, a superfície de contato deverá
ser endurecida e retificada.
- Temperatura de trabalho: Entre -40°C a 100°C.
- Desalinhamento permitido: 1°.
- Características especiais: Os retentores devem ser montados com o lábio voltado
para a parte externa do mancal a fim de evitar a entrada de contaminantes. Poderão
ser montados invertidos usando-se válvula de alívio de pressão.
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 31
Figura 13 - GSGS
Figura 14 - ASZF
- Descrição: Labirinto axial e retentor ZF com pino graxeiro para injeção de graxa
entre os dois que elimina as impurezas para a parte externa do conjunto.
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Até 8m/s.
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 32
Figura 15 - ASR
- Descrição: Labirinto axial, retentor inteiriço com mola e pino graxeiro para injeção
de graxa entre os dois que elimina as impurezas para a parte externa do conjunto.
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Até 8 m/s e a superfície do eixo de contato deve ser
retificada.
Podem trabalhar à velocidade de até 20 m/s, porém, a superfície de contato deverá
ser endurecida e retificada.
- Temperatura de trabalho: Entre -40°C a 100°C.
- Desalinhamento permitido: 0,25°.
- Características especiais: O retentor deve ser montado com o lábio voltado para a
parte externa do mancal a fim de evitar a entrada de contaminantes.
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 33
Figura 16 - ASRR
- Descrição: Labirinto axial, dois retentores inteiriços com mola e pino graxeiro para
injeção de graxa intermediária que elimina as impurezas para a parte externa do
conjunto.
- Lubrificação: Graxa.
- Velocidade periférica: Até 8 m/s e a superfície do eixo de contato deve ser
retificada. Podem trabalhar à velocidade de até 20 m/s, porém, a superfície de
contato deverá ser endurecida e retificada.
- Temperatura de trabalho: Entre -40°C a 100°C.
- Desalinhamento permitido: 0,25°.
- Características especiais: Os retentores devem ser montados com o lábio voltado
para a parte externa do mancal a fim de evitar a entrada de contaminantes. Poderão
ser montados invertidos usando-se válvula de alívio de pressão.
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 34
Figura 17 - ZFZF
Figura 18 - ASZFZF
Figura 19 - TAS
- Descrição: Consistem de dois anéis metálicos, sendo um radial e outro axial, que
formam estreitos canais em forma de labirinto quando montados.
- Lubrificação: Graxa ou óleo.
- Velocidade periférica: Próprios para altas rotações
- Temperatura de trabalho: Próprios para altas temperaturas.
- Desalinhamento permitido: 0,25°.
- Características especiais: Os espaços entre os canais devem ser preenchidos com
graxa.
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Figura 20 - TSGS
Figura 21 - TSR
. .
V=
. .
V = Velocidade periférica, em metros por segundo (m/s)
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3 APLICAÇÃO
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 41
3.1.1.1 Axiais
Impedem o deslocamento na direção do eixo, isto é, absorvem esforços
longitudinais.
3.1.1.2 Radiais
Impedem o deslocamento na direção do raio, isto é, absorvem esforços transversais.
3.1.1.3 Mistos
Tem, simultaneamente, os efeitos dos mancais axiais e radiais.
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4 MONTAGEM
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Vedação padronizada “taconite” de labirinto com retentor tipo “ASR”. Para as vedações tipo
ASZF, AS, R, ZF, TC e GS as dimensões são mantidas, caso seja solicitado outro tipo de
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vedação as dimensões das colunas “L”, “M” e “N” da tabela poderão ser alteradas, mas o
nosso departamento técnico deverá ser consultado para informações.
- Estas caixas possuem como padrão quatro furos em suas bases, mas até o tamanho
20/208/207, estas caixas poderão ser fornecidas com dois furos, bastando para isso
acrescentar o sufixo “D” na denominação da caixa (Ex. HSBPD-15BP-ASZF).
As dimensões dos parafusos de fixação para dois furos na base, encontram-se na coluna “S”
entre parênteses.
- Podem alojar rolamentos bipartidos, porém, muda-se a referência do produto, insirindo o
prefixo B.Para aplicação em outras séries de rolamentos, consultar nosso departamento
técnico.
- Até o tamanho 56 (inclusive) o bloqueio do rolamento é obtido com anéis de bloqueio, nos
tamanhos maiores o rolamento é bloqueado pelas tampas laterais.
- Ex. de especificação: HSBP-157-BP-ASZF = Caixa série HSBP, tamanho 157, em ferro
fundido cinzento, com 04 furos na base, preparada para rolamento 22215-K + bucha HA-315,
execução bloqueada com tampa passante e vedação de labirinto com retentor tipo ASZF.
Material do Mancal Base Cheia Série do Mancal Tamanho do Mancal Vedação Forma Construtiva
SBP 22 ASR BP
SBP 22 ASR LC
N SBP 22 AS BP
S S SBP 22 ASR BP
D = Dois Furos na Base (SBP e SBPC) Os mancais SBP até o tamanho 20/208/207 podem
F = Quatro Furos na Base (SBM) ser fabricados com dois furos na base,
S = Esta sigla do título: Base Cheia, significa que o mesmo possui base cheia. bastando acrescentar na nomenclatura o sufixo "D".
S = Esta sigla no título: Material do Mancal, significa que o material é aço. Ex. SBP-D-16.
N = Esta sigla no título: Material do Mancal, significa que o material é modular. Os mancais SBM até o tamanho 32 são fabricados
BC = Rolamento Bloqueado e mancal cego. com 2 furos na base, mas podem ser
LC = Rolamento Livre e mancal cego. fabricados com 4 furos, bastando acrescentar na
BP = Rolamento Bloqueado e eixo passante. nomenclatura o prefixo "F". Ex: FSBM-16.
LP = Rolamento Livre e eixo passante.
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 52
5 LUBRIFICAÇÃO
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 54
5.1 Lubrificação
A função de um lubrificante é reduzir o atrito entre os elementos rolantes de um
rolamento e vedação, diminuindo os desgastes internos.
Os lubrificantes mais conhecidos e usados são: graxa e óleo mineral. Para cada
aplicação específica existe o lubrificante mais adequado. Para a seleção correta
devem ser considerados diversos fatores como: temperatura, ambiente, rotação de
trabalho, tipo de rolamento aplicado, etc. Abaixo, informamos as vantagens e
desvantagens do uso de graxa ou óleo, assim como o sistema prático de lubrificação
dos rolamentos nas caixas.
Tabela 2 - Lubrificante
5.2.1 Recomendações:
Geralmente, deve-se substituir toda a graxa do mancal a cada 6 meses.
Quantidade de graxa a ser adicionada na relubrificação (G) = 0,005 x D x B
Onde: G = quantidade de graxa em gramas
Ex.: Rolamento 22.222 K - ( 110 x 200 x 53 )
D = diâmetro externo do rolamento em mm
B = largura total do rolamento em mm
G = 0,005 x 200 x 53
G = 53
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6 INSPEÇÃO
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 58
Com isso, pode-se observar que na ocorrência de um defeito nas pistas girantes,
geralmente a interna, a intensidade da vibração aumenta quando a região contendo
o defeito passa pela zona de carregamento, provocando uma modulação de
amplitude da componente BPFI (ou BPFO) pela frequência de rotação da pista.
Quando o defeito localiza-se somente em alguns elementos rolantes, a intensidade
da vibração aumenta quando os elementos defeituosos passam pela zona de
carregamento, provocando uma modulação em amplitude da componente BSF e da
frequência de rotação da gaiola FTF. Além disso, quando o defeito se propaga e se
espalha pelas pistas e elementos rolantes, os efeitos de modulação e a intensidade
das bandas laterais correspondentes são reduzidos.
Segundo REIS et al. [18], a ocorrência de um defeito na pista externa, na prática,
tendem a gerar sinais de vibração com amplitudes e direções com níveis constantes.
Isso se deve ao fato da posição do defeito manter-se constante em relação ao
acelerômetro utilizado para a detecção dos dados. Em contra partida, defeitos
localizados na pista interna ou elementos rolantes apresentam uma tendência de
geração de sinais de vibração mais complexos, quando comparados com os sinais
referentes à pista externa. A passagem dos elementos defeituosos em rotação pela
zona de carregamento causa uma mudança contínua da intensidade da carga e do
caminho de transmissão dos impactos em relação a posição do sensor.
A Figura a baixo ilustra a situação de uma falha na pista interna, onde os impulsos
são gerados na taxa da BPFI (Ball Pass Frequency Inner) e são modulados pela
frequência do eixo.
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7 SEGURANÇA
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 66
7.1 Segurança
• Manter seu ambiente de trabalho sempre limpo e organizado;
• Observar e respeitar as sinalizações de segurança;
• Evitar contato com cabos elétricos;
• Não utilizar ferramentas em condições inadequadas ou de uso improvisado;
• Inspecionar cabos, cintos e ferramentas;
• Não tocar nas partes móveis dos equipamentos quando em movimento;
• Não Tocar nas partes quentes do equipamento;
• Não realizar a atividade quando não sentir-se bem de saúde;
• Avaliar sempre os riscos da atividade e condições de saúde pessoal;
• É proibida a realização da atividade sob efeito de álcool, substâncias
psicoativas ou medicamentos que causem distúrbios do sistema nervoso central;
• Não derramar lubrificantes no mar;
• Colocar toalha suja de lubrificante em recipiente adequado;
• Não descartar contaminantes líquidos no mar;
• Caso ocorra derramamento de óleo durante a manutenção, colocar manta
absorvente ou toalha industrial sobre o óleo derramado;
• Após término da manutenção, executar a limpeza da área de trabalho;
• Todo material gerado como expurgo deverá ser segregado nos locais de
coleta apropriado.
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8 Referências
Bibliográficas
TRILHA TÉCNICA: PORTO | MANUTENÇÃO 70