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Esse grande acordo mantinha o controle político do Brasil nas mãos daqueles que
controlavam também a economia. Assim, os interesses das classes dominantes
estavam sempre em voga frente às classes menos abastadas. Essa dinâmica política
será rompida com a Revolução de 1930. Assumindo a presidência do Brasil no lugar de
Júlio Prestes, eleito com o apoio do então presidente Washington Luís, Getúlio Vargas
dá inicio ao período conhecido como Era Vargas.
República da Espada é o nome que se dá ao período inicial da República no Brasil (entre 1889 e 1894). Ganhou
este nome, pois o Brasil foi governado por dois militares neste período: Marechal Deodoro da Fonseca e Floriano
Peixoto.
- Instalação e consolidação das instituições da República como, por exemplo, o sistema eleitoral;
- Manutenção das oligarquias agrárias no poder, principalmente dos cafeicultores da região sudeste.
Foi estabelecido para garantir a transição da Monarquia para a República, formar um governo de transição e
resolver os problemas mais urgentes.
Principais medidas:
Encilhamento
O encilhamento foi o nome que ganhou a política econômica do Ministro Rui Barbosa que visava o desenvolvimento
do Brasil, principalmente na área industrial. Esta política baseava-se na adoção de medidas protecionistas,
liberdade para a emissão de moeda por parte de bancos privados e facilidades para abertura de empresas de
capital aberto.
As medidas não deram certo e geraram uma grave crise econômica no país. O que se viu foi o aumento da
inflação, falências de empresas e o crescimento da especulação financeira.
A Constituição de 1891
A primeira constituição da República foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, ela apresentou as seguintes
características:
- Estabelecimento da República Federativa, composto por vinte estados (unidades da federação), possuidores de
certa autonomia;
Após o fim do período provisório, Deodoro da Fonseca se manteve no poder com apoio dos militares, cafeicultores
e políticos que representavam as oligarquias agrárias do país. Porém, foi um período muito conturbado e de
grande pressão política. A crise econômica era grande e os militares deixaram de dar apoio ao governo após este
fechar o Congresso, desrespeitando a Constituição, e convocar novas eleições. Com pouco apoio político, Deodoro
renunciou em 23 de novembro de 1891.
De acordo com a Constituição, se um presidente não completasse dois anos de mandado, ao renunciar, deveriam
ser convocadas eleições presidenciais. Porém, o marechal Floriano Peixoto assumiu o poder e não convocou
eleições.
- Enfrentamento de revoltas como, por exemplo, A revolta da Armada (1893) e a Revolução Federalista no Rio
Grande do Sul (1893);
- Adoção de medidas populares: redução dos valores dos aluguéis, redução de imposto sobre a carne, construção
de casas populares;
Em 1890, ainda durante o Governo Provisório, período entendido como aquele subsequente
a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, a República nascia como resultado de
um movimento de cúpula, isto é, sem participação popular. Uma espécie de “revolução feita
pelo alto” controlada desde os primeiros momentos pelos militares e pelas elites agrárias.
Dessa forma, o novo regime não se preocupou em promover mudanças, mesmo que superficiais,
na estrutura econômica do país. A grande propriedade rural monocultora e voltada para a
exportação foi mantida como base da economia e não foi feito nenhum esforço quanto a já
necessária reforma agrária.
Importante também lembrarmos que durante a Primeira República, o voto não era secreto,
principalmente nas áreas rurais comandadas pelos coronéis. Entre a população votavam apenas
homens, maiores de 21 anos e alfabetizados que diziam seu voto em voz alta, dessa forma,
votando em quem preferia o coronel para não desagradá-lo, principalmente o povo mais pobre e
dependente do trabalho na terra dos seus mandantes. Enfim, as fraudes, tanto no campo como na
cidade, eram generalizadas.
Encilhamento
Entre 1890 e 1981, coma política econômica de Rui Barbosa, o aumento de dinheiro em
circulação provocação inflação e febre especulativa na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Essa
febre recebeu o nome de encilhamento, pois lembrava a jogatina das corridas de cavalo, que se
caracterizou por um surto inflacionário e aumentou o endividamento público.
Rebublica oligárquica
Oligarquia
A palavra oligarquia vem do grego e significa “governo de poucos”. Assim, "oligarquia" designa um
governo que é dominado por um grupo de pessoas ou famílias que está unido pela mesma atividade
econômica ou partido político.
As oligarquias acabam formando grupos fechados rechaçam qualquer forma de pensamento diferente. Desta
forma, mesmo na democracia, é possível haver casos de governos oligárquicos.
Saiba mais sobre oligarquia.
República Oligárquica no Brasil
No Brasil, o período é identificado quando as oligarquias rurais dominavam o cenário político brasileiro.
Normalmente, os presidentes eleitos eram do Partido Republicano Paulista (PRP), do Partido Republicano
Mineiro (PRM). Esta prática era denominada política do café-com-leite em alusão as maiores riquezas
geradas por estes dois estados.
Também o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) teve importante papel nesta época. Este partido
buscava desequilibrar a balança entre esses dois estados, porém defendendo a oligarquia rural e as classes
urbanas gaúchas.
Importante ressaltar que, nesta época, não existiam partidos políticos nacionais como atualmente e sim,
partidos estaduais.
A exceção era o Partido Republicano Conservador (PRC) com partidários no Rio Grande do Sul e nos
estados do nordeste.
Apesar de não ter conseguido eleger nenhum presidente, este partido tinha no senador gaúcho Pinheiro
Machado seu grande representante na política brasileira.
O primeiro presidente civil eleito, após Marechal Floriano Peixoto, foi Prudente de Morais, apoiado pela
oligarquia cafeeira paulista.
Seu mandato durou de 1894 a 1898 quando foi substituído pelo também paulista Campos Salles, do Partido
Republicano Paulista.
Características da República Oligárquica
Os presidentes eleitos usavam sua influência política para beneficiar os cafeicultores e garantir sua
permanência no poder.
Deste modo era importante construir alianças estaduais como a Política dos Governadores e assegurar o
resultado eleitoral através da fraude. Esta prática ficou conhecida como Voto de Cabresto.
Os chefes locais que exerciam esta prática eram denominados coronéis, apesar de não estarem vinculados ao
Exército. Assim, esta política de conseguir votos pela força e troca de favores também é chamada de
coronelismo.
No entanto, a República Oligárquica não foi um período tranquilo na História do Brasil. Os grupos e
partidos que se encontravam fora do círculo do poder, como as classes urbanas, protestavam contra o
governo.
Podemos citar como exemplo a Revolta da Vacina, a Guerra do Contestado ou a Revolta do Forte de
Copacabana.
Igualmente, a crescente industrialização brasileira fazia com que empresários e operários passassem a
reivindicar mais direitos e espaço na vida política nacional.
Os trabalhadores lutavam pelos seus direitos através de greves e os donos de fábricas por meio de
associações empresariais.
Em 1889 o Brasil deixou de ser uma monarquia e a passou a ser uma República Federativa. Após
a proclamação da Repúblicaseguiram no poder dois presidentes militares, os marechais Deodoro da
Fonseca e Floriano Peixoto. Este breve período republicano ficou conhecido como República da Espada. Logo em
seguida foi eleito então o primeiro presidente civil da história republicana do Brasil, Prudente de Morais.
A história republicana brasileira começou marcada por acordos entre as elites das principais províncias do país,
Minas Gerais e São Paulo, naquela época as unidades da federação não eram chamadas de estados ainda. O fato
de o Brasil ter se tornado uma República Federativa permitiu que as províncias desfrutassem de maior poderio
político, sendo que este era diretamente representado pelo seu potencial econômico.
Na última década do século XIX, Minas Gerais e São Paulo eram as duas principais
províncias do país em termos econômicos. São Paulo já havia consolidado uma
situação independente do trabalho escravo de longa data, ainda em torno da metade
do reinado de Dom Pedro IIos cafeicultores da província já acreditavam que o uso de
mão-de-obra compulsória era algo ultrapassado e defendiam o trabalho
assalariado e também a utilização de imigrantes na fazenda para substituição dos
escravos. Essas características os tornavam contrários ao regime monárquico e
apoiadores do movimento republicano. Além disso, tais fatos tornaram a província de
São Paulo muito forte politicamente e também economicamente no início do período
republicano.
Minas Gerais, por outro lado, embora tenha demorado um pouco mais do que São
Paulo a acreditar que a mão-de-obra escrava não era mais vantajosa e
consecutivamente retardado a utilização da mão-de-obra assalariada de imigrantes,
era uma província de mesmo porte que São Paulo nas questões políticas e
econômicas. Além disso, ambas as províncias representavam os maiores currais
eleitorais da época, pois naquele momento o voto não era privilégio de todos,
somente dos alfabetizados, o que tornava mínimo o contingente da população
brasileira apta a votar.
Para completar o projeto de saneamento da cidade do Rio de Janeiro, que sofria com
constantes epidemias de varíola e febre amarela, foi instituída a obrigatoriedade da
vacinação em outubro de 1904. A campanha de vacinação realizada em novembro do
mesmo ano, sob o comando de Oswaldo Cruz, ocorreu de forma autoritária, sendo
permitido aos agentes de saúde a invasão de domicílios e a aplicação da vacina à força.
A população da cidade rebelou-se contra a imposição da vacinação e a crise de
habitação, quebrando bondes e atacando prédios públicos. Essa sublevação ficou
conhecida como Revolta da Vacina.
Outro destaque do governo Rodrigues Alves foi a atuação do Barão do Rio Branco como
ministro do Exterior. À frente desse ministério, o barão Rio Branco empenhou-se,
sobretudo, na fixação dos limites território nacional por meio de ações diplomáticas
(com Peru, Colômbia, Uruguai e Bolívia). A disputa pela região do Acre com a Bolívia
gerou conflitos devido ao arrendamento da região ocupada por brasileiros à
empresa Bolivian Syndicate of New York. Os brasileiros decretaram a independência do
Acre em 6 de agosto de 1902, posteriormente a região foi comprada pelo Estado
brasileiro que se comprometeu a construir a ferrovia Madeira-Mamoré, possibilitando o
escoamento da produção de borracha.
Hermes Rodrigues da Fonseca era oriundo de uma família de tradição militar, sendo
sobrinho do fundador da República marechal Deodoro da Fonseca. Hermes da Fonseca
cursou a Escola Militar do Brasil e foi aluno de Benjamin Constant que o iniciou nos
estudos sobre o positivismo. Na época da proclamação da República, Hermes da
Fonseca assumia o posto de capitão do Exército e auxiliava o marechal Deodoro nas
articulações políticas no meio militar para a instauração do regime republicano.
Durante o período republicano, Hermes da Fonseca ascendeu na carreira militar,
tornando-se marechal em 6 de novembro de 1906. No dia 15 do mesmo mês Afonso
Pena assumiu a presidência da República e designou Hermes da Fonseca ministro da
Guerra, função que cumpriu até 27 de maio de 1908. O governo de Afonso Pena foi
marcado pelo empenho em reformar as forças armadas, tarefa protagonizada pelo
então ministro da Guerra.
Desde 1907 havia uma lei que previa a deportação de trabalhadores estrangeiros que
aderissem a greves. Em 1913, o Congresso modificou essa lei, excluindo o impedimento
de deportação de estrangeiros residentes há mais de dois anos e que tivessem
constituído família no Brasil.
Revoltas do campo
Durante o século XIV, a Europa ocidental vivenciou o período de crise do regime feudal,
resultando em novos problemas sociais para essa sociedade em profunda transformação.
Uma dessas crises sociais estava ligada às revoltas camponesas contra a nobreza,
consequência da intensificação da exploração a que estavam submetidos.
A intensificação das obrigações servis, ampliando a exploração dos camponeses, levou à eclosão das Revoltas Camponesas no séc. XIV
Somou-se a essa situação a ocorrência da peste negra nas décadas de 1340 e 1350, que
dizimou a população europeia ocidental. Estima-se que 2/3 dos habitantes das cidades
contraíram a doença e 70% destes morreram. No campo, a ocorrência foi menos intensa,
mas ela não deixou de existir.
Esses fatores geraram instabilidade social, que resultou em revoltas das classes exploradas
contra seus exploradores. Nas cidades, um exemplo pode ser encontrado na Revolta dos
Ciompi (trabalhadores assalariados do setor têxtil), que teve seu auge em Florença, em
1378, quando os trabalhadores chegaram a derrubar o poder dos industriais e banqueiros.
Mas foi no campo que as revoltas foram mais agudas. As jacqueries, revoltas conduzidas
pelos camponeses franceses, foram o caso mais notório. O termo é decorrente de uma
expressão francesa, Jacques Bonhomme, que significa Jacques, o simples, uma forma
pejorativa utilizada pelas classes exploradoras francesas para designar os camponeses, o
que no Brasil corresponderia ao João Ninguém.
Em 1358, os camponeses franceses se sublevaram com armas nas mãos contra os nobres
e o clero, em uma luta contra a intensificação da exploração. A ação dos camponeses contra
seus inimigos foi violenta, como também foi violenta a repressão das classes dominantes
contra a sublevação. Cerca de 20 mil camponeses morreram nas jacqueries.
Na Inglaterra, em 1381, os camponeses se revoltaram contra o aumento de impostos sobre
os servos, contra a fixação dos salários e contra a volta da obrigatoriedade da permanência
dos servos em uma dada propriedade. Grupos camponeses chegaram a marchar até
Londres, destruindo edifícios e clamando por reformas.
Apesar de essas revoltas terem sido derrotadas, elas indicaram o início do fim da servidão
na Europa Ocidental e a desintegração do mundo feudal, em decorrência das
transformações sociais que geraram. Seria o início da transformação desses camponeses
em futuros proletários, o que, conjugado com a centralização do Estado e a ampliação do
comércio com o exterior da Europa, possibilitaria a criação das condições necessárias ao
desenvolvimento do modo de produção capitalista.
Revoltas da cidade
A cidade do Rio de Janeiro sofria em 1904 com sérios problemas de saúde publica. Com
cerca de 800 mil habitantes, diversas doenças – como tuberculose, peste
bubônica, febre amarela, varíola, malária, tifo, cólera - assolavam a população e eram
objeto de preocupação dos governantes. O então presidente Rodrigues Alves com o
intuito de modernizar (e embelezar) a cidade e também controlar tais epidemias, iniciou
uma série de reformas urbanas que mudou a geografia da cidade e o cotidiano de sua
população.
A esta lei já impopular, juntou-se uma drástica regulamentação proposta por Oswal
José Murilo de Carvalho aponta para o fato que tiveram várias revoltas dentro da
revolta, isto é, vários segmentos da população de diversas classes sociais e motivações
políticas estiveram a frente destas agitações. Segundo o autor, a motivação para o
povo se rebelar não era fundamentalmente econômica, e nem o deslocamento
populacional ocasionado pelas mudanças ocorridas na cidade (embora, muitos
estudiosos afirmem que a revolta ocorreu por uma soma de insatisfações com a política
realizada, inclusive a remoção das moradias). Para ele, a Revolta da Vacina se
distingue de protestos anteriores pela sua amplitude e intensidade baseada na
justificativa moral.
A forma como o processo foi conduzido por Oswaldo Cruz, apesar das boas intenções,
foi entendido como arbitrário e despótico, sendo suas medidas apontadas como
violação dos direitos civis e constitucionais. Além disso, havia um componente moral
muito grande, pois naquela época foi considerado um crime contra honra de um chefe
de família que seu lar, assim como os corpos de suas mulheres fossem invadidos por
um desconhecido.
Carvalho analisando a revolta, afirma que o povo: “Embora não se interessassem por
política, embora não votasse, ele tinha razão clara dos limites da ação do Estado. Seu
lar e sua honra não eram negociáveis, a revolta deixou entre os participantes um forte
sentimento de autoestima, indispensável para formar um cidadão”.
Charge: A Lei da Vacinação Obrigatória acende o pavio da revolução enquanto os políticos e Oswaldo Cruz (vestido de médico)
ficam apavorados
Charge do Jornal do Brasil. 11 de agosto de 1904, criticando aqueles que se aproveitaram para criar ratos apenas para receber
indenizações
A revolta do quebra-lampião (14/11/1904) ou Revolta da Vacina, teve um líder popular – Prata Preta -, apelido de Horácio
José da Silva, capoeirista e estivador que com mais de 2 mil pessoas levantou barricada contra o exército. Foi preso e
deportado para o Acre. A legenda diz: “Formidável reduto defendido com entrincheiramento de mulambos e carroças
quebradas medonhamente artilhado com canhões de canos de barro e lampiões quebrados pintados a pixe. O espantalho
do desordeiro Prata Preta era o Stoessel caricato daquela traquitana”.
Atualidade
Não se pode nem se deve voltar ao passado para perguntarmos se estaríamos melhor do que estamos
se o Império do Brasil não houvesse sido substituído pela República dos Estados Unidos do Brasil em
1889. Seria perda de tempo, pois os elementos modificadores, na história do século 20, foram tão
importantes que geraram a impossibilidade de imaginar os efeitos da vida reformulada nos setores
público e privado.
O marechal Deodoro da Fonseca, talvez não muito cônscio do que estava fazendo, foi levado a
proclamar a República. Isso significou que, afastada a monarquia, em cuja administração imperial
predominavam pessoas da mesma família, reservados, para elas, bons postos e (eventualmente) até
bons negócios, veio a República. Com "r" minúsculo, a palavra república tem uma série grande de
significados. No sentido que nos interessa, situa o Brasil de hoje como país cujo governo geral é
acessível a todos os cidadãos (com pouquíssimas e justificáveis exceções), respeitada a Constituição.
A avaliação crítica do cotejo entre o nome adotado e a realidade vigente mostra que a federação
brasileira precisa corrigir as distorções com as quais sua história vem sendo marcada. Apesar da falha,
o sistema republicano tem sido confirmado sucessivamente pelo povo, não parecendo possível
nenhuma mudança. A estrutura governativa, entretanto, tem mostrado deficiências graves, nas quais
predomina a crescente insegurança das pessoas ante o aumento da violência e o desrespeito à
propriedade, em particular na área rural. Os movimentos sociais são úteis, apesar dessa restrição, por
estimular reformas destinadas a aperfeiçoar o sistema de relações entre segmentos da sociedade.
(fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u85634.shtml)
Trabalho de historia
Professora: Iva
Alunos: Carlos eduardo e mikaelle ferreira
9 ano (a)