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28/07/2010

AULA DE JURISPRUDÊNCIAS E SÚMULAS

1) Resp 970472
(http://www.stj.jus.br/webstj/processo/Justica/detalhe.asp?
numreg=200701701941&pv=010000000000&tp=51)

RECURSO ESPECIAL Nº 970.472 - PB (2007/0170194-1)


RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX
RECORRENTE : SEBASTIÃO PEREIRA PRIMO
ADVOGADO : LUIZ AUGUSTO DA FRANCA CRISPIM E OUTRO(S)
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PRAZO
PARA MANIFESTAÇÃO DO REPRESENTANTE JUDICIAL. LIMINAR. ART.
2º, DA LEI Nº 8.437/92. PRECEDENTES.
1. O prazo para manifestação do representante judicial da pessoa jurídica de direito
público, acerca da liminar, nos autos de ação civil pública por improbidade
administrativa, nos termos do art. 2º, da Lei nº 8.437/92, não se confunde com aquele
outro concernente à notificação prévia do requerido para o oferecimento de
manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações,
dentro de quinze dias, à luz da exegese do § 7°, do art. 17, da Lei 8.429/92, e que se
configura como contraditório preambular, que se dirige a possibilitar ao magistrado na
fase posterior, cognominada "juízo prévio de admissibilidade da ação", proceder ao
recebimento da petição inicial ou a rejeição da ação civil pública de improbidade (§§ 9º
e 10, do art. 17, da Lei 8.429/92).
2. In casu, versam os autos ação civil pública por improbidade em face de prefeito
municipal, com pedido de liminar, em que o Juízo a quo determinou a notificação do
recorrente, para nos termos do art. 2º, da Lei nº 8.437/92, se manifestar, no prazo de 72
horas, acerca do pedido liminar, consoante despacho à fls. 369 dos autos.
3. Consectariamente, restou evidenciado que este prazo não se destinou à notificação
prévia do requerido quanto aos termos da ação civil pública, mas sim para o
pronunciamento quanto a concessão ou não da liminar.
4. A concessão, in casu, deste prazo se justifica a fim de assegurar maior cautela nas
decisões que envolvem interesse público, como sói ser a presente ação civil pública
movida em face de prefeito municipal. Precedentes: REsp 1038467/SP, Primeira
Turma, julgado em 12/05/2009, DJe 20/05/2009; REsp 1018614/PR, Segunda Turma,
julgado em 17/06/2008, DJe 06/08/2008
5. Recurso Especial desprovido.

Ação Civil Pública para apuração de um ato administrativo.


Determinou prazo de 72 horas, mas recorreram alegando que o prazo deveria ser de 15
dias.

Para concessão de liminar (se for de indeferimento não precisa da oitiva prévia) em
ACP proposta contra a fazenda pública deve o juiz valer-se de um contraditório prévio,
que consiste na oitiva da representação judicial da fazenda pública (art. 2˚, Lei 8437/92)

Art. 2˚, Lei 8437/92: (...) determina a oitiva prévia para que se manifeste no prazo de
72 horas.
28/07/2010
AULA DE JURISPRUDÊNCIAS E SÚMULAS

- Leva em conta o alcance da Liminar pretendida, e in casu, a liminar tem um alcance


muito amplo.

- STJ: A Ausência dessa intimação conduz à nulidade da decisão, salvo quando houver
urgência.

- Ação de Improbidade Administrativa (Ação Civil Pública qualificada, com uma causa
de pedir específica): Luiz fux determinou que se aplica a prévia oitiva prevista no art.
2˚, Lei 8437/92, mas não é sempre.

Quando a liminar atingir a esfera jurídica da PJ de direito público ela deverá ser
previamente ouvida (incorporar servidores que demitiu – atinge os interesses da PJ de
direito publico e assim deve ser intimado)

O réu na ação de improbidade é aquele que exerce a função que praticou um ato de
improbidade.
A PJ da qual a pessoa participava é notificada e ela pode escolher o pólo em que irá
litigar, se defenderá o ato praticado, ou se ficará ao lado do MP. (Isso também existe na
ação popular)

Não haverá necessidade da prévia oitiva se não tiver qualquer prejuízo à PJ de direito
público. O atingido por essa liminar nesse caso será tão somente o réu.

Lei 8429/92, art. 17, p.7 e ss.: situação diferente, pois aqui não é para conceder a
liminar, mas sim quando for proposta a ação de improbidade, pois o juiz deve, antes de
receber a inicial, notificar o requerido para que ele se manifeste previamente sobre ela
(a causa disso foi que várias ações de improbidade foram propostas sem necessidade).

PI – Notificação Prévia – Volta para o juiz que pode:


- rejeitar a inicial
- receber a inicial e determinar a citação do réu para oferecimento de resposta.
- julgar improcedente o pedido inicial 9improcedencia liminar / alguns autores por outro
lado dizem que é caso de indeferimento da inicial.

Se o Juiz não observar esse procedimento será caso de nulidade absoluta?


O STJ diz que não havendo prejuízo não há que se reconhecer a nulidade. Demonstrar o
prejuízo aqui é difícil porque pode-se alegar toda a matéria em sede de contestação. se
não apresenta contestação, ai sim há prejuízo e pode haver a nulidade.

Lei 9494/97 e lei 8437/92 : Muito importantes para carreiras da AGU.

2) AP994.05.023062-5 (TJ/SP)
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