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RESUMO APIP

SLIDE 1 – GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO NO BRASIL


PRÉ-SAL

1858 - ARTESANAL
1953 - MONOPÓLIO (Criação da Petrobras)
1995 - CONCESSÃO (Quebra do monopólio)
2010 - MODELO MISTO (O novo marco regulatório: inclusão do modelo de partilha ;
criação da nova estatal PPSA ; criação do fundo soberano (poupança pública a longo
prazo) ; cessão onerosa à PETROBRAS)

MODELOS

Modelo de concessão
Normalmente usado em caso de risco exploratório médio ou alto.

O concessionário assume todos os riscos e investimentos de exploração e produção.

No processo licitatório, o bônus de assinatura, o percentual de conteúdo local e o


programa exploratório mínimo* – uma proposta de trabalho de exploração que as
empresas apresentam à Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíves
(ANP) – definem o vencedor.

Em caso de descoberta comercial, o concessionário deve pagar à União, em dinheiro,


tributos incidentes sobre a renda, além das participações governamentais aplicáveis
(royalties, participações especiais e pagamento pela ocupação ou retenção de área).

Depois de efetuados os pagamentos à União, o petróleo e o gás natural extraídos de


um bloco são propriedade exclusiva do(s) concessionário(s).

No Brasil, é aplicado a todas as bacias sedimentares brasileiras, com exceção das áreas
do Pré-Sal e de áreas estratégicas. Áreas do Pré-Sal licitadas antes da vigência do
regime de partilha também são reguladas pelo modelo de concessão.

Entre as áreas reguladas pelo modelo de concessão estão, por exemplo, Marlim,
Roncador, Lula e Jubarte.

* Bônus de Assinatura: é um pagamento que a empresa faz quando assina o contrato de exploração, para ter o direito
de explorar determinado campo. Definido em leilão, sendo vencedora a empresa que oferecer o maior valor.

Programa exploratório mínimo: definido como o programa de trabalho a ser cumprido pelo concessionário durante a
fase de exploração – compatível com a relevância atribuída a este critério desde a rodada anterior, o que implica em
investimentos diretos significativos no país.

Conteúdo Local: O conceito de Conteúdo Local nada mais é do que a proporção dos investimentos nacionais aplicados
em um determinado bem ou serviço, correspondendo à parcela de participação da indústria nacional na produção
desse bem ou serviço

Participação Governamental:

Royalties: Os royalties correspondem a uma alíquota incidente sobre o valor de produção do campo. Assemelha-se,
assim, a uma espécie de imposto sobre faturamento.

Participação Especial: Ela é devida somente em campos de alta produtividade e suas alíquotas, progressivas de acordo
com a produtividade do campo, incidem sobre uma espécie de lucro do campo, podendo chegar a 40%. A participação
especial assemelha-se, assim, a um imposto sobre lucro.
Modelo de partilha
Normalmente usado em caso de baixo risco exploratório.

O contratado exerce, por sua conta e risco, as atividades de exploração e produção.

A companhia ou o consórcio que executa as atividades assume o risco exploratório.

No processo licitatório, o critério de julgamento é o percentual de excedente em óleo


(o chamado óleo-lucro), ou seja, quem oferecer à União a maior participação no
volume de óleo produzido é o vencedor. No Brasil, o bônus de assinatura também é
fixado no edital.

Se uma eventual descoberta na área sob o sistema de partilha não for


economicamente viável, a companhia ou o consórcio não recebe qualquer tipo de
indenização da União.

Se houver alguma descoberta comercial, a companhia ou o consórcio recebe, como


ressarcimento, volumes da produção correspondentes a suas despesas na exploração
(o chamado óleo-custo). Além do óleo-custo, recebe também os volumes de produção
correspondentes aos royalties devidos e o óleo-lucro. O valor dos royalties é repassado
à União, que o distribui aos estados e municípios.

No Brasil, é adotado para as atividades de exploração e produção em áreas do Pré-Sal


que não se encontravam sob o modelo de concessão antes da Lei 12.351/10 e em
áreas estratégicas.

Nesses casos, a Petrobras, como determina a Lei 12.351/10, atua sempre como
operadora, com uma participação mínima de 30%.

O bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, foi a primeira área a ser licitada sob o
regime de partilha de produção. A Petrobras tem 40% de participação nesse bloco.

Cessão onerosa
A União, após autorização legal expressa, cedeu à companhia o direito de exercer, por
meio de contratação direta, atividades de exploração e produção em áreas do Pré-Sal
que não estão sob o modelo de concessão, limitadas ao volume máximo de 5 bilhões
de barris de petróleo e gás natural.

Nessas áreas, a Petrobras arca com todos os custos e assume os riscos de produção.

Os critérios para definir o valor dos direitos de produção da cessão onerosa foram
estabelecidos por meio de negociações entre a União e a Petrobras, com base em
laudos técnicos emitidos por entidades certificadoras independentes.

Blocos originalmente concedidos para cessão onerosa: Franco, Florim, Nordeste de


Tupi, Sul de Tupi, Sul de Guará, Entorno de Iara e Peroba.

Duração do contrato: 40 anos, prorrogáveis por mais cinco anos.

RITMOS DE PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO

Doença Holandesa : surgiu da grande produção de gás no mar do norte que fez com
que outras atividades econômicas perdessem competitividade. Devido a grande
entrada de dólar da exportação de gás, o mesmo se desvalorizou e a moeda local foi
super valorizada. No pré-sal, há grande produção de óleo, logo entra muito dólar e
então poderia desvalorizar o mesmo, valorizando a moeda nacional. Solução: criação
de um fundo soberano. Esse fundo é formado por os recursos provenientes da
produção de petróleo, aplicados no exterior.

BLOCOS DO PRÉ-SAL NA BACIA DE SANTOS

Foram licitados durante o modelo de concessão, logo o modelo de partilha não exerce
influência
Estima-se que 60% dos blocos do pré-sal são na bacia de santos, e o resto na bacia de
campos
O bloco é divido em áreas e depois declara-se a comercialidade (dentro de um bloco
existem várias áreas), assim as áreas comerciais ganham um nome nome (EX: Tupi ->
Lula)
Antes da comercialidade ser declarada a ANP autoriza o TLD (teste de longa duração)

DISCUSSÃO: PETROBRAS X ANP

Como considerar campo entre diferentes blocos: Para PETROBRAS - 2 reservatórios


separados ; Para ANP - 1 bloco. (A taxação da participação especial (PE) é maior se
houver apenas 1 bloco)
Quando o reservatório se estender para mais de 1 bloco, haverá reunião entre as
empresas para decidir um acordo, caso não aconteça o órgão ira interferir.

INVESTIMENTOS NO BRASIL

O governo tende a controlar as atividades de E&P (que gera os maiores lucros) em prol
de priorizar a atividade de refino (que gera os menores lucros)
Controlando a produção o governo estimula a economia do mercado nacional, com
criação de indústrias em torno do petróleo
Países em verde: Por mais que o petróleo acabe o país continua a gerar riqueza (USA)
Países em vermelho: Se o petróleo acabar as riquezas acabam, pois não tem
investimento na indústria em torno do petróleo (OPEP)

CRIAÇÃO DA NOVA ESTATAL (PETROSAL)

Representa os interesses do estado, monitora custos e toma decisões de investimento


(impede gastos excessivos pelas concessionárias)
Controla empresas exploradoras (inclusive a PETROBRAS)
A estatal possui voto de qualidade e veto nos comitês operacionais
Auditoria contabilidade - decide quem entra ou não no custo do óleo
Faz controle dos contratos de comercialização do petróleo (podendo ou não contratar
a PETROBRAS)

LICITAÇÃO PRÉ-SAL - LIBRA

10ª rodada em 2008, depois ficando 5 anos sem haver leilões


2013 foi a primeira licitação pelo modelo de partilha (campo de libra)
Potencial entre 8 a 12 bilhões boe
Taxa para participar da licitação de 2 milhões de reais
41,65% de óleo bruto para a União
Consórcio vencedor: Petrobras, Shell, Total, CNPC, CNOOC.
BA de 15 bilhões de reais

SLIDE 2 – AVALIAÇÃO DE PROJETOS NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO


ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA:

EVTE = estudo de viabilidade técnico-econômica


Quanto maior o nível tecnológico, maior será o risco associado
Fluxo de caixa: dispêndidos e receitas
Valor do dinheiro no tempo (FCD)

OBS: O que era inviável no passado pode mudar com o avanço tecnológico. Ex: Gás
Liquefeito. Custo alto (instalação, manutenção) -> não houve EVTE nesse momento.

Para fazer EVTE, tem que analizar o fluxo de caixa:

US$

Investimento inicial; Gera receitas; Custos Operacionais;

US$

+ Resultado Liquido Resultado Final:

Integra áreas + e -

Investimento inicial

OBS: Como o dinheiro tem valor no tempo, tenho que usar fluxo de caixa descontado.

Basicamente: - CAPEX : Custo Investimento ( custo inicial antes de montar a estrutura )


- OPEX: Custo ao longo da vida do projeto ( podem ser fixas ou variáveis )
Vida útil dos equipamentos pode não ser econômica

Ex: projeto para desenvolvimento da reserva= 20 anos


bomba = 10 anos

Ou seja, se uso sonda de 30 anos ainda posso usá-la

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑢𝑡𝑖𝑙
800
Ex: bomba 800 reais 10
= 80
Ou seja, economize esse valor (80) para que ao final da vida util você possa repor esse
equipamento.

𝑉𝑅𝐵 = ((𝑉𝑈 − 𝑇𝑈) ÷ 𝑉𝑈) × 𝑉𝑏𝑛 − 𝐶𝐷

VRB= valor bem residual; Vbn= valor bem inicial; TU= tempo util; VU= vida util; CD= custo de
desdobramento

Ex: Sonda: VU= 30 anos; Vbn= 100; TU= 20 anos (supondo que ela já tinha sido utilizada); CD=
200 reais

Logo: 𝑉𝑅𝐵 = ((30 − 20) ÷ 30) × 1000 − 200 = 133 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠

Ainda posso usar 10 anos

O uso da sonda vale a pena até:

((30 − 𝑋) ÷ 30) × 1000 = 200 → 𝑋 = 24 𝑎𝑛𝑜𝑠 ( não considera valor residual )

Logo, embora ela tenha vida útil de 30 anos, só vale a pena utilizá-la por 24 anos, pois não
compensará por causa da depreciação.

É fundamental fazer o planejamento tributário -> tentar isenções


Receita = produção ou economia (risco de mercado)-> em termos de volume ou de
preço;

t (anos)
5 7 15

Financiamento : posto que ele é viável economicamente (projeto ruim não melhora
por financiamento)

PROJETOS DE E&P:

Valores elevados, alta volatilidade, riscos de estouro de prazo e orçamento


2 formas de projeto:
1) Desenvolvimento da produção (inicial, complementar, revitalização)
2) Infra-estrutura (dutos, portos, estações)
Considerar magnitude e complexidade: alternativas, necessidades de tecnologia;
Aspectos ambientais, estratégicos e responsabilidade social.

SATISFAÇÃO DOS PROJETOS DEPENDEM DE:

- considerar magnitude e complexidade técnica proporcional ao valor envolvido e à


volatilidade.

- complexidade: se a técnologia é recente ou se o material é de difícil aquisição (aumenta


complexidade)
- alternativas para desenvolver o projeto, ou seja, escolha aquela que gera maior valor
econômico.

Variáveis de influência: -volume de produção ; -volume de reserva; -preço do bbl; -taxa


de câmbio; -CAPEX (custo investimento); -OPEX (custo ao longo da vida do projeto); -
cronograma de desenvolvimento
Tributação pesada (inclui participação governamental).
Moeda Estável.
Licença Ambiental.

Modelos para fazer a viabilidade econômica:

VPL:

Em geral um projeto E&P inicial:

US$

| fator de recuperação, o reservatório não produz mais

Exploração Desenv. Exploração


Produção

VPL: método que calcula o valor incremental do projeto (retorno absoluto). É um dado
numérico monetário.
𝑛
𝐹. 𝐶𝑖
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼𝑜 + ∑
(1 + 𝑟)𝑖
𝑖=1

Io = Investimento incial

R= receita (R-C) = fluxo de caixa


C=custo (1+ r1) = taxa pelo qual o fluxo de caixa será descontado

*Adimitindo taxas diferentes ao longo dos anos

só desenvolvo projeto se VPL > 0


VPL < 0 reduz retorno da empresa
Fluxo descontado por TMA, que depende de: expectativa de crescimento; relação
capital próprio e terceiro; custo captação recursos; incentivo financeiro

OBS: Empresa com TMA – tem taxas de atividade diferente.

Estudo de Caso – VPL: (projeto de 4 anos)


- valores esperados sem aplixação de taxa TMA VPL

OBS: quanto maior a TMA -> menor o VPL (ou seja, estou sendo mais exigente)
(Receita – Custo) 1 ano= 500

OBS: VPL< 0 -> Projeto ruim (acima de 15% não desenvolve mais o projeto)

Taxa de atratividade: depende (empresa, banco,..)

1) Calcular VPL, para TMA de 10%


𝑛
𝐹. 𝐶𝑖
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼𝑜 + ∑
(1 + 𝑟)𝑖
𝑖=1

F.Ci -> (Receita – Custo)= Lucro

r-> TMA

Para 10%:
500 400 300 100
𝑉𝑃𝐿 = −1000 + 1
+ 2
+ 3
+
(1 + 0,10) (1 + 0,10) (1 + 0,10) (1 + 0,10)4
VPL= 78,82 -> entro no projeto

Calculando VPL para os outros valores de TMA chegamos no gráfico:

2) Achar a taxa TMA pelo gráfico à qual o projeto deixa de ser atrativo:

12,5%--------------------- 33,62 15-12,5/(-8,33)-(33,62)= x-12,5/0-33,62 x= 14,5%


x --------------------------0

15%------------------------ -8,33

3) Se não houvesse valor do dinheiro no tempo – TMA=0%: VPL= -


1000+500+400+300+100=300
TIR: (raiz da curva)

VPL: mede a contribuição incremental


TIR: estabelece a TMA (taxa mínima de atividade e calcula a taxa de retorno do
projeto)

Para o exemplo anterior TIR =14,5% (Calculada no item 2) -> taxa que faz com que VPL=0, à
qual o projeto não é mais viável.

taxa> 14,5% TMA>TIR VPL<0 (não uso)

taxa< 14,5% TMA<TIR VPL>0 (uso)

Projetos convencionais: TIR=VPL


Projetos não convencionais: TIR diferente de VPL
Quando VPL e TIR apresentam resultados diferentes, opta-se pelo VPL pois ele
pressupões recursos à TMA, enquanto a TIR considera reaplicação de recursosa TIR, o
que nem sempre é possível.

Indicadores:

𝑉𝑃𝐿
1) 𝐼𝐿 = 𝐼𝑂

IL= indice de lucratividade

Ex: VPL=10 ; Io=100 -> IL= 10% maior rentab.

VPL= 15; Io= 200 -> IL= 7,5% menor rentab.

Ex: IL (para TMA =0%)= 300/1000= 30%

IL (para TMA=TIR= 14,5%)= 0/1000= 0%

2) Pay Back ( tempo de retorno )

Checar o tempo que o projeto dará retorno

Ex: Pb (TMA=10%)

Io= 1000 reais ; 1º ano= 454, 55 reais; 2ºano= 454,55 + 330,58= 785,13 reais ; 3º
ano=785,13+225,39=1010,52 reais > 1000 reais , Resposta: logo no 3º ano dará um Pay Back.

Ex: quanto tempo para recuperar Io


1º ano: 500 reais ; 2ºano: 500+400 reais= 900 reais; 3º ano: 500+400+300= 1200 reais > 1000
(Io)
Resposta: no 3º ano recupera Io

OBS: quanto menor a TMA -> menor o pay back.

A partir de 14,5% não terei pay back.

RISCO:
A proporção que subo o valor o risco é maior
Risco é medido pelo desvio padrão ou variância
Quando o resultado não é tão bom, nem tão ruim (VPL ~= 0) preciso incorporar o risco
E(R)= valor esperado (não necessariamente o real)
𝜎= variância (diferença entre o valor obtido e o esperado)

OBS: o risco é medido pela variância, quanto mais próxima de zero menor será o risco, ou seja,
o valor obtido foi próximo ao esperado)

Distribuição de probabilidade: a) Distribuição uniforme b) Distribuição triangular c)


Distribuição Normal
𝑚

𝐸(𝑅) = ∑ 𝑃𝑘 × 𝑅𝑘
𝑘=1

𝜎 = √∑ 𝑃𝑘 × (𝑅𝑘 − 𝐸(𝑅))2
𝑘=1

Para calcular o risco tenho que gerar:

1) Análise de Sensibilidade: (vario 1 variável por vez)

Ex: P=100 bbl ; 1US$=R$ 2,20; PROB= 10000 bpd; TMA= 10%

Pego uma variável de cada vez, através de um método simples (variância de cada uma delas),
checando quais são as mais significativas.

2) Análise de Cenários: (vario várias variáveis)

Mesmo objetivo, vario várias variáveis simultaneamente, no entanto elas são limitadas.

Cria um cenário pessimista e um otimista.

3) Árvore de Decisão:

Um projeto normalmente tem vários pontos de decisão 1º tenho que checar se entro ou não
no negócio (VPL)

Tipo de cálculo considerando que o projeto tem várias fases e que cada fase influencia na
seguinte (reduzir também incerteza técnica e econômica).

Ex: economicidade de pescaria

4) Simulação:

Variáveis avaliadas: 1) Ocorrência de um acidente 2) Duração de um acidente


1º pela distribuição de Poasson

2º distribuição empírica (através do histórico da pescaria)

Ex:

Dia Dist. Poasson Quant Dist. Empírica Duração


1 - -
2 1 3 dias
3 - -
4 2 1 dia
5 - -
6 1 2 dias

Simulação Prob Freq. Acum


0 520 500
1 410 930
2 316 1246
3
4 1799 dias
5 1 equipe 1800 dias

Ou seja, fica mais barato ficar com uma sonda parada um dia do que com uma equipe
parada 1799.

5) Taxas de Vedação:

Taxas de desconto – taxa de atividade normal


Simples

ÁRVORE DE DECISÃO:

Passo 1: traçado do diagrama

poço seco

perfurar (VPL>0) produtor (2x106 bbl)

produtor (5 x 106 bbl)

não perfurar (VPL<=0)


Passo 2: determinar os pontos de decisão

pontos de decisão:

perfurar
não perfurar

pontos de resultado aleatório:

poço seco
produtor 2x106 bbl
produtor 5 x 106 bbl

Passo 3: associar a probabilidade a todos os ramos que se irradiam dos pontos de resultado
aleatório e associam a valores aos pontos terminais da árvore.

Passo 4: resolver a árvore de decisão

- resolver de trás pra frente.


- primeiro calcula valores esperados, mediante a utilização de pontos terminais e assim
registra até o ponto inicial.

VME = -0,7X500.000 + 0,2X1.000.000 + 0,1X 2.500.000 = 100.000 reais.

Ex: economicidade de pescaria (árvore de decisão)


--> avaliar se vale a pena ou não retirar o peixe.

CTD: custo de abandonar, custo peixe, custo desvio (abrir janela operacional), custo
reperfuração. (possíveis custos).
CDP: custo de pescar.

TCP = pxCTD/CDP (probabilidade x custos possiveis / custo pescaria).


probabilidade de pescaria cai com o tempo.
a cada nó a probabilidade de sucesso cai e a de insucesso aumenta.

C1 -> PESCAR PESCAR (C1) - PCS1 (probab. sucesso) --> CDP (custo pescaria).
CDo -> NÃO PESCAR - PCI1 (probab. fracasso).

fracasso (PCI1) --> NC2 (ponto de decisão) --> voltar a pescar (C2)
--> parou de pescar (CD1)

voltando a pescar (C2) -- PCS2 (prob. sucesso) --> COP2 (custo com pescaria).
-- PCI2 (prob. não sucesso) --> NC1 (ponto de decisão) --> volta a pescar (C3)
--> parou de pescar (CD2)
---------------------------------------------->> probabilidade de sucesso diminui.
PI -> a partir do 6 dia deixa de ser econômico.

RISCO:

Quanto mais o risco, maior será o meu retorno exigido.


teoria livre de preferência: investidor escolhe mais retorno ou menos risco.
considera diferentes perfis de investidores.
haverá perfis que priorizam o risco.
haverá outros que abrem mão de um retorno maior para diminuir o risco.

não toma decisão, apenas considera o que "parece melhor" (leva em conta o valor esperado e
probabilidade).

Ex: das bolas. tenho 9 bolas pretas e 1 branca. Se sair a branca, ele paga 10 reais, se for a
preta, você paga 1 real. Você acha um bom negócio pra você?
valor esperado (VE) = 0,9x(-1)+0,1(+10) = +0,1 (bom negócio)

mercado perfeito: - ativos disponíveis em quantidade e divisíveis.


- não há custo de transação para investir ou desinvestir.
- informações confiáveis, sem custos e compartilhado pelo mercado.
- mercado suficientemente grande pra que investidor individual não
influencie no preço.

risco de mercado, sistemática, conjuntural, não diversificável:


condições macroeconômicas, sócio-políticas, tecnológicas.

risco de firma, próprio, privado, diversificável, não sistemático:


situação da firma ou do segmento de atuação.

Aplicar toda a minha grana em uma ação: risco grande.


Logo aplico em uma carteira de ativos: empresas com comportamentos diferentes.
Risco não sistemático pode ser reduzido pela constituição de uma carteira de ativos
correlacionados negativamente. A partir de 20 ativos, a redução é desprezível.
quando diminui a correlação entre 2 ativos, o risco vai diminuindo.

DIVERSIFICAÇÃO DO RISCO:
o ponto vermelho no desenho representa 50% de cada investimento.
quanto menor a correlação (p=-1) (um se beneficia e o outro não) melhor (reduzo risco mais
do que reduz o retorno).

RETORNO AJUSTADO AO RISCO:

sharpe: linearização e simplificação do modelo anterior.


CAPM: capital asset pricing model
mercado remunera risco sistemático, não diversificável.
o risco de um ativo é medido por um coeficiente Bj que indica o risco sistemático nele
existente.

o risco de um ativo j: Rj = Rf + Bj (Rm - Rf)


o retorno de um ativo j: M = r + Bj (rm - r)
M = Rf = retorno sem risco.
Bj = ativo.
Rm = risco de mercado.
r = retorno com risco mínimo.

obs: tudo isso é pra determinar o r o


UPL.

CUSTO MÉDIO DE CAPITAL DA EMPRESA (WACC):

A determinação da TMA (Taxa média de atratividade) do projeto depende da estrutura


financeira da empresa. TMA é determinada pelo WACC da empresa.
Estrutura de capital (autosuficiente ou endividamento por empréstimos).

WACC: pondera capitais passivos (D) e ativos (E) da companhia e indica o retorno (W) por ela
exigido para manter o valor de suas ações.

para a companhia, o WACC é um referencial para a taxa de desconto ajustado ao risco (não
diversificável) do projeto.

W = Kd . (D/K) . (1 - T) + Ke (E/K)
E + D = K, Kd < Ke

Kd = D/A ; Ke = E/A
Kd = custo ponderado dos financiadores.
Ke = remuneração dos acionistas, obtia a partir do CAPM.

OPÇÕES:

Consegue resolver problemas em que variáveis tem alta volatilidade.


origem área financeira.
técnica para trabalhar na valorização de projetos.
Call - opção de compra - visão otimista (opção é um direito, não uma obrigação).
putt - opção de venda - visão pessimista.
TEORIA DAS OPÇÕES REAIS:

opção europeia: exercida só em certos momentos.


opção americana: exercida em vários momentos (portanto maior valor). forma
contínua.
pseudoamericana: permite em momentos discretos.

-simples
- composta

características:

- irreversibilidae: se deve evitar tomar decisões.


- flexibilidade gerencial: ações que um gerente tem para mudar a situação atual.
- valor da espera: esperar para tomar uma decisão tem um certo valor.

tempo de expiração (T): quanto maior o tempo, mais valor a proporção tem. Monopólio de um
tempo infinito.

incerteza: quanto maior a variabilidade e a volatilidade, melhor para mim.

custo de espera: toda espera gera um custo. dinheiro tem valor no tempo, logo quanto mais
tempo postergar uma operação, pior é.

ponto de gatilho: momento em que tomo a decisão. valor de gatilho superior ao break even
point (VPL).
obs:
ANALISANDO VPL OPÇÃO REAL
Po> 140 (entra no negócio). valor tão alto quanto 300 (entro).
Po < 140 (não entra no negócio). valor menor que 300 (abandono).
60 > x
A proporção que o tempo passa, a opção real perde valor.
Opção é maior: quanto maior o tempo de expiração e quanto maior as incertezas.

VANTAGENS DA TOR (teoria da opção real):

considera a incerteza dos eventos futuros.


estimula o investimento em etapas.
incorpora a flexibilidade gerencial.
admite a influência do tempo no valor do projeto.
mensura valor estratégico.
obtém informações para depois investir.
avalia projetos de forma uniforme.

Ex TOR: SONDAGEM:

operaoras especializadas ou unidades independentes de companhias de petróleo.


companhias de petróleo normalmente investem mais em sondas de produção do que
em sondas de peruração (mais úteis).
taxa de aluguel diária = f (preço do petróleo)
possui elevada variabilidade no tempo.
mar: mercado mais globaalizado e mais volátil.
7 brasil é contratada para oferecer sondas de perfuração.
se a atividade cai é cancelado o contrato.
sonda é uma operação americana (porque a receita dela é gerada por dia) remunerada
em taxas diárias, quando atrasar, vai deixar de receber.

TURN-KEY: não adianta reduzir o tempo e ter produtos de baixa qualidade, logo Turn-key passa
a não ser atrativo.

taxa diária: variável probabilística = é a partir dela que determina se a sonda para ou continua
a trabalhar (alta variabilidade no tempo).
obs: alta variabilidade no tempo não usa VPL.
no geral, uma sonda marítima é um mercado mais globalizado, logo é mais volátil: mais locais
demandando sondas, demanda estudos maiores, maiores preços.
na terra, o mercado não é globalizado, mais facilmente se tornam obsoletas.

ativos: aluguel diário, equipes..

esquema de embargue:
14 x 14 (4 equipes).
14 x 21 (5 equipes). em turnos de 12 horas por dia.

D A B C D D E A B C D

N B C D A N A B C D E

PONTOS DE GATILHOS:

ESTADOS: 1, M, 0

1: sonda em atividade + propriedade da sonda.


m: propriedade da sonda, mas ela está parada.
0: mercado ruim, venda da sonda, perca da propriedade da sonda.

4 gatilhos: PM, PR, PL, PH.

PL =saio do negócio.
PM = paro.
PR = retorno a operaçao da sonda.
PH = entro de volta no negócio.

REGIÕES:

I II III IV V
0 PL PM PR PH P
(valores de gatilhos das taxas de sondas).

I = ZONA DE ABANDONO(zona de abandono).


II = ZONA DE PARALISAÇÃO(mercado não é suficientemente bom para entrar em 1, mas
também não é ruim para vender).
III = ZONA DE INÉRCIA (se tá operando, continua operando, se está parado, continua parado).
IV = ZONA DE REATIVAÇÃO.
V = ZONA DE ENTRADA (mercado extremamente em alta).

VARIÁVEIS:

Probabilística:

- taxa diária de afretamento (P)

Determinística:

- custo de aquisição da sonda (I)


- custo de abandono (E)
- custo imediato de reativação (R)
- custo imediato de suspensão (Em)
- custo de abandono estando suspenso (Es)
- custo operacional (C)
- custo de manutenção (n)
- utilidade (τ)
- taxa de desconto livre de risco (r)
- custo de oportunidade do capital (j)

CONSIDERAÇÕES:

• Modelagem: Movimento Geométrico Browniano

- Geom. Browniano Parte do princípio que a sequência varia e aumenta no tempo. Quanto
mais distante, maior volatilidade. Matematicamente é mais simples, por isso é utilizado.

- Revisão à média Tem tendência e tem volatilidade, supostamente tem barrias (mais
adequado ao preço dos sonares).
- Poisson grau do acidente

• Depois de feito o modelo dessas técnicas de otimização:

- Ativos Contingentes representa ativos físicos conforme ativos financeiros

- Programação Dinâmica

• Condições de Contorno:

- n<C
- R<I
- E = Em + Es
-E+I>0

• P embute taxa de indisponibilidade


• Vida útil > 20 anos
• Custos descontados por r
• Receitas descontadas por µ
• Ignorada obsolescência tecnológica da sonda

EXEMPLO REAL: (PA) Jack-up

- sem movimento após instalação


- inadequada para fundos moles
- possibilidade de lavagem e escorregamento

Dados: I = 90, E = -30, Em = 1,2, R = 0,8, C = 8,3 n = 1, τ = 2,5, r = 7, delta = 4

• Análise:
Pl ~Pn = indica que possibilidade de parar temporariamente é inviável
Pr = valor para reativar sonda
Ph = valor para entrar novamente no negócio (muito alto)

• Valor Pl é muito baixo (para sondas muito baratas, o modelo não tem sentido)
• Sondas baratas -Ph
• Sondas caras +Ph

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE:

• Custo de aquisição da sonda


• Custo operacional da sonda Sonda barata não passa por “m”. Custo operacional > 80 (?),
viável entrar no negócio. Ph sempre maior inclinação.
• Volatilidade Quanto maior a volatilidade, mais relutante a sair. Quanto menor a
volatilidade, mais difícil entrar.

Mais custo Mais rápido abandono


Pn Só é razoável para sondas caras

FONTES DE RECURSO:

1)Caixa próprio, recurso de capital:

- caixa próprio, caso lucro dos caixas anteriores forem suficiente


- neste caso, mais juros serão cobrados

2)Emissão de ações: aumento/pulverização de capital (Initial Public Offering)

•Empresas compram ações e lançam no mercado para que outras empresas invistam capital
- Desvantagem pouca participação na empresa (pulveriza capital)
- Vantagem capta dinheiro à menor taxa

3)Parcerias/joint ventures:

- fazer parcerias com outras empresas

• Ex: Repsol com SINOPCC


- podem participar de forma isolada em outros projetos, logo não há limitações;

• Ex: Principais fusões e incorporações


Início anos 80 - época da financeirização da indústria do petróleo.
- globalização: necessidade de mais capital para poder entrar na
concorrência .

Anos 90 - 7 irmãs de dividem em 4


- empresas de menor porte se reúnem para não saírem do mercado

4)Financiamento Corporativo:

- na prática é a que mais ocorre


- 2 caminhos principais mercado bancário ou mercado de capitais
• Mercado bancário:
- processo mais simples, possui mais velocidade, porém depende do valor adquirido
- exige taxas complementares
- regras básicas já estão definidas
- em caso de valores muito altos, ocorre uma sindicalização entre bancos

Mercado de capitais

Compromete o pagamento de juros. Quanto maior o prazo, maior o risco de você quebrar,
logo, maior serão as taxas.

PROJECT FINANCE:

Financiamento de projeto especificado garantido pelo seu fluxo de caixa futuro (criação da SPC
ou SPE).

Cria uma empresa SPC só para aquele projeto


O estatuto da empresa limita e especifica as suas ações, ou seja, é uma empresa bem
restritiva.
Garantias do investidor: receitas futuras (recebíveis) e propriedade dos ativos
Segregação de riscos entre projeto e patrocinador ( evitar contaminação)

Exemplo: A Petrobras vai desenvolver um projeto e é criada a SPC, caso o projeto não de certo
a divida ficará com a SPC. SPC só terá fontes de recurso proveniente do projeto. Inicialmente
preciso de investidores para o projeto, depois que começar a produzir irei ressarcir suas
dividas.

Inicio: Crio a SPC com capital dos investidores.

Meio: Começo a ter lucro e depois começo a pagar as dividas, ou seja, o investimento.

Fim: Crio ações e vendo, depois fecho a SPC.

O que diferencia o project finance do financiamento corporativo?

RESPOSTA: No Project finance a garantia do finaciador é baseado na receita futura.


Associações são feitas para criar a SPC com isso há a segmentação dos riscos.

Relação “ganha-ganha” (risco-retorno)


Identificação, mitigação e alocação de riscos

Checar quais as empresas mais capacitadas para fazer certa etapa, com isso diminuo a
possibilidade de riscos.

Estruturação complexa e demorada


Projetos intensivos em capital e de longo prazo
Custos, em geral, mais elevados.

Ou seja, vale a pena, se o projeto tem valor muito alto e com uma longa duração.

SPC (Special Purpose Company):


Personalidade jurídica independente, unidade econômica autônoma( ela própria que vende o
serviço e paga os investidores), vida útil limitada, patrocinador pode ou não ter participação
acionária na SPC( a participação é determinada pelas condições de compra e venda), viabiliza
projetos grandes demais para i investidor e dispensa uso de garantias reais ou pessoais:
hipoteca, penhor e finança.

PARTICIPANTES:

•Patrocinador (Sponsor) -> pode ou não participar da SPC


•Acionistas (EquityInvestors) -> entram com o capital
•Financiadores (Lenders) -> remuneração finaceira
•Construtores (EPC Contractors)
•Gerente da construção
•Operador
•Agente estruturador (Arranger)
•Agencias de rating
•Seguradoras
•Fornecedores / Compradores
•Agente fiduciário (trustee) -> faz a fiscalização da empresa: garante que as obrigações legais e
financeiras da SPC sejam atendidas.
•IntercreditorAgent
•Consultores técnicos, financeiros, jurídicos, contábeis, tributários, ambientais; auditores
•Governo

CLASSIFICAÇÃO DE RATING:

As 3 principais ratings são: Moody’s, S&P e Fitch. -> Classificam as empresas conforme os
riscos.

ESTRUTURAÇÃO DO PROJECT FINANCE:

•Projeto deve ter viabilidade técnica e econômica

•Atender expectativa risco –retorno dos envolvidos -> chegar a um acordo razoável com
todos.

•Previsibilidade do fluxo de caixa futuro (volatilidade) -> garantia de prazo e retorno de


recursos do projeto.

•Modelo específico, artesanal

•Equipe multidisciplinar

•Necessidade de divulgação de informações (disclosure)

•Relação equity/ debt(alavancagem)

•Estruturador pode dar “garantia firme”

•Escolha do construtor e/ou operador (preço e prazo)

•Receita gerada (tarifa) deve ser suficiente para: cobrir custos operacionais, remunerar
investidores e pagar despesas tributárias.
FONTES DE FINANCIAMENTO DO PROJECT FINANCE:

•Bancos comerciais (sindicalização)

•Agencias multilaterais de crédito (Banco Mundial, BID)

•Agencias de fomento nacionais (BNDES)

•ECA (ExportCreditAgencies)

•Fundos de pensão

•Fundos de investimento

•Trading companies

•Seguradoras

•Mercado de capitais (debêntures, notas promissórias, bonds)

RISCOS:

•Construção / Tecnologia/ Engenharia (prazo, custo, especificação; turn-key)


•Mercado (preço, quantidade; takeorpay, hedge)
•Suprimento (insumo, custo; contratos firmes)
•Operação (custo, qualidade, prazo, segurança; performance bonds)
•Infra-estrutura(transporte, comunicação)
•Político (expropriação, quebra de contratos, convertibilidade, moratória; PRI)
•Financeiro (taxa de juros, cambio, crédito, inadimplência; conta, hedge)
•Sindicalização (valores elevados, financiador inexperiente; garantia firme)
•Ambiental (multa, imagem; licenças, melhores práticas)
•Força Maior (ação do homem ou da natureza)
•Participante
•Legal (sistema legal, foro, mudança de leis, erros documentação)

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