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Noções Básicas de Linux Desktop PDF
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INTRODUÇÃO
O Software Livre que até algum tempo tinha seu uso restrito a “hackers”, vem ganhando cada
vez mais espaço nas empresas e no governo, isto porque os gastos com licenciamento de
software atingem cifras exorbitantes ano após ano. Além disso a qualidade de muitos Softwares
Livres é hoje igual ou superior aos softwares somerciais.
O Governo Federal possui diversas diretrizes que disciplinam a implementação de software livre
onde a primeira delas é:
“Priorizar soluções, programas e serviços baseados em software livre que
promovam a otimização de recursos e investimentos em tecnologia da
informação.”
Esta e outras diretrizes deixam claro que o governo brasileiro a exemplo de outros países como:
França, Argentina, Alemanha, Espanha, China, México, está cada vez mais interessado em
desenvolver no Brasil uma cultura de software onde o país passará de mero consumidor de
programas, a exportador de tecnologia tendo o software livre como um dos seus principais
aliados.
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NOÇÕES BÁSICAS DE LINUX DESKTOP • Josué da Silva Soares (josuessoares@ibest.com.br)
SOFTWARE LIVRE
Um software livre é parecido com qualquer outro programa de computador, ou seja, um conjunto
de instruções escrito em uma linguagem de programação (C, C++, Java, Pascal, etc) para que o
computador torne-se útil, informando a ele como deve ser executada uma determinada tarefa,
tail como: a edição de textos, a compactação de arquivos, a leitura de mensagens eletrônicas (e-
mails), o controle de hardware, etc.
A diferença básica entre software livre e um software não-livre, é que o conjunto de instruções,
isto é o código-fonte de um software livre sempre está disponível para entre outras coisas o
estudo e a cópia. Estes direitos são concedidos pelo autor e repassados a diante. Uma outra
característica marcante do software livre é que o mesmo pode ser conseguido sem que
necessariamente tenha que se pagar por ele.
A liberdade de uso de um software é portanto fator determinante para enquadrá-lo em uma das
formas de licenciamento que se tem conhecimento, onde as mais conhecidas são:
• Comercial: é todo programa desenvolvido geralmente por uma empresa com o intuito de
gerar lucros à empresa e seus associados através da venda do software. Neste tipo de
licenciamento, o código-fonte do programa não é liberado para o comprador, portanto ninguém
pode modificá-lo. A cópia deste tipo de software é terminantemente proibida. Exemplos:
Photoshop, Microsoft Office.
• Shareware: refere-se ao software disponibilizado ao usuário para que o mesmo possa
experimentá-lo por algum tempo, expirado o prazo de demonstração o interessado deve pagar
pelo programa para que possa continuar usando. Semelhantemente ao software comercial, a
cópia não é permitida. Exemplos: WinZip.
• Freeware: programas do tipo freeware são aqueles que podem ser utilizados sem que seja
preciso comprá-lo e/ou registrá-lo, a cópia é permitida porém o código-fonte não é aberto e sua
utilização na maioria dos casos é restrita. Exemplos: Internet Explorer, AVG Personal Edition.
• Software Livre: é o programa onde há liberdade de uso e cópia, e cujo código-fonte é
liberado para modificações. Pagar ou não pelo software livre é opcional. Exemplos:
OpenOffice.org, GNU/Linux.
O termo livre da nomenclatura software livre não tem nada haver com preço, isto é comumente
confundido pois o termo original em inglês é Free Software. Free neste contexto diz respeito a
liberdade, não de graça. Liberdade para que todo usuário possa:
1. Executar o programa para qualquer propósito;
2. Estudar o programa tendo acesso ao código-fonte;
3. Fazer alterações no código-fonte do programa;
4. Redistribuir o programa para quem interessar.
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O PROJETO GNU
O Projeto GNU consolidou os ideiais de liberdade dando origem a licença GNU GPL (GNU General
Public Licence). A GPL além de garantir liberdades impõe obrigações a qualquer pessoa que
efetue mudanças no programa, que são:
Desta maneira todo o software licenciado pela GPL é livre, e portanto pode ser utilizado sem
restrições. Assim o software permanece livre para sempre, pois o software livre não tem um
dono, ele possui um ou vários autores, e nem esses autores podem limitar as liberdades
concedidas pela GPL.
Existem outras licenças de Software Livre tais como o BSD Copyright. Cada licença tem
caracteristicas próprias sendo umas mais ou menos restritivas que as outras, permitindo dentre
outras coisas, que parte de um software livre possa ser usado em um software comercial.
Independente de qual licença o software esteja licenciado, o importante é lembrar que enquanto
as quatro liberdades fundamentais existirem o software sempre será considerado um software
livre.
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O GNU/LINUX
É um sistema operacional de código aberto distribuído de forma gratuita, isto porque o código-
fonte do sistema está sob a licença GPL e dentro do aviso de copyright escrito por Linus, há
informações detalhadas que garantem que nem o próprio Linus tem poderes para fechar o
sistema para uso exclusivamente comercial.
O Linux por ser um sistema com mais de dez anos de desenvolvimento, e sendo oriundo de um
outro com mais de trinta anos de criação, possui algumas características que só podem ser
encontradas nele próprio. Algumas das caracteristicas mais importantes são:
• Passa por mudanças constantes e muito rápidas, isto porque o software é livre, isto é aberto
para melhorias;
• Pode ser instalado em computadores em conjunto com outros sistemas operacionais sem que
hajam conflitos ou qualquer tipo de incompatibilidade;
• O sistema é multitarefa;
• O sistema é multiprocessável;
• Possui suporte a nomes extensos (até 255 caracteres);
• Não há necessidade de reiniciar a máquina a cada modificação de configuração;
• Não é necessário pagar para usá-lo;
• Não é necessário uma máquina muito potente para poder instalá-lo;
• Acessa diversos tipos de sistemas de arquivos;
• Até o momento não existem vírus para Linux;
• Suporte aos mais variados tipos de dispositivos (infravermelho, plug-and-play, usb, fireware);
• Pode ser usado tanto como uma estação de trabalho quanto como um servidor de arquivos,
web, proxy, etc.;
O Linux também é conhecido como GNU/Linux, isto por que enquanto Linus Torvalds estava
desenvolvendo o kernel (núcleo) do sistema operacional, Richard Stallman do projeto Gnu
estava escrevendo um sistema operacional começando pelos outros componentes, como editores
de texto, compiladores de programas. Como um sistema operacional sozinho não serve pra muita
coisa, houve então uma união entre os dois trabalhos dando origem ao sistema operacional
GNU/Linux, popularmente conhecido como Linux.
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DISTRIBUIÇÕES LINUX
Como o código-fonte do Linux está liberado qualquer um pode modificar o sistema como desejar,
fazendo assim uma espécie de personalização do programa, tornando o sistema mais adequado
as suas necessidades e preferências. É desta forma que surgiram as distribuições.
Empresas e comunidades escrevem ou unem uma série de pacotes de softwares com o kernel,
dando origem a uma distribuição que possue as implementações do grupo que a montou. Com
isto há diversas distros para os mais diversos propósitos com características próprias de
funcionamento de acordo com os objetivos do grupo.
Algumas distribuições:
O que determina a escolha por uma distribuição obviamente é a necessidade do usuário, pois
como mencionado as distros tem objetivos definidos, ou seja, há distros mais indicadas para
serem usadas em um servidor, outras em estações de trabalho, outras como servidor firewall, e
assim por diante.
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Os procedimentos para instalação de qualquer distribuição Linux variam, isto porque a instalação
pode basicamente ser realizada:
• Em modo gráfico, isto é com a ajuda de uma interface gráfica agradável e bastante
interativa;
• Em modo texto, normalmente utilizada por usuários mais experientes e em máquinas
antigas, cujas placas de vídeo em geral não são muito boas e às vezes não são nem
mesmo detectadas pelo Linux no momento da instalação.
Em ambos os modos, a maioria das distribuições ainda permite que o Linux seja instalado através
de:
• cd-rom;
• disquete;
• via rede, usando um servidor (nfs, ftp, http)
Independente do modo como o Linux é instalado em geral é possível selecionar:
• o idioma que será usado durante a instalação;
• as configurações de hardware (teclado, mouse, vídeo, etc...);
• o perfil de instalação (computador pessoal, estação de trabalho, servidor de rede, etc...)
• os pacotes (conjunto de programas) a serem instalados;
Qualquer que seja o método de instalação ou qual perfil escolhido o ítem que requer mais
atenção é quanto ao particionamento do disco. Em casos onde o Linux é o único sistema
operacional da máquina, pode-se optar pelo particionamento automático.
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Num esquema simples de instalação do Linux, sempre será necessário ter a primeira partição
como sendo a de swap, e uma outra outra partição ( / ) onde será instalado o sistema
operacional propriamente dito.
A partição de swap comporta-se como sendo uma extensão da memória RAM da máquina, sendo
utilizada todas as vezes que o sistema precisar de mais memória que o disponível na RAM, neste
momento o sistema passa a utilizar a partição de swap. Esta partição tem um tamanho que varia
de acordo como será utilizado o Linux, em geral tem-se que duas vezes o valor nominal da
memória RAM é suficiente para a partição de swap.
No decorrer da instalação são solicitadas várias outras informações, que devem ser lidas com
calma a fim de que se saiba exatamente o que está sendo executado. Detalhes quanto a
endereçamento tcp/ip, por exemplo, devem ser conseguidos com o administrador da rede, isto
certamente será necessário se a máquina estiver ligada a uma rede local.
O ideal para quem nunca fez uma instalação é utilizar um disco rígido vazio e testar os métodos
de instalação, os perfis, e somente quando já tiver uma boa noção de como é feito todo o
processo, instalar o Linux de modo definitivo.
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INTERFACES GRÁFICAS
Todo programa que permite ao usuário visualizar elementos como: botões, menus, janelas, etc,
pode ser denominado Interface Gráfica ou gerenciador de janelas. Este tipo de programa é
responsável por controlar a apresentação das janelas, isto é, as cores, formas e funcionalidades.
Todas as vezes que um usuário solicita a execução de um programa gráfico, ele é desenhado por
um programa servidor de janelas, também conhecido como Servidor X. Ele contém todas as
especificações de como as mesmas serão criadas e manipuladas. O servidor X possui ainda
ferramentas que possibilitam a configuração dos principais elementos de hardware relativos a
apresentação gráfica dos programas tais como: configurações da placa de vídeo, as configurações
do monitor de vídeo (cores, resolução, frequência) e do mouse.
Sendo assim tem-se que enquanto o servidor X possibilita o uso dos elementos de hardware do
micromputador, o gerenciador de janelas é quem permite ao usuário configurar itens como o
papel de parede, a apresentação das janelas, a criação de ícones, etc.
Para que a execução dos programas no Linux ficasse mais interativa e confortável, surgiram
diversas interfaces gráficas que se diferenciam basicamente pela:
• beleza;
• recursos;
• facilidade de uso (interatividade);
• performance.
Isto porque a quantidade de usuários que utilizam o Linux é muito maior do que se pensa, e
portanto as exigências de cada um são muito distintas. Há quem possua um microcomputador
com pouca memória, onde o importante para este usuário é que a interface gráfica consuma o
mínimo dos recursos computacionais disponíveis.
Por outro lado pode existir usuários que acham que a facilidade para poder modificar um papel de
parede, ou a resolução do vídeo, ou adicionar uma impressora é mais importante, assim sendo
escolherão uma interface mais sofisticada, dotada de muitos efeitos e coisas do gênero.
Praticamente todas as distribuições de Linux adotam uma interface gráfica como padrão, porém
todas permitem que o usuário instale e use a interface gráfica de sua preferência. O sistema
pode até conter mais de uma interface, que podem até mesmo serem executadas
simultaneamente pelo mesmo usuário, ou por usuários diferentes, bastando apenas que cada
uma delas seja executada em uma saída diferente (display) do servidor X.
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Existem diversas outras interfaces gráficas que atendem aos mais variados gostos. Porém é relevante
ressaltar que quanto mais recursos uma interface tiver, maior será a necessídade de um
microcomputador potente. Esta observação é muito importante pois é comum ouvir equívocos do tipo
“linux é muito lento”, quando na verdade a interface gráfica que foi escolhida não é a mais adequada
para o hardware que está sendo usado.
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Login
No Linux o acesso ao sistema é realizado com uma autenticação, onde são exigidos USUÁRIO e
SENHA. Por padrão sempre há pelo menos a conta do usuário que é o administrador do sistema,
o root. Como administrador este usuário pode fazer qualquer coisa no sistema, inclusive danificá-
lo, portanto recomenda-se utilizar esta conta somente quando realmente for necessário e com
muito cuidado.
O login na interface do Gnome é feito por padrão com o GDM (Gnome Desktop Manager). Este
gerenciador possue os campos onde deverão ser inseridos o nome e senha do usuário, além de
algumas opções que são:
• Idioma - escolha do idioma para a sessão que será aberta;
• Sessão - seleção da interface gráfica (se houver mais que uma);
• Reiniciar - reinício do sistema;
• Desligar - desligamento da máquina.
Cada interface gráfica instala o seu próprio gerenciador de logins, porém mesmo com um
gerenciador de uma interface é possível abrir as outras interfaces instaladas no sistema.
O painel inferior possue três elementos especiais: a) um ícone usado para voltar ao ambiente
desktop original, independente da quantidade e de quais aplicativos tenham sido inicializados; b)
o componente Lista de Janelas, onde são exibidas as janelas que estão abertas e c) o
componente Alternador de Àreas de Trabalho, que permite a alternância entre àreas de
trabalho independentes.
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Criando Paineis
Para criar um novo painel clica-se com o botão direito do mouse em uma área vazia dentro de um
painel existe, e seleciona-se a opção Adicionar ao Painel..., conforme ilustração abaixo.
Removendo Paineis
A remoção de um painel é tão simples quanto a sua criação, basta clicar com o botão direito do
mouse em uma área vazia do painel que deseja ser excluído e selecionar a opção Excluir Este
Painel...
Escondendo Paineis
Para esconder um painel, clica-se com o botão direito do mouse em uma área vazia do painel e
escolhe-se a opção Propriedades.
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• Botões de Ação: um botão de ação providencia um acesso rápido a uma ação comum
como por exemplo a captura da tela. Os botões de ação que podem ser adicionados a um
painel são:
• Fechar Forçado: fecha uma aplicação que pode estar travada;
• Travar Tela: bloqueia o uso da sessão;
• Linha de Comando: usado para executar um comando como se estivesse
usando o sistema no modo texto;
• Captura de Tela: tira uma “foto” de todo o conteúdo da área de trabalho
da forma como ela está sendo visualizada;
• Pesquisa: botão utilizado para fazer a procura de arquivos;
• Mostrar Área de Trabalho: minimiza todas as janelas e exibe a área de
trabalho.
• Gavetas: gavetas são uma extensão deslizante dos painéis onde podem ser inseridos
vários objetos, da mesma forma como seriam inseridos nos painéis.
Menus: O Gnome vem com três menus padrões através dos quais tem-se o acesso aos principais
aplicativos do sistema, são eles:
• 1º Menu - Aplicações: contém submenus com lançadores divididos por categorias:
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1º Menu
3º Menu
2º Menu
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No menu do Nautius há ainda a opção Marcadores, que permite criar referências para os
diretórios mais acessados para que sejam abertos mais rapidamente.
Arquivos Compactados
A operação de compactação de arquivos é também conhecida no ambiente do Linux como
empacotamento. Isto porque antes de proceder com a compactação dos arquivos o sistema faz o
empacotamento dos mesmos, isto é, o agrupamento de arquivos em um só.
O empacotamento dos arquivos pode ser feito através do Nautilus clicando-se com o botão direito
do mouse sobre o arquivo ou diretório que se queira empacotar.
Por padrão os arquivos que são empacotados através do Nautilus possuem a extensão .tar.gz e
são criados no mesmo local de origem do empacotamento, exceto se for selecionado um outro
local na opção de Localização.
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Mídias Removíveis
Para utilizar mídias removíveis (cd’s e disquetes) é necessário montá-las antes de usar.
O processo de montagem de cd’s é automático bastando apenas inserí-los na unidade de CD-
ROM. Ao ser inserido um cd, o sistema o detecta monta-o no diretório /media/cdrom e cria um
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novo atalho na área de trabalho. Após a montagem a navegação no cd pode ser feita clicando-se
no atalho ou através do Nautilus acessando o diretório /media/cdrom.
O uso de disquetes é um pouco diferente. Após inserir o disquete na unidade a montagem pode
ser feita clicando-se no ícone Computador e em seguida no ícone Unidades de Disquetes.
Com isto o disquete será montando no diretório /media/floppy e criado um novo atalho na área
de trabalho. Daí em diante o acesso ao conteúdo do disquete é semelhante ao do cd-rom.
Quanto ao disquete é importante lembrar que antes de trocá-lo, sempre será
necessário desmontá-lo. Do contrário tudo aquilo que foi copiado para o disquete não
será gravado no mesmo, e o conteúdo de um novo disquete inserido não será lido
corretamente.
A fim de agilizar e facilitar o acesso as mídias, pode-se adicionar um lançador que executa a
montagem e desmontagem das mídias. Para adicioná-lo clica-se com o botão direito do mouse
em uma área vazia de algum painel, seleciona-se a opção Adicionar ao Painel e escolhe-se o
lançador Montagem de Volumes. A partir deste instante é possível montar, por exemplo, um
disquete clicando no lançador de disquete e selecionando a opção Montar Unidades de
Disquetes.
Formatação de Disquetes
A formatação de disquetes consiste em se preparar a mídia para ser utilizada em um sistema de
arquivos em particular. Um sistema de arquivos bastante popular é o FAT que é usado em
ambientes DOS/Windows. Um outro sistema de arquivos é o EXT2 usado no Linux.
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Na prática tem-se que um disquete formatado com FAT pode ser lido no Linux sem problemas
pois este tem suporte a vários tipos de sistemas de arquivos, incluindo o FAT. Porém um disquete
formatado com EXT2 pode não ser lido em outros sistemas operacionais, especialmente naqueles
que trabalham apenas com um ou poucos sistemas de arquivos.
Um dos meios para formatar um disquete é selecionar no menu Aplicações a opção
Ferramentas do Sistema, e em seguinda a opção Formatador de Disquetes.
Compartilhamento de Sessão
O compartilhamento de sessão consiste em disponibilizar para outros usuários da rede, todo o
ambiente gráfico da sessão que está sendo utilizada. Isto é muito útil nos casos em que é
necessário fazer um suporte remoto. Para fazer o compartilhamento da sessão seleciona-se a
partir do menu Desktop a opção Preferências e em seguinda a opção Área de Trabalho
Remota.
A fim de garantir um melhor controle e segurança, o compartilhamento da sessão pode ser
configurado para:
• permitir somente a visualização da área de trabalho;
• permitir que outros usuários possam controlar a área de trabalho;
• pedir confirmação para o compartilhamento da área;
• exigir uma senha para o usuário que está solicitando a conexão remota.
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Habilitado o compartilhamento da sessão, esta pode ser acessada via o programa vncviewer.
Para utilizar o vncviewer seleciona-se no menu Aplicações > Executar Aplicação, uma caixa de
diálogo é aberta e o seguinte comando deve ser digitado: vncviewer endereço-ip-da-estacão-
destino:0
Configurações
Visando manter o funcionamento do sistema operacional, todas as configurações que podem ser
alteradas no sistema, ou seja aquelas disponibilizadas no menu Desktop > Configurações do
Sistema, só podem ser realizadas pelo root. isto por que uma alteração indevida pode inviabilizar
o uso do sistema para todos os outros usuários.
Quando acontece do usuário tentar trocar uma destas configurações, o Linux solicita a senha do
administrador para que as modificações possam ser realizadas. Um exemplo de configuração que
só pode ser alterada pelo root é a data e hora.
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Trabalhar no Linux utilizando uma interface gráfica com certeza é mais agradável e confortável, e
tal ambiente é imprescindível quando utilizamos o sistema como uma estação de trabalho. Porém
quando o Linux é utilizado como um servidor de rede, logo percebe-se que não há nenhuma
interface gráfica que consiga disponibilizar em 100% todos os meios para que o sistema seja
administrado. Sendo assim faz-se necessário aprender a trabalhar no Linux sem o uso de menus,
atalhos, ícones e tantos outros elementos tão comuns no ambiente gráfico.
Para se ter acesso ao modo texto do sistema, pode-se abrir uma outra sessão para login
pressionando-se as teclas ctrl alt F2 ou F3 ou F4 e assim por diante, sendo que cada tecla Fx
corresponde a uma nova sessão que pode ser aberta. O modo texto também pode ser acessado
de dentro de uma interface gráfica utilizando um programa de emulação de terminal. No Gnome
o padrão é usar o gnome-terminal, disponível a partir do menu Aplicações > Ferramentas do
Sistema > Terminal.
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Estrutura de Diretórios
O Linux possui todos os seus diretório dispostos de maneira hierárquica seguindo um padrão de
acordor com a distribuição. Muitas das distribuição segue o padrão LSB (Linux Standart Base),
que estabelece dentre outras coisas o nome e o local de cada arquivo e diretório em uma sistema
Linux.
Em geral o Linux tem na sua raíz ( / ) os seguintes diretórios:
bin : comandos de uso geral (ls, cp, mv, etc...);
boot : o kernel e os demais arquivos necessários para a inicilização do sistema;
dev : arvquivos que fazem referência aos dispositivos de hardware;
etc : arquivos de configuração;
home : diretórios pessoais dos usuários;
lib : bibliotecas compartilhadas entre programas;
mnt : ponto de montagem das mídias removíveis (cdrom, floppy);
opt : local destinado a instalação de programas que não são instalados com o sistema;
proc : arquivos de processos (programas em execução);
root : diretório pessoal do administrador do sistema;
sbin : programas de configuração e manutenção do sistemas;
tmp : diretório usado por programas que usam arquivos temporários;
usr : programas usados por todos os usuários;
var : arquivos de conteúdo variável (logs)
Esta é uma típica árvore de diretórios de um sistema linux, dependendo da distribuição isto pode
variar, mais qualquer distro que utilize o padrão LSB terá esta estrutura a fim de possibilitar uma
compatibilidade entre outras distribuições, além de permitir que programas feitos de acordo com
o padrão LSB possam ser instalados sem problemas.
Permissões
Quando é feita a listagem de arquivos usando o comando ls -l, logo percebe-se a presença de
alguns caracteres que informam que permissões estão configuradas para aquele arquivo e/ou
diretório que foi listado.
Os caracteres exibidos são 10 (dez). O primeiro identifica qual o tipo de arquivo podendo ser:
- um arquivo comum;
d diretório;
l link simbólico (atalho);
b dispositivo orientado a bloco (hd, floppy, cdrom, etc);
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As permissões são atribuídas pelo próprio sistema no momento em que o arquivo ou diretório é
criado, sendo que por padrão o dono e o grupo do arquivo ou diretório criado são configurados
para o usuário que os criou, isto é, se um arquivo foi criado pelo usuário aluno, o seu dono e
grupo serão aluno.
Trocando Permissões
Após a criação do arquivo ou diretório somente o seu dono e o root podem fazer a mudança das
permissões, podendo tanto conceder como retirar permissões.
A troca das permissões é feito com o uso do comando chmod. Em geral este comando é mais
utilizado pelo administrador do sistema, para permitir que outros usuários possam utilizar
determinado arquivo ou ter acesso a algum diretório.
O comando chmod é utilizado de duas maneiras. A primeira é utilizando o modo simbólico onde
são usadas letras para fazer referência as categorias de usuário (u), grupo (g), outros (o), a para
todos; e os símbolos matemáticos de adição (+), diminuição (-) e igualdade.
Sendo tem-se que:
+ adiciona permissões;
- diminui permissões;
= concede as permissões definidas diretamente
Exemplos:
1) Permitir que todos os usuários que pertençam ao grupo dos arquivos tenham permissões de
leitura em todos os arquivos do diretório atual:
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chmod g+r *
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A remoção de um usuário de um grupo é semelhante, apenas troca-se o parâmetro -a por -d, por
exemplo:
gpasswd -d jsoares alunos
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Editor de Textos vi
Praticamente todas as configurações feitas no Linux são através da edição de arquivos, isto
porque quase tudo é arquivo. A base de dados dos usuários é um arquivo, os grupos é um
arquivo, o nome da máquina está em um arquivo, o endereço tcp/ip também está em um arquivo,
e assim por diante.
Assim sendo, para gerenciar o sistema é necessário ter domínio de algum editor de textos. O vi
(lê-se viai) é o editor de textos padrão em todas as distribuições de Linux. É extremamente
poderoso mais possui um certo grau de dificultade por não possuir nenhum tipo de interatividade,
ou seja não há menus ou qualquer opção de ajuda que seja facilmente localizada.
Para editar um arquivo com o vi, para digitar o comando vi seguido do arquivo a ser editado, por
exemplo:
vi /etc/hosts
Como são muitas as funcionalidades do vi, serão mencionadas somente as práticas mais comuns.
Pesquisa
Para pesquisar algo no texto utiliza-se o caracter / (barra) seguido daquilo que se deseja localizar,
por exemplo, para pesquisar a letra a:
/a
• n - vai para a próxima ocorrência da pesquisa;
• N - volta para a ocorrência anterior;
A tecla Esc é utilizada para interromper o comando que está sendo usado bem como alternar
entre os modos de operação do vi.
Movimentação
A movimentação no arquivo pode ser feita assim:
• G - vai para a última linha do arquivo;
• 1G - vai para a primeira linha do arquivo;
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Substituição
Existem várias formas de fazer a substituição de alguma ocorrência, o mais comum é substituir
algo em todo o texto. Por exemplo, para substituir todas as letras a por x, faz-se o seguinte ,
pressiona-se a tecla Esc e a tecla de : (dois pontos) e em seguinda:
s/a/x/g
Exclusão
A exclusão de caracteres pode ser feita normalmente com a tecla de delete. Porém a outros
modos para esta operação:
• x - deleta o próximo caracter;
• dd - deleta a linha atual;
• 10dd - deleta as 10 próximas linhas;
• D - deleta todos os caracteres apartir da posição do cursor;
Edição
Para editar o arquivo basta clicar na tecla i que o arquivo para a ser editável.
Salvamento e Saída
Tanto o processo de salvamento como de saída precisam ser precedidos de Esc e dois pontos, a
partir deste ponto as opções são:
• :w - salva o arquivo;
• :q - sai;
• :wq - salva e sai;
• :q! - sai sem salvar
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Referências
Introdução:
http://www.dicas-l.unicamp.br/artigos/linux/linux21-1.shtml
https://gestao.idbrasil.gov.br/menu_interno/docs_prog_gesac/artigos_entrevistas/Document.2004-06-16.2523
http://www.4linux.com.br/whitepaper/porque_sl.php
http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=2333
O projeto gnu:
http://twiki.im.ufba.br/bin/view/PSL/HistoricoSL
http://twiki.im.ufba.br/bin/view/PSL/GnuLinux
http://www.gnu.org/philosophy/philosophy.html#AbouttheGNUproject
Distribuições
http://twiki.im.ufba.br/bin/view/PSL/DistribuicoesGNULinux
http://focalinux.cipsga.org.br/guia/iniciante/ch-intro.htm#s-introducao-distrib
http://www.infowester.com/linuxpramim.php
http://www.pcforum.com.br/materias.php?acao=ler&id=43
http://www.devin.com.br/eitch/distro_comments/
http://distrowatch.com/
Interfaces Gráficas
http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=12
http://www.pcforum.com.br/materias.php?acao=ler&id=44
http://www.conectiva.com/doc/livros/online/9.0/usuario/interfaces.html
http://www.revista.unicamp.br/infotec/linux/linux2-1.html
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