Você está na página 1de 8

ADOLESCENTES GRÁVIDAS ENTRE 13 A 19 ANOS DA PRIMEIRA GESTAÇÃO

NA CIDADE DE CEDRO- CEARA.

Marta M. Leandro;

Samia de Araujo1

Kátia Nassif ²

RESUMO: A gravidez na adolescência é um problema sério que atinge a sociedade, onde cada dia
mais jovens engravidam, submetendo as mesmas a terem uma experiência fora de hora, por falta de
informação e outras por falta de preservativo. Quando ocorre este fato tem que haver uma colaboração
da família, pois a gravidez já é de alto risco e o apoio familiar conta muito nestes casos. Na cidade de
Cedro não é diferente, a cada dia vem surgindo mais adolescentes grávidas da primeira gestação e para
saber como anda esse crescimento aplicamos trinta e um questionários (quantitativos) para saber como
anda a mentalidade dessas adolescentes, buscando dados na Secretaria de Saúde da cidade.

Palavra-chave: Adolescentes, gravidez e Cedro.

____________________
¹Alunas(os) do V Semestre de Serviço Social da Faculdade Leão Sampaio. ² Professora orientadora.
2

INTRODUÇÃO

Devido ao grande índice de adolescentes grávidas, ocorreu certa curiosidade em


aprofundar-se no assunto. A gravidez neste período associa-se a algo não planejado,
indesejado, precoce e prematura, relacionando assim ao nível sócio-econômico,
escolaridade, educação recebida, apoio dos pais e a utilização de métodos
anticoncepcionais.
Nosso objetivo é compreender aos vários fatores ocorridos com as adolescentes,
aplicando-se questionários quantitativos, contribuindo assim para a redução do índice de
adolescentes grávidas, através de informações para os leitores sobre o assunto, enfocando a
cidade de Cedro, situado na região Centro-sul no Estado do ceará. Apresentando segundo
dados do IBGE repassados pela Secretaria de Saúde da referida cidade, tendo 25.625
habitantes, sendo destes 5.312 adolescentes, o que representa 21,4% da população do
município, onde 31 adolescentes estão grávidas da primeira gestação, segundo dados de
janeiro a novembro de 2009.
A gravidez é uma fase da vida que não depende da idade da mulher, pode ocorrer a
qualquer momento desde que haja as condições fisiológicas e ambientais para propiciá-la.
Este quadro pode ser mais grave quando ocorrido em um ambiente menos favorável.
A revolução sexual das décadas de 60 e 70 em conseqüência do movimento
feminista favoreceu o aumento da gravidez na adolescência, não somente no Brasil, mais em
outros países como os Estados Unidos, onde na década de 70 ocorreu uma epidemia de
adolescentes grávidas. A adolescência implica um período de mudanças físicas e
emocionais considerados por alguns, um momento de conflito ou de crise. Não podemos
descrever a adolescência como simples adaptação as transformações corporais, mas como
um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social,
familiar, sexual e entre grupo.
A puberdade que marca o início da vida da mulher é caracterizada pelas mudanças
fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. O bem-estar efetivo dessas
adolescentes é muito importante para ela, para a gravidez e para vida do bebê. A adolescente
grávida principalmente as solteiras, precisa encara essa gravidez a parti do valor da vida que
nela habita, sentindo segurança e apoio necessário para seu conforto afetivo, dispor de
bastante dialogo e finalmente de presença constante de amor e solidariedade que a ajude nos
atos altos e baixos, comuns na gravidez, ate o nascimento do seu bebê.
3

Ao tratar sobre prevenção da gravidez podemos encontra pesquisas realizadas


através de Universidades ou do Ministério brasileiro da saúde, onde revela constantemente
que grande parte população tem tido a informação básica necessária sobre o uso de
anticoncepcionais, e que apesar das adolescentes possuírem este conhecimento, acabam
mantendo um relacionamento sexual sem tomar os cuidados necessários e assim, como que
numa loteria, engravidam inesperadamente.
A Constituição cidadã de 1988, no seu artigo 227, regulamenta que é dever do
Estado garantir políticas publicas no sentido de dar prioridade a criança e adolescentes,
principalmente na área da saúde. No artigo 13° do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), destaca que a criança e o adolescente têm direito a proteção, a vida e a saúde,
cabendo ao Estado a efetivação de políticas publicas voltadas para o seu desenvolvimento
sadio e harmonioso. Sendo assim o poder publico deve se organizar para terem condições de
ofertar serviços que garante o acesso a saúde e bem estar como também garantir o
desenvolvimento das potencialidades que são inerentes ao grupo de adolescentes, facilitando
o crescimento pessoa e profissional.
Investigadores estimam que menos de 20% dos rapazes e 30% das garotas
continuam virgens depois dos 20 anos. A maioria dessas jovens que engravidam está na
faixa de 13 e 19anos, onde essa taxa de gravidez para mães não casadas com menos de 18
anos tem aumento rapidamente. Todas essas alterações conduzem a um quadro de
vulnerabilidade que se não for trabalhado adequadamente, poderá acarretar problemas com
reflexos diretos na saúde, na escola, na família e na sociedade.
O Município de Cedro Ceará, atualmente encontra-se com 10 equipes de Saúde da
Família cadastrada, correspondendo a uma cobertura de 100% da população nas ações
básicas de saúde através do Projeto Amor a Vida juntamente com a secretaria de saúde,
contribuindo para melhorar a atenção as adolescentes e com programa saúde da família para
cuidar dessas jovens que enfrentam essa maternidade mais cedo. Com esses programas a
secretaria de saúde vem tentando informar mais essas jovens sobre como se prevenir ao
adentrar a vida sexual, sem que elas tenham uma gravidez não planejada, com
contaminações de doenças sexualmente transmissíveis e entre outros.Referente a esses
programas estes problemas vem sendo amenizados, devido a orientação dos profissionais de
saúde para essas adolescentes, aprendendo assim a se prevenir e a curtir mais a fase da
adolescência sem adquirir grandes responsabilidades.
4

De acordo com a pesquisa realizada em campo, puderam-se obter dados concretos da


realidade que abrange a temática em estudo. Realizando assim 31 questionários, onde de
trinta e um, todas são solteiras morando com os pais, sendo que algumas delas ainda têm um
vinculo com o parceiro, onde podemos observar que não tiveram uma gravidez planejada e
que a maioria delas teve acompanhamento medico no período da sua gestação. Referente a
escolaridade oito tem o primeiro grau completo; sete primeiro grau incompleto; quatro
segundo grau completo; sete segundo grau incompleto; superior incompleto duas e não
alfabetizado nenhum e depois da gravidez quatorze adolescentes continuaram os estudos e
dezoito delas não finalizaram.
Logo, os gráficos abaixo mostram os indicadores analisados na pesquisa, enfatizando
questões relacionadas à idade, renda, composição familiar dentre outros questionamentos
indagados na entrevista, segundo dados mostrado no gráfico 01 abaixo:

GRÁFICO 01

Como mostra o gráfico 01 das 31 adolescentes entrevistadas 8% têm idade de 13 a 14 anos,


4% tem idade de 14 a 15 anos, 5% com idade entre 15 a 17 anos, 6% tem idade referente a 17
e 18 anos, 7% tem idade entre 18 e19 anos, e apenas 1% já perpassaram a idade adolescente
com idade entre 19 e 20 anos.
5

Muitas dessas adolescentes vivem em situação precária, onde muitas delas não têm uma renda
salarial fixa, vivendo de algum benefício do governo, onde essa renda varia como mostra o
gráfico abaixo:
GRÁFICO 1.1

Essa renda vem variando como foi mostrado no gráfico acima, onde nenhuma dessas
adolescentes tem renda no valor salarial mínimo, ou seja, a maioria está com renda que varia
de 60 a 201R$, com renda inferior para suprir as necessidades da família.
Analisando a situação de moradia das adolescentes, público-alvo desta pesquisa, observa-
se que a maioria vive com os pais e é mãe solteira e muita das vezes vive apenas com uma
aposentadoria, ou nem tem o benefício, vivendo em situação de extrema necessidade como
mostra no gráfico abaixo.
GRÁFICO 1.2
6

No gráfico acima vem mostrar que a maioria da composição familiar está centrado em 3 a 6
pessoas por habitação.
7

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que tanto a família quanto a sociedade, assumem a responsabilidade de


informar as jovens para que tenham uma visão positiva da sexualidade, tornando-se capazes
de tomar decisões que sejam maduras e de grande responsabilidade para com essas
adolescentes e com a sua saúde. Já que nos causa tanto espanto que meninas entre 13 e
19anos tenham uma vida sexual ativa, onde as mesmas não tomam devidas providencias
para não contrair doenças (DST) ou uma gravidez não planejada e que essas adolescentes
não engravidam sozinhas, é fundamental que os meninos estejam ao lado delas, ajudando
nos cuidados que devem ser tomados durante esse processo.
Podemos notar que essas adolescentes ainda não tem maturidade para enfrentar uma
nova fase da vida, e que muitas delas não tem o apoio familiar e principalmente do
companheiro que é tão indispensável neste momento.
Em Cedro os profissionais da saúde e o município, tentam amenizar estes casos que
vem se agravando, criando programas para informar as adolescentes do risco que elas
correm não se prevenindo.
8

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BUENO, Gláucia da Motta. Gravidez na Adolescência. Disponivel em:


<http:www.virtualpsy.org> . Acessado em: 25 de Novembro de 2009.

RIBEIRO, Maria Aparecida Andrés. Adolescência e Gravidez. Disponivel em:


<http:www.selfpsicologia@mogi.com.br>. Acessado em 25 de Novembro de 2009.

DAVIDOFF, L. Linda. Introdução a Psicologia. Tradução: Lenke Perez. ABDR-Editora


Afiliada. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2001.

Você também pode gostar