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II – DO DIREITO
9. O novo CPC mantém a preservação da tutela pretendida na forma da
legislação processual anterior. O art. 497 trata da tutela dos deveres de fazer,
não fazer e entrega de coisa. O dispositivo reafirma a preferência pela tutela
específica, é dizer, aquela que realiza in natura o direito material. Assim, antes
de determinar a tutela pelo equivalente ao valor do dano ou pelo valor
pecuniário da prestação, o juiz deve, na medida do possível, buscar a
realização da tutela específica, salvo se o autor já houver requerido a
conversão da prestação em pecúnia.
10. De qualquer forma, os deveres de fazer, não fazer e entrega de coisa
devem ser tutelados pelas técnicas de tutela mandamental – exercício de
pressão para que o réu cumpra voluntariamente a decisão – ou executiva –
realização da atividade tendente à tutela do direito pelo próprio Estado de
direito, como se vê no artigo 497 do NCPC:
“Art. 497 - Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer,
o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará
providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático
equivalente.
Parágrafo único - Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a
prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é
irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa
ou dolo.”
11. Aqui, exerce um papel importante o método de resolução do conflito entre
os valores efetividade e segurança. O postulado da proporcionalidade impõe
que a técnica de tutela empregada seja adequada, necessária e proporcional
em sentido estrito. Atenhamo-nos ao conceito de necessidade.
12. Nessa toada, busca a sua proteção jurisdicional para que o réu se abstenha
de realizar cobranças de valores não devidos, bem como a declaração de
inexistência da referida dívida. Além de responsabilizar o réu pela falha na
prestação do serviço.
III - DA JURISPRUDÊNCIA
13. O que importa, ao final, é que o foco da atividade jurisdicional seja a tutela
específica ou a produção de resultado prático equivalente, com maior
efetividade ao credor e menor gravame possível para o devedor.
22. O Código Civil Brasileiro, no seu Art. 186, não deixa dúvida quanto a
responsabilidade da ré na presente questão.
23. O texto legal, do Código Civil de 2002, de certa forma, abre o leque de
possibilidades de se “indenizar”. O art. 186 abre uma grande gama de
possibilidades de indenização quando expressa:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência,
violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano".
24. O código busca trazer para o ordenamento jurídico positivo os diferentes
tipos de danos indenizáveis já consolidados pela jurisprudência. Visando este
objetivo, procura enumerar as possibilidades em que o dano pode ser causado.
Um exemplo claro é o dano moral, que passará a constar na lei.
26. Assim, verifica que a lei não dá guarida a postura da ré, e ainda, prevê a
indenização pelos danos causados por essa postura da ré ao presta serviço
com defeito ao cliente e não se preocupar em sanar o defeito existente.
b) A inversão do ônus da prova, cfe. Art. 6º, inciso VIII, da Lei 8.078/1990, caso
seja necessário, naquilo que ao autor for de difícil comprovação em virtude da
hipossuficiência do consumidor, especialmente por se tratar de informações ou
documentos que estejam em posse do réu.
c) Seja declarada a inexistência das dívidas cobradas, com a determinação
para que o réu promova a retirada do nome do autor do cadastro de
inadimplentes do SERASA, referente às supramencionadas dívidas, bem como
se abstenha de cobrar do autor os referidos valores;
d) A condenação do réu ao pagamento dos danos morais a serem arbitrados
por Vossa Excelência, em quantia não inferior ao valor cobrado pelo réu, no
montante de R$ 0,00 (reais e centavos) corrigidos monetariamente e com juros
de 1% a. M., até a liquidação da sentença;
e) A condenação do réu, nas custas processuais e honorários advocatícios, em
conformidade com o artigo 85, § 2º do Novo Código de Processo Civil (Lei
13.105/2015).
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito,
em especial pelas provas documentais juntadas, provas periciais, provas
testemunhais, pelo depoimento pessoal dos representantes da ré, sob pena de
confissão e demais provas que vierem a ser produzidas durante a instrução
processual.
Dá-se à presente causa o valor de R$ 0,00 (mil reais), somente para fins fiscais.
Nestes termos
Pede espera deferimento
Brasília - DF, 09 de junho de 2017.
Advogado
OAB DF 000000