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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA

CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA.


AUTOR, (qualificação) brasileira, empresária, solteira, portadora da Cédula de
Identidade no. 0000000 SSP/DF, inscrita no C. P. F./M. F. 0000000000,
(endereço) por seu procurador constituído, conforme procuração anexa, vem
mui respeitosamente, à presença de V. Exma., com fulcro no Art. 497 do NCPC
de 2015, artigos 186 e 927 do Código Civil e artigos 6º e 42 do CDC, interpor a
presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTENCIA DE DÍVIDA
C/COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de BANCO xxxxx S/A, instituição financeira privada, inscrita no
Ministério da Fazenda CNPJ/MF nº 60.872.504/0001-23, com sede
na(endereço), por meio de seu representante legal, pelos motivos de fato e de
direito que se seguem:
I - DOS FATOS
1. A autora é cliente do Banco xxxxx, ora réu, desde 2013 e ultimamente tem
sido cobrada por valores não devidos, motivo pelo qual solicitou o
encerramento da sua conta.

2. O réu inseriu os dados da autora no cadastro de inadimplentes do SERASA,


por suposto financiamento, não contratado pela autora e outros dois valores
igualmente não devidos. O que evidencia falha no serviço prestado.

3. Em razão da autora se negar a pagar os valores cobrados indevidamente,


pelo réu, teve as seguintes negativações inseridas no cadastro de
inadimplentes do SERASA: suposto financiamento no valor de R$ 0,00. No
entanto, a autora se nega a pagar ao réu o que lhe está sendo cobrado de
forma indevida.

4. A inserção dos dados da autora no cadastro de inadimplentes do SERASA,


por três vezes, têm lhe causado prejuízos financeiros, no desempenho das
suas atividades empresariais, por restringir o acesso ao crédito.
5. Por não ser devedora dos referido valores, também por estar inconformada
com a sua negativação no SERASA, a autora solicitou informações ao réu,
acerca das supostas dívidas. No entanto, não foi atendida em seu pleito. Por
isso, a autora ingressou com Ação Cautelar de Exibição de Documentos
(processo nº 00000), para que o réu demonstrasse nos autos da referida ação,
a existência da dívida. O que também acabou não acontecendo, visto os
documentos juntados não se prestam como meio de prova de existência da
alegada dívida.

6. O Banco réu deixou de apresentar os documentos que comprovassem a


existência da referida dívida, pelo simples fato da mesma não existir. Em sua
contestação, o réu apresentou suposta renegociação de dívida que jamais
ocorreu, o que descaracteriza a existência da dívida cobrada, bem com a
negativação indevida no SERASA. Motivo pelo qual deve indenizar a autora,
bem como abster-se de cobrar o valor pretendido.

7. No referido feito cautelar, a autora deixou de atender a determinação judicial


para exibir os documentos requeridos na inicial, ou seja, “contrato firmado com
a autora e das planilhas com todos os pagamentos realizados e eventualmente
parcelas a serem pagas referente a dívida cobrada.”.
8. Por tais razões, mais uma vez, recorre a tutela jurisdicional, por meio da
presente ação, com a finalidade de obter a declaração de inexistência de
dívida, também para obrigar o réu a retirar do nome da autora do cadastro de
inadimplentes do SERASA e a devida reparação por danos morais.

II – DO DIREITO
9. O novo CPC mantém a preservação da tutela pretendida na forma da
legislação processual anterior. O art. 497 trata da tutela dos deveres de fazer,
não fazer e entrega de coisa. O dispositivo reafirma a preferência pela tutela
específica, é dizer, aquela que realiza in natura o direito material. Assim, antes
de determinar a tutela pelo equivalente ao valor do dano ou pelo valor
pecuniário da prestação, o juiz deve, na medida do possível, buscar a
realização da tutela específica, salvo se o autor já houver requerido a
conversão da prestação em pecúnia.
10. De qualquer forma, os deveres de fazer, não fazer e entrega de coisa
devem ser tutelados pelas técnicas de tutela mandamental – exercício de
pressão para que o réu cumpra voluntariamente a decisão – ou executiva –
realização da atividade tendente à tutela do direito pelo próprio Estado de
direito, como se vê no artigo 497 do NCPC:
“Art. 497 - Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer,
o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará
providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático
equivalente.
Parágrafo único - Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a
prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é
irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa
ou dolo.”
11. Aqui, exerce um papel importante o método de resolução do conflito entre
os valores efetividade e segurança. O postulado da proporcionalidade impõe
que a técnica de tutela empregada seja adequada, necessária e proporcional
em sentido estrito. Atenhamo-nos ao conceito de necessidade.

12. Nessa toada, busca a sua proteção jurisdicional para que o réu se abstenha
de realizar cobranças de valores não devidos, bem como a declaração de
inexistência da referida dívida. Além de responsabilizar o réu pela falha na
prestação do serviço.
III - DA JURISPRUDÊNCIA
13. O que importa, ao final, é que o foco da atividade jurisdicional seja a tutela
específica ou a produção de resultado prático equivalente, com maior
efetividade ao credor e menor gravame possível para o devedor.

14. Nesse sentido, o Eg. TJDF já se manifestou de forma cristalina, em diversos


julgados:
“TJ-DF - Apelação Cível do Juizado Especial ACJ 20120410123658 DF
0012365-88.2012.8.07.0004 (TJ-DF) -Data de publicação: 27/11/2013
Ementa:I - JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. DIREITO CIVIL.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA C/C OBRIGAÇÃO
DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DEVEDOR QUE
AFIRMA TER SUPORTADO PREJUÍZO MORAL PELA INJUSTIFICADA
MANUTENÇÃO DE SEUS DADOS EM CADASTROS MANTIDOS POR
ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DÉBITO RECONHECIDO
EXISTESTE COMPROVADAMENTE QUITADO. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NÃO DESCARACTERIZADA
PELO CONJUNTO PROBATÓRIO. INFORMAÇÕES RESTRITIVAS NÃO
ATUALIZADAS, EM PRAZO RAZOÁVEL, COM INDEVIDA MANUTENÇÃO DO
NOME DA AUTORA EM ROL DE DEVEDORES
INADIMPLENTES. RESPONSABILIDADE CIVIL CONFIGURADA. OFENSA
A DIREITO DA PERSONALIDADE QUE SE CONFIGURA NA MODALIDADE
IN RE IPSA, PELO QUE INDEPENDE DE PROVA PARA SUA
VERIFICAÇÃO. DEVER DE INDENIZAR QUE DECORRE DA PRÁTICA DE
OMISSÃO ILÍCITA PELA RÉ. DEMORA, DESCASO, NO CUMPRIMENTO DO
DEVER LEGAL DE ORDENAR A RETIRADA DE APONTAMENTOS
DESABONADORES QUE PESAVAM SOBRE O NOME DE QUEM DEIXARA
A CONDIÇÃO DE DEVEDOR INADIMPLENTE. II - OFENSA
EXTRAPATRIMONIAL. VALOR DE INDENIZAÇÃO. IMPORTÂNCIA
ARBITRADA EM QUANTIA SUPERIOR À POSTULADA NA PEÇA
VESTIBULAR. HIPÓTESE DE NECESSÁRIA REDUÇÃO. III -
ASTREINTES. OBRIGAÇÃO DE FAZERESTABELECIDA AO CREDOR
PARA RETIRAR O NOME DO DEVEDOR EM ESTADO DE PONTUALIDADE
DE CADASTROS MANTIDOS POR ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO.
AFIRMATIVA NÃO COMPROVADA DE ADIMPLEMENTO. MULTA
COMINATÓRIA IMPOSTA À PARTE DEMANDADA PARA EVENTUAL
DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO JUDICIAL. INSTRUMENTO PARA
GARANTIA DA EFICÁCIA DO PROVIMENTO JUDICIAL E DE
PRESERVAÇÃO DA DIGNIDADE DA JUSTIÇA. VALOR. EXORBITÂNCIA, EM
PRINCÍPIO, NÃO CARACTERIZADA. POSSIBILIDADE DE REVISÃO PELO
JULGADOR A QUO SE SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DO CASO CONCRETO
ASSIM O AUTORIZAREM. ART. 461, § 6º, CPC. IV - MULTA FIXADA PARA O
CASO DE NOVA INSERÇÃO DE DADOS DA AUTORA EM CADASTRO DE
DEVEDORES INADIMPLENTES POR CONTA DA DÍVIDA JÁ PAGA E QUE
CONSTITUI OBJETO DA PRESENTE LIDE. POSTULAÇÃO NÃO DEDUZIDA
NA PEÇA VESTIBULAR. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. Encontrado
em: 20120410123658 DF 0012365-88.2012.8.07.0004 (TJ-DF) DIVA LUCY DE
FARIA PEREIRA.”
15. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios – TJDFT, também
consolidou posição em relação ao dever de indenizar em razão da inscrição
indevida em cadastros de inadimplentes, conforme decisões transcritas a
seguir:
“Ementa:CIVIL. CDC. RESPONSABILIDADE CIVIL. PROVÁVEL
INCLUSÃOINDEVIDA DO NOME DA CONSUMIDORA, NO CADASTRO DO
SPC E DO SERASA. IMPOSSIBILIDADE DE SE DETERMINAR O TEMPO DA
NEGATIVAÇÃO. REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. 1- COMPROVADA NOS AUTOS A
COMUNICAÇÃO DE INCLUSÃO DECONSUMIDOR EM CADASTRO DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO FUNDADA EM DÍVIDA ILEGÍTIMA, CABÍVEL É A
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 2- NO QUE TOCA AO QUANTUM
INDENIZATÓRIO, HÁ QUE SE RELEVAR O PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE, DE MODO QUE O MONTANTE ESTIPULADO NÃO
TRANSPAREÇA AO LESADO O SENTIMENTO DE LUCRO
FÁCIL. REDUÇÃO DO VALOR DA REPARAÇÃO. 3- DECISÃO: RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. TJ-DF - Ação Cível do Juizado Especial ACJ
103829620088070003 DF 0010382-96.2008.807.0003 (TJ-DF)”
IV - DA APLICAÇÃO DO CDC (Lei 8.078/1990)
16. Em sendo a atividade bancária sujeita a normatização do Código de Defesa
do Consumidor (Lei 8.078/1990), a relação jurídica que o Banco celebra como
o Consumidor-correntista é de consumo. Assim, para não apenas delimitar o
que já está consagrado nas normas de defesa do consumidor ou em nossa
legislação civil e comercial, vem o Banco Central do Brasil delimitar os poderes
das Instituições Financeiras por meio da Resolução 2878, a qual reconhece
como relação de consumo as transações bancárias. Trata-se efetivamente do
dever de informação contido no CDC em seus artigos 30, 31 e 46.
17. Assim, o Código fala expressamente em atividade de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária. De forma mais incisiva ressalta Nelson Nery
Junior, "as operações bancárias estão abrangidas pelo regime jurídico
do Código de Defesa do Consumidor", opinião que destoa com o pensamento
cristalizado na jurisprudência pétrea
18. Nesse condão, vai requerer ao final, a aplicação do disposto no
artigo 6º do CDC, para que V. Exª determine a inversão do ônus da prova, cfe.
Art. 6º, inciso VIII, caso seja necessário, naquilo que ao autor for de difícil
comprovação em virtude da hipossuficiência do consumidor.
19. Assim, o CDC, no artigo 6º e seus incisos dão embasamento para a
reparação dos danos e da inversão do ônus da prova. O inciso III destaca a:
“proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços” e no inciso VI, prevê “a
efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos e difusos. “
20. No mesmo artigo 6º, trata da “facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do Juiz for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. ”
V - DO DEVER DE INDENIZAR
21. A legislação brasileira e a jurisprudência são fartas no sentido de garantir o
direito a indenização àquele que sofre prejuízos de ordem moral e material, em
função da ação ou omissão de outrem.

22. O Código Civil Brasileiro, no seu Art. 186, não deixa dúvida quanto a
responsabilidade da ré na presente questão.
23. O texto legal, do Código Civil de 2002, de certa forma, abre o leque de
possibilidades de se “indenizar”. O art. 186 abre uma grande gama de
possibilidades de indenização quando expressa:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência,
violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano".
24. O código busca trazer para o ordenamento jurídico positivo os diferentes
tipos de danos indenizáveis já consolidados pela jurisprudência. Visando este
objetivo, procura enumerar as possibilidades em que o dano pode ser causado.
Um exemplo claro é o dano moral, que passará a constar na lei.

25. Portanto, amplia o número de dispositivos, entretanto, estará limitando as


possibilidades de buscar ressarcimentos por outros danos que não aqueles
enumerados na lei.

26. Assim, verifica que a lei não dá guarida a postura da ré, e ainda, prevê a
indenização pelos danos causados por essa postura da ré ao presta serviço
com defeito ao cliente e não se preocupar em sanar o defeito existente.

27. Da mesma forma a CF/88 garante a todos o acesso ao judiciário. Garante


também em seu artigo 5º, inciso X, a proteção a honra e a indenização por
eventual violação causadora de dano material ou moral. O texto
constitucional é cristalino, nesse sentido.
28. Na mesma trilha o Código de Defesa do Consumidor também estabelece a
possibilidade de reparação por danos morais e materiais causado ao
consumidor na relação de consumo. O que ocorreu, de fato, a cobrança
indevida, com a negativação do nome do autor no SERASA, mesmo sem haver
dívida que justifique tal ato. O que acabou acontecendo e enseja a reparação
civil, em vista da evidente falha na prestação do serviço.
29. O CDC busca evitar os excessos cometidos em tal ato. Em conformidade
com o artigo 42, “Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será
exposto ao ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento
ou ameaça.”
30. Atento a esta realidade, o nosso legislador veio em socorro dos
hipossuficientes, intervindo nas relações contratuais, para evitar o
enriquecimento ilícito, a preponderância da vontade do mais forte, o
comerciante, sobre o mais fraco.

31. Nelson Nery Junior, faz a seguinte consideração:


"É importante que o Poder Judiciário acompanhe a evolução da sociedade e se
insira no contexto do novo direito: o Direito das Relações de Consumo. O juiz
deve adaptar-se à modernidade, relativamente aos temas ligados aos
interesses difusos e coletivos, como, por exemplo, os do meio ambiente e do
consumidor. Estes novos direitos não podem ser interpretados de acordo com
os institutos ortodoxos do direito, criados para a solução de direitos individuais,
que não mais atendem aos reclamos da sociedade. Os princípios
individualísticos do século passado devem ser esquecidos, quando se trata de
solucionar conflitos de meio ambiente e de consumo". (NELSON NERY
JUNIOR - DIREITO DO CONSUMIDOR - VOL. 3 PAG 49.)
32. As normas do CDC são de ordem pública e interesse social (art. 1º). Isto
quer dizer, do ponto de vista prático, que o juiz deve apreciar ex-ofício qualquer
questão relativa as relações de consumo, já que não incide nesta matéria o
princípio dispositivo. Sobre elas não se opera a preclusão e as questões que
dela surgem podem ser decididas e revistas a qualquer tempo e grau de
jurisdição.
33. Desta forma, apresenta a autora, o embasamento jurídico, em relação ao
qual vem sendo lesado em seus direitos, posto que está sendo cobrada
indevidamente, o que lhe assegura o direito de ser indenizada pelo dano moral.

VI – DA COMPETÊNCIA DESSE JUÍZO


34. O Eg. TJDF reconhece como competente para julgar o feito principal, o juiz
que conheceu a medida cautelar preparatória. Tal entendimento está
sedimentado pelo Eg. Tribunal, conforme o demonstrado pela jurisprudência
que se segue:

“20150020287953CCP - CCP -Conflito de Competência - PROCESSO CIVIL.


CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO PRINCIPAL. CAUTELAR
EXTINTA. PREVENÇÃO. O juiz que conheceu da medida cautelar
preparatória é competente para conhecer da ação principal, ainda que a
cautelar já tenha sido anteriormente extinta, com trânsito em julgado.
Precedentes deste Tribunal. Conflito conhecido e declarado competente o
Juízo da 3ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal. (Acórdão n.918522,
20150020287953CCP, Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, 1ª
Câmara Cível, Data de Julgamento: 01/02/2016, Publicado no DJE:
11/02/2016. Pág.: 83)”
35. Suportado por tal entendimento da Colenda Corte do DF, o autor elege o
juiz dessa Douta Vara Cível, o qual julgou a Ação Cautelar nº
2015.01.1.128670-4, para sanar as questões apresentadas nessa lide, visto
que o entendimento do Eg. TJDF é o de que se o Juízo se torna prevento em
razão da cautelar preparatória.
VII - DOS PEDIDOS
Diante do exposto e do que preceitua a legislação vigente, a doutrina e a
jurisprudência, requer-se a V. Exª venha julgar totalmente procedente a
presente Ação, em todos os seus termos, determinado desde já as seguintes
providências:

a) A citação do Réu no endereço xxxxxxxxxxxxxx, para que, querendo, venha


contestar os fatos narrados, sob pena de arcar com os efeitos da revelia.

b) A inversão do ônus da prova, cfe. Art. 6º, inciso VIII, da Lei 8.078/1990, caso
seja necessário, naquilo que ao autor for de difícil comprovação em virtude da
hipossuficiência do consumidor, especialmente por se tratar de informações ou
documentos que estejam em posse do réu.
c) Seja declarada a inexistência das dívidas cobradas, com a determinação
para que o réu promova a retirada do nome do autor do cadastro de
inadimplentes do SERASA, referente às supramencionadas dívidas, bem como
se abstenha de cobrar do autor os referidos valores;
d) A condenação do réu ao pagamento dos danos morais a serem arbitrados
por Vossa Excelência, em quantia não inferior ao valor cobrado pelo réu, no
montante de R$ 0,00 (reais e centavos) corrigidos monetariamente e com juros
de 1% a. M., até a liquidação da sentença;
e) A condenação do réu, nas custas processuais e honorários advocatícios, em
conformidade com o artigo 85, § 2º do Novo Código de Processo Civil (Lei
13.105/2015).
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito,
em especial pelas provas documentais juntadas, provas periciais, provas
testemunhais, pelo depoimento pessoal dos representantes da ré, sob pena de
confissão e demais provas que vierem a ser produzidas durante a instrução
processual.
Dá-se à presente causa o valor de R$ 0,00 (mil reais), somente para fins fiscais.
Nestes termos
Pede espera deferimento
Brasília - DF, 09 de junho de 2017.
Advogado

OAB DF 000000

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