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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E BIOLOGIA


CURSO: LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA - 60H
DISCIPLINA: EXPERIMENTAÇÃO EM QUÍMICA INORGÂNICA
PROFESSORA: Msc. MARIA ONAIRA G. FERREIRA

PRÁTICA 3 – REATIVIDADE QUÍMICA DOS METAIS

FRANCIELLEN C. SANTOS
IDELVAN N. DA SILVA
JOSÉ DE RIBAMAR RAMOS
JOILSON C. LIMA
RONALDO ADRIANO ALVES
WILLANY B. DA SILVA

Caxias, abril de 2018.


1.INTRODUÇÃO

A reatividade química dos metais está relacionada com a perda ou


ganho de elétrons, quanto maior eletropositivo maior é a reatividade, exemplos
os elementos Cs e Fr (considerados os mais reativos).1 Os metais alcalinos são
sólidos metálicos maleáveis, por possuírem a cor como alto brilho metálico e
prateado, também apresenta características térmicas, elétricas, condutividade.
Os metais reativos obedecem uma sequência de reatividade química, na qual
os metais menos nobres são mais reativos que os metais mais nobres.2

K>Na>Li>Ca>Mg>Al>Zn>Fe>Ni>Pb>H>Cu>Hg>Ag>Pt>Au

A fila de reatividade, inclui o hidrogênio que não é um metal, porém ele foi
incluído na fila de reatividade devido ao seu aparecimento em determinadas
substâncias como nos ácidos, além de ser capaz de formar o cátion hidrônio
(H3O+) ou simplesmente o cátion hidrogênio (H+), que, por sua vez, pode
receber elétrons, formando gás hidrogênio e água. Além disso com o
hidrogênio incluso na fila de reatividade também se torna possível determinar a
reatividade dos metais sem soluções que há íons de hidrogênio.

Os elementos do grupo 1 mostra que quaisquer outros grupos de


elementos, tamanho e efeito dos átomos ou íons sobre propriedades físicas e
químicas, eles formam o grupo bastante homogêneo e provavelmente tenha a
química mais simples da tabela periódica.3

Os metais reativos doam elétrons para os menos reativos, quando


ocorre inversamente o metal menos reativos cede elétrons para um metal mais
reativo, assim estabelece uma reação não espontânea.4

Nas reações de oxidorredução, essas que são reações onde há


transferência de elétrons, mostram que se o metal for mais reativo, ele irá fazer
uma transferência de elétrons para o cátion do outro metal fazendo com que a
reação ocorra, porém se o elemento metálico for menos reativo, ele não
conseguirá transferir elétrons, considerando que a tendência de doar elétrons
do outro metal é maior, e a reação não ocorrerá.

Para saber se a reação de oxirredução irá ocorrer, recorre-se a


observação de reatividade dos metais, onde se o metal vier acima do cátion do
outro metal da reação, então a reação ocorrerá. Mas se o metal estiver abaixo
do cátion, a reação não ocorrerá.2 O zinco (Zn – na parte dos metais não
nobres), por exemplo, está acima do cobre (Cu - na parte dos metais nobres).
Isso confirma que realmente o zinco é mais reativo que o cobre.

De acordo com a reatividade dos metais nota-se também que o


elemento menos reativo é o ouro (Au), ou seja, sua tendência não é de perder
elétrons e oxidar-se, como ocorre com o ferro, fato esse que explica porque
esse elemento é tão durável, não sendo atacado nem mesmo por ácidos
isolados. Esse é um dos motivos que tornam o ouro tão valioso e que fazem
com que ele resista intacto às intempéries do tempo, conforme pode ser visto
em sarcófagos e esculturas egípcias revestidas de ouro que datam desde a
mais remota antiguidade.

Quando colocados para reagirem com os ácidos os metais, em sua


grande maioria possuem certa afinidade química o que resulta em uma reação;
no entanto, o mesmo não ocorre quando postos para reagir com bases e com a
água.5 Usando como base a definição de Arrhenius, de que uma base é toda
substância que em solução aquosa libera como único ânion a hidroxila OH -, os
únicos metais que reagem com as bases são o alumínio (Al), o zinco (Zn), o
chumbo (Pb) e o estanho (Sn).
2. OBJETIVOS

2.1 GERAL

 Demonstrar experimentalmente a ocorrência de reações químicas dos


metais em soluções de sais e ácidos, levando em consideração a ordem
de reatividade dos metais.

2.2 ESPECIFICOS

 Observar a reatividade dos metais nas soluções propostas;


 Verificar as mudanças nas características físicas das substâncias em
soluções analisadas;
 Comparar a reatividade entre os metais utilizados.
3. METODOLOGIA

3.1 MATERIAIS E REAGENTES

Para a realização deste experimento utilizaram-se os seguintes materiais:


 Béquer de 10 mL
 Proveta de 10 mL
 Pipeta
 Vidro de Relógio
 Bastão de Vidro
 Tubos de ensaio
 Estante para Tubo de Ensaio
 Espátulas
 Pisseta

Os reagentes utilizados foram:


 Cobre Metálico
 Ferro Metálico
 Alumínio Metálico
 Solução de Sulfato de Cobre 0,5 M
 Solução de Nitrato de Prata à 2%
 Solução de Ácido Clorídrico 0,5 M
 Solução de Cloreto de Potássio 0,5 M
 Água Destilada

3.2 PROCEDIMENTOS

Inicialmente, preparou-se as soluções de Sulfato de Cobre Penta-


Hidratado, Cloreto de Potássio; Ácido Clorídrico ambos a 0,5 M e solução de
Nitrato de Prata à 2%.
No preparo das Solução, pesou-se 0,250 g de CuSO4. 5H20; 0,075 g de
KCl; 0,036 g de HCl e 0,040 g de AgNO3 e depois dissolveu-se em 2 mL de
água destilada até homogeneizar a solução.
Após o preparo das soluções, rotulou-se os 3 Tubos de ensaio com as
letras A, B e C respectivamente. No tubo A acrescentou-se um prego, em
seguida, adicionou-se 2 mL das Soluções de Sulfato de Cobre Penta-
Hidratado, Cloreto de Potássio; Ácido Clorídrico ambos a 0,5 M e solução de
Nitrato de Prata à 2%. No tubo B, acrescentou-se alumínio metálico e houve o
acréscimo das mesmas soluções descritas anteriormente; e finalmente no tubo
C, acrescentou-se cobre metálica e fazendo-se novamente a adição das
mesmas soluções já mencionadas. Ao passar de todas as etapas descritas, foi
observado por alguns dias o ocorrido nas amostras e feito as devidas
anotações.
4. RESULTADOS E DISCURSÃO

Após todos os procedimentos experimentais, foi analisado o ocorrido nos


tubos de ensaio durante 2 dias. Os primeiros tubos a serem analisado foram os
que continha ferro, alumínio e cobre em meio a solução de sulfato de cobre.

No tubo de ensaio contendo ferro notou-se uma camada recoberta de


metal vermelho (o cobre), deixando a solução amarela (solução de sulfato de
ferro II). Isso ocorre, pois, de acordo com a reação abaixo, há o deslocamento
entre o elemento químico ferro (Fe) e o sulfato de cobre (CuSO4), formando-se
o sulfato de ferroso (FeSO4) e o metal cobre (Cu).

Fe(s) + CuSO4(aq) → FeSO4(aq) + Cu(s)↓

No tubo com alumínio percebe-se o aparecimento da coloração


vermelho (amarronzada) é devido à formação de cobre metálico durante a
reação demonstrada a abaixo.

2Al(s) + 3CuSO4(aq) → Al2(SO4)3(aq) + 3Cu(s)↓

No tubo com cobre e o sulfato de cobre não ocorreu reação. Isso porque
se trata do mesmo elemento, não há, portanto, diferença de reatividade para
que ocorra transferência de elétrons.

Logo após foram observados os tubos de ensaio com ferro, alumínio e


cobre em meio a solução de cloreto de potássio. Onde somente o ferro reagiu
formando uma massa escura no fundo do tubo.

Fe(s) + KCl(aq) → FeCl2(s) + K+(aq)

Em seguida foram analisados os tubos de ensaio com ferro, alumínio e


cobre em meio a solução de nitrato de prata.

No tubo com ferro aconteceu a reação com os íons prata, resultando na


mudança da coloração da solução ficando escura, pois o ferro é mais reativo
que a prata.

Fe(s) + 2AgNO3(aq) → Fe(NO3 )2(aq) + Ag(s)


No tubo com alumínio ocorreu a reação com íons prata, oxidando o
alumínio, mas não houve a mudança de cor na solução. Devido a maior
reatividade do alumínio em relação à prata (mais nobre).

Al(s) + AgNO3(aq) → Fe(NO3 )2(aq) + Ag(s)

No tubo com cobre notou-se o aparecimento de uma camada branca


(prata) sobre o cobre e a mudança de cor da solução para um tom azulado.
Esse crescimento da prata sobre o cobre é lento e gradual, resultando nesta
aparência de penugem. O tom azulado que apareceu é devido à migração do
cobre para a solução, que gradualmente torna o líquido azul. Segue a reação
abaixo:

Cu(s) + 2AgNO3(aq) → Cu(NO3 )2(aq) + 2Ag(s)

Nos tubos contendo ferro, alumínio e cobre em meio a solução do ácido


clorídrico, não houve reação, devido à pouca concentração do ácido ou por
possíveis erros durante o andamento do experimento; seja por erros humanos,
vidrarias improprias e não calibradas e até mesmo reagentes vencidos ou
improprio ao emprego de tal experimento.

Utilizou-se a seguinte fórmula para se fazer o cálculo das soluções:

Onde M = Concentração Molar em mol/L


m1 = Massa do Soluto (g), lembrando que o índice 1 indica grandezas
relacionadas ao soluto.

MM = Massa Molar em g/mol


v = Volume da Solução (L)
 Cálculo da solução de Sulfato de Cobre Penta-Hidratado (CuSO4. 5H20)

MM= 249, 68 g/mol

V= 2 mL = 0 ,002 L

M= 0,5 mols/L

0,5 mols/L = m

249, 68 g/mol x 0,002L

0,5 = m

0,499g

m = 0,250g

 Cálculo da solução de Cloreto de Potássio (KCl)

MM= 74, 55 g/mol

V= 2 mL = 0,002 L

M= 0,5 mols/L

0,5 mols/L = m

74, 55 g/mol x 0,002L

0,5 = m

0,149g

m = 0,075g
 Cálculo da solução de Ácido Clorídrico (HCl)

MM= 36, 46 g/mol

V= 2 mL = 0,002 L

M= 0,5 mols/L

0,5 mols/L = m

36, 46 g/mol x 0,002L

0,5 = m

0,073g

m = 0,036g

 Cálculo da solução de Nitrato de Prata à 2% (AgNO3 )

2% 2g/100mL

2g..............................100mL

X................................2mL

100X = 4

X = 4/100

X = 0,04
5. CONCLUSÃO
A reatividade dos metais é de grande importância, uma vez que faz
menção com a capacidade reacional das substâncias presentes em uma
solução e que depende em grande parte das interações químicas entre os
elementos; ou seja, deve-se observar e seguir uma fila de reatividade para ter
certeza que as reações são possíveis de ocorrerem.

Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que os objetivos


propostos inicialmente foram alcançados; uma vez que se observou a
ocorrência das reações entre os metais utilizados em contato com as soluções,
e também a mudança nas características físicas das substâncias em meio as
soluções demonstrando assim a presença de reações químicas; obedecendo a
ordem de reatividade dos metais.
6. REFERÊNCIAS

1. SILVA, A. L. da. "Reatividade química dos metais e não-metais";


Infoescola. Disponível em < https://www.infoescola.com/quimica/reatividade-
quimica-de-metais-e-nao-metais/> acesso em 20 de abril de 2018.

2. FOGAÇA, J. R. V. "Ordem de reatividade dos metais"; Brasil Escola.


Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ordem-reatividade-dos-
metais.htm>. Acesso em 22 de abril de 2018

3. LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. 5 ed. Trad. TOMA, H. E.;
ARAKI, K.; ROCHA, R. C. São Paulo – SP: Edegard Blucher, 1999.

4. SOUZA, L. A. de. "Reatividade dos metais"; Química Geral I. Disponível em


<https://mundoeducação.bol.uol.com.br/quimica/reatividade-metais.htm>acesso
em 20 de abril de 2018.

5. FOGAÇA, J. R. V. "Reatividade dos metais com água e bases"; Brasil


Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/reatividade-dos-
metais-com-agua-bases.htm>. Acesso em 22 de abril de 2018.

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