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Dispositivo Grupal Acionando Resistência Aos Modos de Assujeitamento Da Subjetividade
Dispositivo Grupal Acionando Resistência Aos Modos de Assujeitamento Da Subjetividade
Dr. Soraia Georgina F. Paiva Cruz, Rener B. de Martini, Priscilla G. da Silva, André
Elias M. Ribeiro, Antônio Gomes, Eduardo K. F. Honji, Juliana P. Perez, Luiz B. S.
Machado Junior, Marcos Cesário, Dejane C. R. Gonçalves; Wiliam M. Pereira, Sônia
Romeiro Costa, Tiago Fabiano Dela Rosa, Luciana Mendonça, Michelle de Souza
Prado, João Paulo de O. Carmo, Cláudia dos Santos Geraldo, Meire Helen Godoi de
Moraes, Danilo Dellu Siqueira, Vinícus Reis - UNESP FCL Assis.1
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E-mail: kenji_psico@yahoo.com.br
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assistência à infância considerada de risco pessoal e social. Esta entidade possui caráter
filantrópico, assistencialista e caritativo com cunho religioso, sem fins lucrativos, sendo,
sociedade. Podemos perceber que quando esse estabelecimento foi criado, ele surgiu
não apenas por motivos filantrópicos, mas também como efeito do momento político,
que essa população ficasse vagando pelas ruas, pois este lugar era visto como uma
“escola do mal”. Como alternativa, surge esse estabelecimento como uma forma de
do comportamento humano.
nível extremo, mas muito provavelmente poderiam atingi-lo, uma vez que estavam
análise de algumas entrevistas com a população revelam que estes são mitos nos quais o
que não propicia a esta população experimentar outros lugares e possibilidades que não
entre 7 e 17 anos. Um dos critérios para sua seleção é uma análise da situação familiar,
dando-se preferência às mais pobres, e ainda há uma exigência de que elas estejam
Ensinar” em parceria com os cursos de Letras e História e ainda com uma faculdade
auto-análise e autogestão. Entendemos por auto-análise “um processo, por parte dos
soluções por si próprios, sem recorrer a especialistas”. Ainda segundo esse autor,
científicos, que não só estão em boa medida a serviço das entidades dominantes, como
assujeitamento. Nesse sentido, investimos no campo grupal para que ele se tornasse um
também um método de explicitações das relações instituídas e instituintes que não são
conhecido; uma abstração que o antecede aos indivíduos que o compõe, grupo como
Para nós, esses pressupostos não se aplicam. Grupos são, aos nossos olhos,
multiplicidades.
possíveis, ou seja, o grupo é tomado como rizoma, de maneira que não se sabe onde
começa ou termina, porém as conexões que vão se formando são visíveis e criam novos
para um indivíduo, para um modelo privado e intimista, mas sim direcionados para
dos devires que tentam ganhar expressão. A perspectiva estética garante modos de
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pela ordem dos equipamentos coletivos que gestam modos de pensar e ser.
normatização. Para tanto, utilizamos alguns analisadores históricos que são, segundo
de forças até então dispersas. Alguns deles: a caridade como tecnologia de controle; a
mostrá-la como tecnologia de controle da população pobre, população esta que a todo
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______ e outros. Estratégias de controle social. São Paulo: Ed. Arte & Ciência, 2004
RAGO, M. Do cabaré ao lar: a utopia da sociedade disciplinar. São Paulo: Paz e Terra,
1985