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O Céu e As Suas Maravilhas e o Inferno Segundo o Que Foi Ouvido e Visto - SWEDENBORG
O Céu e As Suas Maravilhas e o Inferno Segundo o Que Foi Ouvido e Visto - SWEDENBORG
COM
O Céu
E As Suas Maravilhas
e o Inferno
Segundo O Que Foi Ouvido E Visto
Por
Emanuel Swedenborg
1900
O CÉU E O INFERNO - E. Swedenborg – Pág. 2 de 679
Prefácio
V. Há três céus
do homem.
94. Mostrou-se que o céu no geral representa
um só homem, que é um homem em imagem e que,
em conseqüência, é chamado Máximo Homem.
Mostrou-se também que, por isso, as sociedades
angélicas, de que se compõe o céu, foram dispostas
como o são no homem os membros, os órgãos e as
vísceras. que, assim, as sociedades estão, umas na
cabeça, outras no peito, outras nos braços, e outras
em cada uma das outras partes (ver parágrafos 59 a
72). As sociedades que estão em um determinado
membro do Máximo Homem correspondem, pois, ao
membro semelhante no homem. Por exemplo, as que
lá estão na cabeça correspondem à cabeça no
homem; as que lá estão no peito correspondem ao
peito no homem; as que lá estão nos braços
correspondem aos braços ; e assim as outras. É por
essa correspondência que o homem subsiste, porque
o homem somente subsiste pelo céu.
95. Que o céu seja dividido em dois reinos, dos
quais um se chama reino celeste e o outro reino
espiritual, é o que se viu nos números 20 a 28. O
reino celeste corresponde em geral ao coração e a
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XVII).
182. Como cada um no mundo espiritual tem
vestimentas segundo a inteligência, assim, segundo
as verdades de onde provém a inteligência, os que
estão nos infernos, não tendo verdades, aparecem
também cobertos de vestimentas, mas rasgadas, sujas
e pretas, cada um segundo a sua loucura, e não
podem vestir outras. O Se nhor concede-lhes estarem
vestidos para que não apareçam nus.
mutuamente.
275. Em um mesmo céu, e também em uma
mesma sociedade do céu, os anjos estão em uma
sabedoria dessemelhante, e não em uma sabedoria
semelhante. Aqueles que estão na maior sabedoria
ocupam o meio; aqueles que estão em menor
sabedoria ocupam as partes ao redor até os limites. O
decréscimo da sabedoria segundo as distâncias a
partir do meio é como o decréscimo da luz
declinando até a sombra (ver os números 43 e 128).
A luz neles também está em semelhante grau, pois a
luz do céu é a Divina sabedoria e cada um está na luz
segundo recebe a sabedoria. A respeito da luz do céu
e de sua recepção variada, vejam -se os números 126
a 132.
por isso que ele tem uma vida má, da qual é desviado
pelos bens espíritos. Porque ele está entre os bons e
os maus, ele está em equilíbrio, e porque está no
equilíbrio também está em sua liberdade e pode ser
desviado dos males e dirigido ao bem. Assim, o bem
pode ser implantado nele, o que somente pode ser
feito quando ele está em liberdade. Mostrou -se
também que a vida do homem, tanto quanto vem do
hereditário e, por conse guinte, de si mesmo, seria
nula se não fosse permitido ao homem estar no mal,
e seria nula também se ele não gozasse de liberdade.
O homem não assimila o bem constrangidamente,
porque tudo o que é feito p or constrangimento não
permanece. Mostrou-se ainda que o bem que o
homem recebe em liberdade é implantado em sua
vontade e se torna como seu e que daí é que o
homem tem comunicação com o inferno e
comunicação com o céu.
294. Vai-se dizer também qual é a c omunicação
do céu com os bons espíritos e qual é a comunicação
do inferno com os maus espíritos e, por conseguinte,
qual é a conjunção do céu e do inferno com o
homem. Todos os espíritos que estão no mundo dos
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sucessivamente.
335. As crianças são instruídas principalmente
por meio de representativos adequados ao seu gênio
e ninguém seria capaz de crer quanto esses
representativos são belos e, ao mesmo tempo,
repletos de uma sabedoria vinda do interior. É assim
que, gradualmente, lhes é insinuada a inteligência
que tira sua alma do bem. Descreverei aqui dois
representativos que me foram concedidos ver; por
eles poderão ser julgados os outros. Eles
representavam primeiro o Senhor saindo da sepultura
e, do mesmo tempo, a união de Seu Humano com
Seu Divino, o que se fazia de um modo tão sábio que
excedia toda a sabedoria humana é, ao mesmo
tempo, de um modo inocente e infantil. Eles
representavam também a idéia da sepultura. .. de um
modo muito remoto, porque a idéia da sepultura
encerra alguma coisa de fúnebre que eles
procuravam afastar... Vi, depois, ser representada por
eles a descida do Senhor para os que estavam nas
“prisões” e a Sua ascensão ao céu com eles, e tudo
isso com uma prudência e uma piedade
incomparáveis...
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desviaram do céu.
363. Cada homem conserva depois da morte a
sua afeição e o seu amor dominante. Até na
eternidade, esse amor não é extirpado, pois o espírito
do homem é absolutamente tal qual o seu amor. E, o
que é um arcano, o corpo de cada espírito e de cada
anjo é a forma externa de seu amor, absolutamente
correspondente à forma interna, que é a de seu
espírito e de sua mente, de onde resulta que os
espíritos são conhecidos pela sua face, seus gestos e
sua linguagem. E o homem também seria conhecido
do mesmo modo quanto ao seu espírito enquanto ele
vive no mundo se não tivesse aprendido a simular,
pela face, o gesto e a linguagem, sentimentos que
não são os seus. Daí se pode ver que o homem
permanece até a eternidade tal qual é a sua afeição
ou o seu amor dominante. Foi -me permitido falar
com alguns que viveram há dezessete séculos, e cuja
vida é conhecida pelos Escritos da época, e
reconheci que o amor que então os impulsionava era
o mesmo que os dirigia ainda. Assim, pode -se ver
que o amor das riquezas e dos usos tirados das
riquezas permanece em cada um pela eternidade e
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espírito.
402. Todos os prazeres do céu foram associados
aos usos e estão nos usos, porque os usos são os bens
do amor e da caridade, em que estão os anjos. Os
prazeres são, pois, para cada um, quais são os usos, e
o seu grau também está na razão da afeição do uso.
Que todos os prazeres do céu sejam prazeres do uso,
pode-se ver por uma comparação com os cinco
sentidos do corpo no homem. Foi dado a cada
sentido um prazer segundo o seu uso; à vist a, seu
prazer, ao ouvido o seu, ao olfato o seu, ao paladar o
seu e ao tato o seu. O prazer da vista está na beleza e
nas formas; o prazer do ouvido nas harmonias; o do
olfato nos cheiros, e o paladar nos sabores. Os usos
que cada sentido exerce são conhec idos dos que
refletem, e mais ainda dos que conhecem as
correspondências. Se na vista há um há um tal
prazer, é pelo uso que ela desempenha em relação ao
entendimento, que é a vista interna; se no ouvido há
um tal prazer, é pelo uso que ele exerce em relaç ão
ao entendimento e à vontade, pela auscultação; se no
olfato há um tal prazer, é pelo uso que ele exerce em
relação ao cérebro e também ao pulmão; se no
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Do Inferno
Fim
Da Liberdade