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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO

ROSANE SCHEFFER EVALDT

INFORMAÇÃO PARA MICROEMPRESÁRIOS:


um estudo de usuários

Porto Alegre
2013
1

Rosane Scheffer Evaldt

INFORMAÇÃO PARA MICROEMPRESÁRIOS: um estudo de usuários

Monografia apresentada como requisito total


para aprovação na disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso de Biblioteconomia, da
Faculdade de Biblioteconomia e
Comunicação da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.

Orientador: Prof. Dr. Geraldo Ribas Machado

Porto Alegre
2013
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


Reitor: Prof. Dr. Carlos Alexandre Netto
Vice-Reitor: Rui Vicente Oppermann

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO


Diretor: Prfª Dr.ª Ana Maria Mielniczuk Moura
Vice-diretora: Prf Dr André Iribure Rodrigues

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO


Chefe: Prfª Dr.ª Maria do Rocio Fontoura Teixeira
Chefe Substituta:Prfª Dr Valdir José Morigi

COMISSÃO DE GRADUAÇÃO DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA


Coordenadora: Prfª Dr.ª Samile Andréa da Souza Vanz
Coordenadora Substituta: Prfª Me Glória Isabel Sattamini Ferreira

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – (CIP)

02-051
E92i EVALDT, Rosane Scheffer
Informação para microempresarios: um estudo de
usuários [manuscrito] / Rosane Scheffer Evaldt. Porto
Alegre, 2013.
LII f., il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade
de Biblioteconomia e Comunicação, Porto Alegre, 2011.
Orientador: Prof. Dr. Geraldo Ribas Machado.

1-Estudo de usuários 2- Microempresas. – Brasil I. I.


Machado, Geraldo Ribas . II Título.

Departamento da Ciência da Informação

Rua Ramiro Barcelos, 2705, Bairro Santana, Porto Alegre RS


CEP: 90035-007
Fone: 55 – 51 – 33085146E-mail: fabico@ufrgs.b
3

Aprovado em ___de____________de 2013.

BANCA EXAMINADORA

______________________________
Prof. Dr. Geraldo Ribas Machado
Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação - UFRGS
(Orientador)

________________________________
Profª. Dra. Maria do Rocio Fontoura Teixeira
Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação – UFRGS
(Examinadora)

_______________________________
Bibl. Leandro de Oliveira Silva
SEBRAE/RS
(Examinador)
4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha família: meus pais Maria e Antônio, minha tia Ana, tio
Lido pelo, carinho e educação.

Meus irmãos José, Elisângela e Eduardo, pelo carinho e companheirismo.

Meu afilhado Júnior, por existir.

Meus avós Dorvalina, José e Izabel, pelo carinho e exemplo de vida.

A todos meus tios, tias, primos e primas, que são muitos, por isso, não citarei o nome de
todos aqui,.pelo carinho..

Ao meu orientador Professor Geraldo Ribas.

A professora Maria do Rocio, por ter aceitado o convite para a banca

Meu amigo Leandro Oliveira pela ajuda, apoio e as muitas risadas.

Minha amiga Raquel Spaniol pelo carinho e risadas.

Minha prima Juliana pelo apoio.

Meus cunhados Eder e Emerson pela cerveja.

Meus colegas da Zero Hora pela paciência em me aguentarem.

As gurias do ap. 22: Larissa, Juliana e Claudia.

Aos meus amigos, que felizmente são muitos.

Pessoas que não citei mas que foram de grande importância para esta caminhada.

E por último e não menos importante a Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e a Faculdade de Biblioteconomia, sem essa instituição eu jamais realizaria o
sonho de uma graduação.
5

RESUMO

O presente trabalho é um relato de pesquisa realizada com micro e pequenos


empresários que buscam informação especializada na Biblioteca do SEBRAE/RS,
objetivando conhecer o perfil e desses profissionais (usuários). Possui um referencial
teórico que abrange as bibliotecas especializadas, estudo de usuários e a necessidade
de informação. A pesquisa realizada foi do tipo descritiva, em caráter quanti-qualitativa.
A amostra correspondeu a 73 usuários da Biblioteca, todos atuantes em pequenas e
microempresas localizadas na cidade de Porto Alegre e região metropolitana. O
instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com 11 questões. A
referida pesquisa serviu para conhecer o perfil do usuário da Biblioteca do SEBRAE/RS

Palavras-chave: SEBRAE, Perfil de usuários, Microempresas.


6

ABSTRACT

This paper is a report of survey of micro and small entrepreneurs who seek specialized
information in the Library of SEBRAE / RS, aiming to meet the profile and these
professionals (users). Has a theoretical framework covering the specialized libraries,
users study and information needs. The research was descriptive, quantitative and
qualitative in nature. The sample represented 73 users, all working in small and micro-
enterprises located in the city of Porto Alegre and its metropolitan area. The data
collection instrument was a questionnaire with 11 closed questions and one in which
only one of them is descriptive in character.

Keywords: SEBRAE. Study users. Small business


7

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Gênero da amostra dos usuários da Biblioteca ................................... 32


Gráfico 02 – Faixa etária dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS...................... 33
Gráfico 03 – Escolaridade da amostra dos usuários da Biblioteca............................ 34
Gráfico 04 – Segmento da empresa dos usuários da Biblioteca............................... 35
Gráfico 05 – Classificação da empresa dos usuários da Biblioteca.......................... 36
Gráfico 06 – Tempo de empresa dos usuários da Biblioteca.................................... 37
Gráfico 07 – Assuntos pesquisados pelos usuários da Biblioteca............................. 39
Gráfico 08 – Frequência de utilização da Biblioteca do SEBRAE/RS....................... 40
Gráfico 09 – Tipo de material utilizado pelos usuários da Biblioteca......................... 41
Gráfico 10 – Alternativas quando não encontra a informação .................................. 42
Gráfico 11 – Grau de satisfação .dos usuários da Biblioteca................................... 43
8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 10
1.1 JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 11
1.2 PROBLEMA................................................................................................ 11
2 OBJETIVOS................................................................................................ 12
2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................... 12
3 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA............................................................ 13
3.1 O SISTEMA SEBRAE................................................................................. 13
3.1.1 SEBRAE Nacional...................................................................................... 13
3.1.2 SEBRAE/RS............................................................................................... 15
3.1.3 SEBRAE Regional Metropolitana............................................................... 16
3.1.4 Biblioteca SEBRAE..................................................................................... 16
3.2 A CLASSIFICAÇÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS................................. 18
3.2.1 Micro Empreendedor Individual – MEI........................................................ 18
3.2.1 Microempresa – ME.................................................................................... 19
3.2.3 A Empresa de Pequeno Porte – EPP......................................................... 19
3.3 BIBLIOTECAS ESPECIALIZADAS............................................................. 20
3.4 ESTUDO DE USUÁRIOS........................................................................... 24
3.4.1 Tipos de estudos de usuários em bibliotecas............................................. 26
3.4.2 Necessidade de informação....................................................................... 28
4 METODOLOGIA......................................................................................... 29
4.1 TIPO DE ESTUDO...................................................................................... 29
4.2 SUJEITOS DO ESTUDO........................................................................... 30
4.3 INSTRUMENTO DE COLETAS DE DADOS.............................................. 30
4.4 TRATAMENTO DOS DADOS..................................................................... 31
5 ANÁLISE DOS DADOS............................................................................. 32
5.1 PERFIL DA AMOSTRA............................................................................... 32
5.1.1 Gênero da amostra..................................................................................... 32
9

5.1.2 Idade da amostra........................................................................................ 33


5.1.3 Escolaridade da amostra............................................................................ 34
5.2 ANÁLISE RELACIONADA À EMPRESA DOS USUÁRIOS....................... 35
5.2.1 Segmento da empresa............................................................................... 36
5.2.2 Classificação da empresa........................................................................... 37
5.2.3 Tempo da empresa..................................................................................... 38
5.3 ANÁLISE DOS DADOS QUANTO A BIBLIOTECA.................................... 39
5.3.1 Assuntos pesquisados................................................................................ 40
5.3.2 Utilização da Biblioteca............................................................................... 40
5.3.3 Tipo de material consultado........................................................................ 40
5.3.4 Alternativas quando não encontram o material na Biblioteca..................... 41
5.3.5 Grau de satisfação...................................................................................... 43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 44
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 45
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO.......................................................................... 49
APÊNDICE B – FOTOS DA BIBLIOTECA............................................................. 52
10

1 INTRODUÇÃO

Diferentemente das grandes empresas, que possuem departamentos


estruturados, com profissionais qualificados nas principais áreas da gestão, tais como
financeiro, recursos humanos, marketing, etc., as micro e pequenas empresas não
dispõem de todos estes recursos. Normalmente, o microempresário é também o gestor
de todas as áreas e atuando em todas as partes operacionais da empresa.
Estas empresas, com seus limitados recursos, necessitam de um suporte
gerencial, que lhes possa oferecer um auxílio, pois correm ricos de não sobreviver ao
competitivo mercado, uma vez que a falta de gestão tem sido apontada como um dos
principais fatores que levam a pequena empresa à falência.
Neste âmbito, o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoios às Micro e Pequenas
Empresas, tem auxiliado estes empresários, através de suportes que vão de cursos,
consultorias, palestras, seminários, oficinas dentre outros. Um importante suporte que
os representantes destas empresas recebem do SEBRAE são os centros de
informações e bibliotecas, presentes nas capitais e outras importantes cidades
brasileiras. Estes espaços possuem informações especializadas, sobre as diversas
áreas de negócios que este usuário pode necessitar.
A biblioteca é um espaço onde as pessoas procuram por determinados tipo de
informação e orientação, seja uma necessidade especifica, lazer ou apenas manter-se
atualizado. Portanto a biblioteca deve ser atrativa para o usuário. Para isso a biblioteca
deve conhecer seus usuários e identificar suas necessidades informacionais. Daí a
necessidade de se aplicar um estudo de usuários.
É de grande importância que as bibliotecas conheçam seus usuários, pois ele
são o elemento fundamental de uma biblioteca. Os serviços de prestados de
informação devem ser direcionados ao indivíduo, pois é este quem tem necessidades
cognitivas, culturais e sociológicas, cabendo às bibliotecas satisfazerem essas
necessidades. Desta forma os estudos de usuários são uma importante ferramenta de
gestão para conhecer melhor as características do usuário, suas necessidades
11

informacionais e o grau de satisfação dos serviços oferecidos pela unidade de


informação e também para compreender o contexto em que a unidade de informação
está inserida na comunidade em que atua, portanto é necessário que a biblioteca
estabeleça um canal permanente de comunicação com os seus usuários.

1.1 JUSTIFICATIVA

Esse estudo se justifica pela necessidade de se conhecer melhor o usuário da


biblioteca do SEBRAE/RS e surgiu a partir da verificação de que nenhum estudo de
usuários foi feito no local. Levando em consideração a falta de registro de uma
pesquisa relacionada aos usuários nesta biblioteca, bem como a falta de uma avaliação
sobre a satisfação de seus usuários, o resultado deste trabalho poderá ser de extrema
relevância para a melhoria dos serviços da referida biblioteca.

1.2 O PROBLEMA

Diante do que fora apresentado na seção anterior, sobre a justificativa da


pesquisa, formulou-se a seguinte questão:
A busca e o atendimento das necessidades informacionais pelos
microempresários e empreendedores estão sendo atendidos pela Biblioteca do
SEBRAE/RS?
12

2 OBJETIVOS

Como forma de nortear o presente projeto de estudo, estabelecem-se os


seguintes objetivos abaixo, sendo divididos em geral e específicos.

2.1 OBJETIVO GERAL

Caracterizar o perfil destes usuários, identificando as suas necessidades


informacionais e o quanto a Biblioteca do SEBRAE/RS as atende.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) identificar um perfil dos usuários da Biblioteca;


b) caracterizar a atuação desses profissionais ;
c) verificar quais tipos de fontes de informação são utilizadas;
d) verificar se os recursos disponibilizados pela Biblioteca da SEBRAE/RS
são efetivamente utilizados durante a busca por informação desses
pesquisadores;
f) avaliar o grau de satisfação destes usuários em relação à informação
disponibilizada pelo SEBRAE/RS.
13

3 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA

Como forma de obter uma fundamentação teórica ao projeto, este item apresenta
uma revisão de literatura, pretendendo abranger os assuntos que englobam o estudo,
propondo assim uma discussão sobre o Sistema SEBRAE, o perfil dos micros e
pequeno empresário, as bibliotecas especializadas e os estudos de usuários.

3.1 O Sistema SEBRAE

Desenvolvendo a contextualização teórica do presente estudo, o subcapítulos


inseridos apresentarão o SEBRAE, o SEBRAE/RS e a Biblioteca, que é o objeto de
estudo deste trabalho.

3.1.1 SEBRAE Nacional

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE


completou em 2012 40 anos de história. Embora tenha sido estabelecido no ano de
1972, foram alguns acontecimentos datados do ano de 1964 que originaram a criação
da Instituição. Em 1964, o então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
(BNDE), hoje atual Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
criou o Programa de Financiamento à Pequena e Média Empresa (Fipeme) e o Fundo
de Desenvolvimento Técnico-Científico (Funtec), atual Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep).O Fipeme e o Funtec formavam o Departamento de Operações
Especiais do BNDE, no qual foi montado um sistema de apoio gerencial às micro e
pequenas empresas.
14

Em uma pesquisa, foi identificado que a má gestão dos negócios estava


diretamente relacionada com os altos índices de inadimplência nos contratos de
financiamento celebrados com o banco. Em 1967, a Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) instituiu, nos estados da região, os núcleos de
assistência industrial (NAI) com o objetivo de prestar consultoria gerencial às empresas
de pequeno porte. Estes núcleos foram as sementes do trabalho que futuramente seria
realizado pelo Sebrae (SEBRAE, 2013).
No ano de 1990, a Empresa foi desvinculada da administração pública e
transformou-se em uma instituição privada, sem fins lucrativos e de utilidade pública,
mantida por repasses das maiores empresas do país, proporcionais ao valor de suas
folhas de pagamento, sendo inclusa então no grupo de Empresas do Sistema “S”. O
sistema S é formado por organizações e instituições todas referentes ao setor
produtivo, tais como indústrias, comércio, agricultura, transporte e cooperativas que têm
como objetivo, melhorar e promover o bem estar de seus funcionários, na saúde e no
lazer, por exemplo, como também a disponibilizar uma boa educação profissional. As
instituições do Sistema S não são públicas, mas recebem subsídios do governo.
(BRASIL, 2013).
Sua nomenclatura se originou pelo simples fato da maioria das instituições
iniciarem com a letra “S”, assim convencionou-se em chamar Sistema “S”.
Para uma determinada empresa saber a quem contribuir, ou seja, qual o seu
enquadramento, faz-se necessário verificar sua classificação junto ao CNAE –
Classificação Nacional de Atividades Econômicas, pois cada entidade representa uma
determinada atividade. Exemplo disso é o Sesi – Serviço Social da Indústria, que
representa os ramos da indústria e agroindústria.
A natureza jurídica da contribuição é de Tributo, prevista pela própria
Constituição Federal de 1988 em seu artigo 149, que instituí a contribuição de interesse
das categorias profissionais ou econômicas e determina a competência exclusiva da
União, conforme expõe em artigo Carlos Maia:
15

Antes do advento da Constituição Federal de 1988, as contribuições


arrecadadas destinavam-se a sete entidades, criadas pelos Decretos-Leis n°
8.621/46 e 9.853/46. Após sua promulgação este numero aumentou
significativamente para onze instituições, sendo elas Sesi, Senai, Senac, Sesc,
Sebrae, Senar, Sest, Senat, Incra, DPC, e Fundo Aeroviário (MAIA, Carlos,
2008, p. 162).

Desta maneira, o SEBRAE passou a atuar como uma entidade de apoio as micro
e pequenas empresas no segmento gerencial, oferecendo suporte relacionado a
planejamento, administração financeira, marketing, dentre tantos outros segmentos. As
principais formas de atuação acontecem através de cursos, palestras oficinas e
consultorias, e sua Unidade localiza-se em Brasília, DF. (SEBRAE, 2013).
Desta forma, os 43,5% dos brasileiros que sonham em ter o seu próprio negócio
podem contar com a experiência de um Empresa que vem se desenvolvendo cada vez
mais em empreendedorismo para os pequenos negócios, objetivando alcança a visão
da Instituição: “Ter excelência no desenvolvimento das micro e pequenas empresas
contribuindo para a construção de um Brasil mais justo, competitivo e
sustentável”.(SEBRAE, 2013).

3.1.2 SEBRAE/RS

No mesmo ano de fundação do SEBRAE, 1972, foi estabelecido no Rio Grande


do Sul o SEBRAE/RS. Denominado de Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas no Rio Grande do Sul, o SEBRAE/RS segue as diretrizes estabelecidas pelo
SEBRAE Nacional, embora seja uma Empresa Independente.
O SEBRAE no Rio Grande do Sul está estruturado em 10 Regionais em todo
estado, priorizando setores da economia local como, agronegócio, couro e calçados,
indústria da moda, indústria moveleira e turismo.
Contando com quase 400 funcionários e mais de 800 consultores e agentes de
atendimento, o SEBRAE no Estado atende diariamente a centenas de microempresário
e pessoas interessadas em abrir seu próprio negócio. Além das estruturas fixas de
16

atendimentos, regionais e unidade, o SEBRAE/RS participa constantemente de eventos


e estruturas itinerantes de atendimentos, como forma de facilitar o contato com o
empreendedor (SEBRAE, 2013).
As micro e pequenas empresas representam uma importante movimentação na
economia e na geração de empregos. Desta maneira o Estado, as prefeituras e
associações desenvolvem diversas parcerias com o SEBRAE, ampliando sua forma de
atuação. Segundo o atual Presidente do SEBRAE/RS, Vitor Koch, as parcerias firmadas
com as entidades só visam a ampliar ainda mais as potencialidades de atendimentos
das microempresas, recebendo apoio necessário para crescer e se tornar competitivas
no mercado (SEBRAE, 2013).

3.1.3 SEBRAE – Regional Metropolitana

A Regional Metropolitana do SEBRAE/RS atua como unidade principal em Porto


Alegre, situada em uma unidade secundária em Gravataí. Os principais segmentos
atendidos são o comércio e a prestação de serviços, destacando-se a indústria no setor
metalúrgico, conforme estrutura de atendimento da Regional.
Na unidade de Porto Alegre encontra-se a Biblioteca da Regional Metropolitana,
denominada de Espaço Pesquisa.

3.1.4 BIBLIOTECA SEBRAE

A Biblioteca do SEBRAE/RS Metropolitana caracteriza-se como especializada na


área socioeconômica, cujo acervo é destinado ao segmento empresarial e em gestão
de negócios, planejamento e administração. Dispõe de mais de três mil itens dentre
livros, folhetos, materiais periódicos e eletrônicos (DVD).
17

A Biblioteca funciona em horário comercial de segunda à sexta-feira, das 9 às


18h, oferecendo serviços de consulta local e empréstimos de materiais, sendo
gerenciada por um bibliotecário.
São considerados usuários da Biblioteca quaisquer indivíduos que realizem
cadastro no Sistema do SEBRAE/RS, sendo este cadastro de Pessoa Jurídica ou
Pessoa Física, embora para este estudo, somente os clientes pessoas jurídica tenham
participado da pesquisa.
O espaço do acervo está depositado no mesmo salão do atendimento individual
dos clientes, onde os mesmos têm livre acesso a consultar os materiais dispostos. Os
usuários podem retirar como empréstimos somente os DVD’s, o restante do material só
pode ser consultado no local.

3.2. A CLASSIFICAÇÃO DAS PEQUENAS EMPRESAS

Como forma de melhor compreensão do cliente atendido pelo SEBRAE, este


capítulo apresenta uma descrição das classificações de pequena empresa,
estabelecidas pela Lei vigente que regulamenta estas instituições.

Lei nº 12.792, de 28 de março de 2013: Altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio


de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos
Ministérios, criando a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, cargo de
Ministro de Estado e cargos em comissão, e a Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006; e dá outras providências (BRASL, 2013, s/p).

A nova lei tem o objetivo de atualizar a classificação das três formas jurídicas
existentes atualmente, sendo elas o Micro Empreendedor Individual - MEI, a
Microempresa ME e a Empresa de Pequeno Porte - EPP. O que diferencia o tipo de
forma jurídica é basicamente o valor do faturamento anual, oferecendo vantagens e
menores impostos para as formas jurídicas com menor faturamento.
18

3.2.1 Micro Empreendedor Individual - MEI

O Micro Empreendedor Individual surgiu de uma necessidade de oferecer à


possibilidade de uma formalização de trabalhadores autônomos individuais, oferecendo
custo zero de impostos federais, sendo o MEI o contribuinte de um imposto único e fixo,
isentando a necessidade de contador. O faturamento máximo que o MEI pode atingir é
de R$60.000 ao ano. (SEBRAE, 2012).
Esta modalidade de empresa, que fora estabelecida no final de 2009, vem
modificando vem impulsionando o número de empresas novas, decorrentes da
facilidade e baixo custo. Segundo pesquisa divulgada na Revista O Empreendedor, em
abril de 2012 o número de pessoas registradas como MEI ultrapassava os 2 milhões,
com menos de três anos de existência (REZENDE, 2012).

3.2.2 Microempresa - ME

A Microempresa, tem a vantagem de realizar um pagamento de imposto Simples,


porém este deve ser recolhido por livro caixa, havendo a necessidade de um contador.
A Microempresa pode ter uma sociedade simples, possuir mais de um sócio, ou ser
uma empresa individual, sem contrato social. (CUSTODIO, 2012).
19

3.2.3 A Empresa de Pequeno Porte - EPP

Empresas que possuem faturamento superior a R$360.000,00 e faturam até


R$3.600.000,00 anuais são classificadas como Empresa de Pequeno Porte. A EPP não
pode possuir um único proprietário, devendo o contrato social englobar no mínimo dois
sócios. (SOTORIVA, 2012).

3.3 BIBLIOTECAS ESPECIALIZADAS

Até o século XIX, a bibliotecas funcionavam para guardar os poucos livros


produzidos à espera de uma minoria letrada. Segundo Fernandes (1993), em fins do
mesmo século, com o estabelecimento da Revolução Industrial, as transformações
socioeconômicas e políticas vividas pela sociedade provocaram, também, mudanças na
função da biblioteca: de armazenadora passou a ter uma função social de largo
alcance.
Segundo Guinchat e Menou,

A sociedade contou desde a antiguidade com organismos especializados na


conservação e na organização de documentos, com a finalidade de permitir o
acesso aos conhecimentos. Estes organismos, que eram as bibliotecas e os
arquivos, eram então bem organizados e reservados aos dirigentes e às
pessoas eruditas; sua atividade se concentrava no tratamento de documentos
(GUINCHAT; MENOU, 1994, p. 333).

As bibliotecas especializadas, do jeito que conhecemos hoje, surgiram após a


Segunda Guerra Mundial no começo do século XX, em virtude da necessidade do
avanço crescente nas áreas tecnológicas e científicas.
Para Miranda, as bibliotecas especializadas surgiram:
20

[...] da necessidade de órgãos governamentais, universidades (bibliotecas


setoriais) ou empresas (industriais ou comerciais). Atuam como importantes
agentes disseminadores dos conhecimentos necessários nos estudos e
tomadas de decisões das instituições das quais fazem parte. (MIRANDA, 2007,
p. 88)

As primeiras bibliotecas especializadas organizaram-se nas universidades, em


departamentos especializados ou faculdades com o intuito de formar a coleção de
documentos relativos à sua área específica. Conforme Ashworth:

A biblioteca especializada é uma biblioteca quase exclusivamente dedicada a


publicações sobre um assunto ou sobre um grupo de assuntos em particular.
Inclui também coleções de uma espécie particular de documentos
(ASHWORTH, 1967, p.632).

Targino (1984) complementa dizendo que a biblioteca especializada pode ter


material bibliográfico técnico destinado a atender os campos de atuação de uma
determinada Instituição.
As bibliotecas especializadas diferenciam-se dos demais tipos de bibliotecas por
possuírem um acervo voltado a áreas específicas do conhecimento, distinguindo-se,
também pela comunidade que visa a atender: pessoas associadas a organizações que
têm interesses específicos.
Estão organizadas por assuntos e objetivos específicos os quais devem se
enquadrar e nortear as atividades da biblioteca dentro das áreas de conhecimento
abrangido.
Conforme Maia et al. (1991), as bibliotecas especializadas são centros
processadores da informação, os quais podem ser locais de suporte à informação,
exercendo o papel de veicular a informação relevante para o planejamento, a tomada
de decisão e a solução de problemas.
As bibliotecas especializadas se estabelecem em virtude das necessidades das
instituições, sejam elas: órgãos governamentais ou empresas (de atuação industrial ou
comercial). De acordo com Salasário:
21

A organização e a disseminação da informação nas bibliotecas especializadas


pode ser o fator que mantém ou exclui a instituição no meio tecnológico. Nesta
1
linha de pensamento Jannuzzi & Montalli (1999) destacam que a informação
para uso tecnológico justificada pela sua qualidade como suporte competitivo, o
que pode justificar ou não a manutenção dos investimentos governamentais
privados nas linhas de pesquisas destas instituições. Portanto este tipo de
biblioteca deve ter informações organizadas de forma que estejam sempre
prontas para o uso. (SALASÁRIO, 2000, P. 112).

As bibliotecas especializadas atendem a determinados grupos profissionais cujas


necessidades informacionais são orientadas para um determinado assunto ou
atividade. Estão localizadas em uma grande variedade de configurações, incluindo
organizações internacionais, organizações de advocacia, agências governamentais,
associações profissionais, grandes empresas, médicos e/ou instituições de saúde,
escritórios de advocacia, com fins lucrativos, organizações sem fins lucrativos e centros
de investigação.
Os serviços fornecidos por uma biblioteca especializada tornam acessíveis os
conhecimentos e experiências coletados para o contínuo avanço dos trabalhos da
empresa, com a finalidade de atingir metas e objetivos da organização. Ferreira (1996)
afirma que toda e qualquer atividade de informação deve estar direcionada ao
indivíduo, pois é este que tem necessidades cognitivas, culturais e sociológicas,
cabendo às bibliotecas especializadas satisfazer estas necessidades. Das três formas
de bibliotecas especializadas podemos citar aquelas que:
a) tratam do acervo da biblioteca, de forma dedicada a publicações referentes a
um assunto ou um a grupo de assuntos específicos;
b) tratam dos usuários, onde a biblioteca é o local dos usuários reunirem-se para
troca de ideias e soluções de problemas, presta serviços especializados e
personalizados para os usuários;
c) tratam do acervo associado ao usuário, uma unidade de informação com
acervo especializado destinado à satisfação das necessidades informacionais
de um público específico.

1JANNUZZJ, Celeste Aiàa Sirotheau Corrêa, MONTALLÍ, Katfa Maria Lemos. Informação tecnológica e para negócios no Brasil:
introdução a uma discussão conceptual. Ciência da Informação, Brasília, v. 28, n. l, p. 200- 208. maio/ago. 1999.
22

A Biblioteca especializada como lembra Targino:

[...] se assemelha a biblioteca universitária, no que diz respeito ao nível de suas


coleções, desde que visam a servir a uma clientela de formação superior, bem
como, no que tange aos serviços prestados. Por outro lado, este tipo de
biblioteca se diferencia das demais por sua estrutura de orientação por assunto,
e pelo fato de que as organizações, as quais elas pertencem, mantêm objetivos
específicos que vão direcionar todas as atividades da biblioteca dentro das
áreas de conhecimento abrangida pela empresa (TARGINO, 1984, P.44).

Oliveira (1985), numa visão objetiva, demonstra que a biblioteca especializada


deve planejar, produzir e transferir informações e serviços que estejam de acordo com
as necessidades do seu usuário:

Suas funções são as de desenvolver coleções de acordo com as necessidades


da organização, manter catálogos, índices e referências sobre assuntos
especializados, disseminar a informação por intermédio de exposições, cópias,
notificações pessoais, preparação e distribuição de listas de novas aquisições
de boletins e publicações especiais, empréstimo de livros e circulação
automática de periódicos, indexação e resumo de relatórios internos e de
correspondência técnica, compilação de bibliografias e preparação de
relatórios, assistência editorial às publicações da organização, serviços de
tradução e orientação em levantamentos da literatura e educação de usuários
(OLIVEIRA, 1985, p. 122).

As bibliotecas especializadas tendem a crescer e se desenvolver, uma vez que


os profissionais estão cada vez mais especializados e suas áreas mais fragmentadas,
havendo a necessidade do aprofundamento de pesquisas em todos os campos,
especialmente técnicos e científicos, fazendo com que haja um incremento nas
produções científicas.
As bibliotecas especializadas são agentes disseminadores dos conhecimentos
específicos aos estudos e às tomadas de decisões das organizações às quais fazem
parte. Planejando um bom desenvolvimento na formação de suas coleções, respondem
de forma positiva ao seu público específico, contribuindo para redução de custos e
fornecendo informações práticas que ajudam na administração, na pesquisa e no
desenvolvimento da companhia, de maneira mais eficaz e mais eficiente.
23

3.4. ESTUDO DE USUÁRIOS

Os estudos de usuários são ferramentas utilizadas para identificar e avaliar as


necessidades informacionais dos usuários de uma unidade de informação. É através
dos estudos de usuários que se consegue verificar por que, como, e para quais fins os
indivíduos utilizam a informação.
Esses estudos conforme Stumpf:

[...] possuem níveis de profundidade, que vão desde os iniciais, que respondem
a perguntas mais simples de quem, o que, quando e onde a informação é
necessária e é usada, até as investigações mais profundas, que respondem
como as bibliotecas e os sistemas são utilizados e com que sucesso (STUMPF,
1989, P.26)

SanzCasado (1994) define como usuário de informação o individuo que


necessita de informação para realizar sua atividades, tornando assim qualquer pessoa
como usuário de informação, pois todos necessitam de informação em algum momento
da sua vida.
Segundo Figueiredo estudos de usuário são:

Investigações que se fazem para saber o que os indivíduos precisam em


matéria de informação, ou então, para saber se as necessidades de informação
por parte dos usuários de uma biblioteca ou de um centro de informação estão
sendo satisfeitas de maneira adequada. (FIGUEIREDO, 1994, p. 7)

É possível afirmar que os estudos de usuários servem como uma ferramenta que
têm a finalidade de diagnosticar a realidade da biblioteca e as necessidades de seus
usuários, adequando o serviço à demanda de informação que estes necessitam.
Essas investigações são centradas no sistema, indivíduo, grupo ou comunidade,
favorecidos pelos serviços oferecidos por unidades de informação. Para Moraes (1994)
as investigações têm por objetivo: determinar os documentos solicitados pelos usuários;
descobrir seus hábitos para a obtenção da informação, bem como os processos de
24

busca; estudar o uso feito com os documentos; e analisar sua maneira de obtenção do
acesso aos documentos.
Os estudos de usuários, iniciado na década de 1940, alertaram os bibliotecários
e as bibliotecas para a importância do usuário. Esses estudos tiveram grande
popularidade, provando sua necessidade e grande importância - mas até então, em sua
maioria, centravam-se apenas na coleta de dados.
Na década de 1980 surge a abordagem alternativa de estudos de usuários, de
cunho qualitativo que segundo Moura (2001, p. 10) explica as necessidades e usos de
informação voltados mais para como o sujeito sente, e o significado que ele dá para o
processo de busca de informação que está realizando, centralizando as pesquisas no
indivíduo. Monfasani e Curzel (2006) explicam que estes estudos procuram analisar
quantitativa e qualitativamente os hábitos de informação e estabelecer o necessário
para alcançar a satisfação do usuário, procurando descobrir o que os usuários de
determinada biblioteca necessitam em matéria de informação.
Dias e Pires (2004) referem que é importante se fazer um estudo de usuário para
conhecer as necessidades de informação dos usuários a fim de compreender porque as
pessoas se envolvem em processos de busca de informação, pois a função mais
importante das unidades de informação é o modo como a informação disponibilizada
modifica a realização das atividades de seus usuários.
As autoras ainda relatam que os estudos de usuários voltados para a análise do
comportamento permitem avaliar e criar condições que melhorem os serviços
oferecidos, através do conhecimento dos meios pela qual a informação flui entre os
diferentes grupos de usuários, bem como das condições pelas quais ocorre a
transferência de informações.
De acordo com Dias e; Pires,(2004) existem duas categorias de estudos de
usuários: uma voltada ao uso de uma biblioteca ou serviços de informação e a outra
centrada no usuário.

[...]estudos orientados ao usuário: investigação sobre um grupo particular de


usuários, como ele obtém a informação necessária para seu trabalho; o
comportamento na obtenção de uma informação; hábitos de reunião/obtenção
25

de informação de comunidades específicas (congressos, colégios invisíveis);


fluxo de informação nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D);
entre outros.(DIAS; PIRES, 2004 p. 14)

O Objetivo principal do estudo de usuários é identificar o público que utilizam


uma determinada unidade de informação, analisando sua característica e seu
comportamento, para que, através dessa análise, as unidades de informação possam
adequar seus serviços às necessidades de seu público.

3.4.1 Tipos de estudos de usuários em bibliotecas

Para Figueiredo (1994) existem várias maneiras de caracterizar um estudo de


usuário, mas há uma forma mais conveniente, que é dividi-la em estudos orientados
para o uso da biblioteca e estudos orientados ao usuário, isto é, investigação sobre um
grupo particular de usuários.
Conforme a mesma autora, a maioria dos estudos de bibliotecas abrange todos
os serviços prestados o que inclui o nível de satisfação do usuário com os serviços
prestados pela unidade de informação. Já os estudos direcionados aos usuários
investigam o perfil dos usuários, o estudo de necessidades e usos abrangendo,
algumas vezes, uma comunidade inteira.
No estudo do perfil dos usuários são averiguadas as características mais gerais,
tais como a faixa etária, sexo, nível de escolaridade, nível socioeconômico, entre
outros.
Conhecer as necessidades de informação dos usuários e identificar os padrões
de busca e uso da informação de que necessitam, é uma tarefa fundamental para
desenvolver adequadamente a avaliação dos processos que ocorrem diariamente em
qualquer unidade de informação.
26

O estudo de necessidades e usos visa entender como o usuário da biblioteca


realiza seus processos na busca de informação e qual uso ele faz dela. Conforme
González Toruel:

Necessitamos conhecer se estamos atendendo corretamente as necessidades


de nossos usuários, um estudo de necessidades de informações dos usuários
potenciais ou de uma amostra representativa deles, nos proporcionará as
pautas adequadas para realizar os reajustes e melhoras necessárias
(GONZÁLES TORUEL, 2005, P.25, tradução nossa).

Desta forma os estudos de necessidades e usos proporcionam uma visão clara


sobre quais serviços são mais utilizados, necessários para atender e satisfazer a
demanda de informação da população.

3.4.2 Necessidade de informação

A necessidade de informação pode ser entendida como a carência de algo, em


alguns casos o usuário tem dificuldade em expressar sua necessidade informacional.
Nesse sentido o serviço de referência pode ajuda-lo em sua carência.
De acordo com Nascimento e Weschenfelden (2002) a necessidade
informacional tem inúmeras variáveis, o usuário pode se satisfazer com a informação
que procurava ou ficar frustrado, daí vem a grande importância de se realizar um estudo
de usuários para conhecer o perfil, necessidade informacional, forma de busca e uso da
informação podendo atendê-lo de forma eficaz.
Existem ainda, segundo Gonzales Teruel (2005, p. 69), dois tipos de usuários, os
usuários reais e os potenciais. Os usuários reais são aqueles que efetivamente fazem o
uso da unidade informacional, os usuários potenciais são aqueles que poderiam fazer o
uso da unidade informacional, mas que por motivos diversos, não o fazem.
27

É importante salientar que para um usuário, na maioria dos casos, a necessidade


de informação está relacionada a um problema individual ou de um grupo, que precisa
ser solucionado.
28

4 METODOLOGIA

Neste item será apresentada a metodologia aplicada no presente estudo, os


sujeitos da pesquisa e o método de coleta e tratamentos dos dados. O estabelecimento
de uma metodologia clara e bem definida é imprescindível para o sucesso de um
estudo.

4.1 TIPO DE ESTUDO

A pesquisa foi de caráter descritivo, que segundo Antonio Gil (2009) objetiva
descrever as características de uma população específica, através de relações entre
variáveis. Complementando a ideia, as autoras Dencker e Da Viá (2001) acrescem: o
objetivo da pesquisa descritiva é

verificar hipóteses por métodos quantitativos de mediação. As técnicas


utilizadas são semelhantes aos estudos experimentais quanto à quantificação; o
objetivo, entretanto, é descritivo e não comparativo.” (DENCKER; DA VIÁ, 2001,
p.58)

A abordagem do estudo foi do tipo quanti-qualitativa, como alguns autores


denominam. Isso porque o instrumento de coleta de dados, embora focado em
questões quantitativas, também permitiu aos pesquisados que expressassem
informações além das previstas nas questões fechadas.
O método quanti-qualitativo “[ . . . ] associa a análise estatística à investigação
dos significados das relações humanas, privilegiando a melhor compreensão do tema a
ser estudado, facilitando desta forma, a interpretação dos dados obtidos”
(FIGUEIREDO, 2004 p. 107). Outros autores defendem ainda o somatório de reflexões
qualitativas em estudos quantitativos.
29

Demo (2008) salienta que os estudos empíricos não podem se limitar a variáveis.
“As variáveis não são “grãos” estanques, mas interconectadas contrariamente por
tramas dialéticas que fazem parte umas das outras.” (DEMO, 2008 p.135).
Nesta reflexão, o autor citado expressa a importância de se constatarem dados
não previstos, durante um estudo ou pesquisa.

4.2 SUJEITOS DO ESTUDO

Consideraram-se sujeitos deste estudo os proprietários ou representantes micro


e pequenos empresas, dos quais procuram orientação informacional na Biblioteca do
SEBRAE/RS. Este foi realizado com uma amostra de 73 usuários que responderam
voluntariamente o questionário.

4.3 INSTRUMENTO DE COLETAS DE DADOS

Como forma de coletar os dados para a presente pesquisa, foi elaborado um


questionário contendo 11 questões (apêndice A), desenvolvido de acordo com os
objetivos da pesquisa. As questões foram estabelecidas em caráter quantitativo,
questões fechadas, sendo que uma das questões possibilitava informações qualitativas,
motivo pelo qual o caráter da pesquisa qualificou-se como quanti-qualitativa.
As questões foram desenvolvidas de maneira clara o objetiva, evitando confundir
os entrevistados e desestimulá-los a responder às questões. Este instrumento foi
aplicado aos usuários que frequentaram a biblioteca no período de 17 de março a 29 de
maio de 2013.
30

4.4 TRATAMENTO DOS DADOS

As informações recebidas nos questionários foram organizadas em planilhas e


transformadas em gráficos, para que uma análise das informações pudesse ser
visualizada de forma mais clara.
31

5 ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo, os resultados são apresentados na forma gráfica e descritiva,


visando à melhor compreensão e interpretação das informações levantadas pelo
estudo. As descrições são complementadas com comentários e comparações com a
literatura.
A análise subdivide-se em perfil e trabalho dos profissionais, e nestas divisões,
cada uma das questões tem os resultados apresentados em capítulos diferentes.

5.1 PERFIL DA AMOSTRA

Nesta seção, serão apresentados os resultados e interpretações dos dados


quanto ao perfil da amostra, incluindo gênero, faixa etária e escolaridade. Traçar o perfil
dos usuários é importante para que os recursos desenvolvidos na biblioteca possam
estar de acordo com as características dos mesmo.

5.1.1 Gênero da amostra

Inserida no objetivo de traçar um breve perfil dos profissionais, a primeira


questão objetivou conhecer o gênero dos mesmos. Resultou-se que dos usuários que
responderam o questionário 32 eram mulheres e 41 homens, conforme o gráfico
demonstra em porcentagem.
32

Figura 1- Gênero da amostra dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Sexo

44% Masc.
56%

Fem.

Fonte: dados da pesquisa

Pode-se perceber que a diferença de gêneros neste caso não é muito relevante,
percebe-se que o número de respondes do sexo masculino (56%), é um pouco maior
que o feminino ( 44%).

5.1.2 Idade da amostra

Seguindo com a construção do perfil dos frequentadores da biblioteca, o


questionário levantou os dados relacionados à faixa etária dos usuários, os resultados
são analisados a seguir:
33

Figura 2- Faixa etária dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar – mai/2013

Faixa etária

acima de 60 anos

de 51 a 60 anos

de 41 a 50 anos

de 31 a 40 anos

de 26 a 30 anos

de 20 a 25 anos

menos de 20 anos

0 5 10 15 20 25

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se uma diversificação na faixa etária dos usuários, entretanto quase


60% destes, situam-se entre 31 a 50 anos, uma faixa de idade onde normalmente já se
possui alguma experiência profissional, pois de acordo com os números da Tabela
Dieese (2009), é a faixa etária mais economicamente ativa do país.

5.1.3 – Escolaridade da amostra

Ainda fazendo uma análise do perfil dos usuários, foi questionado quanto ao grau
de escolaridade dos mesmos. Percebe-se uma grande diversidade no grau de instrução
dos usuários, que vão desde o ensino fundamental (7), até a pós-graduação (4).A maior
parte da amostra, no entanto possui apenas o ensino médio completo (22). Que
caracteriza a realidade brasileira, “apesar desse intenso crescimento observado no
34

ensino superior, o percentual de acesso dos jovens é ainda muito restrito – abrange
19% na faixa etária de 18 a 24 anos” (PNAD/IBGE, 2009), ou seja, o ensino superior
ainda tem acesso limitado entre as maiores camadas da população brasileira. Quando
comparamos a situação brasileira com a de outros países mais desenvolvidos, vemos
que o acesso ao ensino superior, em 1997, já atingia 45% dos jovens de 18 a 21 anos
nos EUA e 69% na Coreia do Sul. (PNAD/IBGE, 2009).

Figura 3- Escolaridade da amostra dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Escolaridade

Pós-graduação

Ensino Superior completo

Ensino Superior…

Ensino Médio completo

Ensino Médio incompleto

Ensino Fundamental…
0 5 10 15 20 25

Fonte: Dados da pesquisa

5.2 ANÁLISE RELACIONADA À EMPRESA DOS USUÁRIOS

Esta parte da análise dos dados compreende as características das empresas,


apresentando as informações sobre o segmento, a classificação e o tempo que as
empresas estão estabelecidas.
35

5.2.1 Segmento da empresa

Fora questionado sobre o segmento da empresa, o que pode ser visualizado no


próximo gráfico:

Figura 4- Segmento da empresa dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Segmento da Empresa
6%

37% 30% Comércio


Serviços
Indústria

Fonte: Dados da pesquisa

Neste quesito observa-se que as áreas de comércio e prestação de serviços se


equivalem, e representam extrema maioria em relação ao segmento indústria.
36

5.2.2 Classificação da empresa

Também foi questionado aos sujeitos sobre a classificação da empresa, cujos


números são visualizados a seguir.

Figura 5- Classificação da empresa dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Classificação da Empresa

14%

56% MEI
30%
ME
EPP

Fonte: Dados da pesquisa

Mais da metade da amostra tem sua empresa classificada como Micro


Empreendedor Individual, conforme apresentado em capítulo anterior, a classificação
que compreende o principal cliente do SEBRAE atualmente. O gráfico ainda apresenta
que somente 14% da amostra estão classificadas como Empresa de Pequeno Porte.
37

5.2.3 Tempo da empresa

Foi também questionado aos sujeitos participantes o tempo de existência da


empresa. Os resultados podem ser analisados no gráfico a seguir.

Figura 6- Tempo de empresa dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Tempo de Empresa

Acima de 10 anos

Entre 5 e 10 anos

Entre 2 e e anos

Entre 1 e 2 anos

Até 1 ano

0 10 20 30 40 50

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se uma ampla porcentagem de empresas com até um ano de


existência, totalizando 56% do total, o que confirma estatísticas do IBGE, “De cada cem
empresas abertas no Brasil, 24 encerraram suas atividades no ano seguinte”. IBGE
(2007).
38

5.3 ANÁLISE DOS DADOS QUANTO A BIBLIOTECA

Nesta parte da análise dos dados serão apresentadas as informações referentes


à Biblioteca.

5.3.1 Assuntos pesquisados

Foi questionada a amostra que revelassem quais assuntos costumam pesquisar


na Biblioteca. Para compor essa questão, buscou-se a orientação do Bibliotecário que
elencou os principais assuntos, sendo eles: finanças, marketing e vendas, legislação e
tributos, plano de negócios e outros. Como pode se visualizar no seguinte gráfico:
39

Figura 7- Assuntos pesquisados pelos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Assuntos Pesquisados

Outros

Ideías de Negócios

Plano de negócios

Legislação / tributos

Marketing / vendas

Finanças

0 10 20 30 40 50 60 70

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se que grande maioria da amostra, 85%, tem interesse em marketing e


vendas, algo natural, já que grande parte dos usuários provém da área comercial,
seguido de perto por “ideias de negócios”, quase 70% dos usuários, já que muitos estão
iniciando um negocio próprio.

5.3.2 Utilização da Biblioteca

Constata-se que a grande maioria dos usuários, 42 (57%) frequenta a biblioteca


eventualmente, e 16 (22%) usuários foram pela primeira vez. Dos usuários
pesquisados, nenhum costuma frequentar a biblioteca diariamente e apenas três o
fazem semanalmente.
40

Figura 8- Frequência de utilização da Biblioteca do SEBRAE/RS- mar – mai/2013

Frequencia de utilização

Primeira vez

Eventualmente

Mensalmente

Semanalmente

Diariamente

0 10 20 30 40 50

Fonte: Dados da pesquisa


41

5.3.3 Tipo de material consultado

Os resultados são observados no gráfico a seguir.

Figura 9- Tipo de material utilizado pelos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Tipo de material

DVD's

Livros

Periódicos

0 10 20 30 40 50 60 70

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se, segundo as informações no gráfico descrito, além da utilização de


livros e periódicos, há também uma grande demanda por material no formato DVD, que
traz uma visualização mais atraente para o usuário, principalmente aqueles que não
possuem hábitos de leitura. Quanto aos periódicos, além de revistas especializadas em
marketing e negócios, também estão disponíveis na Biblioteca jornais diário, como Zero
Hora, Jornal do Comércio e Valor Econômico.
42

5.3.4 Alternativas quando não encontram o material na Biblioteca

Como forma de conhecer um pouco mais sobre o perfil dos usuários também foi
questionado sobre outras fontes de pesquisa, além da biblioteca do SEBRAE/RS.

Figura 10- Alternativas dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS quando não


encontram o material - mar – mai/2013

Alternativas quando não encontra


informação

4% 12%

Outras Bibliotecas
92% Internet
Livrarias

Fonte: Dados da pesquisa

Observa-se, de acordo com o gráfico acima, que a maioria da amostra procura


informações eletrônicas (internet), uma vez que o acesso digital da população é cada
vez mais abrangente em todas as camadas sociais.
43

5.3.5 Grau de satisfação

Como última questão do instrumento de coleta de dados, os entrevistados deram


opinião sobre o grau de satisfação no atendimento da biblioteca. As informações podem
ser visualizadas no gráfico a seguir.

Figura 8- Grau de satisfação dos usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS - mar –


mai/2013

Grau de satisfação

5%

Satisfeito
38%
57% Parcialmente
satisfeito
Insatisfeito

Fonte: Dados da pesquisa

Destaca-se nos resultados, que a grande maioria dos usuários, os quais


responderam ao questionário saíram satisfeitos (57%) ou parcialmente satisfeitos (38%)
da biblioteca e apenas três usuários ficaram insatisfeitos com o atendimento.
44

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência desse estudo realizado na Biblioteca do SEBRAE/RS serviu para


corroborar ainda mais sobre a importância dos estudos de usuários, como uma
ferramenta prática e eficiente para melhorar e modificar o atendimento ao usuário da
unidade de informação o tornado mais eficaz.
As questões levantadas com os objetivos deste estudo foram respondidas,
proporcionando um conhecimento mais elaborado e aprofundado sobre os usuários da
instituição, como gênero, faixa etária, grau de aprendizado, área de atuação
profissional, entre outros.
Com relação à frequência da utilização da biblioteca do espaço físico da pode-se
concluir que ela é pouco utilizada, uma vez que a sua frequência (57%) é de mais da
metade da amostra é eventualmente. Um considerável fator sobre as fontes de
informação é o de que, para estes usuários, é o uso de DVDs, nas áreas de marketing
e vendas.
Quanto ao grau de satisfação dos serviços, grande maioria dos usuários, os
quais responderam à pesquisa se manifestou satisfeito com a Biblioteca, demonstrando
que os serviços prestados pela Biblioteca tiveram o seu valor reconhecido pelos
mesmos.
Conhecer os usuários da Biblioteca do SEBRAE/RS através deste estudo
apresentou questionamentos até então não explorados, mas que são fundamentais
para o desenvolvimento de uma unidade de informação.
45

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TARGINO, Maria das Graças. Conceito de biblioteca. Brasília, DF: ABDF, 1984.
49

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

Pesquisa sobre a utilização do Espaço Pesquisa do SEBRAE Porto Alegre

Esta pesquisa pretende analisar as características dos usuários da Biblioteca do


SEBRAE/RS. A seguir, apresentamos o TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO, que deve ser lido antes de preencher este questionário:

Você está sendo convidado(a) a responder às perguntas deste questionário de


forma totalmente voluntária. Antes de concordar em participar desta pesquisa e
responder este questionário, é muito importante que você compreenda as informações
e instruções contidas neste documento. Sua participação nesta pesquisa consistirá
apenas no preenchimento deste questionário, respondendo às perguntas formuladas.
Os sujeitos da pesquisa não serão identificados em nenhum momento, mesmo
quando os resultados forem divulgados em qualquer forma.

Pesquisador(es) responsável(is):
Rosane Scheffer Evaldt (graduando em Biblioteconomia)
Prof. Geraldo Ribas Machado (professor orientador)
contatos:
email: rsevaldt@ibest.com.br
telefone:969-36525
50

1 Sexo?
( ) Masculino
( ) Feminino

2 Faixa etária?

( ) menos de 20 anos ( ) de 41 a 50 anos


( ) de 20 a 25 anos ( ) de 51 a 60 anos
( ) de 26 a 30 anos ( ) acima de 60 anos
( ) de 31 a 40 anos

3 Qual é a sua escolaridade?


( ) Ensino Fundamental incompleto
( ) Ensino Fundamental completo
( ) Ensino Médio incompleto
( ) Ensino Médio completo
( )Ensino Superior incompleto
( ) Ensino Superior completo
( )Pós-graduação
( ) Outro:

4 A sua empresa atua em que ramo?


( ) Comércio
( ) Serviços
( ) Indústria
( ) Outro:

5 Qual a classificação de sua empresa?


( ) Micro empreendedor individual - MEI
( )Micro empresa - ME
( )Empresa de pequeno porte - EPP

6 Há quanto tempo a sua empresa está constituída?


( ) Até 1 ano
( ) Entre 1 e 2 anos
( ) Entre 2 e 5 anos
( )Entre 5 e 10 anos
( )Acima de 10 anos

7 Qual o assunto que você veio pesquisar na Biblioteca?


( ) Finanças
( )Marketing
( )Legislação tributária
( )Plano de negócios
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( )Planejamento estratégico
( )Idéias de negócios

8 Com que frequência tu utilizas os materiais disponíveis no acervo da biblioteca?


( ) Diariamente
( ) Semanalmente
( ) Mensalmente
( ) Eventualmente
( ) Primeira vez

9 Que tipo de material tu mais utilizas na Biblioteca?


( ) Livros
( ) Periódicos (revistas e outras publicações seriadas)
( ) DVD

10 Que alternativas tu buscas quando tuas necessidades de informação não são


supridas pela biblioteca?

( ) Outras bibliotecas
( ) Ferramentas de busca pela internet
( ) Compra de material bibliográfico em livrarias
( ) Outras . Quais?

11 Qual teu grau de satisfação em relação aos serviços oferecidos pela Biblioteca do
SEBRAE?
( ) Plenamente satisfeito
( ) Satisfeito
( ) Parcialmente satisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Não tenho opinião
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APÊNDICE B – Fotos da Biblioteca

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