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Conselho Consultivo
Presidente do Conselho Leonardo Gadotti Filho – Raízen
Apresentação pág. 7
Entrevista pág. 9
Combustíveis pág. 33
Lubrificantes pág. 82
Conveniência pág. 95
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COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
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ENTREVISTA
entrevista
José Lima de Andrade Neto
Presidente Executivo do Sindicom
O
ano de 2015 registrou fatos positivos em várias frentes de atu-
ação das associadas ao Sindicom – do avanço no combate à
inadimplência contumaz no pagamento de impostos relativos
ao etanol hidratado ao crescimento do varejo de conveniência
nos postos de serviço; do aumento da fiscalização no mercado do agente
redutor líquido automotivo (Arla 32), usado nos veículos a diesel, à ex-
pansão recorde da logística reversa e da reciclagem de embalagens de
lubrificantes, operada pelo Instituto Jogue Limpo.
Na luta contra a inadimplência fiscal no setor, um passo à frente foi a con-
solidação da figura do devedor contumaz, que deliberadamente deixa de
recolher impostos para ter vantagem ilícita sobre os concorrentes e que,
por isso, deve ter tratamento diferenciado do dispensado pelas autorida-
des ao devedor eventual. Em outra frente de atuação, o Sindicom seguiu
atento ao processo de licitação de áreas nos portos públicos, já que os
terminais portuários operados pelas associadas no Norte e Nordeste são
elos vitais da logística de abastecimento dessas regiões.
A distribuição de combustíveis sentiu os efeitos da retração da economia
em 2015. Interrompendo a curva de crescimento iniciada havia quase
uma década, o balanço do ano nas filiadas ao Sindicom fechou com recuo
de 3,5% na comercialização de combustíveis e de 5,6% na de lubrifican-
tes, comparadas as vendas com as de 2014. Em meio aos resultados nega-
tivos – reflexo da queda de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) –, o etanol
hidratado foi destaque, ao retomar terreno entre os donos de carros flex
fuel e ter o consumo elevado em 39,2%.
Estes e outros temas são abordados nesta entrevista pelo novo presiden-
te executivo do Sindicom, José Lima de Andrade Neto.
Quais os seus planos neste primeiro ano à saldo geral, foi a primeira vez em dez anos plência uma vantagem em relação aos con-
frente do Sindicom? que deixamos de registrar crescimento anual correntes que se mantêm em dia com o fisco.
Minha gestão é de continuidade. O foco do de vendas no mercado de combustíveis. No O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial
trabalho permanece centrado na defesa da de lubrificantes, que segue historicamente a (ETCO), do qual fomos fundadores e somos
ética concorrencial. Continuamos comba- tendência do PIB, também tivemos queda do participantes, teve papel muito importante
tendo a inadimplência contumaz, que dese- consumo, tanto na linha automotiva quanto para essa caracterização do devedor contu-
quilibra a concorrência e degrada o merca- na industrial. maz. Por gerar danos ao equilíbrio do mer-
do. E queremos prestar ainda mais serviços cado e à receita pública, ele deve ter trata-
às filiadas. Desde a sua fundação, em 1941, No etanol hidratado, porém, houve avan- mento diferente e mais rigoroso do que o
além de atuar na esfera trabalhista, o sindi- ços em relação à evasão fiscal e o desequilí- dispensado pelo Executivo, o Legislativo e o
cato tem participado de todo o processo de brio da concorrência. Judiciário ao devedor eventual, que deixa de
desenvolvimento do nosso mercado, ao lado Sim, em particular no Estado do Rio de Janei- recolher tributos devido a dificuldades mo-
de governos e outros agentes do setor. ro. Preocupado com a evasão fiscal, o gover- mentâneas em seu negócio.
no fluminense deu tratamento diferenciado
Como o desempenho da economia afetou às distribuidoras com pendências relaciona- Em relação ao futuro dos terminais de
o mercado de combustíveis e de lubrifican- das ao ICMS. Apoiamos o Estado diante de combustíveis nos portos públicos, como o
tes em 2015? contestações judiciais à medida, que gerou Sindicom avalia a evolução do assunto ao
A retração na indústria, nos serviços e no bons resultados para a concorrência leal e a longo de 2015?
comércio impactou diretamente as vendas arrecadação estadual. Nossa preocupação é com a insegurança
de diesel, enquanto a contenção do poder jurídica em relação ao futuro das bases de
de compra das famílias fez cair o consumo Houve outros avanços, durante o ano, no combustíveis nos portos públicos. Elas são
total dos combustíveis da frota de passeio. combate à inadimplência fiscal no setor? vitais para a logística do abastecimento no
Nesse segmento, as vendas de etanol hi- Acredito que em 2015 conseguimos conso- Norte e Nordeste e, por isso, merecem tra-
dratado tiveram alta recorde de 39,2%, mas lidar nesse debate a figura do devedor con- tamento específico das outras áreas portu-
isso não compensou a queda da procura por tumaz, que deixa de recolher impostos de árias. Três anos após a entrada em vigor da
gasolina. Os outros combustíveis, como o forma premeditada e sistemática a fim de nova Lei dos Portos, continuamos atentos
QAV, também tiveram menos demanda. No praticar preços irreais, fazendo da inadim- aos efeitos que os leilões de arrendamento
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COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
“Nossas marcas são sinônimo de compro- Em 2015, primeiro ano de gestão indepen-
dente do Jogue Limpo, os resultados cor-
misso com a garantia do abastecimento, a responderam às expectativas?
qualidade do atendimento, a presença na- E superaram as previsões. No ano, a logística
reversa de embalagens de lubrificantes des-
cional, o desenvolvimento permanente de tinou à reciclagem 94 milhões de unidades
novos produtos e a vanguarda em tecnolo- usadas, que totalizaram 4,7 mil toneladas
de plástico, em 14 estados e no Distrito Fe-
gias que geram vantagens competitivas.” deral, resultado superior em 8% à previsão
inicial. Em 10 anos de funcionamento, o Jo-
de áreas portuárias possam vir a ter sobre a nho dos motores. Sem essas definições, as gue Limpo recolheu 435 milhões de embala-
operação das bases. Defendemos que o setor distribuidoras não têm como dimensionar gens, que somaram quase 22 mil toneladas.
de distribuição deve ser tratado de acordo as adequações operacionais para efetuar a O desafio do Instituto Jogue Limpo é, agora,
com suas especificidades, por responder pelo aditivação. buscar a participação de todos os agentes
abastecimento. Esperamos que ele não seja da cadeia de comercialização nessa logística,
posto em risco no Norte e Nordeste e que As ilegalidades no mercado do agente re- como prevê a lei.
haja segurança para os investimentos quan- dutor líquido automotivo (Arla 32) diminu-
do forem licitadas as áreas para combustíveis. íram em 2015? Como foi o ano para o varejo de conveniên-
As práticas lesivas aos consumidores e ao cia nos postos de serviço?
Na condição de participante das discus- meio ambiente continuam no nosso foco de A conveniência continuou se expandindo
sões sobre o Programa Regional de Avia- preocupação. Mas o grande avanço em 2015 e, nas redes das associadas ao Sindicom,
ção, do governo federal, como o Sindicom foi o engajamento da Polícia Rodoviária Fe- agregando valor ao negócio da revenda,
vê o desafio da distribuição de QAV em deral e do Instituto Brasileiro de Meio Am- favorecida pela força de nossas marcas. A
locais remotos do país? biente e dos Recursos Naturais Renováveis 12ª ExpoPostos & Conveniência, que re-
A proposta que procuramos fortalecer nesse (Ibama) no combate às irregularidades que alizamos em agosto, mostrou que há oti-
debate é a de que os aeródromos de maior envolvem a produção, a venda e a utilização mismo com o potencial desse mercado e
porte sejam polos regionais de abastecimen- do Arla 32. O Instituto Nacional de Metrolo- disposição dos empresários em investir
to de QAV, funcionando como hubs e, assim, gia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) tam- em inovação e qualidade do atendimento,
distribuindo os voos regionais. O programa bém deu mais atenção ao problema. mesmo com as dificuldades da economia.
prevê a construção e a reforma de 270 aero- Sinal desse interesse foram as notícias de
portos no interior do país, mas não é viável Como se comportou, sob o ponto de vista que mais de R$ 150 milhões em negócios
levar o combustível a cada um deles, sob do avanço da qualidade, o segmento de lu- foram deslanchados pelo encontro e o su-
pena de o preço final ficar muito elevado. A brificantes? cesso do Fórum Internacional de Postos de
distribuição do QAV exige escala comercial Nossas nove associadas que atuam no seg- Serviços, Equipamentos, Lojas de Conveni-
na movimentação e armazenamento, assim mento tiveram papel decisivo para que um ência & Food Service, que contou com mais
como segurança operacional e preservação novo sistema de rotulagem, alinhado a pa- de 850 expectadores.
da qualidade do produto. drões internacionais, fosse adotado em 2015
no Brasil. Isso cumulou uma série de discus- Assim como para o mercado de conveniên-
A autorização do uso voluntário do bio- sões técnicas conduzidas pela ANP, com par- cia, a força das marcas também é um dife-
diesel em misturas maiores do que a obri- ticipação ativa do Sindicom, e representou o rencial muito importante para os produtos
gatória ainda é vista com apreensão pelo salto a um novo patamar de prevenção de e serviços automotivos dos postos?
Sindicom? riscos, aumentando a proteção dos trabalha- Muito, porque a trajetória de conquistas e
Nossas preocupações com o risco de frau- dores e consumidores e do meio ambiente. a tradição das associadas ao Sindicom com-
des foram contempladas com uma série de O ano também foi marcado pela entrada de- põem um patrimônio de valor inestimável
exigências fixadas pelas autoridades. Espe- finitiva de uma nova geração de lubrificantes a serviço dos revendedores. Nossas marcas
ramos que esses controles sejam mantidos. no mercado, com maior desempenho, em são sinônimo de compromisso com a ga-
As consequências fiscais do uso voluntário substituição aos antigos. Em outra frente de rantia do abastecimento, a qualidade do
de mais biodiesel em setores da economia atuação, demos atenção especial ao aperfei- atendimento, a presença nacional, o desen-
não estão, no entanto, equacionadas, po- çoamento da logística reversa de lubrifican- volvimento permanente de novos produtos
dendo gerar perdas de receitas para vários tes, feita por meio da coleta de óleo usado ou e a vanguarda em tecnologias que geram
estados. contaminado (Oluc), destinado ao rerrefino. vantagens competitivas. Outro trunfo das
O Sindicom contratou a realização de um es- filiadas é a parceria firme com o proprietá-
Por que a aditivação mínima e compulsória tudo que cotejou o sistema brasileiro com os rio do posto na formatação de outros negó-
da gasolina, prevista para 2015 pela ANP, de outros países e resultou em uma série de cios, como o da conveniência, e na gestão
foi adiada por dois anos? recomendações encaminhadas aos agentes da empresa. O consumidor reconhece todo
Por fatores de natureza técnica que envolve- do mercado, com vistas a ajustar ainda mais esse diferencial: pesquisa recente mostrou
ram os testes para especificação e dosagem essa logística às normas da Política Nacional que cerca de 90% dos motoristas preferem
dos aditivos, que vão melhorar o desempe- de Resíduos Sólidos. as marcas das associadas ao Sindicom.
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PONTO DE VISTA
ponto de vista
COMPLEXIDADE DA DISTRIBUIÇÃO
DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL
Marcus D’Elia
Sócio Executivo - Petróleo e Gás da Leggio
A
logística utilizada para a distribuição de combustíveis no Brasil garante re-
gularmente aos consumidores a disponibilidade dos produtos nos postos
de abastecimento. O alto nível de serviço percebido por estes consumi-
dores ao longo do tempo, não expõe a complexidade desta operação no
país. Um olhar mais detalhado sobre os desafios diários superados pelas distribuido-
ras irá permitir um melhor entendimento sobre a logística neste setor.
Dadas as características da distribuição de combustíveis líquidos no Brasil, podemos
elencar diversos fatores que representam a complexidade da logística atualmente.
Para exemplificá-los foram escolhidos cinco pontos principais:
• Extensão do território nacional
• Localização das origens de produto no país
• Eficiência como instrumento de competitividade
• Exigência do alto nível de serviço
• Limitações na infraestrutura para modais de alto volume
A extensão do território nacional coberta por uma vasta rede de postos, com mais
de 40.000 pontos de abastecimento no país, torna o Brasil um case para estudo sobre
a distribuição de combustíveis. Atualmente, existem 10 cadeias logísticas distintas,
e bem definidas, que movimentam os combustíveis desde suas origens (refinarias,
usinas e portos) até os consumidores. Nestas cadeias são utilizados os principais mo-
dais logísticos: ferroviário, hidroviário, dutoviário e rodoviário. A combinação dos di-
ferentes modais com a decisão de localização das bases de distribuição de forma a
minimizar os custos de atendimento da rede de postos eleva o grau de complexidade
do problema de transporte de combustíveis no Brasil.
Usualmente, o planejamento da rede de distribuição de combustíveis era visto como
estático e poderia ser avaliado em horizontes de 5 a 10 anos. Atualmente a dinâmica
do mercado com relação aos custos de frete, a variação da demanda, a possibilidade
de importação de produtos e a limitação na disponibilidade de tancagem no país
vêm exigindo que estas análises também sejam feitas no curto prazo, com frequência
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COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
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PONTO DE VISTA
Cadeias de Distribuição
Amazonas
Pará
Maranhão
Pernambuco
Bahia
Espirito Santo
Rio de janeiro
São Paulo Bases (Municípios)
Paraná
Rio Grande do Sul
Caracaraí Macapá
Miramar
Oriximiná
Almeirim Belém Itaqui
Itacoatiara
Manaus
Santarém São Luís Mucuripe
(RMAN) Vitória
do Xingu Fotaleza (LUBNOR)
Açailândia
Guamaré
Itaituba Marabá Teresina Guiamaré
RPCC
Cabedelo
Crato
C. do Sul Ipojuca (Suape)
P. Velho Juazeiro
Rio Branco Maceió
Porto
Sinop N. S. do Socorro
Nacional
S. F. do Conde (RLAM)
Jequié Madre de Deus
Brasília
Cuiabá Itabuna
Goiânia Montes Claros
Alto Taquari
Uberlândia G. Valadares
S. J. do Uberava Vitória
Rio Preto Betim Tubarão
Bases (Municípios) Campo Grande Ribeirão
Araçatuba Preto Volta (REGAP)
P. Prudente Bauru Campos dos Goytacazes
Ferrovia Redonda
Duque de Caxias (REDUC)
Ourinhos
Hidrovia (balsa) Maringá Japeri
Londrina
Cascavel Ilha D’ água
Rodovia Tebar
Guarapuava Santos Piracicaba
Poliduto Araucária Paulínia
Guaramirim Paranaguá S. J. dos Campos (REVAP)
Itajaí
Uiuí Passo Biguaçu Barueri
Cruz Alta Fundo S. Caetano do Sul (RECAP) Guarema
Santa Maria Cubatão (RPBC)
Osório
Bagé Canoas (REFAP)
Rio Grandense Rio Grande
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PONTO DE VISTA
Autor:
Marcus D’Elia é Sócio Executivo - Petróleo e Gás da Leggio, com extensa experiência
em projetos envolvendo logística offshore, escoamento de petróleo e distribuição de
combustíveis. Engenheiro Mecânico, com especialização em Engenharia de Produ-
ção formado na PUC/RJ, possui Mestrado em Engenharia Mecânica na Escola Politéc-
nica da USP. Foi Sócio Executivo no ILOS, por 6 anos responsável pelo segmento de
Petróleo&Gás. Atuou como executivo durante 10 anos na indústria automobilística
com passagens pela Volkswagen Veículos Comerciais e Volkswagen México. Sua ex-
periência se estendeu, ainda, aos segmentos de Operação Portuária e Mineração.
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CApítulo especial
PÉ NA ESTRADA DA
TECNOLOGIA
JULIANA CAETANO
Jornalista (Valdevez e Santiago Assessoria Empresarial)
P
arece um futuro distante, mas não é. Sabe a cafeteira Nespresso? Conectada a um
celular, já faz café, remotamente, e permite o controle do estoque de cápsulas.
O mesmo smartphone pode receber informações sobre a frequência cardíaca do
usuário, enviada a partir das fibras condutoras da camisa inteligente desenvolvida
pela Intel - já a Google criou um tecido que identifica o toque das mãos. Isso sem falar na
tecnologia embarcada em automóveis, que se comunica com aparelhos celulares e outros
equipamentos capazes de realizar reconhecimento facial para identificar o motorista ou
definir trajetos e a preferência musical no rádio. Embora o uso doméstico dessas tecnologias
ainda esteja longe de ser massificado, a Samsung lançou uma geladeira inteligente chama-
da Family Hub. Por meio de uma tela de 21.5 polegadas na porta da geladeira, o dono pode
ver os itens em falta usando um app para smartphones. Também pode fazer compras online,
em algumas lojas nos EUA, a partir do display, semelhante a um tablet.
O prefixo smart, do inglês “inteligente”, que tomou conta dos celulares e TVs, promete
encabeçar uma verdadeira revolução tecnológica para varejistas e consumidores, à medida
que chips e sensores se tornam mais acessíveis. Aplicados a uma variedade extensa de obje-
tos, passaram a designar o que é chamado, hoje, de internet das coisas (IoT, Internet of Thin-
gs). A ideia é que a troca de informação entre todos esses equipamentos, sem intervenção
humana, terá impacto decisivo na economia nas próximas décadas. Só no Brasil, segundo a
empresa de pesquisa de mercado IDC, as 140 milhões de “coisas” conectadas hoje serão 400
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milhões em 2020, quando a IoT movimentará US$ 7 bilhões no país, 71% a mais que em
2015. Em todo o mundo, as coisas conectadas já passam de 12 bilhões e chegarão a 30
bilhões em 2020, movimentando US$ 1,7 trilhão.
Com esse movimento recente do mercado internacional, fica claro que a acirrada dis-
puta por diferenciais competitivos, também no segmento de combustíveis, não pode mais
ser vencida apenas com investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas fórmulas
de produtos com maior valor agregado ou equipamentos (bombas) mais eficientes. Para
as principais distribuidoras atuantes no país, a garantia de cruzar a linha de chegada está
em compreender as mudanças que a tecnologia promove em alta velocidade no mundo,
revolucionando a forma de consumir, e oferecer a melhor experiência de consumo, seja no
ponto de venda físico ou na interface virtual das marcas. Aumentar a satisfação do cliente,
no menor prazo possível, são os dois lados da nova moeda do varejo.
Desde ambientes com Wi-Fi gratuito e promoções customizadas até novos meios de
pagamento de combustível, passando pela gestão de estoque ou frotas em tempo real,
tudo está focado em promover a automação, com eficiência e segurança, impactando posi-
tivamente a relação com os consumidores e os resultados das empresas. Por trás de pontos
de venda com forte presença digital está a ideia de poupar o tempo dos consumidores,
aumentar o controle dos revendedores sobre o próprio negócio e permitir que as marcas –
com mais informações estruturadas sobre clientes e seus hábitos de consumo –, planejem
ações de fidelização personalizadas e assertivas, de acordo com as principais tendências do
mercado (veja também as 10 tendências tecnológicas do varejo, no final deste capítulo).
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Pioneirismo em pagamento móvel em larga escala
Em março deste ano, a ExxonMobil fechou parceria com a Apple Pay e tornou-se a primei-
ra grande varejista de combustível a oferecer aos clientes, em larga escala (mais de 6 mil
postos nos Estados Unidos), a possibilidade de pagar o abastecimento do carro, usando o
smartphone e o aplicativo Speedpass+.
Por meio de aplicativos, os consumidores podem escolher o posto com o melhor preço
ou serviço, efetuar pagamento com celulares e tags, acumular pontos nos programas de
relacionamento, e resgatar benefícios em forma de descontos. As empresas, por sua vez,
usam a tecnologia para antecipar movimentos de consumo e desenvolver uma comunica-
ção customizada - e, por isso mesmo, mais relevante - sobre novos produtos, promoções e
parcerias.
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Economia de experiência
A velocidade da vida moderna exige soluções instantâneas, especialmente em se tratando
da geração de consumidores nativos digitais, nascidos entre as décadas de 1980 e 2000,
mais conhecida como Millennials. Hoje, ela representa 2 bilhões de pessoas no mundo e, em
2025, responderá por 75% da força de trabalho global. No Brasil, este grupo equivale a 31%
de toda a população.
Adeptos das compras online, como uma forma prática, econômica e segura, nativos
digitais – e todos a quem influenciam – têm se beneficiado com os avanços que a Internet
proporcionou: comparação instantânea de preços, avaliação de recomendações, e as
redes sociais como alternativa (frequentemente mais eficaz) aos Serviços de Atendimento
ao Consumidor. Em 2015, a receita do mercado online foi de R$ 41,3 bilhões, o que repre-
senta um crescimento de 15% em comparação ao ano anterior, segundo relatório da E-bit
Webshoppers.
Conveniência digital
Com uma rede de aproximadamente 40 mil postos, o Brasil tem
forte potencial de crescimento no varejo de lojas de conveniência
por elas estarem presentes ainda em menos de 20% dos postos. De
acordo com dados do Sindicom, a conveniência conta com mais de
7.300 lojas no país, e movimentou, em 2015, R$ 6,8 bilhões, gerando
mais de 158 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
Além de oferecerem comodidade, as lojas de conveniência Para especialistas em varejo, as lojas e a comunicação tendem a
ganham terreno no mercado de food service, com a vantagem ficar gradativamente mais próximas com o aumento do conteúdo
do horário de funcionamento estendido, na maioria das vezes, de marketing digital presente, de forma significativa, no ponto de
durante 24 horas. A alimentação fora do lar, em 2014, representou venda. Não se trata de apenas substituir a sinalização impressa por
37% do consumo alimentício no Brasil. E a tecnologia presente em mídias eletrônicas, mas de estratégias que contemplem identifica-
plataformas digitais de comunicação visual, como os menu boards ção por radiofrequência (RFID), displays digitais, TVs de LED, meios
(cardápios eletrônicos), potencializam a comunicação com o con- de pagamento móvel e, principalmente, ferramentas de business
sumidor, facilitando a interação e a decisão de compra. Foi assim intelligence para analisar os dados gerados.
que a rede de fast food Burger King aumentou em 63% as vendas
de lanches específicos. E não é só nos mercados mais amadurecidos que encontramos
exemplos bem-sucedidos e inspiradores de conveniência. No Chi-
le, a Companhia de Petróleo do Chile (COPEC) tem, hoje, a terceira
maior cadeia de comida rápida do país, a Pronto, que funciona 24
horas por dia durante os 365 dias do ano. Entre a ampla variedade
de produtos e serviços oferecidos, estão nada menos do que 30
lojas Combo Xpress, onde o cliente compra e paga sem passar
pelo caixa.
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Apostas tecnológicas em inovação
Dentro das empresas, a conectividade também cresce. A tecnologia está presente nas
plataformas digitais (sites, mídias e redes sociais, e-commerce, e-learning e aplicativos, como
o whatsapp, entre tantos outros) que fazem a ponte não apenas com consumidores finais,
mas também com revendedores, parceiros, influenciadores e colaboradores. É ferramen-
ta fundamental para manter todos os funcionários das empresas bem informados sobre
estratégias, produtos e serviços, especialmente os que atuam diretamente no atendimento
aos clientes. Além disso, fornece treinamento aos revendedores, capacitando-os a desem-
penhar, com excelência, as atribuições de relacionamento junto aos consumidores locais.
No Brasil, mercado em que o autosserviço não será uma realidade tão cedo, a tecnolo-
gia precisa estar atrelada a treinamentos para funcionar. Somente a categoria de frentistas,
segundo a Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços
(Abieps), concentra cerca de 120 mil trabalhadores, que são parte integrante da cadeia
produtiva das distribuidoras.
21
ALE
Redes sociais e ações digitais proprie-
tárias: conversando com clientes
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"Para auxiliar o revendedor na gestão
do seu negócio, de forma dinâmica, a
empresa criou o Clube ALE, programa
de incentivo e relacionamento, que
terá seu portal transformado numa
ferramenta ainda mais interativa e
similar a uma rede social."
23
IPIRANGA
Posto completo digital lança Abastece Aí
conectando clientes ao KM de Vantagens
24
com combustível passou a ser apenas uma das opções de con-
sumo possíveis por meio da empresa. Pela companhia, todas as
criações desse laboratório de ideias sustentam a essência da marca
e mantêm o foco permanente na atração e fidelização de clientes.
O resultado? Pesquisa feita em parceria com a Mastercard Advisors
mostrou que, ao ingressar no programa de fidelidade, o cliente Com 7.230 postos no Brasil, a rede acaba de lançar um novo
consome 69% a mais na rede Ipiranga. aplicativo, o Abastece Aí, que é uma solução integrada entre o smar-
tphone do consumidor e o POS2 da rede Ipiranga online, associada à
Tão importante quanto contar com ferramentas analíticas para ConectCar, sistema de pagamento eletrônico que abre cancelas de
customizar a comunicação, definindo o-que-comunicar-para-quem- pedágios e estacionamentos e que oferece desconto de combustí-
-e-quando, é saber filtrar os conteúdos, primando pela relevância. O vel nos postos Ipiranga. Funciona assim: ao parar no posto, o cliente
desafio é transformar dados virtuais em entregas presenciais. Para acessa o aplicativo no celular, escolhe quanto quer abastecer e, na
isso, é preciso estar perto do consumidor e poder interagir com hora, já é informado sobre o quanto pode economizar usando os
ele. O conceito de posto completo, agora digital, portanto, passa a pontos do KM de Vantagens. Com a máquina de cartão em mãos,
contar com wi-fi com sistema de reconhecimento válido para todos o frentista só precisa se aproximar do veículo para reconhecer
os postos, permitindo fazer a geolocalização do cliente, que poderá automaticamente o pedido. Assim como nos aplicativos usados na
receber por push uma promoção assim que entrar num posto. Na recarga de celular ou compra de ingressos, basta o cliente digitar
pista, a sinalização tradicional de faixa, ganha versão eletrônica de sua senha e pagar o serviço.
LED, capaz de exibir conteúdos dinâmicos, em alta definição, com
grande impacto visual, aumentando a atratividade para as promo- Com uma retaguarda ampliada e os serviços e a conveniência
ções, produtos e serviços. Dentro das lojas, os sistemas de rádio do posto físico já consolidados, a Ipiranga segue, cada vez mais,
e TV KM de Vantagens oferecem, além de música ambiente, mais para o ambiente digital, criando conexão ainda maior nas relações.
conteúdo. Até na rede Jet Oil é possível acompanhar a troca de óleo A proposta é estar presente em todos os momentos. Para isso, há
por telas de TV. algum tempo tem acompanhado o movimento da integração do
espaço físico com o virtual. Este é o caminho natural e, portanto, a
empresa está se posicionando, rapidamente, como o Posto Comple-
to Digital, com diversas ações que tornam o posto acessível não só
na rede física, mas também a alguns cliques dos clientes.
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PETROBRAS DISTRIBUIDORA – BR
Acolhimento digital na BR Mania e
fidelização aditivada por youtubers
26
E por falar em investimento em web, a Petrobras Distribui-
dora realizou sua primeira promoção com foco na comunicação
por redes sociais, conquistando 1 milhão de participantes com a
estratégia 100% digital. A promoção Time Petrobras sorteou três
consumidores com cinco carros cada. Para participar, cada consu-
Para acessar a rede wi-fi, o cliente se cadastra no midor deveria ter seu cadastro completo no Petrobras Premmia,
programa de fidelidade Petrobras Premmia – programa acumular um mínimo de 60 pontos registrados no Programa e
de relacionamento com quatro anos de existência e 10 mi- montar seu próprio “Time” com mais quatro amigos, no site da
lhões de consumidores ativos –, e recebe informações sobre promoção, seguindo as regras de participação. Considerando que
lançamentos e promoções da rede. Nas lojas, os consumido- essa mecânica seria consistente com a proposta de relaciona-
res também podem acumular e resgatar pontos do progra- mento através das redes sociais, foi utilizada uma estratégia que
ma, trocando por produtos, como o sanduíche de picanha, consistia em vídeos com youtubers e personalidades da Internet
um dos carros-chefes do cardápio de marca própria BR Mania. com milhões de seguidores – como o apresentador Marcos Mion,
Segundo a empresa, essa integração é essencial para poupar por exemplo. Toda semana, esses influenciadores publicavam ví-
tempo do cliente, já que a característica da conveniência é ser deos competindo entre si em modalidades, como levantamento
uma experiência rápida, embora também mais ousada dentro de pesos, vôlei de praia, tiro com arco, entre outras. Os partici-
do mercado de combustíveis. pantes puderam votar nos melhores vídeos através de hashtags
no YouTube e no Twitter, decidindo, assim, quem faria parte do
O resultado deste ambiente mais jovem e conectado deve time do Marcos Mion.
contribuir para a maximização da receita no ponto de venda. Em
média, hoje, uma franquia BR Mania agrega 17% nas vendas do A migração das mídias tradicionais de massa para as mídias
posto. Considerando que a BR tem, em todo o território nacional, mais diretas revela a importância que a comunicação individual
cerca de 8 mil postos, dá para se ter uma ideia do potencial de e customizada tem para a empresa atualmente. A divulgação
crescimento da conveniência. Dentre as comemorações pelos 20 da promoção em portais e plataformas digitais contribui para o
anos da BR Mania – que conquistou, em 2016, pelo terceiro ano incremento das comunidades da marca, que reúne cerca de 13,5
consecutivo, o “Selo de Excelência em Franchising Categoria Mas- mil seguidores no Twitter, mais de 17 mil assinantes do canal no
ter”, concedido pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) – foi YouTube, além de ter alcançado mais de 7 milhões de visualiza-
inaugurada uma loja conceito no edifício sede, onde podem ser ções nos vídeos divulgados da campanha.
testados novos produtos e serviços antes de serem implementados
na rede franqueada. Para a gestão das franquias, a distribuidora
investe continuamente numa solução integrada em plataforma
web, com sistema hospedado “na nuvem”, permitindo análise de
dados online do que está sendo vendido em cada loja. Esse sistema
oferece também ao franqueado uma série de relatórios do resulta- A CADA 60 PONTOS
NO PREMMIA 1 NOVA
do operacional da loja e consulta aos mais importantes indicadores CHANCE DO SEU
de gestão do negócio e permite a completa integração com a TIME GANHAR.
pista e com a franquia Lubrax+, capacitando os revendedores BR a
realizarem a gestão completa do seu empreendimento, de qualquer
lugar que estejam.
27
RAÍZEN
Meios de pagamento automatizados
criam abastecimento 'pit stop’
28
Neste modelo de pagamento automatizado, uma antena insta-
lada na cobertura do posto de abastecimento identifica por rádio
frequência o tag no veículo do cliente, e ele só precisa informar ao
frentista a quantidade de combustível desejada. A partir daí, toda
a transação é automatizada e o valor, cobrado na fatura do usuário.
Além de proporcionar conforto para o cliente, a empresa ressalta
o ganho do revendedor com a maior agilidade no fluxo de veícu-
los em horários de pico e com o público potencial de 4,5 milhões
de usuários. Sem contar que os monitores do sistema Sem Parar
podem veicular conteúdo de marketing, ampliando a divulgação de
campanhas e podendo oferecer benefícios customizados de acordo
com o perfil do cliente. A previsão é de que, em três anos, mais de
1,5 milhão de consumidores adotem a tecnologia. Por enquanto,
a solução atende somente pessoas físicas, mas deve ser ampliada
para pessoas jurídicas (frotas leves).
Numa parceria com a Ecofrotas, a Raízen ainda criou o Expers,
solução integrada em gestão de frota pesada e frete, com foco no
controle total do processo para evitar desperdícios e fraudes. Pre-
sente em 555 postos pelo Brasil, em quase 60% deles está fazendo A Raízen testa, ainda, em um
uso da tecnologia pump link. O sistema online exclusivo, integrado à projeto piloto, uma inovadora fun-
bomba, recebe mais de 25 parâmetros de abastecimento, previamen- cionalidade tecnológica via celular
te definidos pelo gestor, como regra para autorizar o destravamento que trará uma nova experiência de
da bomba e abastecer os caminhões. Ao passar o cartão Expers, o sis- abastecimento. A ideia é otimizar o
tema confirma os parâmetros pré-definidos e libera o tipo de produto tempo do cliente na hora do paga-
e volume de combustível adequado, considerando o consumo desde mento, sem que ele precise esperar
o último abastecimento. a máquina do cartão chegar. Os
Por meio de relatórios e indicadores atualizados, que permitem consumidores farão a operação
um controle automático e em tempo real, a estimativa é reduzir em sem sair do carro, de forma segura,
até 10% os custos com combustível atrelado aos benefícios de uma garantida por uma grande empresa
gestão mais eficiente e controle da operação. A solução conta, tam- de meios de pagamento parceira.
bém, com consultores especializados e indicadores que auxiliam No futuro, a ferramenta dará acesso
na identificação e correção de erros, com o objetivo de melhoria às compras nas lojas de conveni-
contínua. A plataforma permite planejamento de rotas de acordo ência e troca de óleo. A empresa
com a rede de postos disponível pelo caminho, e garante que 100% acredita que investir em experiên-
das notas fiscais sejam recolhidas em até 15 dias. cias de pagamento segue a linha
de uma proposta de valor diferen-
ciada com produtos e serviços de
qualidade.
29
De olho no futuro
Além das tecnologias já implementadas em mercados maduros,
atendimento, eficiência e segurança são os principais desafios das
distribuidoras nos próximos anos.
Aliar as novidades digitais à excelência no atendimento presen- visão de futuro das lojas de postos: "Meca para as pessoas em movi-
cial é a chave para garantir a entrega de uma boa experiência de con- mento”. Promessa válida, inclusive, em datas como o Natal.
sumo ao cliente no Brasil. Enquanto na pista o foco é manter equipes A comunicação sem fio, ponto de partida para a implementação
bem informadas, proativas e engajadas no suporte presencial aos de operações modernas, já é uma realidade e o mercado nacional
avanços técnicos; as lojas de conveniência tornam-se fortes vitrines conta com diversas empresas fornecedoras dessas tecnologias, como
para atrair e facilitar a decisão de consumo com apelo, cada vez mais os meios de pagamento remoto via smartphones ou equipamentos
cotidiano, de ganho de tempo e praticidade. A inspiração continua de multimídia nas bombas, a serviço do marketing. No entanto, há
sendo as boas práticas de mercados maduros, como os Estados Uni- questões ainda não contempladas na legislação brasileira e especifi-
dos, cujo patamar de serviço e qualidade é referência que as princi- cidades do setor de combustíveis que tornam mais lenta a execução
pais distribuidoras brasileiras estão a caminho de alcançar. das estratégias para efetivar mudanças.
A Wawa Inc., cadeia de lojas de conveniência, na Pensilvânia, Aposta-se que os postos devem passar por desafios semelhan-
é exemplo disso. Incorporou a sinalização digital em sua rede de tes aos bancos com o advento dos caixas eletrônicos, que ainda hoje
mais de 600 lojas de conveniência nos EUA, ampliando o potencial coexistem com o atendimento presencial. A tecnologia deve che-
de marketing digital na área de food service. Com uma paginação gar de maneira gradativa, respeitando as peculiaridades e desafios
renovada, as lojas contam com telas digitais para apresentar novos de estabelecimentos expostos às intempéries, além do modelo de
produtos, sugerindo combinações de alimentos ou opções de bebi- negócios que envolve revendedores e franqueados. Seja na conve-
das com base no clima do dia. As mensagens são exibidas em grande niência, na gestão de frotas, no controle de estoque ou na interação
formato para telas montadas no restaurante e área de café. com o consumidor por meio de CRM, o que não faltam são oportu-
Na lista das 100 melhores empresas para se trabalhar em 2016, nidades de crescimento.
pela Fortune, a Sheetz é também uma das principais lojas de con- Combinados à viabilidade econômica, num mercado cada vez
veniência dos EUA, com mais de 450 pontos espalhados pelo país. mais competitivo, aspectos como eficiência energética, segurança
Em 1993, foi pioneira ao experimentar telas sensíveis ao toque para e redução de impacto ambiental serão mais importantes à medida
os clientes fazerem pedidos, mecanismo conhecido como Made-To- que cresce o uso de tecnologias. Para os postos do futuro as princi-
-Order Food. Começou a utilizar totens com menu virtual, cheio de pais tendências de modelos sustentáveis incluem o reuso de água
descrições e fotos, incentivando os clientes a experimentar novos de lavagem, captação de água da chuva, energia solar ou eólica e
alimentos. Como resultado dessa inovação, que deixou o consumi- iluminação de LED, além do transporte eco-eficiente. Até na calibra-
dor com mais autonomia, uma vez que não precisava mais pergun- gem há a possibilidade de encher os quatro pneus simultaneamente,
tar tudo ao atendente, descobriu que pedidos de comida feitos por poupando tempo, com ar comum ou nitrogênio puro. Parece futuris-
meio de uma tela são sempre mais recheados. Hoje, conta com um ta demais? A Qatar Airways equipou, recentemente, alguns modelos
aplicativo para pedidos mobile, debita- de jatos, em rotas dos EUA, Ásia e Europa, com luzes LED que imitam
dos em cartão de crédito da própria em- o brilho do sol, de acordo com o ritmo
presa, além de pedidos online pelo site. circadiano natural dos passageiros, mi-
É dela a expressão que melhor define a nimizando os efeitos do jet lag. Hora de
apertar cintos: o futuro já começou.
30
10 tendências tecnológicas do varejo
Para enfrentar a crise e crescer, a economia da experiência agrega valor ao
varejo em geral e, em especial, ao setor de combustíveis e conveniência:
2. Primeiro o mobile
Não basta ter o próprio app, é preciso que ele seja desejável para render milhares de downloads na Inter-
net. Precisa ser útil, ter relevância, proporcionar praticidade aos usuários e ser divertido.
3. Interface invisível
Pedir para completar sem abrir o vidro do carro é um exemplo de solução que elimina a interface do
pagamento à medida que permite ao consumidor informar pelo celular o quanto deseja abastecer e ao
frentista receber tudo pelo tablet. O valor é debitado no cartão de crédito ou via boleto mensal.
4. Experiência afetiva
Só comprar um produto não garante boas memórias com ele. A experiência de consumo exige interação
com vários aspectos da identidade das marcas: da fachada ao cheiro, passando pelo atendimento. Pro-
dutos customizados com experiências reais são valorizadas.
6. A serviço do cliente
A tecnologia deve ter um propósito além da novidade. Ela confere poder ao cliente, que passa a estar
no controle 24 horas por dia, sete dias por semana, usando dispositivos móveis. Exemplo: provadores
virtuais que ajudam o consumidor a ter contato com o produto. Em uma loja de Nova York, se o cliente
não encontra a peça de roupa no tamanho correto, basta fazer a leitura do código QR com o celular na
etiqueta do produto de que gostou e ir direto ao provador indicado. O item estará lá, esperando por ele.
7. Interação sempre
Sinalização digital sem interatividade é pouco. O consumidor espera interagir sempre. Celulares e tablets
funcionam como “controles remotos” com os quais os consumidores estão familiarizados.
9. Arquitetura digital
Receber novas tecnologias digitais na loja física implica mudanças no espaço, na arquitetura, desde a
acústica. Exemplo: alto-falantes unidirecionais instalados no teto, permitem que uma determinada mensa-
gem sonora seja transmitida somente para o consumidor que estiver à frente de um determinado produto.
10. Gamificação
Comunicar uma mensagem pode (e deve) ser feita de forma lúdica, como um jogo. É mais fácil reter a
informação fruto de uma experiência divertida. Educação com diversão.
Fontes:
18ª edição da Feira e Congresso Internacionais de Automação para o Comércio 2016 (Autocom);
105ª Big Show realizado pela National Retail Federation (NRF);
Portal O Negócio do Varejo;
Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC);
Pequenas Empresas & Grandes Negócios;
Associadas ao Sindicom.
31
32
COMBUSTÍVEIS
33
MERCADO TOTAL
D
epois de um longo ciclo de altas mento de 37,5% nas vendas desse produto, celeração da economia, o governo decidiu,
consecutivas, com significativa o consumo absoluto de combustíveis para no 3º trimestre, desligar usinas termelétricas,
expansão, em 2015 o mercado de motores de ciclo Otto1 em gasolina equiva- o que trouxe redução nas vendas de óleo
combustíveis foi impactado pela lente2, usados na frota de passeio, registrou combustível.
forte retração na economia brasileira, regis- aumento inexpressivo de apenas 0,2%. Todas as regiões do país, sem exceção al-
trando uma mudança no comportamento, Essa mesma elevação nos preços da ga- guma, registraram queda no consumo total
após 11 anos de crescimento. Acompanhan- solina, com perda de competitividade fren- de combustíveis em 2015. Também em todas
do a variação negativa do Produto Interno te ao etanol hidratado, e a perda do poder as regiões, o etanol hidratado teve aumento
Bruto (PIB), o volume total comercializado de compra das famílias foram os fatores que significativo nas vendas, sempre acima dos
em 2015, de 130,3 bilhões de litros, repre- trouxeram a queda de 7,3% nas vendas de 30%. Registraram resultados negativos em
sentou uma queda de 2,0% em relação ao gasolina, após impressionante década de todos os produtos, com exceção do etanol
ano anterior. crescimento. hidratado, as regiões Sul, Sudeste e Nordes-
Além dos impactos na atividade econô- Apesar de algum crescimento no agro- te. Apesar dessa redução nos demais produ-
mica, o consumo sofreu com a redução da negócio, o óleo diesel refletiu diretamente tos, a região Sul, no total, foi a que menos
massa de rendimentos da população. Adicio- tanto a retração da economia, principalmen- sofreu, com retração de 0,7% no consumo,
nalmente, houve, também, grande pressão te da atividade industrial e do varejo, quanto sendo a queda de 2,6% no óleo diesel a me-
negativa pelo reajuste de preços de gasolina o forte aumento de preços, sofrendo uma lhor performance desse produto entre todas
(3%) e óleo diesel (5%) nas refinarias ao final redução no consumo acentuada, que en- as regiões. As regiões Centro-Oeste e Su-
(novembro) de 2014, logo seguido, em feve- cerrou um ciclo de cinco anos seguidos de deste ficaram no grupo intermediário, com
reiro de 2015, de aumento na tributação inci- crescimento. queda no consumo total em relação ao ano
dente sobre esses mesmos produtos. Ao final O consumo dos combustíveis de aviação anterior de 1,3% e 1,5%, respectivamente.
do 3º trimestre de 2015, outro novo reajuste (QAV3 + GAV4) também foi menor, sendo pe- A região Centro-Oeste foi a única que apre-
de 5% na gasolina e no óleo diesel penalizou nalizado por vários fatores: a ausência dos sentou resultado positivo nos combustíveis
ainda mais as vendas. eventos impulsionadores de demanda ocor- de aviação (+1,5%), enquanto a região Nor-
Impulsionado pelas altas nos preços da ridos em 2014 (Copa do Mundo e ciclo elei- te conseguiu leve crescimento nas vendas
gasolina, o etanol hidratado permaneceu toral), a otimização da malha de voos promo- de gasolina C (+0,5%) e forte crescimento
competitivo, nos estados produtores, por vida pelas companhias aéreas e a redução no GNV5 (+28,0%), apesar do volume pouco
praticamente todo o ano. O etanol hidratado de venda das passagens para passageiros representativo. No geral, a pior performance
foi o único combustível que teve crescimen- corporativos, reflexo da queda na atividade ficou com as regiões Norte e Nordeste, com
to em 2015, aumentando sua participação econômica. redução de 4,0% e 4,1%, respectivamente,
na matriz de combustíveis em 3,9 pontos Com as chuvas melhorando o nível dos onde o resultado do óleo diesel ficou abaixo
percentuais. Apesar do excepcional cresci- reservatórios das hidrelétricas e com a desa- da média nacional.
Gasolina C
33,4% Gasolina C
31,6%
2014 2015
1. Ciclo Otto: motores de combustão interna, com ignição por centelha, movidos a etanol hidratado, gasolina C ou GNV.
2. Equivalência entre os volumes de etanol hidratado, GNV e gasolina C, tendo como referência o poder calorífico da gasolina.
34 3. QAV: Querosene de Aviação.
4. GAV: Gasolina de Aviação.
5. GNV: Gás natural veicular (medido em m3).
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / MERCADO TOTAL
120
100
80
60
40
20
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Óleo Diesel 39,0 41,6 44,8 44,3 49,2 52,3 55,9 58,5 60,0 57,2
Gasolina C 24,0 24,3 25,2 25,4 29,8 35,5 39,7 41,4 44,4 41,1
Etanol Hidratado 6,2 9,4 13,3 16,5 15,1 10,9 9,9 11,8 13,0 17,9
Aviação (QAV + GAV) 4,5 4,9 5,3 5,5 6,3 7,0 7,4 7,3 7,5 7,4
Óleo Combustível 5,1 5,5 5,2 5,0 4,9 3,7 3,9 5,0 6,2 4,9
GNV 2,3 2,6 2,4 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 1,8 1,8
Total 81,2 88,3 96,1 98,8 107,4 111,3 118,8 125,8 133,0 130,3
Variação (%) +2,6 +8,8 +8,9 +2,8 +8,7 +3,7 +6,7 +5,9 +5,7 -2,0
37,5
0,2
Etanol Ciclo Óleo Diesel Óleo Diesel Óleo Diesel Óleo Diesel Óleo Mercado
Gasolina C GNV Aviação
Hidratado Otto Revendedor Consumidor TRR Total Combustível Total
-20,4
35
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
04 Participação por segmento 05 Vendas por Região - variação de volume 2015 x 2014 (%) Fonte: Abegás/ANP
-1,5%
60,4 59,5
2014
2015
Bilhões de litros
-4,1% -0,7%
-1,3%
24,2 23,2 22,9 22,8 -4,0%
14,8 14,6
10,7 10,2
99,8 99,3
82,0 77,6
73,4
62,1
36,7
CONJUNTURA ECONÔMICA
Apesar da expectativa otimista do Governo Combinado com o desligamento de usi- incertezas quanto à capacidade do governo
Federal, que previu crescimento do PIB em nas termelétricas a partir do 2º semestre de implementar medidas para realinhar as con-
2015, a atividade econômica, que havia ini- 2015, a forte retração na atividade industrial tas públicas e a economia de forma geral.
ciado processo de estagnação ao longo de e a menor movimentação de cargas pelo Isso afugentou investidores, agravando um
2014, acabou por registrar recessão acentu- setor de transportes rodoviários, foram os quadro econômico já difícil. Ao longo do
ada em 2015. Com forte retração na ativida- principais responsáveis pela redução do con- ano, com os indicadores econômicos cain-
de industrial (-6,2%) e no setor de serviços sumo de óleo diesel e de óleo combustível. do, o país teve reduzida a sua atratividade
(-2,7%), apenas os crescimentos de 1,8% do O rebaixamento da nota de crédito do em relação a outras economias emergentes
setor agropecuário e de 4,9% na indústria Brasil, e consequente perda do grau de in- e em desenvolvimento. Para os anos que se
extrativa mineral não foram suficientes para vestimento por duas grandes agências de seguem, é esperado que as dificuldades na
fazer a economia apresentar números posi- classificação de risco (Standard & Poor’s em economia permaneçam, sendo necessários
tivos, fazendo o PIB registrar queda de 3,8%, setembro, Fitch em dezembro), refletiu a re- ajustes desafiadores, para que o Brasil re-
a maior em 25 anos. alidade adversa de uma recessão mais pro- tome o crescimento sustentável e possa se
A alta do dólar e dos preços administra- funda, de um cenário de desajuste fiscal e de mostrar atraente aos investidores.
dos (como combustíveis, energia, telefonia,
água e tarifas de ônibus, entre outros) pres- 08 PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) - Setor de atividade (%) Fonte: IBGE
sionaram os preços em 2015. Além disso, a in-
• Taxa anual por setor de atividade em comparação ao ano anterior
flação de serviços seguiu elevada. A perda do
grau de investimento, associada à crise políti- Setor de atividade 2014 2015
ca, acentuaram as dificuldades na economia. Agropecuária 2,1 1,8
Mais uma vez a performance do setor de Indústria -0,9 -6,2
distribuição superou o desempenho da econo-
Extrativa mineral 8,6 4,9
mia brasileira. Entretanto, a deterioração quase
que generalizada da economia terminou por Transformação -3,9 -9,7
09 PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) - Variação com o mesmo período do ano anterior (%) Fonte: IBGE
2014 2015
Trim I Trim II Trim. III Trim. IV Trim I Trim II Trim. III Trim. IV
PIB acumulado no ano 3,1 1,9 0,9 0,1 -1,2 -1,7 -2,5 -3,8
37
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
10 DADOS MACROECONÔMICOS - Produto Interno Bruto (PIB): taxa de variação (%) Fonte: IBGE/FMI
Val. Correntes
PIB real Histórico de Variação do PIB
(US$ Trilhões)
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2015
Mundo 5,6 5,7 3,0 0,0 5,4 4,2 3,4 3,3 3,4 3,1 73,5
Brasil 4,0 6,0 5,0 -0,2 7,6 3,9 1,8 2,7 0,1 -3,8 1,8
Estados Unidos 2,7 1,8 -0,3 -2,8 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,6 18,0
Japão 1,7 2,2 -1,0 -5,5 4,7 -0,5 1,7 1,6 -0,1 0,6 4,1
Alemanha 3,9 3,4 0,8 -5,6 3,9 3,7 0,6 0,2 1,6 1,5 3,4
França 2,4 2,4 0,2 -2,9 2,0 2,1 0,2 0,7 0,2 1,2 2,4
Reino Unido 3,0 2,6 -0,3 -4,3 1,9 1,6 0,7 1,7 3,0 2,5 2,9
Itália 2,0 1,5 -1,1 -5,5 1,7 0,6 -2,8 -1,7 -0,4 0,8 1,8
Canadá 2,6 2,0 1,2 -2,7 3,4 3,0 1,9 2,0 2,4 1,0 1,6
Economias em desenvolvimento e emergentes2 8,2 8,6 5,8 3,1 7,5 6,3 5,2 5,0 4,6 4,0 29,1
China 12,7 14,2 9,6 9,2 10,6 9,5 7,7 7,7 7,3 6,8 11,4
Índia 9,3 9,8 3,9 8,5 10,3 6,6 5,1 6,9 7,3 7,3 2,2
Rússia 8,2 8,5 5,2 -7,8 4,5 4,3 3,4 1,3 0,6 -3,8 1,2
México 5,0 3,1 1,4 -4,7 5,1 4,0 4,0 1,4 2,1 2,3 1,2
Argentina 8,4 8,0 3,1 0,1 9,5 8,4 0,8 2,9 0,5 0,4 0,6
Venezuela 9,9 8,8 5,3 -3,2 -1,5 4,2 5,6 1,3 -4,0 -10,0 0,1
Chile 5,8 5,2 3,2 -1,0 5,7 5,8 5,5 4,3 1,9 2,3 0,2
1. Economias mais avançadas - Grupo G7: Classificação oriunda do “The World Economic Outlook” / FMI e nesta designação se encontra os 7 países destacados.
2. Economias em desenvolvimento e emergentes: Classificação é oriunda do “The World Economic Outlook” / FMI. Os valores médios destacados sob esta designação dizem
respeito a todos os países que nela se encontram. Ao todo são 151 países. Os países destacados foram escolhidos por terem alguma semelhança com o Brasil, seja em termos
geográficos ou econômicos.
vendas sindicom 11 Participação de mercado por distribuidora (%) Fonte: Abegás /ANP/Sindicom
As vendas de combustíveis das associadas ao
Sindicom mantiveram-se no patamar acima
dos 100 bilhões de litros, totalizando 101,1 0,7 0,2
bilhões de litros, representando uma redu- 3,8
2,8 11,3
ção de 3,5% em relação ao ano anterior. Uma 18,0
22,4
26,6
vez que o volume total teve queda de 2,0%,
37,9 2,8
a participação das associadas ao Sindicom 0,6
3,3
caiu 1,2 ponto percentual, a 77,6%. 5,2 32,0
63,3 19,0
O único destaque positivo foi o etanol hi- 19,2
dratado, que teve crescimento de 39,2% na 2,9 19,6
comparação com o ano anterior, enquanto
o mercado total cresceu 37,5%. Em todos os 19,5 22,9
92,7 19,6
demais produtos a queda de vendas nas em-
20,8
presas associadas ao Sindicom foram mais 1,3
4,1
significativas do que o mercado. 19,3 56,5
O preço médio da gasolina nos postos re- 14,2
vendedores subiu 19,8% ao longo do ano, já 37,3 34,9
27,8
iniciando o ano pressionado por reajuste de 20,4 17,1
preços ao final de 2014 e aumento de tributa-
ção em fevereiro, seguido de novo aumento
ETANOL ÓLEO ÓLEO AVIAÇÃO TODOS OS
no último trimestre. Por outro lado, o preço HIDRATADO
GASOLINA C GNV
DIESEL COMBUSTÍVEL (QAV+GAV) COMBUSTÍVEIS
médio do etanol hidratado registrou aumen-
to de 29,0%, notadamente concentrado no BR IPIRANGA RAÍZEN1 ALE AIRBP OUTRAS
último trimestre do ano, ao fim da safra. Isso equivalente registraram queda de 1,8% em
estimulou as vendas do etanol. 2015. O óleo diesel nas associadas ao Sin-
As vendas de gasolina pelas associa- dicom acompanhou a queda apontada no
das ao Sindicom tiveram recuo de 8,6%, o mercado, com redução de 5,0% nas vendas,
GNV também sofreu queda de 8,5%, en- ou 0,2 ponto percentual abaixo do mer-
quanto o etanol hidratado cresceu 39,2%. cado, que recuou 4,8%. Comportamento
Consequentemente, depois de um forte similar em relação ao mercado teve o óleo
crescimento no ano anterior, as vendas combustível, com diminuição de aproxima-
de combustível do ciclo Otto em gasolina damente 20% nas vendas.
39
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
REFINARIAS
PETROQUÍMICAS
USINAS DE
ETANOL POSTOS
PRODUTORES DE DISTRIBUIDORAS
ARMAZENAGEM
BIODIESEL E TRANSPORTE
40.809 POSTOS
FORMULADORES 27.022 AUTOMOTIVO
IMPORTADORES ADITIVOS com bandeira (66%)
4 FORMULADORES
Gasolina A
156 IMPORTADORES
Diesel e Gasolina A TRANSPORTADOR
AVIAÇÃO
40
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / MERCADO revendedor
MERCADO
REVENDEDOR
C
om um total de 93,5 bilhões de PR, GO e MT), que representavam 78,7% das termelétricas. O segmento de TRR teve leve
litros de gasolina C, etanol hidra- vendas em 2014, representaram 73,1% em crescimento, de 12,9% para 13,0%.
tado, óleo diesel e GNV, o merca- 2015. Outros dois estados (MG e MS) tam- Em relação aos biocombustíveis adicio-
do revendedor é responsável pela bém entraram no grupo e tiveram paridade nados aos derivados de petróleo, destaque
comercialização no país de 79,3% do volume favorável ao etanol por 7-9 meses, respon- para o teor de etanol anidro na gasolina C,
total daqueles produtos, sendo o restante do dendo por mais 11,4% das vendas. que subiu de 25% para 27%, em março de
mercado dividido entre grandes consumido- Com o incremento nas vendas, o etanol 2015, enquanto o teor de biodiesel perma-
res (14,4%) e o segmento de Transportadores hidratado aumentou ainda mais sua participa- neceu estável em 7%, percentual em vigor
Revendedores Retalhistas (TRRs), com 6,3%. ção na matriz energética do ciclo Otto, pulando desde novembro de 2014.
Os combustíveis do ciclo Otto consumidos de 21,8% para 29,3%, novamente repetindo o Somavam 40.809 os postos de servi-
através das cadeias de revenda aumentaram ano anterior, enquanto a gasolina C recuou de ço registrados no país no fechamento de
para 99,3% sua participação no total consu- 75,1% para 67,8% e o GNV de 3,1% para 2,9%. 2015. Integravam as redes de revenda das
mido no mercado. Sem o auxílio do controle de preços do ano filiadas do Sindicom 23.173 postos, um au-
Mantendo o trend de performance po- anterior, e fortemente impactado pelos reajus- mento de 726 unidades em relação ao ano
sitiva ano a ano, as vendas no mercado re- tes de preços e pela perda de poder de compra anterior, representando 56,8% do total. Re-
vendedor tiveram pequeno crescimento de das famílias, as vendas de gasolina C recuaram sultado principalmente de programas de
0,5% em 2015, a despeito da retração acen- 7,2% no mercado revendedor em 2015. embandeiramentos, fusões e aquisições
tuada na economia. O óleo diesel comercializado pela reven- nos últimos anos, a participação de postos
O etanol hidratado acentuou e solidifi- da voltou ao seu comportamento tradicio- com bandeiras das associadas ao Sindicom
cou o processo de crescimento iniciado em nal, acompanhando mais proximamente o cresceu mais uma vez: de 53,8% em 2013,
2013, acumulando um aumento expressivo PIB. Encerrou o ano com queda de 3,4% nas para 56,1% em 2014 e mais 0,7 ponto per-
de 82% nas vendas em relação ao volume vendas, bastante alinhado com uma econo- centual em 2015. Os postos chamados
vendido em 2012. No ano, a demanda pelo mia que caiu 3,8% no ano. “bandeira branca”, sem vínculo a nenhuma
produto cresceu impressionantes 38,1% no A participação do segmento revende- marca, viram sua participação cair de 34,7%
mercado revendedor. A vantagem econô- dor nas vendas de óleo diesel aumentou de para 33,8% do total de postos de serviço,
mica do produto, resultante da paridade de 57,3% para 58,1%, basicamente por conta da enquanto os postos de outras marcas res-
preços favorável com a gasolina, alavancou redução de 29,8% para 28,9% da participa- ponderam pelos demais 9,4%. Com o au-
as vendas por longo período do ano e aju- ção das vendas do produto para o segmento mento de 2% no número de postos, tendo
dou a diluir um pouco a concentração de de grandes consumidores, impactado prin- o volume crescido apenas 0,5%, a venda
consumo. Os quatro estados onde a parida- cipalmente pelo forte recuo na atividade in- média mensal por posto caiu 1,5% no ano,
de foi favorável por dez meses ou mais (SP, dustrial e o desligamento parcial das usinas atingindo 191 m3/mês por posto.
Produto 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gasolina C 23,1 23,6 24,7 25,0 29,5 35,1 39,3 41,1 44,0 40,9
Óleo Diesel 22,5 24,5 25,2 25,2 27,7 29,4 31,7 33,6 34,4 33,2
Etanol Hidratado 6,0 9,0 13,1 16,2 14,9 10,7 9,7 11,6 12,8 17,7
GNV 2,3 2,6 2,4 2,1 2,0 2,0 1,9 1,9 1,8 1,8
Total 53,9 59,6 65,5 68,5 74,1 77,2 82,7 88,2 93,0 93,5
Variação (%) 4,1 10,6 9,8 4,7 8,2 4,2 7,0 6,7 5,5 0,5
41
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
Outras 15,0 16,0 18,0 19,6 21,4 21,5 23,0 24,5 25,2 26,7
Total 53,9 59,6 65,5 68,5 74,1 77,2 82,7 88,2 93,0 93,5
• 117,9 bilhões de litros Fonte: Abegás/ANP • Gasolina C + Óleo Diesel + Etanol Hidratado + GNV
0,6 1,1
13,0 TRRs
6,3%
28,9 Grandes
consumidores
14,4%
99,4 98,9 100,0
58,1 117,9
bilhões
de litros
Postos
ÓLEO ETANOL revendedores
GASOLINA C GNV
DIESEL HIDRATADO 79,3%
Postos revendedores
Grandes consumidores
TRRs
GNV
Etanol
1,9%
Hidratado
18,9% Outras BR
28,5% 27,6%
42
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / MERCADO revendedor
48 47 20
RR AP 72 53 -
278 504 90
AM
PA MA 733 471 260
202
179
607 438 CE RN 345 135 82
367 707
279
64 176 PI PB 262 350 126
43
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
44
22 Venda média mensal por postos revendedores (vmm) Fonte: Abegás/ANP/Sindicom
*GNV em milhões de m3
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / MERCADO revendedor
45
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
ciclo otto
A
lguns dos principais fatores que ram o aumento acentuado da taxa básica de movida exclusivamente à gasolina, abrem-
levaram a um histórico de cresci- juros e a maior restrição no crédito ao con- -se as possibilidades de escolha do consu-
mento vigoroso no consumo de sumidor, sofrendo uma queda de quase 26% midor. Isso traz um dinamismo particular ao
combustíveis para motores de na comparação com o ano anterior. Mas, mercado, envolvendo aspectos como preços
ciclo Otto, usados na frota de passeio, deixa- mesmo assim, ainda foram comercializados competitivos e garantia de regularidade na
ram de existir em 2015. Aconteceram, simul- 2,5 milhões de novos veículos que, somados oferta do produto, que incentiva a liberdade
taneamente, o fim de incentivos à compra de à frota de veículos leves, ajudaram a susten- de concorrência. Ao mesmo tempo, traz de-
veículos novos, a redução da massa de rendi- tar as vendas no mesmo patamar de 2014. safios tanto à produção, que pode ver a mi-
mentos da população e reajustes acentuados Não se alterou, em relação a anos passa- gração da demanda de um produto a outro,
nos preços da gasolina C. Ao final, a demanda dos, o perfil dos novos veículos leves adicio- quanto às distribuidoras, que devem ade-
por esses produtos (gasolina C, etanol hidra- nados à frota. Saíram de fábrica equipados quar rapidamente sua logística. A substitui-
tado e GNV), em gasolina equivalente, ficou com motor flex fuel o equivalente a 88,4% ção de um produto, praticamente transporta-
praticamente estagnada, com pífio crescimen- dos veículos vendidos, ou 2,2 milhões de uni- do, todo ele, através de dutos, para outro com
to de 0,2% em relação a 2014. É de se registrar dades, ao passo que apenas 136 mil tinham sua logística concentrada no transporte ro-
que a queda significativa do consumo de ga- motores movidos somente à gasolina. doviário, traz desafios. Ao longo dos anos, as
solina C foi compensada pelo crescimento ro- Sendo aproximadamente nove em cada distribuidoras ganharam expetise nesse movi-
busto de consumo de etanol hidratado. dez veículos novos movidos a motores flex mento, sem que seja sentido qualquer proble-
As vendas de veículos leves novos senti- fuel, sem aumento representativo na frota ma de abastecimento quando isso ocorre.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 22,3 25,4 28,3 30,0 31,8 33,5 35,8 38,5 41,7 41,9
Outras 10,2 10,8 12,6 14,3 15,1 14,9 15,7 15,6 17,5 18,8
Total 32,5 36,3 41,0 44,3 46,9 48,4 51,5 54,1 59,1 60,7
Total em gasolina equivalente 31,3 34,2 37,7 39,9 43,0 45,7 49,2 51,4 55,8 55,9
24 CICLO OTTO - participação por produto 2014 e 2015 Fonte: Abegás/ ANP 25 Vendas do ciclo Otto - 2015 x 2014
ETANOL
GASOLINA C GNV
HIDRATADO
46
2014 2015
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / ciclo otto
26 ciclo otto - vendas (em gasolina equivalente) por região - 2015 x 2014 Fonte: ANP
27,5 27,4
+ 0,1%
Bilhões de litros
+ 1,4%
+ 1,1%
10,3 10,3 9,6 9,7 + 2,5%
5,4 5,4
3,0 3,1
2014 2015
• Mercado Total
55.816 55.910
52.051 2.353 2.287
49.159 2.432
9.096
45.692 2.531 12.503
43.002 8.228
2.571 6.930
39.673 2.606
37.634 7.629
2.734
34.209 3.156 10.552
31.330
3.327
11.530
2.992 9.303
6.557 44.367
4.331
41.391 41.119
39.698
35.491
29.844
24.008 24.325 25.175 25.409
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gasolina C (mil m3) Etanol Hidratado (mil m3) GNV (milhões m3)
47
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
3,1
3,0 846 veículos
2,7
elétricos vendidos
2,5
2,5 2,4
150 mil veículos vendidos
movidos a óleo diesel
2,0 1,8
1,0
2,2 milhões de veículos
vendidos são flex fuel,
0,5 88,4% do total
comercializado
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
29 Correlação: mercado ciclo Otto (em equivalência energética) e consumo das famílias1 Fonte: ANP/ IBGE
Bilhões
R$ bilhões de litros
240 17,0
16,0
220 15,0
14,0
200
13,0
12,0
180
11,0
10,0
160
9,0
140 8,0
7,0
120 6,0
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
gasolina c
E
m 2015 ocorreu a reversão no com- A participação da gasolina C nas vendas em março de 2015. A medida trouxe consi-
portamento do mercado de gasolina para o mercado revendedor perdeu 3,6 pon- go alguma discussão sobre impactos nos
C. Encerrando um ciclo de onze anos tos percentuais no volume total de combus- motores, porém fabricantes e especialistas
de crescimento sucessivo, ocorreu tíveis vendido nos postos, registrando 43,7% concordaram e a alteração acabou sendo
uma redução considerável no consumo do pro- de participação nas vendas em 2015. O cres- implementada. A gasolina premium, de alta
duto. O total de 41,1 bilhões de litros de gasoli- cimento acentuado do etanol hidratado foi o octanagem, permaneceu, entretanto, com
na C vendidos trouxe uma queda de 7,3% nas responsável por essa queda. 25% de etanol anidro na mistura.
vendas, na comparação com o ano anterior. Os postos revendedores com bandeiras Sob fiscalização do Programa de Moni-
Combinando perda da renda das famílias das associadas ao Sindicom comercializaram toramento da Qualidade dos Combustíveis
e reajuste de preços, que tirou competitivi- 30,0 bilhões de litros de gasolina C, ou 73,5% da ANP, a qualidade da gasolina nos postos
dade do produto frente ao etanol hidratado do total de 40,9 bilhões de litros vendidos revendedores apresentou discreta piora
em muitos mercados, o resultado foi o me- nesse canal. em 2015. O índice de não conformidade,
nor consumo deste combustível, principal- O teor de etanol anidro adicionado à no país, atingiu 1,9% em 2015, contra 1,2%
mente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. gasolina A aumentou de 25% para 27% em 2014.
Outras 5,7 5,4 5,9 6,4 7,7 9,2 10,5 10,8 11,3 10,9
Total 24,0 24,3 25,2 25,5 29,8 35,5 39,7 41,4 44,3 41,1
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 17,9 18,6 19,0 18,9 21,9 26,1 28,9 30,4 32,8 30,0
Outras 5,2 5,0 5,8 6,2 7,6 9,1 10,4 10,6 11,2 10,8
Total 23,1 23,6 24,7 25,0 29,5 35,1 39,3 41,1 44,0 40,9
Grandes
consumidores
0,6%
Outras BR
26,5% 27,7%
41,1 40,9
bilhões bilhões
Ale
de litros Postos
revendedores 5,3% de litros
99,4%
Ipiranga
Raízen 20,8%
19,7%
49
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
• (R$/litro)
3,70
3,50
3,30
3,10
2,90
2,70
2,50
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2015 3,032 3,301 3,323 3,308 3,299 3,301 3,296 3,295 3,277 3,480 3,576 3,633
2014 2,956 2,955 2,980 2,988 2,978 2,966 2,957 2,960 2,963 2,960 3,009 3,031
2013 2,763 2,887 2,886 2,876 2,862 2,848 2,839 2,835 2,834 2,834 2,841 2,946
2012 2,743 2,734 2,740 2,742 2,737 2,731 2,729 2,725 2,723 2,731 2,747 2,754
3,60 3,58
4.200
3,48
3,50
4.000
3,40
3,32 3.800
3,30 3,31 3,30 3,30 3,30 3,30
3,30
3,28 3.600
3,20
3.400
3,10
3,03
3,01
2,98 2,99 2,98 3.200
3,00 2,96 2,97 2,96 2,96 2,96 2,96 3,03
2,96
2,90 3.000
2,80 2.800
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
50
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / gasolina c
6,0
5,0
3,9
4,0
2,8
3,0
1,8 1,9 1,9 1,9
2,0 1,4 1,3
1,3 1,2
1,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1. A partir de Junho/2015 a pesquisa de monitoramento feita pela ANP não abrange todos os estados.
• Postos revendedores
Premium Premium
Aditivada
0,3% 0,3%
Aditivada
20,2% 21,8%
44,0 40,9
bilhões bilhões
de litros Comum de litros Comum
79,5% 77,9%
2014 2015
51
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
etanol
hidratado
A
mudança ocorrida no comporta- Além disso, a vantagem econômica foi pre- 0,4 ponto percentual, para 62,5%, no total
mento em geral do mercado de sente por mais tempo: nos primeiros quatro de 17,7 bilhões de litros comercializados
distribuição, apontando queda estados, dez meses ou mais. Nos outros dois, nesse canal.
nas vendas após longo ciclo de sete a nove meses. Juntos, esses estados fo- Ainda no mercado revendedor, foi de
crescimento, não se registrou no etanol hi- ram responsáveis por 85% das vendas totais 18,9% a participação do etanol hidratado no
dratado. Por conta dos aumentos nos preços do produto. mix de combustíveis comercializados (óleo
da gasolina C, a paridade permaneceu favo- As vendas em níveis recorde, alavanca- diesel, gasolina C, etanol hidratado e GNV),
rável ao etanol hidratado por mais tempo e das pelas altas de preços na gasolina C, fize- representando um aumento de 5,1 p.p. com-
em mais estados do que no ano anterior. O ram com que o produto aumentasse em 3,9 parado com 2014.
produto, o único dos combustíveis com alta pontos percentuais sua participação na ma- A Agência Nacional do Petróleo, Gás
em 2015, registrou vendas recordes no ano, triz energética de combustíveis. Na matriz do Natural e Biocombustíveis (ANP) e as Se-
de 17,9 bilhões de litros, um aumento ro- ciclo Otto, por sua vez, a participação do eta- cretarias Estaduais de Fazenda mantiveram
busto de 37,5% na comparação com o ano nol hidratado subiu 7,4 pontos percentuais, rigoroso controle e fiscalização sobre os vo-
anterior. para 29,4%. lumes comercializados pelas distribuidoras
A demanda pelo etanol hidratado vem As associadas ao Sindicom, que comer- de etanol hidratado. Isso permitiu que os
aumentando substancialmente nos últimos cializaram 62,1% do volume total, ou 11,1 números reportados à ANP pelos produto-
anos, sendo de 80% o crescimento desde bilhões de litros, reportaram aumento de res e distribuidores refletissem, em 2015, da
2012 no mercado total. As vendas de veícu- vendas no etanol hidratado ainda maior, de mesma forma que no ano anterior, dados
los novos, 90% deles com motores flex fuel, 39,2% em relação a 2014. alinhados com a realidade do mercado.
possibilitam liberdade ao consumidor de es- O segmento revendedor, responsável Apresentou discreta melhora, em 2015,
colher qual produto abastecer no momento por 98,9% das vendas totais do produto, a qualidade do etanol hidratado comercia-
da compra. Em 2015 a paridade de preços anotou uma alta de 38,1%, sendo que as lizada nos postos revendedores. De acor-
favorável ao etanol, antes concentrada em filiadas ao Sindicom tiveram aumento de do com o Programa de Monitoramento da
apenas quatro estados (São Paulo, Paraná, 39,4%. Os postos revendedores com ban- Qualidade dos Combustíveis da ANP, o ín-
Goiás e Mato Grosso), se repetiu também em deiras das associadas ao Sindicom foram dice de não conformidades no país ficou
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, todos, responsáveis pela venda de 11,1 bilhões de em 1,5%, mantendo-se num patamar bas-
estados produtores deste biocombustível. litros de etanol hidratado, um aumento de tante baixo.
Outras 3,4 4,1 5,5 6,8 6,3 4,6 4,1 3,7 5,0 6,8
Total 6,2 9,4 13,4 16,7 15,1 10,9 9,9 10,8 13,0 17,9
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 2,8 5,2 7,8 9,9 8,7 6,3 5,8 7,1 7,9 11,1
Outras 3,2 3,9 5,3 6,4 6,1 4,4 7,0 4,5 4,9 6,6
Total 6,0 9,0 13,1 16,2 14,9 10,7 12,8 11,6 12,8 17,7
52
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / etanol hidratado
Grandes
consumidores
1,1%
BR
20,5%
17,9 17,7
Outras
37,5%
bilhões bilhões
de litros Postos
revendedores de litros Raízen
19,6%
98,9%
Ale
3,0%
Ipiranga
19,4%
17.588 17.862
8,0
7,0
6,0
5,0
3,8
4,0 3,1
3,0 2,3 2,2 2,5 2,1
2,0 1,7 1,6 1,6 1,5
1,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1. A partir de Junho/2015 a pesquisa de monitoramento feita pela ANP não abrange todos os estados.
53
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
Milhões de Bilhões de
unidades litros
30 20
18
25
16
14
20
12
15 10
8
10
6
4
5
2
0 0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
+ 1,9%
-7,2%
+ 3,1%
650,1
637,7 35,6
33,0
28,9 29,8
54
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / etanol hidratado
17,0
13,8
-2,8%
+ 17,8%
4,3 3,9
1,6 1,9
48 Preço produtor e preço bomba - Etanol hidratado SP - 2014 e 2015 Fonte: ANP/Cepea (Esalq)
• (R$/litro)
2014 2015
2,555
2,264
2,491
2,058 2,092
1,978 1,935 2,001
1,909 1,926
1,881 1,869 1,873 2,101
2,042 2,040
1,946 1,969 1,933 1,705
1,902 1,874 1,901 1,897
1,857
1,709
1,369 1,385
1,339 1,529
1,266 1,262
1,215 1,207 1,216 1,176
1,420 1,138
1,326 1,273
1,285 1,261 1,227
1,201 1,229 1,201 1,218 1,199
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
55
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
• (R$/litro)
2,90
2,70
2,50
2,30
2,10
1,90
1,70
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2015 2,061 2,224 2,226 2,179 2,141 2,112 2,081 2,061 2,074 2,365 2,578 2,659
2014 2,047 2,074 2,168 2,177 2,134 2,071 2,042 2,034 2,005 1,999 2,016 2,041
2013 1,956 2,000 2,058 2,064 2,029 1,943 1,918 1,902 1,895 1,914 1,932 2,022
2012 2,034 1,982 1,997 1,986 1,967 1,938 1,909 1,890 1,888 1,888 1,896 1,936
2,80 1.800
2,58
2,60 1.600
2,50 1.500
2,40 1.400
2,37
2,30 1.300
2,22 2,23
2,18 2,18
2,20 2,17 1.200
2,14
2,13 2,11
2,07 2,07 2,08 2,07
2,10 2,04 2,04
2,06 2,06 1.100
2,03
2,02
2,01 2,00
2,00 2,05 1.000
1,90 900
1,80 800
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
56
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / etanol hidratado
MERCADO REGIONAL
Apesar da forte concentração das vendas tados com paridade de preços favorável ao
nos estados produtores, onde é viável a ma- etanol hidratado, tem 13% da demanda na-
nutenção da paridade favorável, as vendas cional pelo produto. O estado é responsável
tiveram crescimento em todas as regiões. Em por 7% do consumo total.
todas as Unidades da Federação, sem exce- Na região Sul, que representa 11% do
ção, houve aumento substancial na deman- total, as vendas estão concentradas no Pa-
da pelo etanol hidratado. raná, estado produtor que é responsável
A região Sudeste é responsável por 67% por 9% delas.
das vendas no país, sendo que somente São A região Nordeste responde por menos
Paulo, o maior produtor nacional, responde de 8% do total. Bahia e Pernambuco, que
por 53% desse total. Porém, o grande desta- sozinhos representam quase 60% do consu-
que foi o crescimento de 139% na demanda mo da região, tiveram crescimento de quase
em Minas Gerais, onde desde 2010 a pari- 90% na demanda.
dade de preços não era favorável ao etanol Mesmo a região Norte onde, por proble-
hidratado, passando a representar 10% do mas logísticos, o produto não é representati-
consumo nacional. vo, teve crescimento acentuado de 57,6% na
A região Centro-Oeste, com Goiás per- comparação com 2014.
manecendo por onze meses na lista dos es-
+33,8%
11.840
8.850
Milhões de litros
+ 37,4% + 42,4%
+ 78,7%
2.261 + 57,6%
1.995
1.645 1.401 1.352
757
143 226
2014 2015
57
58
52 Paridade1 - Etanol hidratado / Gasolina C (%) Fonte: ANP
Paridade
70%
2012 2013 2014 2015
UF J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
AC 80 80 80 80 80 80 80 81 82 82 82 82 82 81 81 81 81 81 81 81 81 81 81 79 78 79 79 80 85 86 87 86 86 86 86 85 85 81 80 80 80 80 80 80 79 76 78 78
AL 81 81 80 80 82 84 83 83 83 83 83 83 83 80 82 84 85 85 86 86 86 85 84 83 82 82 84 85 86 85 86 85 85 85 83 82 82 77 78 78 78 78 77 78 79 75 78 80
AM 82 83 82 81 81 81 80 80 80 80 80 80 80 79 80 82 84 83 82 81 81 81 81 79 79 80 81 82 83 82 80 80 80 80 79 78 79 75 75 77 77 77 77 77 77 75 79 85
AP 81 85 86 85 85 85 85 85 85 84 83 85 83 79 78 84 86 85 86 87 85 88 88 89 89 90 89 96 96 97 97 97 97 98 95 93 94 90 90 90 80 78 78 81 81 86 86 87
BA 75 75 75 76 78 79 79 78 78 77 77 77 77 76 77 77 78 78 78 78 78 78 78 74 75 75 75 79 81 80 80 79 80 80 79 78 78 73 72 72 73 72 72 72 72 72 75 76
CE 82 79 77 78 80 83 81 80 80 80 79 80 82 80 81 83 84 81 82 83 83 83 83 81 80 81 81 82 85 83 83 83 83 83 81 81 82 78 77 77 77 77 77 77 77 76 78 79
DF 80 79 78 81 80 80 80 80 80 80 80 80 80 76 76 76 76 76 76 76 76 76 76 77 77 77 80 84 81 79 79 79 79 79 78 78 78 75 77 77 77 77 77 77 76 79 80 82
ES 86 87 86 87 86 87 87 86 87 87 88 88 87 85 85 87 88 88 87 86 86 84 84 84 85 85 85 88 88 89 88 87 86 87 86 86 87 82 82 84 84 84 81 80 80 80 82 86
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
GO 70 69 70 71 71 69 68 67 67 66 66 68 70 68 68 69 69 67 65 65 65 66 66 70 70 70 71 72 71 69 67 69 67 67 68 67 68 68 68 68 65 64 64 64 64 69 70 71
MA 85 85 85 82 81 82 82 82 83 83 82 82 83 82 83 85 85 85 82 82 82 83 83 82 82 82 82 85 86 86 86 86 87 87 85 84 84 81 82 82 82 81 82 82 82 82 83 87
MG 78 77 76 76 77 76 76 75 75 74 74 74 74 73 74 75 75 73 71 71 71 71 71 71 72 73 76 77 76 75 74 73 73 73 72 72 73 72 71 67 66 66 65 64 63 69 73 74
MS 80 79 79 79 79 78 77 75 74 74 74 74 74 72 74 74 74 72 71 71 70 71 71 70 70 71 72 74 74 71 71 71 71 70 69 69 69 69 70 69 70 69 69 69 68 71 76 77
MT 76 74 72 71 67 64 63 64 63 63 62 64 66 66 67 66 65 65 66 66 66 65 65 66 67 69 71 72 71 71 66 62 62 65 64 66 64 64 64 63 62 60 60 58 57 57 65 70
PA 84 84 84 81 81 82 82 82 82 82 82 83 84 83 84 86 86 86 85 85 85 85 85 83 83 84 85 86 87 87 88 87 87 87 86 85 86 83 83 82 82 82 82 81 83 82 85 86
PB 83 82 82 84 84 82 83 86 85 83 82 82 82 79 81 80 81 82 82 83 83 82 82 80 79 80 80 80 81 81 81 81 80 80 79 78 78 74 73 73 73 74 75 75 76 75 77 78
PE 79 79 78 76 78 79 79 80 80 79 79 79 79 78 79 81 81 82 83 82 80 80 80 78 79 79 80 81 82 82 83 82 82 83 82 81 81 74 74 75 73 72 72 72 72 72 74 76
PI 88 88 88 88 89 89 89 89 89 88 86 87 88 86 87 88 89 90 90 89 89 89 89 88 88 88 89 90 92 92 92 92 92 92 89 88 88 82 82 83 83 83 82 83 82 81 86 89
PR 75 73 73 74 74 73 72 71 71 71 69 70 70 69 71 72 71 68 67 67 66 67 68 67 68 69 72 72 71 69 69 69 68 68 67 68 68 68 69 68 67 67 66 65 66 69 73 74
RJ 80 79 79 79 79 79 78 77 77 77 77 77 77 76 77 77 78 77 76 75 75 75 76 76 76 77 80 80 80 79 79 78 78 78 77 77 78 77 76 76 76 75 75 75 74 77 81 83
RN 82 82 82 82 82 82 83 84 83 83 83 82 82 82 83 84 84 84 85 85 85 85 85 84 84 84 85 88 88 88 88 88 88 88 87 86 85 80 79 79 80 80 80 80 80 78 79 81
RO 82 82 82 82 82 82 82 82 82 81 80 80 80 78 79 81 81 81 81 81 81 81 81 79 79 80 82 83 83 83 83 83 83 83 82 82 82 77 77 77 77 77 76 76 77 75 76 79
RR 90 89 89 89 89 89 89 89 89 89 89 89 89 86 86 87 90 92 91 92 92 91 91 89 89 88 89 89 90 90 90 90 90 90 89 88 89 85 83 85 85 85 85 85 86 83 85 92
RS 86 87 88 88 88 88 87 87 87 86 86 86 86 83 85 86 87 86 86 85 84 84 84 82 82 83 85 86 86 84 83 84 84 84 82 81 82 79 80 81 79 77 77 76 75 79 85 88
SC 88 88 87 88 88 88 88 87 88 88 87 87 86 83 85 87 88 86 84 84 83 82 82 81 82 83 86 87 87 87 86 84 84 83 81 81 82 78 79 81 81 80 78 78 77 78 82 86
SE 83 83 83 83 84 83 83 84 84 84 84 84 85 82 83 85 87 87 87 87 87 88 87 86 85 85 86 85 85 85 85 86 86 86 85 84 84 78 77 77 77 78 78 79 81 76 78 81
SP 71 69 70 71 70 68 67 67 67 67 67 69 69 68 70 70 69 66 65 64 64 65 66 67 67 69 71 71 69 66 66 66 66 65 65 65 66 67 66 65 64 63 62 61 62 68 72 73
TO 73 75 76 75 75 75 75 75 75 74 74 74 74 71 73 75 76 75 75 74 74 73 73 73 74 74 75 76 76 76 75 75 75 75 75 75 75 74 74 74 75 75 74 74 75 73 77 80
1. Paridade de Preços: a paridade é a equivalência entre os preços do etanol hidratado e gasolina C considerando a diferença entre o poder calorífico de cada combustível. É vantajoso o abastecimento com etanol quando
este possuir um preço até 70% do valor da gasolina C. O poder calorífico é a quantidade de energia por unidade de massa libertada na oxidação de um determinado combustível.
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / gnv
GNV
A
elevação nos preços dos combus- A participação das associadas ao Sindi- 53 Participação por distribuidora
tíveis líquidos em 2015, apesar de com na comercialização do GNV também se-
• Postos revendedores Fonte: Abegás/Sindicom
trazer um aumento de competiti- guiu caindo. Se há 11 anos atrás esse número
vidade do GNV, não foi suficiente era superior a 50%, em 2015 significou pouco BR
para aumentar a demanda pelo produto. Há mais de um terço (36,7%) da demanda total, 17,1%
8 anos, desde 2008, com a crise de abasteci- com uma queda de 2,3 pontos percentuais
mento provocada por problemas de impor- em comparação ao ano anterior.
tação do gás boliviano, a confiança do con-
sumidor ficou seriamente afetada, gerando MERCADO REGIONAL Outras 1.759 Ipiranga
queda contínua nas vendas do produto. Em A região Sudeste representa exatos 70,0% 63,3% milhões 14,2%
2015 foram comercializados pouco menos do volume comercializado do GNV no Brasil. de m3
de 1,8 bilhão de m3 de gás natural veicular, O Rio de Janeiro, devido à manutenção da Raízen
4,1%
representando uma redução da demanda de política governamental de incentivo à con-
2,8% comparado com 2014. versão de motores através da redução no Ale
1,3%
A pressão nos preços dos combustíveis IPVA, e estado onde em 1991 foi inaugurado
líquidos ao longo de 2015 trouxe novo alen- o primeiro posto de GNV, permanece na lide-
to ao produto, porém ainda não suficiente rança isolada, sendo responsável por 53,9%
para assegurar tranquilidade necessária que das vendas nacionais. O segundo estado em 54 Participação por estado
leve à nova onda de conversões. Consumi- participação nacional também está na mes- • Postos revendedores Fonte: Abegás
dores podem ter a percepção da possibili- ma região: São Paulo, com 12,3% de partici-
Demais UFs
dade na volta de alguma relação positiva pação no volume vendido. 14,1%
mais permanente entre os preços de GNV e A região Nordeste responde por 18,4%
da gasolina C e etanol hidratado, mas isso das vendas do produto no país, com comer- CE 3,3%
ainda não se refletiu em número crescente cialização bem distribuída em 7 estados, PE 3,2%
de conversão de motores, em 2015 . Perma-
nece, assim, a necessidade de se ter estabi-
destacando-se a Bahia, 4ª no ranking nacio- RS 3,7%
nal, com 4,1% das vendas.
1.759
lidade do mercado de GNV, para que novos A região Sul é responsável por outros
BA 4,1% milhões
consumidores possam avaliar seriamente a 10,8% do volume de GNV, com destaque para SC 5,3%
de m3 RJ
53,9%
possibilidade da conversão. Com o custo da Santa Catarina, com 5,3% do total nacional.
conversão relativamente alto, o benefício Por questões logísticas, o mercado de
SP 12,3%
econômico da conversão precisa ser percebi- GNV é pouco desenvolvido nas regiões Nor-
do, restabelecendo-se a segurança da oferta te e Centro-Oeste. As demais Unidades da
a preços competitivos, por prazo suficiente Federação, não citadas nominalmente, têm
para amortizar esse investimento. participação inferior a 4% do total.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 1.166,0 1.306,4 1.224,5 1.030,4 922,4 890,0 822,1 756,6 706,0 645,9
Outras 1.135,7 1.252,5 1.203,2 1.072,6 1.082,2 1.087,6 1.125,0 1.114,1 1.104,2 1.113,5
Total 2.301,6 2.558,9 2.427,7 2.103,0 2.004,6 1.977,6 1.947,0 1.870,7 1.810,2 1.759,4
59
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
56 vendas por região - 2015 x 2014 Fonte: Abegás 57 Volume e participação por Estado Fonte: Abegás
• Postos revendedores 2015: 1.759 milhões de m3 • Postos revendedores 2015 - GNV (em milhões de m3)
-2,5%
UF Volume %
SP 216,2 12,3
SC 93,3 5,3
BA 72,2 4,1
RS 65,4 3,7
Milhões de m3
CE 58,0 3,3
PE 57,1 3,2
-2,0%
RN 45,2 2,6
-6,4%
MG 33,8 1,9
330 323
-11,4% + 28,0% ES 33,0 1,9
203 190
SE 31,5 1,8
PR 31,4 1,8
10 9 4 5
PB 30,6 1,7
Participação SUDESTE NORDESTE SUL CENTRO-OESTE NORTE
em 2015: 70% 18% 11% 0,5% 0,3% AL 28,8 1,6
AM 5,0 0,3
2014 2015
MS 4,7 0,3
DF 2,1 0,1
MT 1,2 0,1
GO 1,2 0,1
Números de veículos
Volume de vendas
convertidos acumulado (Frota)
60
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / gnv
300.000 272.610
250.000
200.000 187.040
150.000
100.000 76.386
43.770 41.484
32.746 34.105 29.896
50.000 23.849 20.453
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Números de veículos
convertidos acumulado Volume de vendas Número de
Ano (Frota) (milhões de m3) conversões ao ano
2005 1.052.295 1.937,0 216.336
2006 1.324.905 2.301,6 272.610
2007 1.511.945 2.558,9 187.040
2008 1.588.331 2.427,7 76.386
2009 1.632.101 2.103,0 43.770
2010 1.664.847 2.004,6 32.746
2011 1.706.331 1.977,6 41.484
2012 1.739.676 1.947,0 34.105
2013 1.769.572 1.870,7 29.896
2014 1.793.421 1.810,2 23.849
2015 1.816.290 1.759,4 20.453
2015 x 2014 1,3% -2,8% -14,2%
61
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
óleo diesel
O
desempenho negativo da econo- reajuste de 5% ao final de setembro de 2015. quecimento da economia. Já o segmento de
mia, notadamente no setor indus- O comportamento de retração nas ven- postos revendedores sofreu queda de 3,4%
trial, impactou fortemente o mer- das se repetiu em todos os segmentos que, em relação ao ano anterior, com vendas de
cado de óleo diesel, encerrando entretanto, sentiram esse efeito na ativida- 33,2 bilhões de litros de óleo diesel, e teve
um ciclo de cinco anos de crescimento. Expe- de econômica com intensidades diferentes. sua participação no total comercializado
rimentando uma queda de 4,8% em relação Com o acentuado recuo da atividade indus- do produto aumentada em 0,8 ponto per-
a 2014, o volume total comercializado foi de trial, associado ao menor consumo por parte centual, para 58,1%. A participação de cada
57,2 bilhões de litros. As associadas ao Sin- das usinas termelétricas, após o desligamen- segmento demonstra o avanço do mercado
dicom responderam por 82% dessas vendas, to de onze usinas movidas a óleo diesel em revendedor como um todo, em detrimento
movimentando 46,9 bilhões de litros. agosto de 2015, o segmento consumidor dos grandes consumidores.
A demanda pelo óleo diesel também foi sofreu o maior impacto, com queda de 7,7% Os postos revendedores com bandeira
pressionada pelos sucessivos reajustes de nas vendas e perdendo 0,9 ponto percentual das associadas ao Sindicom comercializaram
preços, de 5% nas refinarias em novembro de do mercado total. 25,2 bilhões de litros do produto, represen-
2014, seguido, em fevereiro de 2015, de au- O volume no segmento dos TRR’s teve tando 75,7% do volume nesse segmento.
mento na tributação sobre o produto, e novo queda de 4,0%, também sentindo o desa-
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 32,9 35,3 37,6 36,8 40,9 43,3 46,1 47,9 49,3 46,9
Outras 6,1 6,2 7,2 7,5 8,3 8,9 9,8 10,6 10,7 10,3
Total 39,0 41,6 44,8 44,3 49,2 52,3 55,9 58,5 60,0 57,2
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 17,0 18,6 19,5 19,2 21,1 22,5 24,1 25,4 26,3 25,2
Outras 5,5 5,9 5,7 6,0 6,6 6,9 7,6 8,2 8,0 8,1
Total 22,5 24,5 25,2 25,2 27,7 29,4 31,7 33,6 34,4 33,2
• Mercado Total
TRR TRR
12,9% 13,0%
62 2014 2015
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / óleo diesel
Outras
Ale 12,7%
Outras 0,5%
24,3% BR
31,8%
33,2 Raízen
20,4%
7,4 BR
43,0%
Ale
3,6% bilhões bilhões
de litros de litros
Raízen Ipiranga
19,3% 21,0%
Ipiranga
23,3%
• R$/litro
3,10
2,90
2,70
2,50
2,30
2,10
1,90
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2015 2,611 2,788 2,810 2,809 2,808 2,807 2,805 2,805 2,809 2,925 2,965 2,985
2014 2,485 2,491 2,497 2,502 2,500 2,500 2,499 2,501 2,501 2,500 2,564 2,606
2013 2,156 2,252 2,301 2,332 2,333 2,333 2,333 2,331 2,331 2,332 2,332 2,466
2012 2,038 2,040 2,042 2,045 2,045 2,045 2,076 2,131 2,136 2,145 2,148 2,151
63
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
3,10 6.000
2,99
3,00 2,97
2,93 5.500
2,90
2,81 2,81 2,81 2,81 2,81 2,81 2,81
2,79
2,80 5.000
2,70
2,61 4.500
2,61
2,60 2,56
2,40
3.500
2,30
2,20 3.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
64
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / óleo diesel
68 Participação das vendas DE ÓLEO DIESEL por setor 69 variação 2015 x 2014 da demanda de óleo diesel por setor
• Mercado Total Fonte: ANP • Mercado Total 2015: 57,2 bilhões de litros Fonte: ANP
Agricultura/Pecuária
1,2% Poder público
0,3%
Energia Agricultura/ Poder
Transporte TRR Indústria Serviços
Energia elétrica Serviços elétrica Pecuária público
4,3% 0,3%
Indústria -3,0 -2,5
-4,0
7,7%
-9,1
TRR
13,0% 57,2 -18,5
bilhões
de litros
-36,6 -35,7
Transporte
73,1%
Bilhões
R$ bilhões de litros
335 17,0
16,0
315
15,0
295 14,0
13,0
275
12,0
255 11,0
10,0
235
9,0
215 8,0
T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
65
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
Milhares de
unidades
250
221,2 -47,7%
207,2 -27,9%
200,6 197,2
200 -38,9%
178,8
170,9 172,9
154,5
149,5
150 136,4 139,1 137,1
126,8132,2
114,3
101,0 95,3
100
76,7 75,9
71,7
50 32,9
31,1 34,6
24,3 27,9 23,9 28,8 27,5
19,2 16,8
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Caminhões 76.692 100.975 126.760 114.286 170.886 172.871 139.147 154.549 137.073 71.655
Veículos leves a diesel 75.899 95.336 132.218 136.417 178.778 200.619 197.211 221.189 207.194 149.513
Ônibus 19.179 24.273 27.948 23.877 31.148 34.638 28.809 32.918 27.542 16.792
66
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / óleo diesel
72 volume DE ÓLEO diesel - ASSOCIADAS sindicom 73 Postos S-10 - Associadas Sindicom - 2015 Fonte: Sindicom
AM 329 563
PA
RN 204
119 468 MA CE
73,8% PI
69,7% PB 169
80,8% 207
90,3% TO PE 545
AC
RO 142 BA AL 198
75 MT
212 587 SE 125
186
298
26,2% 30,3% GO DF
19,2% MG
9,7% MS 505
1.490
259 ES 322
2012 2013 2014 2015
RS SC 956
1.563
Média Ano (%) 2,5 3,5 5,0 5,0 5,0 5,0 5,7 7,0
4,0 3,6
3,5 3,1 3,1
2,6 2,7 2,9
3,0 2,5
2,5 2,2 2,3
1,9
2,0
1,5
1,0
0,5
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
1. A partir de Junho/2015 a pesquisa de monitoramento feita pela ANP não abrange todos os estados.
67
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
S-10
24,9% S-10
29,1%
60,0 57,2
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
71,8% 67,9%
2014 2015
77 participação por tipo de Óleo diesel - POSTOS REVENDEDORES Fonte: ANP
Marítimo Marítimo
0,5% 0,5%
S-10 S-10
25,7% 29,7%
34,4 33,2
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
73,7% 69,8%
2014 2015
Marítimo Marítimo
S-1800 2,9% S-1800
3,3%
6,3% 5,5%
2014 2015
79 participação por tipo de Óleo diesel - TRR Fonte: ANP
S-1800 S-1800
Marítimo 0,1% Marítimo 0,1%
1,4% 1,4%
S-10
S-10
17,7%
21,5%
7,7 7,4
bilhões bilhões
de litros de litros
S-500 S-500
80,8% 77,0%
68
2014 2015
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / óleo diesel
regiões geográficas do país. No outro extre- • TRR 2015: 7,4 bilhões de litros
mo, a região Centro-Oeste, responsável por
18% do consumo pelos TRRs, que havia sido
-5,2%
o destaque do ano anterior, com crescimen-
to de quase 14%, apresentou a pior perfor-
mance, com diminuição de 12,0% nas ven- 3.153
2.990 +3,0%
das. A região Sudeste, com 40% das vendas
no segmento, sofreu redução de 5,2% nas
vendas. As regiões menos representativas na
2.350
demanda total dos TRRs, Nordeste com 6% e 2.282
-12,0%
Norte com 4%, tiveram queda de volume de
Milhões de litros
446 430
322 304
2014 2015
69
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
óleo
combustível
A
s vendas de combustíveis escuros to de 2015, o governo federal decidiu pelo A Bahia, que responde por 21% da de-
recuaram 20,4% na comparação desligamento de algumas usinas termelé- manda na região Nordeste e onde foram
com o ano anterior, somando 4,9 tricas, que produziam energia com custo desligadas duas termelétricas a óleo, teve
bilhões de litros, valor pouco me- mais alto, acima de R$ 600,00/MWh. Esse queda de 47% nas vendas. A região, que é
nor que o consumido em 2013. Uma combi- fato também pressionou as vendas de óleo responsável por 50% do total das vendas
nação de fatores levou a essa queda, após combustível. do produto no país, reduziu em 22,2% sua
três anos de altas consecutivas. Aliado a isso, vem ocorrendo a substitui- demanda
Um primeiro fator foi a intensa crise na ção progressiva do óleo combustível pelo A região Centro-Oeste, com 79% do
economia, que provocou a redução no con- gás natural em algumas usinas termelétricas consumo concentrado em Goiás, apresen-
sumo de óleo combustível usado na ativida- do sistema isolado da região Norte. tou queda mais acentuada entre as regiões
de industrial, que retrocedeu 6% no ano. geográficas: 28,8%.
Depois, a melhora das condições climá- MERCADO REGIONAL Na região Norte, como mencionado, a
ticas atenuou a seca prolongada. A volta Em todas as regiões do país houve redução substituição gradual do óleo combustível
das chuvas elevou o nível dos reservatórios do consumo de combustíveis escuros. pelo gás natural nas termelétricas do sistema
das usinas hidrelétricas, que viram retoma- Na região Sudeste, a queda foi de 26,9% isolado, foi responsável pela queda de 8,7%.
da sua capacidade de geração de energia, em relação às vendas do ano anterior, tanto Mesmo assim, a região viu sua participação
minorando a necessidade de despacho das pela redução na atividade industrial quanto no total das vendas aumentar de 18,3% em
usinas termelétricas. Aliado a isso, houve re- pelo desligamento de usina em Minas Ge- 2014 para 21,0% em 2015.
dução na demanda por energia, tanto por rais, estado que registrou queda de 53% no A mesma redução de 8,7% se repetiu na
conta do menor consumo nas residências, consumo de óleo combustível. A participa- região Sul que, por outro lado, tem o estado
motivado pela forte alta nas tarifas, como ção no total consumido de óleo combustí- do Rio Grande do Sul apresentando cresci-
pela retração no consumo das indústrias, vel, no país, caiu de 19,1% para 17,5% de um mento de 9,4% em relação ao ano anterior.
ante a crise no setor. Assim, a partir de agos- ano para outro.
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 4.989 5.449 5.088 4.501 4.355 3.603 3.908 4.974 6.165 4.897
Total 5.127 5.525 5.172 5.005 4.901 3.672 3.934 4.991 6.195 4.932
70
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / óleo combustível
0,7% Outras
Ipiranga 2,8%
TRR
1,4% Raízen 3,8%
Grandes
consumidores 4,9 4,9
98,6% bilhões BR
bilhões
92,7%
de litros de litros
-22,2%
3.159
2.458
Milhões de litros
-8,7% -26,9%
410
292 310 283
2014 2015
71
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
combustíveis
de aviação
A
s vendas de combustíveis de avia- aéreo. Em 2015 essa redução levou os valores Um aspecto que pode trazer nova fase
ção (QAV e GAV) recuaram 1,7% cobrados a registrarem o menor nível histórico, de crescimento ao mercado de aviação é a
em 2015, revertendo a recupe- abaixo do modal rodoviário leito com ar condi- estratégia do governo federal de impulsio-
ração no ano anterior. A base de cionado. O efeito da queda da relação entre o nar a aviação regional. No final de 2012 foi
comparação de 2014, quando a demanda foi custo das passagens aéreas e do transporte ro- criado o Programa de Aviação Regional, com
aquecida pela realização da Copa do Mundo doviário, nos últimos 10 anos foi substancial. Há o objetivo de conectar o país e promover o
e pela realização de eleições nacionais, aju- uma década o modal aéreo transportava pouco desenvolvimento e serviços sociais em regi-
dou a explicar a queda. mais de um terço dos passageiros de longa dis- ões distantes dos grandes centros urbanos.
Entretanto, a realidade é que a demanda tância. Ao longo dos anos, houve inversão nes- Buscando que 96% da população esteja a
de produtos de aviação vem praticamente sa representatividade, e em 2015 o modal aéreo menos que 100 quilômetros de um aeropor-
estável desde 2012, com pequena variação já absorvia quase dois terços (65%) do total de to com voos regulares, o Programa irá bene-
positiva ou negativa ano a ano (2013 x 2012: passageiros de longa distância. ficiar mais de 3.500 municípios, com inves-
-0,9%, 2014 x 2013: +3,4%, 2015 x 2014: -1,7%). Segundo dados da Anac, a demanda timentos em construção ou reforma de 270
O volume consumido em 2015, de 7,4 bilhões por voos (RPK - revenue passenger kilome- aeroportos.
de litros, representa um leve aumento de 0,7% ters) no transporte aéreo de passageiros, Os recursos para investimento têm ori-
em relação àquele demandado em 2012. cresceu 4,1% comparada com 2014, impul- gem no Fundo Nacional da Aviação Civil
Em adição à base do ano anterior inflada sionada pelo mercado internacional, com (FNAC), sendo compostos por taxas e outor-
por eventos extraordinários, outro fator que crescimento de 13,8%, enquanto mercado gas da aviação que só podem ser reinvesti-
contribuiu para a queda das vendas de pro- doméstico crescia apenas 1,1%. A oferta dos no próprio setor. Em 2015, a aprovação
dutos de aviação foi a crise na economia, que de assentos (ASK - available seat kilometers) da Resolução Conama 470/15 possibilitou a
afastou os passageiros corporativos. A otimi- cresceu 4,3%, também influenciada pelo redução dos prazos para emissão de licenças
zação da malha de voos, devido ao trabalho segmento internacional, com variação po- ambientais nos aeroportos regionais de até
realizado pela Agência Nacional de Aviação sitiva de 15,3%, enquanto a demanda no dois anos para 180 dias, sendo um grande
Civil (Anac) e pelo Comando da Aeronáuti- segmento doméstico registrou leve cresci- passo nesse processo.
ca (Comaer), tornando as rotas mais retas e mento de 1,0%. Depois de forte incremento A aviação regional é uma bandeira do
as aproximações das aeronaves mais curtas, em 2014, a taxa média de ocupação (load governo que tem o apoio dos diferentes
e uma frota renovada com menor consumo factor, calculada pela divisão RPK/ASK) se agentes do setor. Uma visão difundida é que
(maior eficiência energética) também ajudam manteve praticamente estável em 2015, a criação de hubs regionais irá auxiliar para
a explicar a redução na demanda. com ligeira queda de 0,2 p.p. em compara- que o projeto seja viável e sustentável, con-
Por mais de uma década a redução relati- ção ao ano anterior, sem grande impacto na tribuindo assim para o desenvolvimento real
va das tarifas vem beneficiando o transporte eficiência das empresas do setor. de áreas mais remotas do país.
86 HISTÓRICO DE VENDAS DE COMBUSTÍVEIS DE AVIAÇÃO (QAV + GAV) – SINDICOM X OUTRAS Fonte: ANP/Sindicom
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Associadas Sindicom 4.518 4.926 5.288 5.488 6.320 7.026 7.367 7.297 7.540 7.407
Outras - 20 1 1 - - 1 5 7 12
Total 4.518 4.945 5.289 5.489 6.320 7.026 7.368 7.302 7.546 7.419
72
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / combustíveis de aviação
Postos
revendedores Outras
Air BP 0,2%
1,7% 11,3%
Grandes
consumidores 7,4 Raízen
7,4 BR
98,3% bilhões 32,0% bilhões 56,5%
de litros de litros
-1,9%
4.709 4.618
Milhões de litros
-0,4%
+ 1,5%
-4,4% -4,5%
1.083 1.078
776 787
570 544
409 391
2014 2015
73
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
• (R$/Km percorrido)
1,00
0,9 0,84
0,79
0,8
0,7
0,60
0,57
0,6
0,5 0,43
0,39 0,39 0,42 0,38
0,4 0,35
0,38 0,38 0,38 0,39 0,38 0,37
0,3 0,36 0,36 0,36
0,28
0,2 0,26 0,26 0,26 0,27 0,26 0,26 0,25 0,24 0,24 0,21
0,1
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
91 comparativo de passageiros entre modais aéreo e rodoviário de longa distância Fonte: Anac /ANP
10%
0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
20 1
0 0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
tributação
O
ano de 2015 foi marcado com a Confaz, visando compartilhar as soluções do PMPF para o óleo diesel, ou seja, mesma
sinalização de significativas al- tecnológicas adotadas entre todas as Unida- sistemática que já vem sendo adotada pelo
terações na legislação tributária, des da Federação. estado para a gasolina e o etanol hidratado.
ficando o principal destaque por O projeto tem como foco inicial a elimi-
conta do Projeto de Simplificação de Obri- nação de práticas e prestações redundantes, Alteração na Legislação Cide, PIS e
gações Tributárias Acessórias, coordenado eliminação de declarações, privilegiando o Cofins
pelo Encontro Nacional dos Coordenadores uso da informação que já está disponível em Através do Decreto nº 8.395 de 28/01/2015,
e Administradores Tributários Estaduais (En- documentos fiscais eletrônicos de existência o governo federal elevou a tributação da
cat), a pedido do Conselho Nacional de Polí- puramente digital, buscando a padronização gasolina, do óleo diesel e de suas correntes,
tica Fazendária (Confaz). Outras importantes de nomenclatura, tecnológica e normativa, passando as alíquotas Ad Rem por m³ do PIS
ações, também relacionadas diretamente ao e, com isso, simplificando, ao máximo, a en- e da Cofins de R$ 261,60 e R$ 148,60, para R$
ICMS, como alterações de alíquotas em qua- trega de documentos. 481,61 e R$ 298,00, respectivamente.
tro Unidades da Federação e da adoção do A partir de 01/05/2015, as alíquotas
Preço Médio Ponderado ao Consumidor Fi- Alterações de alíquotas de ICMS acima foram reduzidas para R$ 381,60 e R$
nal (PMPF) para o óleo diesel pelo Estado da Quatro estados tiveram alterações nas alí- 248,00, o metro cúbico, ou seja, uma redu-
Bahia, resultaram em importantes avanços quotas de ICMS durante o ano de 2015. O ção de R$ 100,00 na gasolina e de R$ 50,00
para o setor na área tributária. estado de Minas Gerais, através da Lei n° no diesel.
Outro fato que merece registro, foi a al- 21.527/2014, aumentou, a partir de 17 de Também a partir de 01/05/2015, as alí-
teração implementada pelo Fisco Federal março, a alíquota da gasolina de 27% para quotas da Cide da gasolina, do óleo diesel e
na legislação da Cide, do PIS e da Cofins, au- 29% e, em contrapartida, reduziu a do eta- respectivas correntes foram elevadas de zero
mentando a tributação da gasolina e do óleo nol hidratado de 19% para 14%. Os efeitos para R$ 100,00 e R$ 50,00 por m³.
diesel e suas respectivas correntes. dessas duas medidas visaram aumentar a
competitividade do etanol hidratado que, 93 carga tributária Fonte: Sindicom
Encat – Simplificação de Obrigações como resultado, teve um aumento de con-
Tributárias Acessórias sumo de quase 140% em 2015, quando com-
36%
No ano de 2015 teve início o Projeto de Sim- parado a 2014.
plificação Tributária, organizado pelo Encat, A Bahia, através da Lei n° 13.207/2014, 2,0
com a participação de organizações privadas aumentou, a partir de 22 de março, a alíquo- 8,0
e contribuintes, para discussão de propostas ta do ICMS da gasolina de 27% para 28%. 24%
de simplificação das obrigações tributárias Já o Paraná, através da Lei n° 18.371/2014,
2,0
relativas ao ICMS. aumentou a alíquota do ICMS da gasolina de
99,4
8,0 16%
Por solicitação do Confaz, o Encat está 28% para 29%, a partir de abril.
coordenando esse projeto, em parceria com E, por fim, o estado do Mato Grosso do 27,0
organizações privadas e contribuintes, que Sul, através da Lei n° 4.688/2015, de julho
tem como premissas a redução dos custos de a dezembro de 2015, reduziu a alíquota do 14,0 16,0
transações tributárias, com impacto no custo ICMS do óleo diesel de 17% para 12%.
Brasil; mínima interferência possível nos am-
bientes dos contribuintes; e oportunidade PMPF no Estado da Bahia ÓLEO ETANOL
GASOLINA C
DIESEL HIDRATADO
de participação ativa dos mesmos. O estado da Bahia, em 2015, deu mais um
Através do projeto, o Fisco tem como passo com o objetivo de impedir a sonega-
ICMS
premissa atuar de forma integrada e colabo- ção do ICMS pela via do subfaturamento. A
rativa com os grupos de trabalho da Comis- partir de novembro, o estado acrescentou PIS/COFINS
são Técnica Permanente do ICMS – Cotepe/ em sua legislação a previsão para utilização CIDE
75
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
31%
29%
28%
27% Média
26,8%
25%
27%
26%
25%
24%
22%
19% Média
16,0%
18%
14%
12%
76
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / tributação
25%
18%
17%
12% Média
12,2%
0%
17%
15%
13%
12% Média
14,1%
77
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
importação
A
pesar do desaquecimento nas
vendas internas em 2%, a limita-
ção da capacidade de produção
das refinarias ainda manteve a
necessidade de importações para o supri-
mento da demanda. Aliado a isso, a elevação
nos preços internos e a redução significativa
nos preços internacionais de petróleo e de-
rivados, iniciada no final de 2014, trouxeram
oportunidade de benefícios econômicos
com a importação. Esse estímulo fez o nú-
mero de importadoras autorizadas pela ANP,
que vinha praticamente estável nos últimos
três anos, sofrer acréscimo de 12%. Os esta-
dos com maior quantidade de registros para
importação continuam sendo Espírito Santo, 98 IMPORTAçÃO - GASOLINA A Fonte: ANP
com 35 empresas, São Paulo, com 31 empre-
sas, e Rio de Janeiro, com 30. • Mercado Total: % de importação
GASOLINA A
A importação de gasolina A foi responsável
por 8,2% do mercado total desse produto 11,9
no país. Revertendo a tendência observada 9,1
nos últimos dois anos, houve aumento de 8,1 8,2
6,5
1,7 ponto percentual na participação do pro-
duto importado em relação ao ano anterior.
Diferentemente de períodos passados de au- 2,2
mento nas compras externas de gasolina A, 0,0001
essa alta não guarda conexão com nenhuma 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
retração da demanda doméstica pelo etanol,
pelo contrário, mas sim com vantagens eco-
nômicas devido à elevação no preço interno
do produto, enquanto havia queda nos pre- 99 IMPORTAçÃO - DIESEL A Fonte: ANP
78
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / importação
Etanol
As importações de etanol (anidro) se aque-
100 IMPORTAçÃO - etanol Fonte: ANP/Mapa
ceram ainda mais em 2015, tendo um au-
mento expressivo de 13,5% na comparação • Mercado Total (anidro + hidratado): % de importação
com 2014. Somando 513 milhões de litros,
que representa 1,8% do mercado total, o
5,9
etanol importado teve leve queda de 0,1
ponto percentual na comparação com o 3,1
ano anterior. Novamente, oferta e deman- 1,9 1,8
0,3 0,6
da mantiveram a pressão pela importação 0
do produto. Tanto o reajuste de preços da 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
gasolina quanto a elevação, para 27%, do
percentual de etanol anidro misturado à
gasolina A, ocorrido em março de 2015,
mantiveram a demanda aquecida. Do lado
da oferta, a capacidade excedente de produto
no mercado norte-americano fez com que a
arbitragem de preços entre os valores de mer-
cado interno e externo favorecessem a impor-
tação, principalmente para regiões Nordeste
e Norte, apesar da valorização do dólar.
101 Número de empresas autorizadas a importar Gasolina e Óleo Diesel Fonte: ANP
+ 12,2%
156
142
140 139
129 130 128
117
111
79
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
102 empresas autorizadas a importar Gasolina e Óleo Diesel em 2015 - por UF Fonte: ANP
40
35
35
31
30
30
25
20
15
11
10
6 6 6
5 4 4 4
3 3 3 2 2 2 2 1 1
0
ES SP RJ PR RS RR SC TO PE MT BA MS GO AL DF MG PB MA PA
(mil toneladas)
300
250
200
150
100
50
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gasolina A (ton) 197.791 14.528 -- -- 10.100 -- -- -- -- -- -- 62.213 256.429
Diesel A (ton) 737.737 102.085 -- 58.607 111.130 -- 472.603 259.543 -- -- -- -- 1.206.910
Gasolina A Diesel A
80
ANÁLISE DE MERCADO / COMBUSTÍVEIS / importação
104 PREÇO MÉDIO DO BARRIL DE PETRÓLEO IMPORTADO (FOB) - US$/m3 Fonte: ANP
1.015
915
815
715
615
515
415
315
215
115
15
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
105 VOLUMES DE GASOLINA E DIESEL IMPORTADOS POR PORTO EM 2015 Fonte: ANP
Mil
toneladas
39 7 6 1.463
1500 57
154 2 37
73 256
338
80
7 1200
63
275
3 864
900
118
5
600 1.207
4
1
2 745
300
SANTOS PARANAGUÁ SUAPE VITÓRIA ARATU RIO GRANDE SÃO LUÍS TOTAL
SP PR PE ES BA RS MA
1 2 3 4 5 6 7
81
LUBRIFICANTES
82
lubrificantes
MERCADO NACIONAL
A
oferta de lubrificantes cada vez Dos aproximadamente nove mil produ-
mais sofisticados, com menor tos comercializados no segmento, são des-
grau de viscosidade, é tendência taques os de uso automotivo, incluídos mo-
mundial que vem sendo acompa- tocicletas, equipamentos da agropecuária,
nhada pelo mercado brasileiro. A exemplo da construção civil e do transporte, e os de
de outros países, o Brasil tem se beneficiado aplicação industrial – entre eles, lubrifican-
com a migração progressiva da comerciali- tes para atividades marítimas e aviação. Esse
zação de lubrificantes formulados com óle- mercado, com cerca de 250 pontos de venda,
os básicos do Grupo I para produtos à base movimenta, por ano, mais de R$ 20 bilhões.
de óleos dos grupos II ou III, que proporcio- As vendas de lubrificantes em 2015 tive-
nam a formulação de lubrificantes de última ram queda de 5%, na comparação com o ano
geração. anterior. O recuo foi o segundo consecutivo,
Este avanço guarda relação direta com o após um ciclo de crescimento no período
aprimoramento da legislação ambiental do 2010-2013. No total, em 2015, foram comer-
país, que, nos últimos anos, fixou limites mais cializados 1.414 mil m3, computados óleos
rigorosos para as emissões de CO2 e outros básicos e graxas.
gases. Ao mesmo tempo, a migração para os Por trás da retração do mercado de lubri-
insumos dos grupos II e III está relacionada à ficantes esteve a expressiva redução da ati-
evolução tecnológica dos veículos automo- vidade econômica ao longo de 2015, com a
tores, máquinas e equipamentos, que reque- consequente diminuição do número de licen-
rem lubrificantes com melhor performance e ciamentos de veículos leves e pesados. Essa
confiabilidade. queda foi, respectivamente, de 25,6% e 46,2%
O mercado nacional tem outra caracte- em relação às licenças emitidas em 2014, de
rística: a crescente competitividade entre os acordo com a Associação Nacional dos Fabri-
agentes. No fim de 2015, de acordo com a cantes de Veículos Automotores (Anfavea), re-
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e fletindo o menor crescimento da frota nacio-
Biocombustíveis (ANP), 94 produtores e 205 nal nos últimos anos. Outro fator a influenciar
importadores de lubrificantes estavam habi- a contração da demanda por lubrificantes foi
litados a atuar no país. o forte recuo do setor industrial, de 8,3%.
83
01 MERCADO DE LUBRIFICANTES ACABADOS 2015 (1.322 mil m3) Fonte: Sindicom/ANP
Outras BR
15,5% 24,5%
YPF 1,7%
Total 1,9%
Castrol 2,0%
Shell
8,1%
Petronas Cosan
8,5% 14,7%
Chevron
8,9% Ipiranga
14,2%
Outras BR
16,5% 19,8%
Castrol 0,3%
Total 0,4%
YPF 0,6%
Cosan
7,7%
Chevron
Shell 16,6%
7,9%
Ipiranga Petronas
15,0% 15,2%
03 LUBRIFICANTES ACABADOS + GRAXAS + OUTROS ÓLEOS 2015 (1.414 mil m3) Fonte: Sindicom/ANP
Outras
BR
15,6%
25,4%
YPF 1,6%
Total 1,8%
Castrol 1,9%
Shell
7,9%
Petronas Ipiranga
8,6% 14,3%
Chevron Cosan
8,9% 14,0%
84
MERCADO SINDICOM
Das doze associadas ao Sindicom, nove atu- Acompanhando a evolução do PIB brasi-
am na produção e distribuição de lubrifican- leiro de 2009 a 2015 é possível verificar como
tes, sendo que sete representam marcas de a venda de lubrificantes, graxas e outros óle-
expressão internacional e duas são compa- os é aderente à performance da economia
nhias nacionais de grande porte. brasileira. Neste período, o consumo destes
Em 2015, a comercialização de lubrifican- produtos pelas filiadas ao Sindicom registrou
tes pelas filiadas totalizou o volume de 1.194 um crescimento médio de 2,6% ao ano, en-
mil m3, correspondentes a uma redução de quanto o PIB evoluiu 2,0% na média anual.
5,6% em relação a 2014. Após termos volu- A análise segmentada do mercado das
mes comercializados crescentes desde 2010, associadas ao Sindicom revela que as linhas
é o segundo ano consecutivo de queda nas de lubrificantes automotiva e industrial,
vendas, já que ano passado as vendas caíram que representam cerca de 94% do total de
2,6% sobre o ano de 2013. lubrificantes comercializados, registraram,
Como consequência, considerando o em 2015, quedas de 6,6% e 4,8%, respecti-
mercado total de lubrificantes, a participa- vamente, enquanto que as vendas de óleos
ção das filiadas reduziu de 85% para 84,4%. básicos apresentaram um crescimento de
18,5%.
116.000
104.646 106.900
98.657
109.825
102.533 102.358
94.767 92.683
90.369 88.360 86.802
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2014 2015
500 2,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
-4,8% Industriais
25,2%
2014 2015
LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS
Na análise do resultado total, as linhas Em 2014, o consumo de lubrificantes automo- mo dos combustíveis do ciclo Otto (gasolina,
automotiva e industrial mantiveram sua tivos já tinha registrado uma redução de 3,0% etanol hidratado e GNV) e na relevante queda
representatividade majoritária nas vendas e em 2015 voltou a experimentar uma retra- de 4,8% do consumo de óleo diesel.
efetuadas pelas associadas ao Sindicom, ção de 6,6%, principalmente pelo cenário eco- Somado a isto, outro fator que deve ser
respondendo, aproximadamente, por 68% e nômico brasileiro que resultou em um menor considerado é a ampliação do intervalo de
25% da comercialização , respectivamente. crescimento da frota nacional de veículos au- troca dos lubrificantes automotivos, seja em
tomotores. A redução da atividade econômi- função da tendência de utilização de produ-
ca nacional ocasionou uma menor utilização tos com maior tecnologia e menor consumo
da frota automotiva e com isto menor consu- ou mesmo por eventual decisão do próprio
mo de lubrificantes automotivos, refletindo consumidor em atrasar o ciclo de troca, por
também num menor crescimento do consu- razões econômicas.
• Em milhões de unidades
+ 2,7%
36,0 37,0
34,2
32,0
29,5
86
LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS
A produção industrial brasileira registrou
forte redução de 8,3%. A maior parte dos
setores industriais mostrou números me-
09 PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA (VARIAÇÃO %)
nores em relação aos registrados em 2014,
tendo sido a indústria automotiva a principal Fonte: IBGE
10,2
impactada com retração de 22%. Segundo
estatísticas da Anfavea, a produção de auto-
veículos, depois de alcançar a marca recorde
de 3,7 milhões em 2013, registrou em 2014 a
fabricação de 3,1 milhões e, em 2015, sofreu 2,1
nova redução para 2,4 milhões, voltando ao 0,4
patamar de 2006. 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Como consequência, as vendas de lubri-
ficantes realizadas em 2015 para a indústria
pelas associadas ao Sindicom somaram 301 - 2,3
-3,0
mil m3, com uma redução de 4,8% sobre o
volume de 2014, diante de um cenário de
forte retração do setor industrial. -8,3
SEGMENTO REVENDEDOR
A venda de lubrificantes a este segmento, - Eventual decisão do consumidor em
em 2015, registrou uma queda de 5,7%, com- assumir o risco e atrasar por conta própria
patível com a redução de aproximadamente o intervalo de troca do óleo lubrificante, fle-
1% no consumo de combustíveis claros. Este xibilidade esta que não é viável no caso dos
fraco resultado pode ser explicado por al- combustíveis.
guns fatores, entre os quais se destacam: Com isto, a relação entre lubrificantes e
- Menor licenciamento de veículos, me- combustíveis no mercado revendedor caiu,
nor utilização da frota automotiva comercial, em 2015, com um resultado de 1,08%, se afas-
maior intervalo de troca pela tendência de tando um pouco da média histórica de 1,2%.
lubrificantes com maior tecnologia e menor
consumo, como já destacado anteriormente;
Lubrificantes Combustíveis
m3 mil m3
800.000
70.000
60.000
600.000
50.000
400.000 40.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Lubrificantes 657.241 706.024 738.147 793.782 766.363 722.817
Combustíveis 52.675 55.721 59.680 63.709 67.826 66.872
A
análise da demanda de lubrifican- As regiões Sudeste e Nordeste, que con-
tes por área geográfica mostra centram 65% do consumo nacional de lubri-
que, em 2015, as vendas caíram ficantes, foram as regiões com as menores
em todas as regiões em relação ao reduções nas vendas em 2015 e, assim, ex-
ano anterior. A maior queda foi na região Sul perimentam um pequeno aumento na sua
(-8,5%). A menor retração foi na região Nor- participação relativa na demanda nacional
deste (-4,4%). A região Sudeste com queda de lubrificantes.
de 4,6%; a região Centro-Oeste caindo 6,4%
e a região Norte com redução de 6,1% nas
vendas mostram não ter havido diferenças
de comportamento dos mercados regionais
no período sob análise.
625.239
596.389
-8,5%
-4,4%
-6,4%
-6,1% 230.719
211.215
185.305 177.222
129.191 120.915
93.865 88.161
2014 2015
-6,7%
387.040
361.276
-7,3%
-6,4%
-6,7%
-5,0%
174.796 162.086
137.238 128.471
98.814 92.236
74.997 71.215
2014 2015
(*) Lubrificantes automotivos incluem óleos lubrificantes de transmissão e engrenagem
-25,3%
1.700,9
1.271,1
-24,9% -32,3%
-26,9%
713,1
569,9
-20,3%
A TECNOLOGIA É DA F1.
482,9
428,0 A PERFORMANCE É PARA
344,0
251,5 O SEU DIA A DIA.
170,1 135,5
2014 2015
89
PETRONAS. PRESENTE NO MUNDO. NO BRASIL. NA SUA VIDA.
Na linha de lubrificantes industriais, os
efeitos da menor atividade econômica, como
já comentado anteriormente, impactaram
diretamente em menor volume comerciali-
zado em 2015 nas regiões Sul (-12,4%), Nor-
te (-9,9%), Centro-Oeste (-4,9%) e Sudeste
(-3,5%). Apenas o Nordeste experimentou
um pequeno crescimento de 0,2% versus o
ano anterior.
-3,5%
189.159 182.617
-12,4%
+ 0,2%
-4,9%
-9,9%
47.103 41.244
39.646 39.731
24.515 23.323
15.979 14.401
2014 2015
(*) Lubrificantes marítimos incluídos em industriais
ESCOLHA A TECNOLOGIA
E INOVAÇÃO DOS
LUBRIFICANTES SHELL.
PARA VEÍCULOS PESADOS, CARROS E MOTOS.
90
O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos à população e ao meio ambiente,
podendo contaminar água e solo. O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta
autorizado, conforme resolução CONAMA no 362/2005 e suas alterações vigentes.
LOGÍSTICA REVERSA
Jogue Limpo
O
sistema de logística reversa das
embalagens plásticas de óleo
lubrificante usadas, o Jogue Lim-
po, encerrou 2015 com muito a
comemorar. Primeiro porque completou 10
anos de implantação e de forma madura,
operando consistentemente em 14 Estados Novas oportunidades e desafios se apre-
e mais o DF. Ultrapassou a fantástica marca sentam para o ano de 2016. As dificuldades
de mais de 435 milhões de embalagens plás- no setor de lubrificantes não são diferentes
ticas de óleo lubrificante usadas retiradas de outros setores da economia. Será neces-
do meio ambiente e encaminhadas à reci- sário equilibrar muito bem as metas crescen-
clagem desde o início das operações, o que tes assumidas com o Ministério do Meio Am-
representa quase 22.000 toneladas. biente e outros órgãos ambientais estaduais
Em 2015, completou o envio à recicla- e municipais, com o cenário atual de redução
gem de mais de 4.700 toneladas de plástico, de despesas. Assim, vai merecer atenção es-
marca essa que ultrapassou em 300 tonela- pecial a meta de estar disponível em 100%
das a meta com o Ministério do Meio Am- dos munícipios da região geográfica hoje
biente prevista para o ano de 2016. A con- atendida, que significa quase mais 1.000 ci-
quista do “Selo Verde” – certificação máxima dades no sistema, pois será uma tarefa das
do Instituto Chico Mendes, fez com que o mais desafiadoras.
ano se encerrasse com “chave de ouro” para Durante 2016 ainda será necessário con-
o Instituto Jogue Limpo. cluir as tratativas para assinar novo acordo
Outros resultados também foram expres- setorial que contemple a expansão da atua-
sivos durante 2015: o Jogue Limpo está dis- ção para outros segmentos e para as regiões
ponível em 3.246 municípios do país; os 64 Centro Oeste, Norte e mais os estados de Ma-
caminhões rodaram quase 2 milhões e 700 ranhão e Piauí, com uma nova modelagem,
mil quilômetros com média mensal de 3.500 que inclui a introdução dos PEVs – Pontos
km cada um e os seus associados suporta- de Entregas Voluntárias. As peculiaridades
ram o gasto total de R$ 20 milhões. da nova área a ser atendida requerem que a
Ano a ano o Jogue Limpo vem se conso- modelagem hoje adotada, de visitas porta a
lidando como a entidade gestora oficial do porta, seja repensada, para que possa
setor de óleos lubrificantes para a logística continuar a manter o balanço
reversa das embalagens plásticas. Desde a de massa positivo.
implantação oficial de Instituto em final de
2014, praticamente dobrou o número de as-
sociados, atingindo, agora, 18 empresas que
juntas representam quase 90% do mercado,
participando das responsabilidades e do ra-
teio das despesas.
91
Óleo lubrificante usado e contaminado (Oluc)
E
studo realizado pelo Sindicom, em res, responsáveis legais, contem com um ges-
2015, por meio de uma consultoria tor capaz de garantir que a responsabilidade
especializada, teve como objetivo de destinação ambientalmente adequada do
entender como está estruturada a Oluc esteja sendo cumprida integralmente,
logística reversa do óleo lubrificante usado e de forma uniforme, assegurando a eficiência
contaminado (Oluc) em outros países e com- ambiental do processo e inibindo destina-
pará-la com a do Brasil, buscando extrair das ções impróprias, como a queima sem o ade-
melhores práticas identificadas ensinamen- quado controle de emissões, dentre outros.
tos que contribuam para a profissionalização O sistema de logística reversa do Oluc,
e aprimoramento do nosso sistema. Envol- um dos primeiros a se tornar objeto de re-
vendo 16 países, o estudo constatou que a gulamentação no Brasil, resultou na coleta
ação de um gestor integrado facilita a disse- de 445,8 milhões de litros em 2015, corres-
minação da prática do compartilhamento de pondentes a 39,5% dos 1,4 bilhão de litros
responsabilidades pelos agentes da cadeia de lubrificantes comercializados, excluídos
de comercialização dos lubrificantes, de os lubrificantes que por não gerarem resídu-
acordo com a Política Nacional de Resíduos os pós-consumo são dispensados de coleta,
Sólidos, harmonizando, assim, de forma mais tais como: óleos de processo, pulverização,
adequada, papéis e responsabilidades de to- motores 2 tempos etc. O produto dessa co-
dos esses agentes. leta em postos, oficinas, indústrias e outros
Os modelos da Espanha, Itália, Dinamar- pontos geradores, contratada de forma indi-
ca e Finlândia, dentre outros, mereceram vidualizada pelos fabricantes e importadores
análise especial no estudo do Sindicom. Em de lubrificantes acabados, foi integralmente
comum, esses sistemas contam justamente destinada ao setor do rerrefino, resultando
com um gestor autônomo que integra todas num total de 236,9 milhões de litros de óleos
as operações da logística reversa do Oluc, básicos que constituem um dos principais
desde a contratação da coleta e destinação insumos para a fabricação de lubrificantes,
dos resíduos até a prestação de contas às segundo dados oficiais divulgados pela ANP.
autoridades ambientais, a exemplo do que Com o estudo, o Sindicom contribui com
faz, no Brasil, o Instituto Jogue Limpo com subsídios técnicos para a discussão de um
embalagens plásticas usadas de lubrifican- acordo setorial de logística reversa do Oluc,
tes. O estudo considerou diversos itens nos a ser oportunamente discutido e firmado
modelos analisados, incluída a alternativa de pelos agentes do setor de lubrificantes le-
destinação do Oluc para a geração de ener- galmente responsáveis com o Ministério do
gia na indústria. Meio Ambiente. Previsto pela Política Nacio-
A importância da profissionalização da lo- nal de Resíduos Sólidos, o acordo será o se-
gística reversa do Oluc também é fundamen- gundo celebrado pelo setor, nos moldes do
tal para a proteção ambiental no país. O estu- que foi assinado em 2012 para a logística re-
do apontou para a necessidade de adotarmos versa de embalagens, com base no trabalho
um modelo no qual produtores e importado- realizado pelo Instituto Jogue Limpo.
92
16 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE PAÍSES Fonte: Dados parciais levantados para Rússia, Holanda e Índia
• Foi realizada uma análise de cadeia de Logística Reversa de OLUC em 16 países, tendo
sido selecionados França, Finlândia, Espanha e Dinamarca para aprofundamento
16 logística reversa do oluc Fonte: Promon Intelligens
Canadá Inglaterra
França
Portugal
Espanha Turquia
EUA
Itália
Índia
Brasil
Austrália
• Área • Itália
• Localização geográfica • Finlândia
• Nível de desenvolvimento econômico • Espanha
• Distribuição populacional • Dinamarca
• Maturidade da legislação sobre Logística Reversa
• Volumes de Oluc
93
ARTWORK FILE - 22 APRIL 2013
PETRONAS LOGO
FLAT CMYK COLOUR VERSION
94
CONVENIÊNCIA
95
introdução À Análise da
conveniência
A
partir de 2013, os dados de lojas de conveniência e das respectivas categorias que A metodologia utilizada pela Nielsen di-
compõem o mix de produtos do canal, nesse Anuário, passaram a ser fornecidos vide o Brasil em áreas de atuação. Com isso,
pela Nielsen, já parceira do setor no fornecimento de estudos e pesquisas do vare- define em sete as áreas que analisa, as quais
jo em geral. A análise das categorias pela Nielsen apresenta os principais fabrican- representam 96% do potencial de consumo
tes e marcas do mercado total de lojas por ranking. Traz, ainda, TOP 10 de embalagens e dos do país. São elas:
segmentos mais vendidos.
Com o objetivo de enriquecer a análise do setor de conveniência e de municiar o merca- Área I: Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte,
do com informações mais específicas, o Anuário traz, também, a abertura dos dados de cate- Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia
gorias das lojas das associadas ao Sindicom (ALE, BR, Ipiranga e Raízen), por market share. As Área II: Minas Gerais, Espírito Santo, Estado
associadas ao Sindicom respondem por mais de 50% do canal e são líderes em faturamento. do Rio de Janeiro, excluindo os municípios
da área III
METODOLOGIA NIELSEN Área III: Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu,
A Nielsen desenvolveu sua pesquisa nas lojas de conveniência, no Brasil, em 24 categorias Duque de Caxias, Nilópolis, São Gonçalo, São
de produtos. Nessa classificação, de acordo com a metodologia de Retail Index utilizada pela João de Meriti
Nielsen, as lojas de conveniência são aquelas onde o consumidor escolhe os produtos sem Área IV: São Paulo, Santo André, São Bernar-
a intermediação de um vendedor ou balconista e tem como características fundamentais a do do Campo, São Caetano do Sul, Diadema,
presença de check-out e a localização dentro de um posto de serviços. Mauá, Garulhos, Osasco, Embú, Taboão da
De acordo com o levantamento anual da Nielsen, em sua área de atuação, são 7.366 esta- Serra
belecimentos que operam em conformidade com esse conceito. Assim, estão fora do estudo Área V: Interior do Estado de São Paulo, ex-
as lojas de Autosserviço de 1 a 4 check-outs, 5 a 9 check-outs, 10 a 19 check-outs, 20 a 49 check- cluindo os municípios da Área IV
-outs, 50 ou mais check-outs, Lojas Tradicionais, Bares e Drogarias. Área VI: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
O Retail Index é uma metodologia amostral que representa o Universo Varejista como do Sul
um todo, contemplando os principais canais de compra, incluindo o canal conveniência. Os Área VII: Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito
dados são coletados de duas maneiras: inventário de lojas (store audit), realizado através de Federal
visitas de pesquisadores Nielsen regularmente aos pontos de venda; e envio eletrônico dos Expansão geográfica: Manaus, Belém, Ma-
dados pelos varejistas (scanning). ranhão, Piauí e Mato Grosso.
RR
AP
AM Manaus
PA Belém
MA CE RN
PI
PB
AC PE
TO AL
RO
MT I SE
BA
DF
GO II
VII MG
ES
MS VSP III
RJ
PR IV
Atual cobertura SC
VII
RS
96
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / ANálise setorial
análise setorial
Flavio Franceschetti
Consultor do Sindicom
A
lta de preços, juros e taxas elevados, perda de poder de compra, piora na condi-
ção financeira do brasileiro, endividamento, desemprego, retração no Índice de
QUEDA Intenção de Consumo das Famílias. Todos esses aspectos refletem os resultados
negativos do varejo em 2015, que teve queda de 4,3% – a mais elevada da série
histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com início em 2001. Um ano
muito difícil, no qual o PIB apresentou seu pior desempenho, em 25 anos.
Apesar do cenário adverso, o setor de Conveniência apresentou resultados positivos, o que
é motivo de celebração, afinal setores como Hipermercados e Supermercados, Vestuário e Cal-
-4,3% çados, Materiais de Construção, entre outros, foram impactados por desempenhos negativos.
NO O faturamento das lojas de conveniência das associadas ao Sindicom cresceu 13,1%,
VAREJO quando comparado a 2014, enquanto as lojas de outras bandeiras e sem bandeira tiveram
aumento de 8,8%. Neste período, a inflação medida pelo IPCA foi de 10,7%. Em número de
lojas, o segmento teve expansão de 2,3%.
Ao analisarmos as características do canal, que oferece ao consumidor soluções práticas
e rápidas em meio a uma rotina bastante corrida, vemos que a comodidade oferecida favore-
CONVENIÊNCIA ceu sua performance. Aliados à praticidade e à agilidade, a qualidade de produtos e serviços
e o ambiente – agradável, confortável, cordial e seguro – intensificam a força do formato de
conveniência, que hoje exerce um papel importante na receita do posto de serviços.
O cliente das lojas de conveniência é fiel, visitando-a mais de uma vez por semana. Sua
presença frequente permite um atendimento personalizado, quando bem aproveitado e
executado. Isso abre as portas para um vínculo de consumo muito rico. E a associação entre
+13,1% as categorias geradoras de tráfego e as de impulso, que formam uma espécie de simbiose,
NO contribui consideravelmente com o aumento do ticket médio de vendas e da lucratividade
FATURAMENTO do negócio. Por isso, a oferta da conveniência é cada vez mais necessária para o revendedor
de combustíveis.
DAS LOJAS Somos testemunhas de uma realidade na qual mudanças nas relações de consumo acon-
tecem em velocidade recorde. Surgem novos hábitos, os canais de comunicação e de vendas
se multiplicam. O tempo é escasso. Nesse contexto, a demanda pela alimentação fora do lar
se intensifica e a concorrência, também.
O canal conveniência evoluiu, ao longo dos anos, para um local apropriado para um lan-
che saboroso, cafés da manhã ou tarde e até para refeições. A loja representa o encaixe perfei-
to entre a pausa da vida atribulada e o local onde recarregar as energias, literalmente.
O mercado de food service, felizmente, está seguindo na direção oposta ao pessimismo
da conjuntura econômica. O Instituto de Foodservice do Brasil projetou um crescimento de
7,7% do setor de alimentação fora do lar para 2016, que apresentou, em 2015, alta de 6,2%
nas suas vendas1. Vale ressaltar que 33% do que é gasto com alimentos são consumidos fora
de casa e, devido ao dia a dia em intenso movimento, a tendência é que este número cresça.
Assim, a proposta de food service está sendo mais e mais explorada e aperfeiçoada pelas
associadas ao Sindicom, que buscam produtos de qualidade, novidades e simplicidade na
operação, além de soluções logísticas que viabilizem padronização e consistência das suas
17,4%
qualidade de produtos e alimentos até treinamento de recursos, programas motivacionais,
promoções. Esses são alguns dos tópicos exaustivamente trabalhados pelas associadas ao
Sindicom, com o intuito de proporcionar suporte às lojas e a seus revendedores.
DO Em momentos de crise, a loja de conveniência funciona como uma âncora para o posto
FATURAMENTO de serviços, o que torna esse suporte ainda mais necessário e valioso. Maximizar a receita e o
DAS LOJAS lucro e satisfazer o consumidor são os objetivos que o norteiam.
CONVENIÊNCIA
Highlights do mercado de lojas de conveniência em 2015
+ 11,5% O faturamento do segmento de Conveniência foi de R$ 6,8 bilhões, 11,5% acima do ano ante-
rior. O aumento do faturamento do grupo de lojas das associadas ao Sindicom foi de 13,1%.
Já o de outras bandeiras e sem bandeira foi de 8,8%.
2015
O canal fechou o ano com um total de 7.366 lojas. O share de lojas das bandeiras associa-
2014 das ao Sindicom passou de 41%, em 2011, para 60%, em 2015, com um total de 4.409 lojas
R$ 6,8 (408 a mais que em 2014). Ao contrário, o conjunto das lojas de outras bandeiras e sem ban-
deira sofreu decréscimo de quase 25%, se compararmos com 2011 (245 pontos de vendas a
BILHÕES menos que em 2014).
DE Quando examinamos a venda média por loja, que em 2015 atingiu R$ 91,6 mil, constata-
FATURAMENTO mos aumento de 9%, versus 2014. Nota-se que o faturamento médio das lojas de outras ban-
deiras ou sem bandeira teve um incremento de 17,8%, possivelmente impactado pelo fecha-
mento de estabelecimentos de baixa performance e tamanho menor. Apesar do crescimento
SHARE DE menor, a venda média das lojas das associadas ao Sindicom é 55% superior a das outras lojas.
LOJAS O ticket médio do segmento saltou de R$ 9,06, em 2014, para R$ 11,10, em 2015 (23%
maior). No entanto, houve uma redução de 8% no número de transações – menor número
SINDICOM de clientes gastando mais. Em parte, possíveis ajustes de preços impactaram a alta, porém o
60% ganho foi acima da inflação.
+ 19,0 P.P.
Algumas oportunidades e tendências
41%
• Pesquisas apontam que a influência dos preços sobre o consumidor é crescente em tem-
pos de crise. Então, estabelecer o preço ideal – que seja justo para o cliente e viável para
2015
o varejista – torna-se uma tarefa ainda mais desafiadora. As promoções representam uma
2011
oportunidade: segundo recente levantamento divulgado pela Nielsen, 52% dos consumi-
dores compraram mais quantidade de produtos quando os encontraram em promoção2.
QUEDA Nas lojas de conveniência das associadas ao Sindicom, o calendário promocional em par-
ceria com a indústria ativou, em 2015, várias categorias e marcas, o que contribuiu positi-
vamente com os resultados de vendas.
• A retração econômica provoca mudanças nas características de consumo. Além do au-
mento da procura por descontos, cresce a procura (e, portanto, a importância) das vanta-
gens proporcionadas por programas de pontos e fidelidade.
• No mesmo caminho dos benefícios econômicos estão as ofertas de “combos” no food servi-
SEM/OUTRAS ce, que compõem os lanches e refeições contrabalançando a queda na demanda. Os clien-
BANDEIRAS tes tendem a escolher as combinações vantajosas, o que é positivo para o varejista também.
QUASE • Alimentos e bebidas saudáveis têm conquistado um espaço relevante na vida do con-
-25% sumidor moderno que se preocupa, cada vez mais, com a saúde e bem-estar. O mix de
produtos deve contemplar itens que naveguem bem na onda da saudabilidade.
• Segundo o estudo da Nielsen “Mudanças no Mercado Brasileiro 2016: O que você precisa
saber sobre o consumidor”, a geração dos Millennials compra por impulso e é mais fiel às
LOJAS 2015 marcas líderes: “37% dessa geração diz que não pretende economizar, pois gosta de viver
ASSOCIADAS o momento e comprar por impulso, não abrindo mão do que gosta, o que inclui produtos
supérfluos. Eles também são 10% mais leais às marcas líderes, por se engajarem com elas,
e estão cada vez mais conectados, em busca de novas tecnologias e utilizando mídias
sociais para tomar suas decisões de compra .” 3
Grande parte do público das lojas de conveniência pertence a essa geração. Logo, tomar
partido do seu perfil de consumo colabora com os resultados. O gerenciamento cautelo-
VENDA MÉDIA so das categorias de maior contribuição, dos SKUs4 de giro alto e das marcas top é tarefa
fundamental na gestão do negócio.
55% Conectividade no ponto de vendas é importante para esse consumidor – 82% possuem
SUPERIOR A DAS smartphones, de acordo com a pesquisa Nielsen. Também, a presença nas mídias sociais,
OUTRAS LOJAS estabelecendo comunicação com usuários e seguidores, cria uma ligação oportuna com
o cliente, estimula a visita ao ponto de vendas, divulga itens de food service e promoções,
gera experimentação, provoca empatia, entre outros benefícios. Em seus programas e
TICKET plano de marketing, as associadas ao Sindicom têm investido nos meios digitais, com
ênfase nas redes sociais.
MÉDIO Outro dado interessante refletido no estudo revela que 55% dos Millennials buscam no-
vas tecnologias. Isso reforça o movimento das associadas ao Sindicom nesse sentido, tra-
R$ 11,10
zendo inovações tecnológicas para o setor.
• Em época de crise, a força das marcas se torna ainda mais vigorosa e influente pelo laço
R$ 9,06 de confiança estabelecido com o consumidor. As redes tendem a atrair mais clientes e a
competência de suas ofertas os fideliza.
+ 23% 2015
2014
6.788
6.090
5.773
4.948
4.090
3.504
3.223
2.806
2.389 2.469
100 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise setorial
7.3661
7.203
6.904 6.962
6.060
5.841
5.666
5.442 5.393 5.427
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
3. As 7.366 lojas aqui representadas refletem as áreas de atuação da Nielsen (vide Metodologia).
Ipiranga
25,9%
Outras e
sem bandeira
40,1%
BR
17,1%
Ale 3,9%
Raízen
12,9%
Norte Norte
Centro-Oeste 2,5% 7,4%
11,1% Centro-Oeste
8,3%
Sudeste
39,7%
Nordeste
Sul 27,9% 27,9%
101
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
Norte Centro-Oeste
2,5% 7,4%
Norte
8,3%
Sudeste
39,7%
Sul Sudeste
14,2% 42,2%
Nordeste
27,9%
102
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias
N
este anuário, a análise detalhada dos resultados do mercado brasileiro de lojas de
conveniência foi feita com base nas oito categorias de produtos mais relevantes
para o canal: Tabacaria, Bebidas Não-Alcoólicas, Cervejas, Bomboniere, Sorvetes,
Snacks e Biscoitos, Bebidas Destiladas e Food Service. Juntas, elas representam
mais de 90% do faturamento das lojas.
O levantamento feito pela Nielsen no mercado total de lojas de conveniência, os dados
referentes às lojas das bandeiras associadas ao Sindicom (ALE, BR, Ipiranga e Raízen) – líderes
em faturamento e mais da metade do canal em número de lojas –, matérias publicadas com
informações relevantes de mercado e inputs da indústria foram as fontes de dados utilizadas
para o presente estudo.
CATEGORIAS Com relação à categoria Food Service, destacamos que, por ser bastante complexa quanto
JUNTAS à aferição de dados, ter ampla variedade de cardápios e por apresentar características tão
MAIS DE peculiares, fizemos sua apreciação separadamente do grupo das demais categorias. Além
90% disso, figuram apenas os resultados das associadas ao Sindicom, cujos números são gerados
e extraídos diretamente dos sistemas das lojas.
DO FATURAMENTO Vale ressaltar a importância da performance das Categorias, tanto para o varejista quanto
para a indústria. Esperamos que este material seja usado como referência para gestores do
canal, utilizando seus indicadores para comparações de desempenho e decisões estratégicas.
Associadas ao Sindicom
TABACARIA
“Poucas indústrias são tão abrangentes como a do tabaco. A grande maioria dos países possui fábricas de pro-
dutos de tabaco e a indústria normalmente representa uma parte importante do contexto econômico e social.
Mesmo em países que não desenvolvem a industrialização do tabaco, a distribuição dos seus produtos é uma
importante fonte de atividade econômica.”
A
indústria do tabaco, importante share de fabricantes (66,7%), seguida da Phi-
protagonista no cenário econô- lip Morris (30%) na segunda colocação e da
mico e social, vem enfrentando, Golden Leaf (2,2%) em um discreto terceiro
em esfera global, crescentes desa- lugar.
fios que tem impactado no resultado de suas Malboro, Dunhill, Free, Hollywood e
atividades, ao longo dos últimos anos. Derby foram as cinco marcas mais vendidas
No Brasil, ações desenvolvidas pela Po- no canal, em 2015. A ordem permaneceu a
TABACARIA lítica Nacional de Controle do Tabaco, como mesma de 2014, no grupo das associadas ao
60%
essa conjuntura não envolve apenas a indús- mento da participação de box/flip top, com
tria tabagista. O varejo também é diretamen- quase 60% de share. Isso ocorreu, em parte,
te atingido pelas suas consequências e seus em virtude do lançamento de mais versões
NO SHARE desdobramentos. de produtos “value for money” em box. Des-
Apesar dos desafios da categoria, ela ta forma, uma parcela do volume de marcas
mantém firmes, no canal conveniência, a sua como Derby e Hollywood, por exemplo, mi-
liderança em participação em vendas e o seu grou da embalagem maço para box. Outro
papel de principal geradora de tráfego. Com fator que influenciou esse movimento foi a
37,8% de contribuição no faturamento das perda de volume em marcas com maior par-
lojas das associadas ao Sindicom, a catego- ticipação de maço e a estabilidade de marcas
ria Tabacaria tem a Souza Cruz como líder no premium, que são vendidas em box.
104
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / tabacaria
dutos. Ele também é fiel à marca que fuma. Philip Morris 30,2 30,0 Dunhill 21,2 22,4
Assim, manter os níveis de estoques ade- Golden Leaf 2,0 2,2 Free 17,8 17,2
quados à demanda, seguir as sugestões de Outros 0,5 1,1 Hollywood 9,0 8,6
exposição e respeitar as regras e recomen- Derby 7,6 6,2
dações comerciais da categoria são práticas Lucky Strike 4,4 4,4
fundamentais para sua gestão. Qualquer LM 3,7 3,6
desvio pode resultar em perda de vendas e
Hilton 3,0 2,8
de clientes.
Minister 0,8 2,4
Não menos importante, a categoria ain-
Djarum 1,1 1,3
da requer cuidado especial quanto à respon-
sabilidade social e legal de sua comerciali- Outras 8,3 8,5
2014 2015
1º Dunhill, Box/Flip Top Dunhill, Box/Flip Top
2º Marlboro, Box/Flip Top Marlboro, Box/Flip Top
3º Free, Maço Free, Box/Flip Top
4º Free, Box/Flip Top Free, Maço
5º Derby, Maço Marlboro, Maço
6º Hollywood, Maço Hollywood, Maço
7º Marlboro, Maço Derby, Maço
8º Lucky Strike, Box/Flip Top Lucky Strike, Box/Flip Top
9º LM, Box/Flip Top LM, Box/Flip Top
10º Hilton, Box/Flip Top Hollywood, Box/Flip Top
105
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
15 RANKING Fabricantes - CIGARROS 16 RANKING MARCAS - CIGARROS 17 SHARE EMBALAGENS - CIGARROS (%)
18 Top 10 - CIGARROS
2014 2015
1º Dunhill Carlton Red, Box/Flip Top Dunhill Carlton Red, Box/Flip Top
2º Free Red, Maço Free Red, Maço
3º Marlboro Red, Box/Flip Top Marlboro Gold Original, Maço
4º Derby Azul, Maço Marlboro Red, Box/Flip Top
5º Hollywood Red Original, Maço Marlboro Gold Original, Box/Flip Top
6º Marlboro Red, Maço Marlboro Red, Maço
7º Marlboro Gold Original, Box/Flip Top Hollywood Red Original, Maço
8º Marlboro Gold Original, Maço Free Blue, Maço
9º Free Red HL, Box/Flip Top Free Red HL, Box/Flip Top
10º Free Blue, Maço Derby Azul Mar/Suave, Maço
106
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / bebidas não alcoólicas
bebidas
não alcoólicas
“Em uma volta pelas gôndolas dos supermercados podemos constatar a variedade de bebidas disponíveis. Tem
de tudo e para todos os gostos e necessidades. Mas, o consumidor ainda quer muito mais. Ainda bem! A indústria
de bebidas não alcoólicas ampliou muito o portfólio de produtos na última década, principalmente de uns cinco
anos para cá(...). O mercado global de bebidas não alcoólicas, segundo o Datamonitor, movimenta cerca de 500
bilhões de dólares, sendo que a Europa representa quase 40% desse valor. A China apresentou um alto crescimen-
to nos últimos anos, e os Estados Unidos sempre aparecem como grande consumidor dessas bebidas.”
A
categoria de Bebidas Não Alcoóli- bém ganharam share em 2015, chegando a
cas desempenha, desde a forma- 24,2% (contra 21,5%, em 2014). BEBIDAS NÃO
tação das nossas primeiras lojas O mesmo movimento de migração da ALCOÓLICAS
de conveniência, um papel domi- contribuição de Refrigerantes para as outras
nante no canal, destacando-se como forte subcategorias também vem ocorrendo leve-
geradora de tráfego, especialmente para o mente nas lojas das associadas ao Sindicom,
consumo imediato de seus SKUs. ao longo dos últimos anos. Em 2015, as ven-
Pensando no trajeto do cliente na di- das de Refrigerantes participaram com 41,2%
reção do produto que matará a sua sede e, da categoria (versus 42,7%, no ano de 2013),
possivelmente, o proporcionará prazer, a Águas, Sucos e Chás com 33,1% e Energéti- +
posição das geladeiras é fator primordial na cos, Isotônicos e Guaranás Naturais, 25,6%. FOOD SERVICE
concepção do layout do ponto de vendas, Vale salientar, contudo, que o ano não =
afinal outras categorias são impulsionadas foi auspicioso para o mercado brasileiro SINERGIA!
de forma substancial pela venda de bebidas de bebidas em geral. A redução da renda
não alcoólicas. A relação com o food service do consumidor resultou na racionalização ASSOCIADAS SINDICOM Fonte: Sindicom
merece ser realçada, tamanha a sinergia. de consumo. Segundo o Jornal O Estado
No mercado total de lojas de conveniên- de São Paulo1, “nos canais de autosserviço, SHARE SUBCATEGORIAS (%) -
19 bebidas não alcoólicas
cia pesquisado pela Nielsen, a participação como supermercados, por exemplo, o volu-
da categoria vem crescendo desde 2013, me vendido de bebidas alcoólicas caiu 2,1%
2014 2015
tendo atingido 21,3% em 2015. Nas lojas das até agosto de 2015 ante igual período do
associadas ao Sindicom, a fatia foi de 18,9%, ano anterior, segundo dados da Nielsen. Nas Refrigerantes 41,5 41,2
também expressiva. não alcoólicas, como refrigerantes, o recuo Águas, Sucos e Chás 32,7 33,1
Devido à sua abrangência, a categoria foi ainda maior: de 3,9%. (...) A produção de Energéticos, Isotônicos
25,9 25,6
e Guaranás Naturais
de Bebidas Não Alcoólicas requer uma seg- refrigerantes no Brasil teve onze meses con-
mentação por subcategorias para melhor secutivos de queda em 2015, de acordo com
análise de seus resultados. Das suas subcate- o Sicobe2”. MERCADO TOTAL Fonte: Nielsen
gorias, Refrigerantes contribuem com maior Apesar do cenário econômico desfavo-
parcela nas vendas, com 45,9% no mercado rável, que vem diminuindo o consumo de SHARE SUBCATEGORIAS (%) -
total, embora a participação tenha caído de bebidas, a Coca-Cola, maior fabricante do 20 bebidas não alcoólicas
2014 para 2015. No caminho inverso estão os setor, declarou que manterá os investimen-
Energéticos, Isotônicos e Guaranás Naturais, tos previstos para o período de 2012 a 2016 2014 2015
que vêm crescendo de forma consistente – R$ 14,1 bilhões. O Brasil representa, para o Refrigerantes 49,6 45,9
nas lojas apuradas pela Nielsen, atingin- sistema Coca-Cola Company, o quarto maior Energéticos, Isotônicos
28,9 29,9
do 29,9% de contribuição na categoria, em mercado no mundo3. e Guaranás Naturais
2015. Águas, Sucos e Chás, por sua vez, tam- Águas, Sucos e Chás 21,5 24,2
REFRIGERANTES
“A indústria de bebidas continua de olho no interesse dos brasileiros por produtos mais saudáveis, apesar da pers-
pectiva negativa para a economia. Uma pesquisa da Euromonitor International estima que as vendas reais de
refrigerantes e sucos com baixo teor de açúcar crescerão 3,6% até 2020. A previsão de expansão é um pouco infe-
rior ao registrado nos últimos cinco anos. No ano passado, o segmento movimentou US$ 1,4 bilhão no Brasil, um
crescimento de 4,1% em comparação com 2010.”
N
os últimos anos, o mercado de 237ml. Como consequência, nos Estados Uni-
refrigerantes vem perdendo um dos, as vendas das embalagens de menor ta-
REFRIGERANTES
significativo espaço para bebidas manho tiveram aumento de 15%, de janeiro
QUEDA não alcoólicas mais saudáveis, a setembro de 2015, e as vendas das emba-
como águas minerais, chás, sucos, energé- lagens maiores caíram para 85%, versus 90%,
ticos, isotônicos e guaranás naturais, que em 2011. O volume de refrigerantes dimi-
ganham, cada vez mais, o gosto do consumi- nuiu, mas a receita decresceu apenas 0,1%,
dor. Campanhas contra a obesidade, diabe- para US$ 26,59 bilhões – o preço do mililitro
tes e cáries, por exemplo, vêm convencendo é maior nas embalagens menores. Seguindo
do contexto, eles ainda continuam sendo o O share de fabricantes permaneceu o ca Fanta caiu para a quarta posição, perden-
carro-chefe em vendas de não alcóolicos e de- mesmo, com a liderança destacada da Coca- do meio ponto percentual de share.
vem permanecer assim por bastante tempo. -Cola, com 74,5%, seguida da Ambev (22,3%) Na lista dos Top 10 de Refrigerantes, os qua-
Entre as Bebidas Não Alcoólicas, a subca- e da Brasil Kirin (1%). tro primeiros lugares são os mesmos, desde o
tegoria de Refrigerantes é a que tem maior No ranking das marcas, Coca-Cola sus- início do levantamento feito pela Nielsen, no ca-
participação, com 45,9% de share nas lojas tenta sua posição de líder, com quase me- nal: Coca-Cola Pet 2L a 2,5L, Coca-Cola Lata 290
de conveniência pesquisadas pela Nielsen e tade do share (49%, em 2015). Guaraná a 399ml , Coca-Cola Pet 600 a 749ml e Guaraná
41,2% no grupo das associadas ao Sindicom. Antarctica também permanece na segunda Antarctica Pet 2L a 2,5L. A ordem é a mesma
A contribuição da subcategoria, contudo, está colocação, com 10% de participação. Nas lo- entre as lojas associadas ao Sindicom. Manter
diminuindo um pouco, seguindo a mesma jas associadas ao Sindicom, Coca-Cola Zero estoques adequados dos SKUs mais vendidos é
tendência mundial. recuperou o terceiro lugar, enquanto a mar- providência primordial para o varejista.
109
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
24 RANKING Fabricantes - refrigerantes 25 RANKING MARCAS - refrigerantes 26 SHARE EMBALAGENS - refrigerantes (%)
110
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / águas, sucos e chás
A
busca por hábitos saudáveis e Segundo informações de mercado, o con-
produtos que contribuam para sumo de água mineral por pessoa é o dobro
o bem-estar tem influenciado o do que era há dez anos atrás. Isso se deve, prin-
consumidor a comprar, cada vez cipalmente, à conscientização, cada vez maior,
mais, itens da subcategoria das Águas, Sucos sobre sua importância para a saúde e ao calor.
e Chás. A indústria, aproveitando a oportuni- Mais recentemente, há quem também apon-
dade, aumenta a produção e a variedade de te o problema hídrico enfrentado pelo Brasil
ofertas e novidades, que envolvem sabores, como fator que contribuiu com esse aumento.
tamanhos e embalagens. O segmento líder da subcategoria cresce
Segundo a consultoria Euromonitor Inter- continuamente nas lojas de conveniência, ten-
national1, o mercado brasileiro de águas de do a Coca-Cola como principal fabricante, com
coco e chás, juntos, cresceram, em vendas, 94 28,3% de share no faturamento. Na sequência,
ÁGUAS, SUCOS milhões de litros, em 2015 – no período, o pri- o Grupo Edson Queiroz (12,5%), Nestlé (8,5%),
E CHÁS meiro teve aumento de 11,1% em volume e o Brasil Kirin (6,4%) e Danone (6,3%).
segundo, 8,2%. Quanto ao ranking de marcas, nas lojas das
33,1% No mercado de lojas de conveniência,
Águas, Sucos e Chás vêm ganhando espaço e
associadas ao Sindicom, Crystal ocupa o topo,
com significativos 26,6% de contribuição. As
DO vendas. Em 2015, no grupo das associadas ao quatro posições subsequentes (Indaiá, Bona-
FATURAMENTO
Sindicom, a participação em faturamento foi font, Schin e Minalba) dividem fatias do mes-
de 33,1%, contra 31,4% em 2013. mo tamanho, entre 6,5% e 6% de participação.
Na subcategoria, evidencia-se a lideran- Na análise Nielsen de embalagens, nota-se
ÁGUAS ça das Águas, com 60,5% de share, que vem a força do consumo imediato, com quase 70%
LIDERANÇA crescendo, ano após ano. Na sequência, está o de share. Não obstante, as águas envasadas
segmento dos Sucos (30,3%). Os Chás fecham em garrafas acima de 1,5L também têm im-
a lista, com 9,2%. portância na cesta de compras do consumidor
Entre os Top 10 das associadas ao Sindi- das lojas de conveniência, com 30,4% das ven-
com, desde 2013, a água Crystal Pet 500ml das do segmento.
encabeça o ranking, seguida de sucos Del Val- As águas sem gás são as mais vendidas
+ de le Mais lata 355ml e Del Valle Mais Cartonado (77%), embora o produto com gás tenha pú-
1. Publicado em 15/04/2016, no site Food Service News, que cita como fonte o jornal Valor Econômico. 111
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
SUCOS
sociação Nacional dos Exportadores de Sucos O segmento dos Chás representa uma
Cítricos). Apesar da alta taxa de crescimento, oportunidade favorável para a indústria e
os volumes ainda são pequenos chegando para o varejo, que observam atentamente
a apenas 67 milhões de litros.” (Engarrafador o quanto os chás gelados estão conquistan-
Moderno, Edição 257). do o gosto do consumidor e acreditam na VIDA SAUDÁVEL
O objetivo de levar uma vida mais saudá-
vel aliado à praticidade necessária na rotina
expansão deste mercado, especialmente os
produtos pouco calóricos.
+
atual fazem com que o consumidor procure No Brasil, a Coca-Cola Femsa é o maior PRATICIDADE
sucos prontos e de qualidade. Assim, o leque fabricante da subcategoria, com 47,4% de
de opções de sabores, embalagens e versões participação. As vendas da sua marca Leão, MAIOR PROCURA POR
(light e regular) é crescente. em 2015, cresceu 22%. O segundo fabricante SUCOS PRONTOS
Segmento com ainda bastante força para é a Nestlé, com 22,7% de share em vendas. A E DE QUALIDADE
prosperar, os Sucos representaram 33,7% do Wow Nutrition, com 14,4%, é o terceiro co-
faturamento da categoria de bebidas não al- locado.
coólicas, no mercado total de lojas de conve- Nas lojas de conveniência, tanto no mer-
niência, em 2015. cado total quanto nas lojas das associadas ao
Entre os fabricantes, a Coca-Cola é líder, Sindicom, sua participação cresceu no share CHÁS
com mais da metade do share no segmento da subcategoria, tendo a Coca-Cola como
nas lojas associadas ao Sindicom. Sua mar- líder entre os fabricantes, seguida da Wow
ca Del Valle Mais ocupa a principal posição, Nutrition, da AmBev e da Nestlé.
com 36,2% de participação. A Wow Nutrition, Matte Leão, da Coca-Cola, é a marca mais
dona da marca Su Fresh, ficou em segundo vendida, com importantes 62,6% de parti-
lugar (7,7%). cipação, nas associadas ao Sindicom. Feel PRODUTOS
Nas lojas do mercado total, Coca-Cola Good ocupa o segundo lugar, com 14,8%. POUCO CALÓRICOS
também se manteve em primeiro lugar no As embalagens para consumo imediato CONQUISTAM
+ MERCADO
ranking de fabricantes. A segunda posição novamente aparecem como as mais procu-
foi conquistada pela Ebba, com sua marca radas, da mesma forma que os outros seg-
Maguary. mentos da subcategoria dos ASCs – 76% das
De acordo com o levantamento da vendas são em embalagens de até 500ml,
Nielsen, assim como as Águas e os Chás, as segundo os dados da Nielsen.
embalagens para consumo imediato (até ASSOCIADAS SINDICOM Fonte: Sindicom
600ml) são as mais vendidas (65%), com Del
Valle Mais lata 355ml na liderança. O consu- 29 SHARE SUBCATEGORIAS - ASCs (%)
mo futuro também tem sua importância nas
vendas do segmento, reforçando, assim, o
2014 2015
papel da conveniência no dia a dia do cliente.
Águas 58,6 60,5
São tantos os sabores, versões e embala-
Sucos 33,0 30,3
gens de sucos, que cada frente de produto
no planograma deve ser cuidadosamente Chás 8,4 9,2
2015, o nicho de chás gelados, na contramão, 4º Crystal,Pet, 1,5L Água Crystal,Pet, 1,5L Água
cresce 11,69%. Os dados são da Nielsen e 5º Schin, Pet, 500ml Água Matte Leão, Pet, 300ml Chá
comparam o volume vendido entre janeiro 6º Bonafont, Pet, 500ml Água Schin, Pet, 500ml Água
e outubro deste ano com o mesmo período 7º Minalba, Pet, 500ml Água Bonafont, Pet, 500ml Água
de 2014. De olho nesses números, a Tang, 8º Pureza Vital, Pet, 510ml Água Minalba, Pet, 500ml Água
da Mondelēz, decidiu ir além dos refrescos
9º Del Valle, Lata, 355ml Suco Indaia, Pet, 500ml Água
e acaba de lançar uma linha de chás em pó.”
10º Kapo, Cartonado, 200ml Suco Kapo, Cartonado, 200ml Suco
(Revista Exame.com).
112
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / águas, sucos e chás
águas
32 SHARE MARCAS - ÁGUAS (%) 8º Indaía, Pet, 500ml Pureza Vital, Pet, 510ml
9º Minalba, Pet, 1,5L Minalba, Pet, 1,5L
2014 2015 10º Indaiá, Pet, 1,5L Indaiá, Pet, 1,5L
Crystal 24,2 26,6
Indaiá 6,5 6,5
Bonafont 6,9 6,3
Schin 7,0 6,3
Minalba 6,6 6,0
Kero Coco 4,9 4,8
Pureza Vital 4,9 4,3
Da Pedra 4,2 4,0
São Lourenço 2,1 2,0
Petrópolis 2,0 1,7
Outras 30,6 31,4
sucos
chás
114
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / águas, sucos e chás
águas
42 RANKING Fabricantes - ÁGUAS 43 RANKING MARCAS - ÁGUAS 44 SHARE EMBALAGENS - ÁGUAS (%)
47 RANKING Fabricantes - SUCOS 48 RANKING MARCAS - SUCOS 49 SHARE EMBALAGENS - SUCOS (%)
Maguary 4º 3º
Su Fresh 3º 4º
Del Valle & Nada 5º 5º
Aurora 6º 6º
Camp 7º 7º
Citrus 8º 8º
La Fruit 9º 9º
Petry 10º 10º 115
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
51 Top 10 - SUCOS
2014 2015
1º Del Valle Mais, Lata, 251 a 400ml Del Valle Mais, Lata, 251 a 400ml
2º Del Valle Mais, Cartonado, 801ml a 1L Del Valle Mais, Cartonado, 801ml a 1L
3º Del Valle Frut, Plástico, 401 a 600ml Del Valle Frut, Plástico, 401 a 600ml
4º Tampico, Plástico, 401 a 600ml Maguary, Lata, 251 a 400ml
5º Del Valle Caseira, Cartonado, 801ml a 1L Tampico, Plástico, 401 a 600ml
6º Del Valle Caseira, Cartonado, até 250ml Del Valle Caseira, Cartonado, 801ml a 1L
7º Del Valle Kapo Néctar, Cartonado, até 250ml Del Valle Caseira, Cartonado, até 250ml
8º Del Valle Mais, Cartonado, até 250ml Del Valle Kapo Néctar, Cartonado, até 250ml
9º Jandaia, Cartonado, até 250ml Del Valle Mais, Cartonado, até 250ml
10º Tampico, Plástico, até 250ml Tampico, Plástico, até 250ml
chás
52 RANKING Fabricantes - CHÁS 53 RANKING MARCAS - CHÁS 54 SHARE EMBALAGENS - CHÁS (%)
116
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / energéticos, isotônicos e guaranás naturais (enigs)
ENERGÉTICOS, ISOTÔNICOS e
GUARANÁS NATURAIS (ENIGs)
“O segmento de energético cresceu 9,1% em volume, alcançando 152,7 milhões de litros, de acordo com pesquisa
feita pela Euromonitor International. O faturamento subiu 15,7% para R$ 3,24 bilhões. A marca mais vendida
foi Red Bull, seguida pela marca Burn, Guaraviton, Flash Power e TNT. No ano passado, grandes fabricantes re-
forçaram a produção de energéticos no País, em função do cenário ainda favorável para a categoria. O Grupo
Petrópolis, por exemplo, investiu no desenvolvimento de novos sabores para sua linha TNT. A Coca-Cola passou
a distribuir no Brasil o energético Monster, que antes era entregue no varejo pela Ambev. A companhia informou
que elevou as vendas do seu energético Fusion durante o período, mas não citou números.”
A
subcategoria dos Enigs – Ener- Energéticos
ENIGS géticos, Isotônicos e Guaranás “Foi vendido um total de 5.957 bilhões de la-
Naturais – também vem abar- tas de Red Bull em todo o mundo em 2015,
cando uma parte da participação representando um aumento de 6,1% em re-
perdida pelos Refrigerantes, na categoria de lação a 2014. Mesmo levando em considera-
Bebidas Não Alcoólicas, nas lojas de conveni- ção as flutuações cambiais e de preço, o vo-
ência. Ela atingiu, em 2015, 30% do share, no lume de negócios da empresa testemunhou
mercado total auditado pela Nielsen. Entre um aumento de 15,5%, indo de 5.110 bilhões
VEM ABARCANDO
as lojas associadas ao Sindicom, a contribui- de euros para 5.903 bilhões de euros.” (Fonte:
PARTICIPAÇÃO ção foi de 25,6%. site Red Bull)
PERDIDA Não é de hoje que o canal conveniência é A bebida estimulante, à base de taurina,
PELOS identificado pelo consumidor como um pon- cafeína e vitaminas do complexo B, vem con-
REFRIGERANTES to de vendas competente para isotônicos e quistando, cada vez mais, atletas, estudantes
energéticos, ofertados na temperatura ade- e profissionais dinâmicos, entre outros pú-
quada para consumo imediato. A variedade blicos. Segundo estimativa da Euromonitor,
de sabores e marcas representa um desafio as vendas de energéticos aumentarão, em
para o varejista, na disponibilização de espa- média, até 2020, 11,5% ao ano em volume e
ENERGÉTICO ço para expor os produtos que irão saciar a 13% em receita.
AUMENTO sede, a necessidade e o paladar do cliente, O mercado é promissor e representa um
EM MÉDIA, ATÉ 2020, POR ANO disputando frentes de geladeiras com tan- filão dentro da categoria de Bebidas Não Al-
tas outras bebidas, também disponíveis em coólicas. A indústria tem investido e aposta-
diversas embalagens e gostos. No quebra- do suas fichas no segmento, especialmente
-cabeças dos planogramas, ganha aquele as empresas que contam com a alta partici-
que tiver mais informação e que souber, com pação dos refrigerantes em seu portfólio de
o que for possível de precisão, o comporta- vendas e, assim, precisam diversificá-lo.
11,5% VOLUME mento de compra do seu consumidor. Entre os Enigs, no grupo de lojas das
Na lista de 2015 dos Top 10 da subcate- associadas ao Sindicom, os Energéticos che-
13% RECEITAS
goria, de acordo com os dados do Sindicom, garam a 76,8% de participação, em 2015. A
sete itens são energéticos (os dois primeiros, pioneira Red Bull, mantém sua histórica li-
Red Bull Lata 250ml e Red Bull Lata 473ml), derança no canal, com quase 70% de share
um item é isotônico (o terceiro colocado, entre os fabricantes, tendo ganho sete pon-
Gatorade Plástico 500ml) e dois são guara- tos percentuais na comparação com 2014,
nás naturais. devido a ações nos pontos de vendas. A
Ambev, com as marcas Monster e Fusion, é a Os isotônicos têm seu espaço nas pra- Em 2015, entre os fabricantes, Viton 44
segunda colocada no ranking de fabricantes, teleiras das geladeiras das lojas de conve- foi o primeiro do pódio, com 70,9% de sha-
com 9,3% de participação. Na sequência, o niência desde a sua chegada ao mercado re, repartido entre suas marcas Guaraviton
Grupo Petrópolis (6,4%), Coca-Cola (4,5%) e brasileiro. Naquela época, as vendas eram (46,4%) e Guaravita (24,5%). O segundo pos-
am/pm (2,8%). concentradas apenas na marca que trouxe to foi ocupado pela Coca-Cola (17,8%), com
Em 2013, a Ambev passou a ser respon- o conceito de “sports drinks” para o nosso Leão Guaraná Power. Em terceiro lugar, Mix
sável pela venda e distribuição do energé- país – Gatorade. Hoje, elas se dividem en- do Brasil (7,9%), com Guaramix.
tico Monster, que antes eram feitas pela tre diversas outras marcas, que suam para Açaí, Ginseng e Natural foram os sabores
Globalbev. Vale comentar, contudo, que a conquistar a preferência do consumidor. mais vendidos.
Coca-Cola, em julho de 2015, anunciou que Contudo, a liderança pertence, desde o
passará a distribuir o produto no Brasil. De princípio, à marca pioneira, com quase 80%
acordo com o jornal Valor Econômico , “a mu- de participação.
dança é resultado da transação, realizada em No mercado total Nielsen, os Isotônicos
agosto do ano passado, na qual a Coca-Cola detiveram 23,5% da participação em fatu-
Company passou a deter uma participação ramento da subcategoria Enigs, superando
de 16,7% na Monster Beverage”. seu share de 2014 (20,6%). Já no grupo das
O ranking das marcas manteve Red Bull associadas ao Sindicom, a contribuição foi de
no topo, com seus 69,5% de share, seguido 15,8%, menor que em 2014 devido ao cresci-
de Monster (7,9%), TNT (6,3%), Burn (4,4%) e mento dos Energéticos. ISOTÔNICOS
Mood (2,8%). O ranking de fabricantes é liderado pela PARTICIPAÇÃO NO
Red Bull Lata 250 ml permanece no pri-
meiro lugar da lista dos Top 10.
Ambev (78,2%, em 2015 – 3,1 pontos percen-
tuais a mais do que em 2014), com Gatorade,
FATURAMENTO
seguida da Coca-Cola (19,3%), cujo share é
DOS ENIGS
Isotônicos dividido entre as marcas I9 (10%) e Powera-
“Durante o exercício, é recomendado consu- de (9,3%). 23,5% NIELSEN
mir entre 500ml e 2 litros de água e isotôni- Entre os sabores, destacaram-se limão, 15,8% SINDICOM
co. A quantidade vai depender de quanto de tangerina, laranja, uva e morango-maracujá.
suor a pessoa perdeu. Se suou pouco, deve
beber 1 litro de isotônico. Se suou muito, são Guaranás Naturais
necessários 1 litro de isotônico e mais 1 litro O segmento dos Guaranás Naturais manteve
de água. Após as atividades, o consumo ideal sua participação, na subcategoria dos Enigs,
é de 1,5 litro de líquido para cada quilo perdi- com 7,4% no share de faturamento das lojas
do. Nesse momento, também é importante das associadas ao Sindicom. No mercado to-
consumir frutas e alimentos.” (Fonte: Site G1 tal Nielsen, cresceu, porém representou ape-
– Bem Estar). nas 3,1% da fatia total.
118
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / energéticos, isotônicos e guaranás naturais (enigs)
ENERGÉTICOS
isotônicos
GUARANÁS NATURAIS
120
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / energéticos, isotônicos e guaranás naturais (enigs)
ENERGÉTICOS
ISOTÔNICOS
74 RANKING Fabricantes - ISOTÔNICOS 75 RANKING MARCAS - ISOTÔNICOS 76 SHARE EMBALAGENS - ISOTÔNICOS (%)
121
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
GUARANÁS NATURAIS
122
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / CERVEJAS
CERVEJAS
“O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção de cerveja. Essa posição foi conquistada com a
implementação de uma política de longo prazo voltada para investimentos em fábricas, inovando, gerando ren-
da e trabalho ao Brasil. O setor corresponde a 1,6% do PIB brasileiro e recolhe mais de R$ 20 bilhões em tributos em
todo o país. São quase 2,2 milhões de postos de trabalho entre empregos diretos, indiretos e induzidos. Além dos
grandes fabricantes de cervejas, toda a cadeia participa desses resultados, desde o agronegócio, passando pelos
mercados de embalagens, logística, maquinário, construção civil e mais de 1.000.000 de parceiros comerciais.
E apesar de um ano com grandes desafios, como aumento do custo de energia elétrica, de impostos e variação
cambial, ficamos felizes em manter nossa contribuição para o desenvolvimento do país. Estamos otimistas para
2016 e prontos para realizar mais um ano de intenso trabalho!”
André Salles Presidente-Executivo da CervBrasil, Anuário 2015 – Associação Brasileira da Indústria da Cerveja
N
a abertura do Anuário 2015 nas lojas de conveniência, apresentou resul-
da Associação Brasileira da In- tados positivos no canal. Ações em parceria
dústria da Cerveja, lançado no com a indústria, nas lojas das associadas ao
segundo semestre de 2015, o Sindicom, por exemplo, resultaram em um
presidente-executivo da entidade demons- aumento de 1,5 pontos percentuais na par-
trou otimismo frente aos desafios ocasiona- ticipação da categoria, que atingiu 22%, em
dos pela conjuntura econômica do Brasil. De 2015. No mercado total Nielsen, a fatia foi
CERVEJAS fato, o setor promoveu, em novembro, um de 20%.
22%
seminário que teve como objetivo debater Entre os fabricantes, a gigante Ambev
projetos de melhoria da cadeia produtiva e manteve sua liderança e a mesma parcela
DO ações para enfrentar a crise econômica, ten- no faturamento das lojas das associadas ao
FATURAMENTO do como foco a recuperação do crescimento. Sindicom – 72,6%. O segundo lugar conti-
O plano de manutenção de investimentos nuou com a Heineken (13,9%), seguida do
foi ratificado pelas quatro grandes cerveja- Grupo Petrópolis (8,9%), Brasil Kirin (2,1%)
rias participantes (Ambev, Brasil Kirin, Grupo e Cerpa (0,3%).
Petrópolis e Heineken Brasil), olhando, espe- As cinco marcas mais vendidas foram
PESQUISA cialmente, a longo prazo. Skol, com 28,3% de share no faturamento
Em 2015, dados de mercado indicam da categoria, Brahma Chopp (12%), Bu-
que a produção de cerveja, que foi de 13,855 dweiser (10,7%), Heineken (9,6%) e Itaipava
bilhões de litros, caiu quase 2%1 . A diminui- (7%). É interessante observar que, ainda que
ção da renda do consumidor, com a conse- bem fortes na conveniência, Skol e Brahma
quente retração no consumo; a sensibilida- Chopp vêm perdendo um pouco de suas
37% CONSUMIDORES de a preços, que aumentaram em função participações para outras marcas como
SUBSTITUIRIAM dos insumos dolarizados; e o patamar alto Budweiser, Heineken, Antarctica e a recém-
A IDA A BARES PARA de comparação à produção elevada de 2014 -chegada Corona.
BEBER EM CASA por efeito da Copa do Mundo são alguns dos Nas lojas do mercado total Nielsen, Skol
E motivos que explicam a queda do volume lata 350ml continuou em primeiro na lista
61% CONSUMIDORES produzido. dos Top 10. No grupo Sindicom, nota-se que
CORTARIAM Apesar dos efeitos da crise, a categoria o ranking foi diferente. Ações de calendário
O LAZER FORA DE CASA Cervejas, importante geradora de tráfego promocional nas lojas das bandeiras associa-
das ao Sindicom fizeram com que a marca dos consumidores substituiriam a ida a bares
premium Budweiser ganhasse share. De fato, por beber em casa e 61% cortariam o lazer
em 2015, Budweiser, garrafa 343ml, foi a pri- fora de casa. Tal movimento se justifica pela
meira cerveja nos Top 10. O investimento em redução do poder de compra do consumi-
ativações da marca nas associadas ao Sindi- dor. Houve queda de 1,2% no consumo de
com fez com que a marca crescesse no canal. bebidas alcoólicas e, ao mesmo tempo, cres-
Pelo mesmo motivo, Stella Artois perdeu um cimento nas vendas de cervejas no canal de
pouco de participação. Antarctica também super e hipermercados2 .
teve um desempenho melhor, em 2015, de- As Cervejas desempenham o papel de
vido a ações especiais no Carnaval, especial- categoria destino nas lojas de conveniência.
mente no mercado do Rio de Janeiro. O consumidor enxerga o canal como com-
Vale destacar que as atividades promo- petente para a sua compra. Ao varejista, por
cionais foram, assim como nos anos ante- sua vez, cabe, além da oferta abrangente de
riores, voltadas para as embalagens tipo marcas a preços competitivos, a responsabi-
multipacks, com foco na comercialização do lidade na venda dos produtos, apoiando as
produto para consumo futuro. campanhas de consumo consciente, como a
De fato, a dedicação à venda do produ- Lei Seca, por exemplo. Outro ponto de extre-
to em embalagens múltiplas, para levar para ma magnitude é o cumprimento estrito da
casa, é um importante caminho. De acordo lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas
com informação divulgada no site Super- para menores de 18 anos – os atendentes
mercado Moderno, uma pesquisa feita pela das lojas devem estar sempre atentos, solici-
Nielsen, no final de 2015, indicou que 37% tando documento de identidade ao cliente.
86 RANKING Fabricantes - CERVEJAS 87 RANKING MARCAS - CERVEJAS 88 SHARE EMBALAGENS - CERVEJAS (%)
Heineken 3º 2º 2º Brahma Chopp, Lata, 350 a 400ml Brahma Chopp, Lata, 350 a 400ml
Brahma Chopp 2º 3º 3º Heineken, Garrafa, 350 a 400ml Itaipava, Lata, 350 a 400ml
Itaipava 5º 4º 4º Stella Artois, Garrafa, 251 a 299ml Budweiser, Lata, 350 a 400ml
Antarctica Sub Zero 8º 6º 6º Skol, Lata, 401 a 499ml Skol, Lata, 251 a 299ml
Corona - 9º 9º Brahma Chopp, Lata, 401 a 499ml Brahma Chopp, Lata, 401 a 499ml
Bavaria - 10º 10º Skol, Garrafa, 350 a 400ml Skol, Garrafa, 350 a 400ml
125
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
bomboniere
“O ano de 2015 aprofundou o quadro de produção e demanda em fogo brando que já vinha refogando o setor
nacional de confeitos (confectionery). O ambiente claustrofóbico fez a indústria sair desesperadamente à caça
de oportunidades para tentar equilibrar os investimentos feitos em aumentos de capacidade no período em que o
país ainda crescia. A busca de inovação se tornou praxe e também o ingrediente mais procurado nos desenvolvi-
mentos. Com projetos nessa direção a indústria de chocolates e candies conseguiu marcar tentos pontuais. Uma
das tacadas em comum entre os lances positivos foi o enquadramento das linhas às tendências de consumo pre-
dominantes na cena global. O aguçamento da curiosidade nacional por produtos mais saudáveis, por exemplo,
estimulou a expansão de nichos, como o de variantes de guloseimas funcionais e orgânicas.”
D
iante da recessão econômica, a das ao Sindicom, sua fatia de participação
busca por inovação passou a ser em faturamento é maior do que a do mer-
uma das principais providências cado total pesquisado pela Nielsen – 9,5% e
da indústria de confeitos, que 8,3%, respectivamente. Porém, ainda há bas-
também vem tentando se ajustar, cada vez tante espaço para crescimento, afinal é uma
mais, às tendências de consumo globais, categoria de produtos de grande potencial,
com ingredientes e produtos mais saudáveis, atendendo a todas as faixas etárias e inúme-
BOMBONIERE com menos açúcar, orgânicos, funcionais. ras ocasiões de consumo. Se bem trabalha-
9,5%
Para lutar contra a queda no consumo, a da, com oferecimento frequente ao cliente,
diversificação do portfólio tem sido a estra- podem ter suas vendas multiplicadas.
tégia mais comum da indústria, de acordo Para melhor análise de seus resultados,
DO
com depoimentos do mercado. Até as mar- dividimos Bomboniere em quatro subca-
FATURAMENTO
cas tradicionais, com clientela fiel aos seus tegorias: Chocolates, com quase a metade
sabores, não se restringem a itens limitados. do share da categoria, Gomas de Mascar
Outra medida diante da conjuntura eco- (27,2%), Drops, Pastilhas e Caramelos (20,3%)
BOMBONIERE nômica foi a redução das margens de lucro e Barras de Cereais (3,3%).
da indústria, que procurou segurar reajus- Importante salientar que, por ser uma
tes de preços apesar de custos mais eleva- categoria de impulso e não de necessidade,
dos de produção. a localização e a visibilidade no ponto de
A venda de Bomboniere, em 2015, man- vendas são fundamentais. Recomenda-se,
teve sua participação no mix de vendas da também, o agrupamento, na exposição, por
BUSCA POR conveniência. Esta categoria de impulso subcategorias.
INGREDIENTES responsável, em grande parte, pela elevação
SAUDÁVEIS do ticket médio das lojas continua firme no
canal, apesar do quadro de queda no mer-
CHOCOLATES
“Depois de anos bombando, o primeiro se-
cado nacional. Seu papel é importante, pois mestre de 2015 registrou recuo na produção
- AÇÚCAR aumenta a cesta de compras e a lucrativida- de chocolates no país. Segundo dados da
+ ORGÂNICOS de das lojas. Abicab, o setor apresentou um decréscimo
Por ser bastante ativada com promoções de 6%, índice de desempenho inferior em
+ FUNCIONAIS e bom merchandising nas lojas das associa- relação ao mesmo período de 2014. Em vo-
126
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / BOMBONIERE
lume, foram produzidas 231 mil toneladas gomas de mascar do share entre os fabricantes, dos quais
em 2015 e 245,8 mil toneladas no período “Decrescente em volume e ascendente em 74,5% foram representados pela marca líder,
anterior.” (Fonte: revista Doce Revista, nov/ valor, a curva das vendas de gomas de mas- Trident, que detém 60% do mercado brasilei-
dez 2015). car deixa o setor de insumos e máquinas ro (e é considerada uma marca “super líder”
A crise econômica no país motivou a com as barbas de molho. A demanda ainda por estar muito à frente da concorrência,
queda na produção de chocolates, apesar da pulsante no segmento privilegia linhas mais com mais de 29 pontos percentuais acima do
tentativa da indústria de enfrentá-la, da me- elaboradas, de maior valor na forma e apre- vice-líder). Em segundo lugar no ranking da
lhor forma possível, por meio de inovações, sentação e tecnologicamente mais sofistica- conveniência, Mentos contribuiu com 18%.
adequação da oferta e maior produtividade. das. Mas para viabilizar essa oferta mais pre- Chiclets ocupou um distante terceiro lugar,
Apesar do quadro de cautela, prevê-se mium é preciso empregar matérias-primas com 1,3% de share.
estabilidade na produção, porém com de- de alta qualidade, em geral importadas, e li- Entre os segmentos, os chicletes em Sti-
manda menos intensa, embora crescente. nhas de fabricação atualizadas, também tra- cks corresponderam a 80% das vendas. Nas
Segundo dados da Euromonitor Interna- zidas de fora do país. Com investimentos pra- lojas auditadas pela Nielsen, as embalagens
tional, de 2010 a 2015, as vendas de choco- ticamente parados por conta da crise político de Trident Stick 5 unidades ocuparam nove
late, no varejo, passaram de 265,8 mil para econômica, a indústria deixa escapar a opor- das dez posições de Top 10, com os sabores
329,7 mil toneladas, representando um au- tunidade de suprir os nichos mais atraentes e menta, hortelã e morango liderando as ven-
mento de 24,1%. Já em valores, a alta foi de expandir a oferta e o consumo no segmento.” das, nesta ordem.
66,3%. Ainda, a Euromonitor prevê, para os (fonte: revista Doce Revista, jan/fev 2016). Com uma variedade enorme de sabores
próximos cinco anos, crescimento de 17%, De acordo com levantamento da Euro- e diversas gramaturas, e produtos novos che-
atingindo 385,9 mil toneladas (fonte: site monitor International, de 2010 para 2015, gando sem parar, o desafio da elaboração do
Doce Revista). houve queda de 22,5% no consumo de planograma ideal para gomas de mascar é
Nas lojas de conveniência, a subcatego- gomas de mascar no varejo brasileiro, em cada vez maior. Privilegiar os SKUs de maior
ria Chocolates tem importante papel no au- volume. Por outro lado, o mesmo monitora- venda e os de maior valor agregado com as
mento do ticket médio das lojas e representa mento apurou aumento, no mesmo período, melhores posições nas prateleiras é ponto de
quase a metade da participação da catego- de 26% em faturamento, provocado princi- partida. Não deixar faltar é fundamental.
ria Bomboniere (49,2% nas lojas Sindicom; palmente pelas inovações e produtos de alta
45,3% no total Nielsen). qualidade, que agregaram valor à subcate- DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS
Segundo a Nielsen, em 2015, os Tabletes, goria – chicletes em drágeas, recheados ou “São diversos os itens que compõem o mer-
segmento mais vendido, representaram 46% não, linhas com duas ou três camadas com cado de candies, com grande diversidade de
de share. Os segmentos Bombom e Candy sabores diferentes, apelos de longa dura- formatos, a exemplo de pastilhas, caramelos,
Bar, por sua vez, abocanharam a mesma fa- ção de sabor, itens de máxima refrescância, pirulitos etc. Saber com quais tipos de pro-
tia, de 15%. Na sequência, os Snacks corres- gomas sem açúcar (atributo dominante, duto trabalhar é um grande desafio dos va-
ponderam a 9,7%; Confeitos, 6,6%; Ovinhos, atualmente), produtos com edulcorantes rejistas, que devem entender o perfil de seus
4,9%; e outros formatos, 2,3%. anti-cáries ou com branqueadores dentais clientes antes de definir o mix” (fonte: Revista
Fortes marcas disputam as prateleiras etc. Produtos com tais características cres- Super Varejo, janeiro 2016).
das gôndolas na conveniência e, em 2015, ceram em vendas, em 2015. Assim, a busca O mercado de confeitos vem sendo
seus fabricantes dividiram participação no por inovação é constante – há em vista, por afetado pela crise econômica, motivo pelo
faturamento da seguinte forma: Monde- exemplo, a oportunidade, ainda em fase em- qual as novidades e lançamentos tendem
lez, com 33,4%; Nestlé, com 24,3%; Ferrero, brionária, de projetos com apelo ecológico, a aumentar. Apesar do cenário de retração,
16,8%; Garoto, 9,7%; Mars, 9,0%; outras mar- como de chicletes com goma base biodegra- segundo dados divulgados na revista Super
cas, 6,9%. dável, que poderão conquistar ainda mais Varejo, o segmento das balas, no Brasil, cres-
Apesar da mesma ordem entre os fabri- consumidores. ceu 9,6% de julho de 2014 a junho de 2015.
cantes, o ranking das marcas se comportou Fato é que nas lojas de conveniência são Não há dúvida sobre o desafio para o va-
de maneira diferente entre as lojas das asso- sempre destacadas vitrines para a ampla rejista diante da variedade e amplitude do
ciadas ao Sindicom e as do mercado total au- gama de itens e novidades da subcategoria. mix da categoria Bomboniere, que teve na
ditado pela Nielsen. Enquanto, no primeiro E as gomas de mascar, importantes itens de subcategoria de Drops, Pastilhas e Carame-
grupo, Kinder foi a marca líder, Kit Kat liderou impulso no canal, representaram, no mer- los a parcela de 20,3% do seu faturamento,
no segundo. Destaque, também, para Bis, Ta- cado total de lojas pesquisado pela Nielsen, nas lojas das associadas ao Sindicom. Nota-
lento e Diamante Negro. 36% da categoria Bomboniere. Nas lojas das -se que a participação cresceu 1,6 pontos
Kit Kat, Snack foi o número 1 entre os Top associadas ao Sindicom, a subcategoria con- percentuais quanto comparada a 2014. A
10 das lojas de conveniência brasileiras, coe- tribuiu com 27,2%. contribuição também aumentou nas lojas de
rente com a saborosa condição de chocolate A Mondelez, com quase 80% de partici- conveniência pesquisadas pela Nielsen, em
mais vendido no mundo. pação, e a Perfetti Van Melle somaram 97,1% 2015, com 15,3% de share.
127
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
Pela importância da compra por impul- vido ao dinamismo da categoria, o varejista pação com o tema. Isto porque o IBGE (Insti-
so, especialmente em uma realidade em que deve estar sempre atento às novidades, es- tuto Brasileiro de Geografia e Estatística) di-
não está nada fácil vender, o cuidado com a pecialmente no período atual, em que elas vulgou que, no Brasil, há cerca de 17 milhões
subcategoria merece destaque. Merchandi- tendem a surgir com maior frequência. de obesos3. E 56,9% dos brasileiros maiores
sing correto, localização e número de frentes Os fãs de Harry Potter devem imaginar, de 18 anos têm excesso de peso4.
adequados, marcas e sabores mais vendidos, curiosos, o sabor das balas mágicas, gostos A vida moderna, atribulada e corrida,
ausência de rupturas são alguns dos muitos inusitados, como terra, salsicha, feijão ou pode prejudicar a alimentação equilibrada,
pontos de atenção para bons resultados. sabão... mas não estamos muito longe de quando as pessoas recorrem à comida rápi-
Entre os fabricantes, a liderança conti- encontrar algo parecido no mercado. Tama- da, elaborada sem muitos critérios voltados
nuou sendo da Mondelez, com 37,2% de nha é a busca por inovação que a Ferrero para a chamada “saudabilidade”. É aí que
participação no faturamento, em 2015. A se- anunciou o lançamento do Tic Tac sabor o mercado de alimentos funcionais ganha
gunda colocação também permaneceu com pipoca. O produto é doce, mas, segundo a expressão, especialmente quando aliados à
a Perfetti Van Melle, com 27%. Nas lojas do empresa, tem um leve toque salgado. praticidade e ao bom paladar. As barras de
grupo das associadas ao Sindicom, os confei- cereais se encaixam nesse cenário, cumprin-
tos do tipo “balas de gelatina” são analisados BARRA DE CEREAIS do bem o papel de um lanchinho gostoso e
dentro da subcategoria Drops, Pastilhas e Ca- “Colecionando bons números e apontada saudável.
ramelos, assim Fini ocupou o terceiro lugar como tendência, a alimentação saudável Presentes na conveniência desde a chega-
no pódio, com 10,9% de share, sendo quase deve crescer ainda mais segundo levanta- da no varejo brasileiro, as “barrinhas” conquis-
alcançado pela Ferrero (10,1%). Já no merca- mento da consultoria internacional Euro- taram o consumidor. A subcategoria Barras
do total Nielsen, a Arcor conquistou o tercei- monitor. A previsão é que, até 2019, esse de Cereais, mesmo apresentando modesta
ro lugar, impulsionado pelos Caramelos – as segmento movimente R$ 110 milhões, cres- participação dentro da categoria Bomboniere
balas de gelatina não foram consideradas cendo mais de 50%. “ (Fonte: site Investimen- (3,3%), consolidou seu espaço nas lojas.
neste grupo. tos e Notícias, julho de 2015). Apesar do share no faturamento da ca-
Segundo a Nielsen, metade das vendas Nos últimos cinco anos, de acordo com tegoria ter sido praticamente igual entre os
da subcategoria está no segmento de Drops informação da empresa Euromonitor Inter- grupos das lojas das associadas ao Sindicom
(51%), o que não é diferente do setor de au- national, o mercado de alimentos saudáveis e do mercado total Nielsen, o ranking de
tosserviço (48%). Pastilhas contribuíram com teve um incremento de 95%1 . marcas e fabricantes foi diferente devido a
38% e os Caramelos, apesar de terem cresci- De fato, o brasileiro está cada vez mais parcerias e ações nos pontos de vendas.
do em participação, representaram 11%. preocupado com hábitos saudáveis. Um re- Os sabores morango com chocolate,
Halls conservou o seu posto de marca cente levantamento divulgado na revista aveia/banana/mel, castanha com chocolate,
número um, com 37,2% de share. Mentos Exame2 apontou que quase 80% dos brasi- banana com chocolate e banana figuram
(23,4%), Fini (10,9%), Tic Tac (10,1%) e Frui- leiros declararam que nutrição e saúde são como preferidos pelo público. Assim, na hora
tella (2,4%) seguem na lista entre as marcas prioridade em suas vidas. Esta notícia é boa, de ocupar lugar nas prateleiras, são esses
mais vendidas no grupo de lojas das associa- pois demonstra, pelo menos, que há preocu- itens os que não podem faltar.
das ao Sindicom.
Em 2015, nas lojas auditadas pela Nielsen,
Halls preencheu oito das dez posições dos Top ASSOCIADAS SINDICOM Fonte: Sindicom
10. Extra Forte, Cereja/Mentol, Morango/Lyp-
tus, Menta e Uva Verde foram os cinco sabores
campeões, assim como em 2014. 91 SHARE SUBCATEGORIAS - BOMBONIERE (%)
Os produtos mais vendidos, preferidos
pelo consumidor, não podem faltar e devem
2014 2015
ocupar lugar de destaque na sua exposição,
Chocolates 48,5 49,2
na área do balcão do caixa. Além disso, de-
Gomas de Mascar 28,9 27,2
Drops, Pastilhas e Caramelos 18,7 20,3
Barras de Cereais 3,9 3,3
CHOCOLATES
gomas de mascar
129
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
Perfetti Van Melle 25,2 27,0 2º Mentos, Pacote, 38g Mentos, Pacote, 38g
Fini 11,2 10,9 3º Fini, Pacote, 100g Tic Tac, Pote, 16g
Ferrero 9,6 10,1 4º Tic Tac, Pote, 16g Fini, Pacote, 100g
2014 2015
Halls 37,7 37,2
Mentos 22,2 23,4
Fini 11,2 10,9
Tic Tac 9,6 10,1
Fruitella 2,4 2,4
Garoto 1,3 1,7
Gomets 1,1 1,0
Freegels 1,4 1,0
Chupa Chups 0,2 0,9
Outras 12,9 11,4
BARRAS DE CEREAIS
SHARE fabricantes - BARRAS DE
101 CEREAIS (%) 103 Top 10 - BARRAS DE CEREAIS
2014 2015
Chocolates 47,2 45,3
Gomas de Mascar 36,4 36,0
Drops, Pastilhas e Caramelos 14,3 15,3
Barras de Cereais 2,1 3,4
CHOCOLATES
105 RANKING Fabricantes - CHOCOLATES 106 RANKING MARCAS - CHOCOLATES 107 SHARE SEGMENTOS - CHOCOLATES (%)
131
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
gomas de mascar
110 RANKING Fabricantes - GOMAS DE MASCAR 111 RANKING MARCAS - GOMAS DE MASCAR 112 SHARE SEGMENTOS - GOMAS DE MASCAR (%)
RANKING Fabricantes - DROPS, PASTILHAS RANKING MARCAS - DROPS, PASTILHAS E SHARE SEGMENTOS - DROPS, PASTILHAS E
115 E CARAMELOS 116 CARAMELOS 117 CARAMELOS (%)
132
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / BOMBONIERE
Ice Kiss 4º 4º 4º Halls, Menta, 6 a 13 unidades, Drops Halls, Menta, 6 a 13 unidades, Drops
5º Halls, Uva Verde, 6 a 13 unidades, Drops Halls, Uva Verde, 6 a 13 unidades, Drops
6º Halls, Melancia/Lyptus, 6 a 13 unidades, Drops Halls, Melancia/Lyptus, 6 a 13 unidades, Drops
7º Halls, Mentol, 6 a 13 unidades, Drops Halls, Mentol, 6 a 13 unidades, Drops
8º Tic Tac, Menta, 15 a 30g, Pastilhas Mentos, Morango/Laranja/Limão, 31 a 49g, Pastilhas
9º Halls, Extra Forte, 14 a 35 unidades, Drops Butter Toffees, Chocolate, 160g, Caramelo
10º Mentos, Morango/Laranja/Limão, 31 a 49g, Pastilhas Halls, Extra Forte, 14 a 35 unidades, Drops
barras de cereais
133
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
SNACKS E BISCOITOS
“Em períodos de estresse, é comum buscar algum mecanismo de compensação para trazer de volta a sensação de
bem-estar. No Brasil, em meio às notícias de aumento do desemprego, retração da renda e da inflação alta, con-
sumidores têm recorrido a algumas categorias de produtos para compensar o estresse. Uma delas é a de biscoitos
recheados. De acordo com a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pão
& Bolo Industrializados), enquanto o mercado de biscoitos como um todo cresce em torno de 5% neste ano, os
recheados e cookies, considerados produtos indulgentes, crescem acima desse índice.”
S
egundo matéria veiculada no site sileira das Indústrias de Alimentos)2, recente
da Abre (Associação Brasileira de pesquisa conduzida pela Nielsen revelou que
SNACKS Embalagens), as categorias per- 46% do consumo de snacks – itens comple-
AUMENTO tencentes à Associação Brasileira mentares às refeições – acontecem fora do lar.
das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimen- No canal conveniência, Snacks e Biscoi-
tícias e Pães & Bolos Industrializados apre- tos representaram 4,7% do faturamento,
sentaram juntas, em 2015, aumento de 5,4% mantendo a média de participação dos anos
em faturamento, quando comparadas aos anteriores. Importante categoria de impulso,
resultados de 2014, totalizando R$ 35,4 bi- ela complementa o ticket de vendas das lo-
R$ 35,4
mentou R$ 21 bilhões em 2015, registrando tegorias, e a eles ainda se somam as Pipocas
crescimento de 7,1% frente ao faturamento que, embora tenham baixa contribuição nas
de 2014. Assim como o setor num todo, esta vendas, conquistaram seu espaço nas gôn-
BILHÕES categoria mostrou estabilidade em relação dolas da conveniência.
ao volume – mantendo-se em 1,7 milhão de
toneladas – e ao consumo per capita, com Snacks
8,5 kg/ano. “Os snacks aparecem nas mídias sociais
Os tipos mais consumidos pelos brasilei- como ‘comidas de lazer’. As menções espon-
ros em 2015 foram os recheados (454,262 mil tâneas são publicadas como uma forma de
toneladas), seguidos pelos biscoitos de água e mostrar à rede o consumo de lanches/sna-
sal/cream cracker (361,426 mil toneladas) e os cks, até como forma de ‘fazer inveja’. Apesar
secos/doces especiais (273,780 mil toneladas)”.1 da importância das grandes refeições na vida
As informações sobre o setor mostram real, os alimentos que fazem parte dos mo-
que o mercado está morno, como reflexo da mentos de snacking são cool, o que faz com
desaceleração do consumo. Assim como a que o lanche seja a hora de comer mais com-
Bomboniere, a categoria dos Snacks e Biscoi- partilhada nas redes sociais, em comparação
tos também busca inovações para atrair os a outras refeições, como o almoço, o jantar
consumidores. Em 2015, a indústria mirou em ou o café da manhã.
produtos com apelo saudável, ricos em vita- O que motiva os consumidores a publi-
minas, cereais, fibras. Além disso, focou em car em suas redes sociais espontaneamente
embalagens menores, para consumo indivi- sobre o consumo de produtos são os atribu-
dual – o que é uma tendência global, com o tos sensoriais e emocionais de cada um dos
aumento da população solteira e do consumo produtos. Com isso, os atributos mais asso-
fora de casa. Segundo a Abia (Associação Bra- ciados aos snacks são sabor (37%), prazer
(25%) e a ‘saudabilidade’ (16%), mesmo que sinais de desaceleração. De acordo com a Pipocas
para deixarem explícito que sabem que o Euromonitor, as vendas de biscoitos no Bra- “Consumida nos momentos de lazer, como o
consumo de certo produto não é saudável.” sil cresceram 56,5% entre 2010 e 2015. Para cinema, nem sempre a pipoca é vista como
(Fonte: Ipsos Marketing – press release) os próximos cinco anos a expansão deve ser um alimento saudável, principalmente por
A subcategoria Snacks representou, em menor. Em 2020, o total comercializado deve causa das grandes quantidades de gordura e
2015, 70,1% do faturamento da categoria representar alta de 14,8% frente ao ano pas- sal adicionadas durante o preparo. Mas uma
Snacks e Biscoitos das lojas de conveniência sado, informou a consultoria.” (Fonte: Abia pesquisa divulgada recentemente pela Ame-
do mercado total pesquisado pela Nielsen, e – Associação Brasileira das Indústrias de Ali- rican Chemical Society afirma que o milho
67,9% das lojas das associadas ao Sindicom. mentação). estourado pode trazer benefícios à saúde.
Entre os fabricantes, a Pepsico (Elma Chips) é a A subcategoria Biscoitos contribuiu com Isso porque esse alimento pode ter o mes-
líder, com 73% de share, seguida da Kellogg’s 28,5% do faturamento da categoria Snacks e mo nível, ou até mais, de antioxidantes do
(8%), am/pm (6,5%), Agtal (3,3%), Santa Hele- Biscoitos, nas lojas do mercado total audita- que algumas frutas e vegetais, como maçã
na (1,6%) e outros fabricantes (7,5%). das pela Nielsen. No conjunto das lojas das e pera. Segundo cientistas da University of
Ruffles, líder desde 1986 no mercado bandeiras associadas ao Sindicom, a partici- Scranton, nos Estados Unidos, a quantidade
brasileiro, também mantém sua liderança pação foi de 31,2%. de polifenois – um tipo de antioxidante – en-
nas vendas das lojas de conveniência, com Nestlé, Mondelez e Bauducco/Pandurata contrada em cerca de 20 gramas de pipoca
17,8% de participação. Doritos é a segunda lideraram, nesta ordem, o ranking de fabri- representa, em média, 13% do consumo di-
marca, com 11,7%, e Cheetos, a terceira, com cantes, em 2015. A variedade de seus rótulos ário recomendado dessa substância.” (Fonte:
8,4%. Pringles, marca forte no mercado, per- pulverizou o share entre as marcas. Assim, Site Planeta Sustentável)
deu posição no ranking de 2015, ocupando Piraquê – a indústria quarta colocada do A notícia é boa para os apreciadores de
a quarta colocação com 8% de contribui- ranking Sindicom – ocupou o primeiro lugar pipocas, que encontram facilmente o produ-
ção nas vendas. Fandangos (7,2%) e am/pm das marcas de Biscoitos (7,9%), seguida de to – principalmente os que são para preparo
(6,5%) seguem em quinto e sexto lugares, Passatempo (7,5%) e Club Social (7,2%). Nes- no micro-ondas – nas lojas de conveniência.
respectivamente. fit, Trakinas, Bauducco Cookies e Bono con- Em 2015, a subcategoria participou com ma-
Os gostosos “salgadinhos” são privile- tinuaram a lista, com fatias de participação gros 1,4% de share entre os Snacks e Biscoi-
giados em espaço na conveniência, e não é entre 5,8% e 4,9% (lojas Sindicom). tos, nas lojas pesquisadas pela Nielsen. No
para menos: o cliente sabe que lá encontra Comparando o ranking nas lojas apura- grupo das lojas das associadas ao Sindicom,
um snack para disfarçar a fome, a qualquer das pela Nielsen, houve ligeira diferença de a fatia foi ainda mais fina: 0,9%.
momento do dia. Normalmente, a compra é posições entre as marcas dada a fragmen- Contudo, há que se entender que o pro-
acompanhada de um refrigerante, suco ou tação do mercado – são tantas as opções duto, na maioria das vezes, é comprado para
outra bebida – uma categoria alavancando a para o cliente que o espaço nas prateleiras consumo futuro pois a maior parte da oferta
outra, seja qual for o drive da compra princi- e no gosto do consumidor é intensamente das Pipocas não está pronta para comer, no
pal. Da mesma forma, ofertas de food service disputado. momento da abertura do pacote. Isso explica,
vão bem com snacks, que complementam os Segundo a Nielsen, entre os segmentos, de certa forma, o porquê da baixa participação
lanches saborosamente. de fato os Recheados foram os mais vendi- na categoria.
É interessante ressaltar que as pesquisas dos, abocanhando quase 40% do share. Sal- Entre os fabricantes, a General Mills, que em
apontam para a crescente conscientização gados e Waffers deram continuidade à lista, 2012 comprou a Yoki Alimentos, tem a lideran-
quanto aos aspectos “pouco saudáveis” dos com 15,3% e 14,1% de share e, empatados ça. Yoki é a primeira entre as marcas de Pipocas,
salgadinhos (de acordo com a Mintel, 43% nas quarta e quinta posições, com 12,9% de com quase 70% de share nas lojas Sindicom.
dos consumidores da categoria os enxergam participação, ficaram os Secos/Doces Espe- No mercado total verificado pela Nielsen,
assim)3. Com isso, aposta-se na tendência ciais e os Cookies. apenas o segmento das pipocas de micro-
de crescimento das opções com apelo mais O rol dos Top 10 também variou entre os -ondas foi pesquisado. Assim, o ranking das
saudável – assados ao invés de fritos, de bai- grupos verificados: Piraquê Recheado subiu marcas apresentou, depois de Yoki, Elma
xa caloria, de baixa gordura etc. Fabricantes no pódio das lojas do mercado total Nielsen, Chips (da Pepsico) em segundo lugar, segui-
menores também se aventuram nesse mer- seguido de Passatempo Recheado e Club So- da de Hiraki, na terceira posição.
cado, com produtos à base de batata doce, cial Salgado. Trakinas Pacote 143g, Bono Pa- O grupo das associadas ao Sindicom con-
mandioquinha, beterraba, entre outros. cote 140g e Passatempo Pacote 140g foram siderou também, na sua análise da subcate-
os campeões nas lojas das associadas ao Sin- goria, as pipocas prontas para comer, o que
Biscoitos dicom. Então, uma mensagem importante levou as marcas Clac, Luna, Ki Pipoca e Ma-
“Com o consumo no mercado brasileiro em para o setor é que tais produtos não podem grela para a segunda, terceira, quarta e quin-
queda, a categoria de biscoitos já mostra faltar em suas gôndolas. ta posições na lista das marcas mais vendidas.
SHARE subcategorias -
125 SNACKS e biscoitos (%) 126 Top 10 - snacks e biscoitos
Biscoitos 30,5 31,2 2º Doritos, Pacote, 110g Snack Ruffles, Pacote, 175g Snack
Pipocas 0,9 0,9 3º Ruffles, Pacote, 175g Snack Doritos, Pacote, 110g Snack
4º Doritos, Pacote, 200g Snack Doritos, Pacote, 200g Snack
5º Ruffles, Pacote, 50g Snack Fandangos, Pacote, 175g Snack
6º Fandangos, Pacote, 175g Snack Fandangos, Pacote, 63g Snack
7º Sensações, Pacote, 45g Snack Ruffles, Pacote, 50g Snack
8º Fandangos, Pacote, 63g Snack Sensações, Pacote, 45g Snack
9º Pringles, Pote, 139g Snack Pringles, Pote, 128g Snack
10º Doritos, Pacote, 55g Snack Doritos, Pacote, 55g Snack
SNACKS
136
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / SNACKS E BISCOITOS
biscoitos
137
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
SNACKS
137 RANKING Fabricantes - SNACKS 139 Top 10 - SNACKS
biscoitos
140 RANKING Fabricantes - biscoitos 141 RANKING MARCAS - biscoitos 142 SHARE SEGMENTOS - biscoitos (%)
2014 2015
Yoki 1º 1º
Elma Chips 3º 2º
Hikari 4º 3º
Pachá - 4º
138
Baconzitos - 5º
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / sorvetes
sorvetes
“O faturamento da categoria de sorvetes no Brasil deverá crescer 81% até 2020, segundo pesquisa da Mintel, em-
presa global de inteligência de mídia. Com isso, atingirá R$ 13,9 bilhões, considerando todas as versões do produ-
to e todos os canais de venda. A alta em valor se explica pela entrada de mais produtos de maior valor agregado,
como sorvetes premium, gourmet e saudáveis. O volume alcançará 799 milhões de litros.”
O
mercado de sorvetes é promissor sumo per capita era bem menor – 3,83 quilos ção de Sorvetes é tímida, quando analisada
e tem muito a crescer, no Brasil. por ano1. quanto ao seu potencial de vendas, no papel
Aos poucos, o brasileiro está se Em 2015, conforme matéria divulgada no de categoria de impulso. No ano de 2015, a
convencendo de que não é só nos programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o categoria Sorvetes representou 4,8% do sha-
“meses quentes” que se deve tomar sorvete. mercado de sorvetes faturou R$ 2,7 bilhões re de faturamento das lojas das associadas ao
Essa crença controversa existe há muitos a mais do que em 2014, alcançando R$ 25,7 Sindicom e 4% do mercado total.
anos, o que explica, em parte, nosso baixo bilhões. Apesar do crescimento de 11,7% no A linha de impulso continua sendo a de
consumo por pessoa quando comparado faturamento, o volume vendido ficou estável. maior venda e volume (81,3% no grupo pes-
com o de países como Nova Zelândia, Esta- Para enfrentar a crise, as indústrias do quisado pela Nielsen; 71% nas associadas ao
dos Unidos, Austrália e Finlândia, que são setor têm apostado em inovações, diversifi- Sindicom), o que evidencia a força da cate-
os que mais consomem a refrescante igua- cação e sabores especiais, apelo ao valor nu- goria para consumo imediato, no canal. Não
ria. De acordo com a Associação Brasileira tritivo, entre outros atributos. Vale destacar, obstante, a contribuição da linha “Domésti-
das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS), também, a concorrência acirrada entre as ca” também é significativa e merece ser me-
o consumo médio dos brasileiros é de 6,45 marcas, fomentada ainda mais com a forte lhor explorada – reforçando a qualidade de
quilos de sorvete por ano, média que chega chegada, no mercado, de sorvetes tipo arte- conveniência.
a ser bem maior em outros países. Ainda se- sanais, gourmet e paletas. Duas gigantes competem neste merca-
gundo a ABIS, há dez anos, a média de con- Nas lojas de conveniência, a participa- do, a Unilever e a Nestlé – a primeira, com
a Kibon, teve 75,9% de share; a segunda,
22,3% (associadas ao Sindicom). Com o mo-
vimento de entrada, no Brasil, das gelaterias
e paleterias, vimos uma importante resposta
SORVETES SORVETES das indústrias líderes: a Unilever trouxe para
o Brasil a marca Ben & Jerry´s e a Nestlé lan-
çou sua linha super premium Gelato.
No ranking das marcas, as cinco mais
vendidas são da Kibon: Magnum (14,8%),
AOS POUCOS Cremosíssimo (12,7%), Fruttare (8,5%), Tabli-
LINHA DE IMPULSO to (6,5%) e Cornetto (6,1%).
O BRASILEIRO MAIOR Com um clima de verão quase o ano
SE CONVENCE VENDA E VOLUME todo, o canal poderia vender bem mais sor-
vetes. Atenção ao mix de produtos, prática
NÃO É SÓ NOS 81,3% NIELSEN de preços de acordo com o mercado e au-
146 SHARE fabricantes - sorvetes (%) 147 SHARE MARCAS - sorvetes (%) 148 SHARE consumo - sorvetes (%)
Mega 5,1 4,3 1º Cremosíssimo, 2L, Linha Doméstica Cremosíssimo, 2L, Linha Doméstica
Brigadeiro 4,1 3,9 2º Tablito, 65g, Linha Impulso Magnum, 100ml, Linha Impulso
Moça 2,4 2,6 3º Magnum, 100ml, Linha Impulso Magnum, 79g, Linha Impulso
Outras 24,0 25,7 4º Cornetto, 83g, Linha Impulso Tablito, 65g, Linha Impulso
5º Magnum, 79g, Linha Impulso Eskibon Mini, 135ml, Linha Impulso
6º Chicabon, 62g, Linha Impulso Cornetto, 83g, Linha Impulso
7º Eskibon Mini, 135ml, Linha Impulso Chicabon, 62g, Linha Impulso
8º Fruttare, 75ml, Linha Impulso Brigadeiro, 52g, Linha Impulso
9º Brigadeiro, 52g, Linha Impulso La Frutta, 58g, Linha Impulso
10º Três Seleções, 1,5L, Linha Doméstica Fruttare, 59g, Linha Impulso
140
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / sorvetes
151 RANKING Fabricantes - sorvetes 152 RANKING MARCAS - sorvetes 153 SHARE consumo - sorvetes (%)
Cornetto 10º 10º 3º Fruttare, 51 a 100ml, Linha Impulso Fruttare, 51 a 100ml, Linha Impulso
4º Tablito, 51 a 100ml, Linha Impulso Tablito, 51 a 100ml, Linha Impulso
5º Nestlé, 2L, Linha Doméstica Nestlé, 2L, Linha Doméstica
6º Caseiro, 51 a 100ml, Linha Impulso Caseiro, 51 a 100ml, Linha Impulso
7º Mini Eskibon, 101 a 150ml, Linha Impulso Mini Eskibon, 101 a 150ml, Linha Impulso
8º Chicabon, 51 a 100ml, Linha Impulso Chicabon, 51 a 100ml, Linha Impulso
9º Eskibon, 51 a 100ml, Linha Impulso Eskibon, 51 a 100ml, Linha Impulso
10º Brigadeiro, 51 a 100ml, Linha Impulso Brigadeiro, 51 a 100ml, Linha Impulso
141
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
bebidas
destiladas
“As bebidas destiladas correspondem ao tipo de bebida mais consumido no mundo (50%), seguido da cerveja
(35%); já as bebidas do tipo vinho correspondem a 8%. Na Região das Américas a cerveja é o tipo mais consumido
(55%), seguido dos destilados (32,6%) e do vinho (11,7%).”
S
egundo dados divulgados pela com a Diageo, com mais da metade do share
Organização Mundial de Saúde, da categoria. Em segundo lugar, a Pernod Ri-
DESTILADOS no Relatório Global sobre Álcool e card, com 13%.
PREFERÊNCIA Saúde 2014 (“Global Status Report No ranking das marcas, Smirnoff é a pri-
on Alcohol and Health 2014”), mesma fonte meira colocada (41% de share), seguida por
das informações citadas na abertura, da po- Johnnie Walker Red – as duas pertencentes
pulação brasileira que consome álcool, 36% à Diageo.
optam por destilados, 60% pela cerveja e 4%
pelo vinho. Ices
CONSUMIDORES Nas lojas de conveniência, a participação “Somente em 1974 a marca* chegou oficial-
DE ALCOÓL de Bebidas Destiladas no faturamento é pe- mente ao Brasil. Na década de 1990 intro-
quena, e foi ainda menor, em 2015, nas lojas duziu a famosa campanha ‘Pure Surprise’,
NO BRASIL do mercado total pesquisado pela Nielsen – que ressaltava a fantasia da transparência
1,4%. Nas lojas das associadas ao Sindicom, a da bebida e da garrafa. Nos anos seguintes
60% CERVEJA contribuição da categoria foi de 2,3%. introduziu no mercado bebidas gaseificadas
36% DESTILADOS Para análise dos resultados, agrupamos a base da tradicional vodca, como por exem-
4% VINHOS o mix de Bebidas Destiladas em dois seg- plo, a Smirnoff Ice, que se tornou a bebida
mentos: um de itens com graduação alcoó- RTD (ready to drink ou pronta para beber)
lica acima de 38 graus GL (vodcas, uísques, mais vendida do mundo, e vodcas aromati-
aguardentes de cana, tequila, entre outros) zadas com sabores de frutas, conquistando,
– “altos teores”; e outro de produtos com em 2005, o posto de bebida destilada mais
graduação abaixo de 7 graus GL (bebidas ice) vendida e consumida do planeta, desban-
– “baixos teores”. cando o poderoso rum Bacardi.” (Fonte: blog
No grupo das lojas apuradas pela Niel- Mundo das Marcas)
sen, as Ices representaram 37,3% do fatura- Vendidas geladas, em unidades ou multi-
mento da categoria. Já o grupo dos “altos packs, as garrafinhas e latas das Ices disputam
teores” contribuiu com 62,7%, dos quais as importante espaço nas geladeiras das lojas
Vodcas participaram com 28%; os Uísques de conveniência. Sua venda sempre deve ser
com 18,6%; Aguardentes de Cana, 8,9%; e associada ao consumo responsável e à pru-
Outros Destilados, 7,2%. dência quanto à comercialização: proibição
Nas lojas das associadas ao Sindicom, em da venda para menores de 18 anos, lei e regra
2015, o grupo dos “baixos teores” – bebidas irrefutável na operação, e o veto à ingestão de
ice – caiu em participação 3,5 pontos percen- bebida alcoólica na área do posto/loja. Assim,
tuais versus 2014, com 35,1%. As Vodcas e os é primordial o treinamento do atendente em
Uísques, por sua vez, aumentaram suas fatias relação à forma de abordagem e de como
de contribuição, com 30% e 20%, respectiva- conter o comportamento contrário à norma.
mente. A subcategoria Aguardentes de Cana A subcategoria das Ices representa parcela
teve 3,2% de share e Outros Destilados, 11,7%. expressiva do giro de destilados nas lojas de
Entre os fabricantes, a liderança continua conveniência, concentrando mais de 1/3 da
142 * Smirnoff
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / bebidas destiladas
participação nas vendas da categoria Bebidas Uísques ca, em 2011, foi responsável por uma emble-
Destiladas. “Dizem que uma das últimas frases ditas mática e também apropriada campanha – “O
A Diageo é líder absoluta, com mais de pelo ator norte-americano Humphrey Bo- gigante não está mais adormecido” com o
80% de share entre os fabricantes, seguida gart, imortalizado pelo filme Casablanca, Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, como um
da Muller que ocupa um distante segundo antes de morrer foi: ‘Eu jamais deveria ter gigante sendo acordado) – que se tratou da
lugar (9,9%). A marca Smirnoff, com o produ- trocado o scotch por martínis’. Já o primeiro- sua primeira propaganda produzida espe-
to campeão Smirnoff Ice, continua ocupan- -ministro britânico Winston Churchill tam- cialmente para o mercado brasileiro.
do o dominante primeiro lugar nas vendas. bém costumava comentar que ‘a água não
Quanto às embalagens, o vidro é prefe- era boa para beber e, para torná-la palatável, Aguardentes de Cana
rência (85% do share). adicionava uísque. Por esforço diligente, eu “A história da cachaça teve início com a co-
aprendi a gostar.’ (...) O destilado, como bem lonização portuguesa do Brasil e a atividade
Vodcas disse Vinicius de Moraes, tem se mostrado açucareira no país. Porém, não há uma ver-
“Na década de 1960 a vodca esteve associa- o melhor amigo do homem, o cachorro en- são exata sobre como isso tenha acontecido.
da a várias celebridades e ganhou notorie- garrafado. Ao longo da história e nos mais Em uma das versões contadas, a cachaça sur-
dade no mercado. E muito disso se deve ao diferentes meios, o uísque tem estado pre- giu por escravos, durante o trabalho no moi-
filme ‘007 contra o Satânico Dr. No’, quando sente nas obras de escritores como Rubem nho de cana. Durante o trabalho, o escravo
o agente secreto mais famoso do mundo, Fonseca, em cenas de filmes e séries como teria esquecido a ‘cagaça’ – nome do líquido
interpretado pelo então desconhecido ator 007 (Skyfall) e House of Cards, em situações esverdeado que se forma durante a fervura
escocês Sean Connery, em uma das cenas recorrentes do universo capitalista das fu- da cana – onde a fermentação aconteceu
mais marcantes, pede um martíni ‘shaken, sões e aquisições e também nos ambiciosos naturalmente e deu origem à cachaça que
not stirred’ (‘batido, não misturado’). Além de projetos de fabricantes japoneses e indianos conhecemos hoje.
se tornar um clássico entre os apreciadores que, há décadas, tentam desbancar a Escó- Outra versão sobre a história da cachaça,
de bebidas, a frase ajudou a popularizar a cia, o berço da bebida, com suas criações. escrita pelo historiador Luís Câmara Cascu-
vodca Smirnoff, a base do drinque predileto Muitas delas bem-sucedidas, é verdade, mas do, em seu livro ‘Prelúdio da Cachaça’ conta
de James Bond. Deste momento em diante, nenhuma autorizada a ser chamada de sco- que a cachaça foi inventada pelos portugue-
as vendas da vodca não pararam mais de tch.” (Fonte: site Forbes Brasil) ses em São Vicente, onde surgiram os primei-
crescer.” (Fonte: blog Mundo das Marcas) Os uísques constituem a terceira subca- ros engenhos de cachaça. De acordo com o
Nas lojas de conveniência, a subcategoria tegoria mais vendida nas lojas de conveniên- autor, os portugueses haviam aprendido
de Vodcas, com cerca de 30% de share, repre- cia. Em 2015, conquistou 20% de share, nas técnicas de destilação com os árabes e as uti-
senta quase a metade da participação das lojas das associadas ao Sindicom. A Diageo lizaram para produzir os primeiros litros da
vendas das bebidas de altos teores, na cate- e a Pernod Ricard lideram o ranking de fabri- bebida. Embora discordem nas versões, fato
goria de Bebidas Alcoólicas – no ranking Top cantes, sendo a primeira a que apresentou é que a cachaça está presente na história do
10 Nielsen, ocupa quatro posições, incluindo a maior parcela de participação – 60,9% e Brasil e acompanhou o cotidiano dos brasi-
a marca mais expressiva, com Smirnoff 998ml. 26,8%, respectivamente, em 2015. leiros.” (Fonte: site Food Service News)
Entre os fabricantes, a gigante Diageo Johnnie Walker Red (34,9%), Johnnie Segundo dados da Euromonitor Interna-
tem a liderança com 43,4% de share, em Walker Black (9,4%) e Teachers (7,7%) figura- tional, o Brasil produz, por ano, 800 milhões
2015, dos quais 40,5% pertenceram à marca ram no topo da lista das marcas mais vendi- de litros de cachaça, o que corresponde a 4%
Smirnoff, também líder. O segundo lugar per- das no grupo Sindicom. do mercado mundial de destilados2.
maneceu com a Pernod Ricard (23,7%), dona Segundo a apuração Nielsen, os impor- A subcategoria Aguardentes de Cana
de Orloff (14,4%) e Absolut (9,2%) – segundo tados são a preferência entre Uísques, com representou, em 2015, 3,2% da categoria Be-
e terceiro lugares no ranking das marcas. quase 70% de participação. No grupo de lo- bidas Destiladas, nas lojas das associadas ao
Nos resultados das lojas das associadas jas por ela pesquisado, Johnnie Walker Red Sindicom e 8,9%, no mercado total pesquisa-
ao Sindicom, Smirnoff garrafa 998ml, Orloff também ocupou a liderança entre as marcas. do pela Nielsen.
garrafa 1L e Absolut 1L foram os itens que Natu Nobilis ocupou a segunda posição e Jo- Diageo (Ypioca), Cia Muller e Tatuzinho
ocuparam o pódio dos Top 10. hnnie Walker Black, a terceira. dividem quase 70% do share de fabricantes,
As vodcas nacionais são as mais vendidas Em 2015, Johnnie Walker lançou uma nas lojas das associadas ao Sindicom.
e, segundo o levantamento feito pela Niel- campanha global, na televisão e internet, a Garrafas de vidro são as mais vendidas,
sen no mercado total, as embalagens acima favor do otimismo, muito oportuna para a com 66,2% do mercado total de conveniên-
de 980ml tiveram maior participação nas realidade atual do nosso país – “Joy Will Take cia, no ano de 2015. As embalagens entre
vendas – 77,2%. Já as garrafas de até 350ml You Further“1, que foi intitulada “O otimismo 751ml e 1L tiveram 58,7% de participação
contribuíram, no ano de 2015, com 12,3%. te leva mais longe”, no Brasil. A mesma mar- nas vendas.
Vodcas 29,1 30,0 Pernod Ricard 11,5 13,0 Johnnie Walker Red 6,7 7,0
Aguardentes de Cana 3,2 3,2 Muller 5,5 4,5 Orloff 3,7 4,3
Outros Destilados 10,8 11,7 Outros 22,4 22,0 Pirassununga 51 5,2 4,2
Absolut 2,6 2,8
Bacardi 4,0 2,7
Askov 1,7 2,7
159 Top 10 - bebidas destiladas Johnnie Walker Black 1,9 1,9
Natasha 1,6 1,6
2014 2015 Outras 26,1 27,2
1º Smirnoff, Garrafa, 275ml Ice Smirnoff, Garrafa, 275ml Ice
2º Smirnoff, Garrafa, 998ml Vodca Smirnoff, Garrafa, 998ml Vodca
3º Johnnie Walker Red, Garrafa, 1L Uísque Johnnie Walker Red, Garrafa, 1L Uísque
4º 51, Garrafa, 275ml Ice Selvagem, Garrafa, 1L Outros Destilados
5º Smirnoff, Lata, 310ml Ice 51, Garrafa, 275ml Ice
6º Bacardi, Garrafa, 750ml Outros Destilados Orloff, Garrafa, 1L Vodca
7º Orloff, Garrafa, 1L Vodca Smirnoff, Lata, 310ml Ice
8º Selvagem, Garrafa, 1L Outros Destilados Absolut, Garrafa, 1L Vodca
9º Absolut, Garrafa, 1L Vodca Bacardi, Garrafa, 750ml Outros Destilados
10º Johnnie Walker Black, Garrafa, 1L Uísque Askov, Garrafa, 900ml Vodca
144
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / bebidas destiladas
ICES
2014 2015
Smirnoff 80,7 82,1
51 11,5 9,9
Skarloff 1,8 2,2
Blue Spirit 2,0 2,1
Miks 1,0 0,7
Askov 0,4 0,6
Syn 0,3 0,4
Off 0,3 0,3
Mexicana 0,3 0,2
Tequilero 0,2 0,2
Outras 1,5 1,3
VODCAS
163 SHARE fabricantes - vodcas (%) 164 SHARE MARCAS - vodcas (%)
145
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
2014 2015
1º Smirnoff, Garrafa, 998ml Smirnoff, Garrafa, 998ml
2º Orloff, Garrafa, 1L Orloff, Garrafa, 1L
3º Absolut, Garrafa, 1L Absolut, Garrafa, 1L
4º Smirnoff, Garrafa, 350ml Askov, Garrafa, 900ml
5º Natasha, Garrafa, 1L Natasha, Garrafa, 1L
6º Askov, Garrafa, 900ml Orloff, Garrafa, 250ml
7º Raiska, Garrafa, 980ml Raiska, Garrafa, 980ml
8º Orloff, Garrafa, 250ml Skyy, Garrafa, 980ml
9º Skyy, Garrafa, 980ml Balalaika, Garrafa, 965ml
10º Smirnoff Caipiroska, Garrafa, 998ml Smirnoff, Garrafa, 600ml
UísQUes
166 SHARE fabricantes - uísques (%) 167 SHARE MARCAS - uísques (%)
2014 2015
1º Johnnie Walker Red, Garrafa, 1L Johnnie Walker Red, Garrafa, 1L
2º Johnnie Walker Black, Garrafa, 1L Johnnie Walker Black, Garrafa, 1L
3º Old Parr, Garrafa, 1L Old Parr, Garrafa, 1L
4º Johnnie Walker Red, Garrafa, 500ml Johnnie Walker Red, Garrafa, 500ml
5º Teachers, Garrafa, 250ml Teachers, Garrafa, 250ml
6º Natu Noblis, Garrafa, 250ml Natu Noblis, Garrafa, 250ml
7º White Horse, Garrafa, 1L Jack Daniel's, Garrafa, 1L
8º Teachers, Garrafa, 1L Ballantines, Garrafa, 1L
9º Black & White, Garrafa, 1L White Horse, Garrafa, 1L
10º Jack Daniel's, Garrafa, 1L Black & White, Garrafa, 1L
146
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / bebidas destiladas
AGuARDENTES DE CANA
SHARE fabricantes -
169 aguardentes DE CANA (%) 171 Top 10 - aguardentes de cana
OUTROS DESTILADOS
SHARE fabricantes -
172 outros destilados (%) 174 Top 10 - outros destilados
Diageo 6,5 6,4 3º Jose Cuervo, Garrafa, 750ml Jose Cuervo, Garrafa, 750ml
Gruppo Campari 2,2 5,1 4º Duelo, Garrafa, 500ml Duelo, Garrafa, 500ml
SHARE SUBCATEGORIAS -
175 BEBIDAS DESTILADAS (%) 176 RANKING Fabricantes - BEBIDAS DESTILADAS 177 RANKING MARCAS - BEBIDAS DESTILADAS
2014 2015
1º Smirnoff, 998ml, Nacional Vodca Smirnoff, 998ml, Nacional Vodca
2º Johnnie Walker Red Label, 1L, Importado Uísque Johnnie Walker Red Label, 1L, Importado Uísque
3º Orloff, 1L, Nacional Vodca Orloff, 1L, Nacional Vodca
4º Absolut, 1L, Importado Vodca Bacardi, 750ml, Nacional, Big Apple Outros Destilados
5º Bacardi, 750ml, Nacional, Big Apple Outros Destilados Absolut, 1L, Importado Vodca
6º Johnnie Walker Black Label, 1L, Importado Uísque Johnnie Walker Black Label, 1L, Importado Uísque
7º Teachers, 1L, Importado Uísque Teachers, 1L, Importado Uísque
8º Pirassununga 51, 751ml a 1L, Vidro Aguardente de Cana Pirassununga 51, 751ml a 1L, Vidro Aguardente de Cana
9º Natu Nobilis, 1L, Importado Uísque Natu Nobilis, 1L, Importado Uísque
10º Natasha, 1L, Nacional Vodca Natasha, 1L, Nacional Vodca
ICES
179 RANKING Fabricantes - ICES 180 RANKING MARCAS - ICES 181 share embalagens- ices (%)
148
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / bebidas destiladas
VODCAS
185 RANKING Fabricantes - vodcas 186 RANKING MARCAS - vodcas 187 share tipos - vodcas (%)
2014 2015
1º Smirnoff, 998ml, Nacional Smirnoff, 998ml, Nacional
2º Orloff, 1L, Nacional Smirnoff, 350ml, Nacional
3º Absolut, 1L, Importado Absolut, 1L, Importado
4º Smirnoff, 350ml, Nacional Rajska, 1L, Nacional
5º Natasha, 1L, Nacional Orloff, 1L, Nacional
6º Balalaika, 965ml, Nacional Askov, 900ml, Nacional
7º Rajska, 1L, Nacional Natasha, 1L, Nacional
8º Skyy, 980ml, Nacional Orloff, 250ml, Nacional
9º Orloff, 250ml, Nacional Balalaika, 1L, Nacional
10º Smirnoff Caipiroska, 998ml, Nacional Smirnoff Caipiroska, 998ml, Nacional
149
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
UísQUes
190 RANKING Fabricantes - uísques 191 RANKING MARCAS - uísques 192 share tipos - uísques (%)
2014 2015
1º Johnnie Walker Red Label, Importado, 1L Johnnie Walker Red Label, Importado, 1L
2º Johnnie Walker Black Label, Importado, 1L Johnnie Walker Black Label, Importado, 1L
3º Teachers, Engarrafado no Brasil, 250ml Teachers, Engarrafado no Brasil, 250ml
4º Teachers, Engarrafado no Brasil, 1L Old Parr, Importado, 1L
5º Natu Nobilis, Nacional, 1L Natu Nobilis, Nacional, 250ml
6º Old Parr, Importado, 1L Johnnie Walker Red Label, Importado, 500ml
7º Natu Nobilis, Nacional, 250ml Black & White, Importado, 1L
8º Black & White, Importado, 1L Passport, Engarrafado no Brasil, 1L
9º Passport, Engarrafado no Brasil, 1L Natu Nobilis, Nacional, 1L
10º Johnnie Walker Red Label, Importado, 500ml Ballantines Finest, 1L
AGUARDENTES DE CANA
RANKING Fabricantes - share embalagens -
194 aguardentes de cana 195 RANKING MARCAS - aguardentes de cana 196 aguardentes de cana (%)
Corote - 7º
Sagatiba Pura - 8º
share tipos de embalagens -
197 aguardentes de cana (%)
Caninha da Roça - 9º
Villa Velha - 10º 2014 2015
Vidro 65,3 66,2
Plástico 29,3 32,8
Lata 5,4 1,0
150
ANÁLISE DE MERCADO / CONVENIÊNCIA / análise das categorias / bebidas destiladas
2014 2015
1º Terra Brasilis, Até 200 ml, Plástico Velho Barreiro, 751 ml a 1 L, Vidro
2º Pirassununga 51, 751 ml a 1 L, Vidro Pirassununga 51, 751 ml a 1 L, Vidro
3º Ypioca, 751 ml a 1 L, Vidro Terra Brasilis, Até 200 ml, Plástico
4º Velho Barreiro, 751 ml a 1 L, Vidro Ypioca, 751 ml a 1 L, Vidro
5º Jamel, 751 ml a 1 L, Vidro São Francisco, 751 ml a 1 L, Vidro
6º Pirassununga 51, até 200 ml, Plástico 7 Campos de Piracicaba, 751 ml a 1 L, Vidro
7º Pitu, 351 a 500 ml, Lata Corote, 351 a 500 ml, Plástico
8º Velho Barreiro, 501 a 680 ml, Vidro Ypioca Empalhada Ouro, 751 ml a 1 L, Vidro
9º Sapupara, 351 a 500 ml, Plástico Terra Brasilis, 751 ml a 1 L, Plástico
10º Pitu, 201 a 350 ml, Lata Velho Barreiro, 501 a 680 ml, Vidro
OUTROS DESTILADOS
RANKING Fabricantes -
199 outros destilados 201 Top 10 - outros destilados
151
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
food service
“A incerteza econômica que atinge alguns nichos da economia é sentida de forma diferente em alguns setores. O
Instituto de Foodservice Brasil (IFB), que representa o setor de alimentação fora do lar, projeta crescimento de 7,7%
para este ano. Em 2015, o segmento apresentou alta de vendas da ordem de 6,2%. O mercado de food service
tem faturamento estimado em R$ 60 bilhões. São mais de 220 mil colaboradores em quase dez mil pontos de
venda, número que deve subir para 10.700 estabelecimentos até dezembro.”
C
om a rotina corrida dos dias de midor, constatou-se que “é o relacionamen- a qualidade da oferta, mais fideliza o con-
hoje, cada vez mais o consumidor to e a conveniência que motivam a decisão sumidor e gera tráfego para o ponto de
tem se alimentado fora de casa. (afirmações como ‘gosto de lá’, ‘a localização vendas. Além disso, sua sinergia com outras
Investir em food service é uma é conveniente’ e ‘sempre vou lá’ são as três categorias – Bebidas Não Alcoólicas, Snacks
oportunidade promissora. De acordo com mais frequentes)”. e Biscoitos, Sorvetes – contribui com o au-
informações divulgadas pelo IFB – Institu- E não se pode falar no assunto “comida” mento do ticket médio e, consequentemen-
to Foodservice Brasil –, no Brasil (mercado sem mencionar segurança alimentar, pre- te, com o faturamento.
considerado até agora “novo”), 1/3 do que ocupação incessante para quem manipula
é gasto com alimentos é consumido fora alimentos. Seguir rigorosamente as normas
do lar, índice ainda distante das realidades de regulamentação da Agência Nacional de
europeia e norte-americana. Isso se dá, em Vigilância Sanitária é condição sine qua non.
grande parte, devido ao custo das refeições, Outro tema relevante na atualidade é a “sau-
FOOD SERVICE
que chegam a ser 20% mais caras do que em dabilidade”. Assim, os varejistas do canal têm se
outros países. empenhado na diversificação dos cardápios,
A mesma fonte revela que a frequência com opções que atendam a demanda do con-
com que o brasileiro faz refeições fora do lar sumidor por alternativas saudáveis.
é de 1,3 vezes/dia (constância entre as mais A busca pelas melhores soluções de mix,
baixas do mundo), sendo mais concentrada preparo, layout e logística, o investimento
nos dias de semana (acima de 70%) e prin- em bons equipamentos/tecnologia e o trei- 17,4%
cipalmente para o almoço (mais de 34%). namento dos funcionários são providências DO
Outro dado relevante é a alta incidência de estratégicas que já se incorporaram à reali- FATURAMENTO
“lanches da tarde”, o que figura como o “2º dade da gestão do food service nas associa-
momento mais importante do dia no consu-
mo fora do lar”1.
das ao Sindicom. Afinal, a competição nesse
setor é forte: vai desde restaurantes, lancho-
EM 2015
No canal de lojas de conveniência, o food netes, padarias, cafeterias aos supermerca-
service, ao longo dos últimos anos, vem ga- dos, quiosques e modernos food trucks.
nhando cada vez mais importância e o foco Em 2015, o share da categoria Food Servi-
das distribuidoras associadas ao Sindicom. ce foi de 17,4%, nas associadas ao Sindicom.
202 share subcategorias - food service (%)
Sanduíches saborosos, cafés gourmet e até A subcategoria de maior participação, assim
refeições são alguns dos itens que, hoje em como em 2014, foi Panificados, que apresen-
2014 2015
dia, fazem parte do cardápio das lojas e con- tou 23,2% de share. Afirma-se a aderência da
Panificados 23,1 23,2
quistam a fidelidade do cliente. oferta “padaria” às lojas de conveniência, com
O objetivo é tornar a categoria como des- ainda espaço para se multiplicar. O canal tem Sanduíches 21,3 20,1
tino para o consumidor e aproveitar ao má- investido bastante neste sentido. Salgados 17,9 17,1
ximo o próspero mercado. Para isso, a con- Sanduíches são a segunda subcategoria, Café 13,7 13,2
sistência da oferta de food service nas redes com contribuição de 20,1%. Salgados e Café Pão de Queijo 9,0 9,6
é determinante, além da qualidade – de pro- seguem no terceiro e quarto lugares (17,1% Pizzas 2,3 2,6
dutos e da sua complexa operação –, diversi- e 13,2%, respectivamente). Os tradicionais Doces 3,1 2,2
dade de itens e conforto no ponto de vendas. pães de queijo ocupam a quinta colocação,
Pratos Prontos 2,4 2,2
Além disso, o ambiente agradável e cor- com quase 10% de share.
Cachorro-quente 1,7 1,5
dial contribui – e muito – na preferência do Categoria de margens generosas, o food
Outras 5,5 8,5
cliente. Segundo o IFB, na pesquisa para en- service é estratégico para a conveniência.
tendimento das razões de escolha do consu- Quanto mais competente for a operação e Fonte: Sindicom
153
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
pesquisa
perfil de consumo
nas lojas de conveniência
Marcelle Rodrigues
Analista Comercial - Nielsen
CENÁRIO
Macroeconomia e contextualização
do canal Loja de Conveniência
PIB
A percepção do brasileiro em relação à eco- Estas escolhas fizeram com que o vo-
nomia é um dos principais pontos na atual lume da cesta Nielsen, que contempla 131
-3,8%
conjuntura. De acordo com o Índice Nielsen categorias de produtos em cerca de um
de Confiança do Consumidor, cerca de 93% milhão de pontos de vendas, apresentasse
INDÚSTRIA -6,2% dos brasileiros acreditam que o país está em retração de 3,5%.
SERVIÇOS -2,7% recessão econômica. Com a racionalização dos consumido-
Após quatro anos de crescimento, o PIB res, impactos são vistos em praticamente
do país retraiu 3,8% em 2015, puxado prin- todos os canais e isso inclui as lojas de con-
cipalmente por Serviços e Indústria, justa- veniência.
mente os setores que mais geram postos de Em 2015, 9,7% dos lares brasileiros reali-
trabalho no Brasil. zaram compras no canal, havendo uma redu-
O consumidor tem feito escolhas para ção de 1,7 p.p. se comparado a 2014, quando
manter alguns benefícios adquiridos nos úl- esse percentual era de 11,4%.
CONSUMO DAS timos anos e, com isso, acaba racionando o Embora a quantidade de lares tenha dimi-
FAMÍLIAS consumo. Hoje, 6 em cada 10 brasileiros fa- nuído no canal, houve aumento no número
155
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
PERFIL DO
CONSUMIDOR
Mapeamento demográfico do
consumidor de lojas de conveniência
Com criança
23,3%
Sem criança
76,7%
156
pesquisa
QUEM É O
CONSUMIDOR
VALIOSO?
Mapeamento comportamental do
consumidor de lojas de conveniência
PESADOS
ClassePESADOS
Alta, Interior de SP, Quanto do bolso do consumidor
Lares com até 2 pessoas, de loja de conveniência vai para
Classe Alta, Interior de SP, Quanto
os canais do bolso do?consumidor
concorrentes
Sem crianças
Lares com até 2 pessoas, de loja de conveniência vai para
Sem crianças os canais concorrentes ?
0,7
MÉDIOS 3,4 0,7
Vizinhança
ClasseMÉDIOS
Média / Baixa, Sul,
Lares com 3 a 4 pessoas, 3,4 3,2 Loja de conveniência
1,2 Vizinhança
Classe Média / Baixa, Sul,
Com crianças Farmácias
Lares com 3 a 4 pessoas,
1,2 3,2 0,5 Loja de conveniência
1,2 Tradicional
Com crianças 11,7 1,2 0,5 Farmácias
7,5 8,4 Tradicional
LEVES 11,7
8,4
ClasseLEVES
Média / Baixa, Sul, 7,5
Lares com 3 ou mais pessoas, 1,3 1,7 1,5
Classe Média / Baixa, Sul,
Sem crianças
Lares com 3 ou mais pessoas, Pesados Médios
1,3 1,7Leves 1,5
Sem crianças
Pesados Médios Leves
157
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
COMPRADORES
PESADOS
Eles representam 24% dos com- Esse perfil é composto principal- De todo o gasto dessas famílias,
pradores das Lojas de Conveniência, mente por lares: 3,4% é feito na loja de conveniência. O
porém são responsáveis por 70% do destaque é o canal Farmácia que, além
faturamento do canal; de deter quase 12% do gasto desses la-
• Em 2015 eles foram à loja de con- res, cresce significativamente em relação
veniência 10 vezes comprar algum item DE CLASSE a 2014.
para o lar. 3 vezes a mais do que em ALTA
2014;
0,7
• A cada ida à uma loja de conve-
niência eles gastaram R$ 44,66: 11% a 3,4
menos do que em 2014; 1,9
• Apesar de gastar menos, como
DO INTERIOR DE
3,1
eles aumentaram seu número de idas
SÃO PAULO
à loja, seu gasto final aumentou 16,5%,
8,5 11,7
totalizando R$ 433 em 2015;
• O gasto desse grupo é quase três
vezes maior que a média de quem com- COM ATÉ 4,0
pra no canal. 2 MORADORES 1,3
2014 2015
Vizinhança
Loja de conveniência
SEM
Farmácias
CRIANÇAS
Tradicional
158
pesquisa
CATEGORIAS
QUE MOVIMENTAM
O CANAL
Mapeamento do comportamento
das principais categorias nas lojas
de conveniência
As lojas de conveniência podem repre- elas, Cerveja se destaca quando conside- bém conta com Biscoitos, em quinto lugar.
sentar uma boa opção para compradores ramos a frequência de compra do shopper De forma geral, vemos que são catego-
que procuram fácil acesso, bom atendimen- (pelo menos duas vezes ao ano) e o desem- rias que atendem a necessidade de compra
to e funcionamento 24 horas por dia. bolso a cada compra, em média R$ 21,50. por impulso.
Este perfil de lojas menores e mais práti- A categoria foi também responsável por Essas são as categorias que geralmente
cas, muitas vezes está relacionado a compras mais da metade dos gastos dos lares audita- “chamam” o consumidor para a loja. Porém,
emergenciais ou por impulso, e ao entender dos no canal (57,6%). é importante saber que essas categorias
a dinâmica das principais categorias neste Logo em seguida está Refrigerantes que, ainda podem ter dois papéis:
canal, podemos identificar as fortalezas e com um peso de 18,6% nos gastos, é a cate- 1. Melhorar sua performance aumen-
oportunidades. goria com maior penetração nos lares com- tando as vendas da loja;
A cesta de Bebidas é o maior destaque, pradores do canal. 2. Ser utilizada como chamariz para im-
com seis entre as oito maiores categorias Salgadinhos é a primeira categoria de pulsionar outras categorias.
(auditadas nos lares) em faturamento. Entre Alimentos a aparecer no ranking, que tam-
159
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
OPORTUNIDADES
DAS CATEGORIAS
Mapeamento do comportamento
das principais categorias nas lojas
de conveniência
Frequência
2,5 Categorias
Verdes
2,0
Categorias REFRIGERANTES
Vermelhas
CERVEJAS
SALGADINHOS
1,0 BISCOITOS
160
pesquisa
CATEGORIAS NA
MESMA OCASIÃO
Mapeamento do comportamento
das principais categorias nas lojas
de conveniência
A exemplo do papel de chamariz que Re- Por sua vez, Cerveja é a segunda cate-
frigerantes e Cervejas podem desempenhar goria presente na maior parte das ocasiões,
para o desenvolvimento de outras catego- representando 21,4%.
rias no canal, é possível identificar os produ- Quando o shopper vai a uma loja de
tos comprados junto a estas categorias em conveniência para comprar cervejas, em
uma mesma ocasião de compra. 12,9% das ocasiões ele também leva re-
Refrigerantes, por exemplo, está presen- frigerantes; em 6% das ocasiões também
te em 42% das ocasiões de compra em lojas leva salgadinhos; 4,2% desodorantes; em
de conveniência, e as categorias geralmente 1,6% das vezes a categoria é acompanha-
levadas em conjunto são: Salgadinhos; Cerve- da por maionese; e outros 1% por molho
jas; Água de Coco; Água Mineral; e Biscoitos. de tomate.
11 categorias - % de vezes compradas junto com refrigerantes 12 categorias - % de vezes compradas junto com cervejas
SALGADINHOS REFRIGERANTES
8,6 12,9
CERVEJAS SALGADINHOS
6,6 6,0
1,1 1,6
161
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
CATEGORIAS NA
MESMA OCASIÃO
Mapeamento do comportamento
das principais categorias no canal
Tradicional
13 Categorias - % de vezes compradas junto com refrigerantes 14 categorias - % de vezes compradas junto com cervejas
BISCOITOS REFRIGERANTES
11,5 27,0
SALGADINHOS SALGADINHOS
10,0 7,7
SUCO EM PÓ BISCOITOS
6,9 7,4
CERVEJAS SUCO EM PÓ
6,5 4,8
CAFÉ CAFÉ
6,1 4,3
162
pesquisa
RELEMBRANDO...
Mapeamento do comportamento
das principais categorias nas lojas
de conveniência
Cenário econômico desafiador compromete a confian-
ça do consumidor, que racionaliza o consumo e opta
BISCOITOS
por maior custo-benefício.
11,5
DA NA Conveniência
REDUÇÃO DO BUSCAperde
POR lares compradores (-13%), mas
NDA os lares mantidos aumentam a frequência no canal
CONSUMOSALGADINHOS CUSTO
(+32,8%), gerando aumento no volume (+13,9%) e no
BENEFÍCIO
gasto médio
10,0
anual (+18,9%).
+13,9%
Oportunidade
+18,9%
nos lares de classe média/baixa, do Sul,
famílias acima de 3 componentes.
PERDA DE MAIS IDAS NÚMERO DE GASTO MÉDIO
LARES AO PDV
CERVEJAS
Categorias que são fortalezas para LEVADOS
o canal: Cervejas e POR LAR
ITENS
Refrigerantes. NO ANO
6,5 Podem ser utilizadas como chamariz para
COMPRADOR
-13% +32,8% +13,9% +18,9%
outras categorias: Salgadinhos, Biscoitos, Água Mineral,
Água de Coco, Maionese, Molho de Tomate e Desodo-
REFRIGERANTES
rantes (presentes na maior parte das ocasiões
CAFÉ 27,0 de com-
pra de Cerveja
6,1 ou Refrigerante).
SALGADINHOS
7,7
BISCOITOS
SOBRE O PAINEL DE DOMICÍLIOS 7,4 NIELSEN
(HOMESCAN)
Homescan é uma pesquisa contínua den-
tro dos lares queSUCO
permite
EM PÓconhecer os hábitos
de compra espontâneos das 4,8 famílias.
É uma metodologia contínua que repre-
senta um universo de 47 milhões de domicí-
lios ou 165 milhões
CAFÉ de indivíduos, com uma
amostra operativa de 8.240 4,3 domicílios ou
27.680 indivíduos.
Cobre 92% do potencial de consumo do
país, abrangendo as 7 Áreas Nielsen.
As visitas aos lares são realizadas a cada
15 dias, com coleta de dados por código de
barras (Dustbin + Scanners).
163
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
eventos
• SEMINÁRIO COPEDEM
No período de 9 a 12 de abril,
no Rio de Janeiro, aconteceu o
Seminário Novos Rumos para
um Crescimento Sustentável: As-
pectos Jurídicos, Econômico-Fi-
nanceiros e Ambientais. Durante
o evento, que teve apoio do Sin-
dicom, o advogado e especialis-
ta, Luciano Godoy apresentou o
tema “Sonegação no mercado
de combustíveis – o devedor
contumaz”.
164
eventos
165
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
166
eventos
167
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
168
índice de gráficos e tabelas
índice de gráficos
e tabelas
COMBUSTÍVEIS
p.34 - 01. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO p.52 - 39. Histórico de vendas de Etanol Hidratado - Sindicom x OutraS - Mercado total
p.35 - 02. HISTóRICO DE VENDAS p.52 - 40. Histórico de vendas de etanol HIDRATADO - Sindicom x Outras - postos revendedores
p.35 - 03. VARIAÇÃO DO MERCADO TOTAL 2015 x 2014 p.53 - 41. PARTICIPAÇÃO POR SEgMENTO
p.36 - 04. PARTICIPAÇÃO POR SEgMENTO p.53 - 42. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA
p.36 - 05. VENDAS POR REgIÃO - VARIAÇÃO DE VOLUME 2015 x 2014 (%) p.53 - 43. ETANOL HIDRATADO: DIFERENÇA DE VOLUMES REPORTADOS
p.36 - 06. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014 p.53 - 44. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO ETANOL HIDRATADO - BRASIL
p.36 - 07. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO POR PRODUTO p.54 - 45. FROTA ETANOL/FlEx x VOLUME ETANOL HIDRATADO
p.37 - 08. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) - Setor de atividade (%) p.54 - 46. PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
p.37 - 09. PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) - Variação com o mesmo período do ano anterior (%) p.55 - 47. SAÍDAS DE ETANOL
p.38 - 10. DADOS MACROECONÔMICOS - PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): TAxA DE VARIAÇÃO (%) p.55 - 48. PREÇO PRODUTOR E PREÇO BOMBA - ETANOL HIDRATADO SP - 2014 E 2015
p.38 - 11. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO POR DISTRIBUIDORA (%) p.56 - 49. PREÇO MéDIO BOMBA ETANOL HIDRATADO - BRASIL
p.39 - 12. Vendas por Região e UF p.56 - 50. VOLUME x PREÇO - ETANOL HIDRATADO
p.40 - 13. ESTRUTURA DO SETOR p.57 - 51. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014
p.41 - 14. Histórico de vendas do Mercado Revendedor) p.58 - 52. Paridade - Etanol hidratado / Gasolina C (%)
p.42 - 15. HISTóRICO DE VENDAS - SINDICOM x OUTRAS p.59 - 53. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA
p.42 - 16. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO/SEgMENTO p.59 - 54. PARTICIPAÇÃO POR ESTADO
p.42 - 17. PARTICIPAÇÃO POR SEgMENTO p.59 - 55. HISTóRICO DE VENDAS DE gNV - SINDICOM x OUTRAS
p.42 - 18. PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO p.60 - 56. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014
p.42 - 19. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA p.60 - 57. VOLUME E PARTICIPAÇÃO POR ESTADO
p.43 - 20. NÚMERO DE POSTOS POR UF p.60 - 58. EVOLUÇÃO DO MERCADO DE gNV - BRASIL
p.44 - 21. Postos revendedores por bandeira e UF p.61 - 59. NÚMERO DE CONVERSÕES AO ANO
p.45 - 22. Venda média mensal por postos revendedores (vmm) p.61 - 60. NÚMERO DE VEÍCULOS CONVERTIDOS (FROTA)
p.46 - 23. HISTóRICO DE VENDAS DO CICLO OTTO - SINDICOM x OUTRAS p.62 - 61. Histórico de vendas de Óleo Diesel - Sindicom x Outras - Mercado total
p.46 - 24. CICLO OTTO - PARTICIPAÇÃO POR PRODUTO 2014 E 2015 p.62 - 62. Histórico de vendas de Óleo Diesel - Sindicom x Outras - postos revendedores
p.46 - 25. VENDAS DO CICLO OTTO - 2015 x 2014 p.62 - 63. participação por SEGMENTO
p.47 - 26. CICLO OTTO - VENDAS (EM gASOLINA EqUIVALENTE) POR REgIÃO - 2015 x 2014 p.63 - 64. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA - postos revendedores
p.47 - 27. VENDAS DO CICLO OTTO EM gASOLINA EqUIVALENTE p.63 - 65. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA - trr
p.48 - 28. Vendas de veículos leves por tipo de combustível p.63 - 66. PREÇO MéDIO BOMBA óLEO DIESEL - BRASIL
p.48 - 29. Correlação: mercado ciclo Otto (em equivalência energética) e consumo das famílias p.64 - 67. VOLUME x PREÇO - óLEO DIESEL
p.49 - 30. HISTóRICO DE VENDAS DE gASOLINA C - SINDICOM x OUTRAS - mercado total p.65 - 68. PARTICIPAÇÃO DAS VENDAS DE óLEO DIESEL POR SETOR
p.49 - 31. HISTóRICO DE VENDAS DE gASOLINA C - SINDICOM x OUTRAS - postos revendedores p.65 - 69. VARIAÇÃO 2015 x 2014 DA DEMANDA DE óLEO DIESEL POR SETOR
p.49 - 32. PARTICIPAÇÃO POR SEgMENTO p.65 - 70. CORRELAÇÃO MERCADO óLEO DIESEL E PIB
p.49 - 33. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA p.66 - 71. VENDAS DE VEÍCULOS A DIESEL
p.50 - 34. PREÇO MéDIO BOMBA gASOLINA C - BRASIL p.67 - 72. VOLUME DE óLEO DIESEL - ASSOCIADAS SINDICOM
p.50 - 35. VOLUME x PREÇO - gASOLINA C p.67 - 73. POSTOS S-10 - ASSOCIADAS SINDICOM - 2015
p.51 - 36. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DA gASOLINA C - BRASIL p.67 - 74. PERCENTUAL DE BIODIESEL NO óLEO DIESEL
p.51 - 37. PARTICIPAÇÃO POR TIPO DE gASOLINA 2014 E 2015 p.67 - 75. ÍNDICES DE NÃO CONFORMIDADE DO óLEO DIESEL - BRASIL
p.51 - 38. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014 p.68 - 76. participação por tipo de Óleo diesel - MERCADO TOTAL
169
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
p.68 - 77. participação por tipo de Óleo diesel - POSTOS REVENDEDORES p.74 - 92. MERCADO DE AVIAÇÃO (NACIONAL E INTERNACIONAL)
p.68 - 78. participação por tipo de Óleo diesel - GRANDES CONSUMIDORES p.75 - 93. CARgA TRIBUTÁRIA
p.68 - 79. participação por tipo de Óleo diesel - TRR p.76 - 94. ALÍqUOTA DE ICMS - gASOLINA C
p.69 - 80. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014 - postos revendedores p.76 - 95. ALÍqUOTA DE ICMS - ETANOL HIDRATADO
p.69 - 81. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014 - trr p.77 - 96. Alíquota de ICMS - GNV
p.70 - 82. Histórico de vendas de Óleo combustível - Sindicom x Outras p.77 - 97. Alíquota de ICMS - ÓLEO DIESEL
p.71 - 83. PARTICIPAÇÃO POR SEgMENTO p.78 - 98. IMPORTAçÃO - GASOLINA A
p.71 - 84. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA p.78 - 99. IMPORTAçÃO - DIESEL A
p.71 - 85. VENDAS POR REgIÃO - 2015 x 2014 p.79 - 100. IMPORTAÇÃO - ETANOL
p.72 - 86. HISTÓRICO DE VENDAS DE COMBUSTÍVEIS DE AVIAÇÃO (QAV + GAV) - SINDICOM X OUTRAS p.79 - 101. NÚMERO DE EMPRESAS AUTORIzADAS A IMPORTAR gASOLINA E óLEO DIESEL
p.73 - 87. PARTICIPAÇÃO POR SEgMENTO p.80 - 102. empresas autori zadas a importar Gasolina e Óleo Diesel em 2015 - por UF
p.73 - 88. PARTICIPAÇÃO POR DISTRIBUIDORA p.80 - 103. EVOLUTIVO DAS IMPORTAÇÕES (exceto Petrobras)
p.73 - 89. vendas por região - 2015 x 2014 p.81 - 104. PREÇO MéDIO DO BARRIL DE PETRóLEO IMPORTADO (FOB) - US$/m3
p.74 - 90. TARIFAS POR PASSAgEIRO/ qUILÔMETRO PERCORRIDO/ TIPO DE TRANSPORTE p.81 - 105. VOLUMES DE gASOLINA E DIESEL IMPORTADOS POR PORTO EM 2015
p.74 - 91. COMPARATIVO DE PASSAgEIROS ENTRE MODAIS AéREO E RODOVIÁRIO DE LONgA DISTâNCIA
Lubrificantes
CONVENIÊNCIA
p.96 - 01. nielsen - áreas de atuação p.102 - 09. PAINEL INTERNACIONAL - 2015
p.99 - 02. DESTAQUES DO SEGMENTO - 2015 p.103 - 10. Participação das Categorias - % no Faturamento
p.100 - 03. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA - Quantidade de Lojas por UF - 2015 p.103 - 11. Participação da Categoria - % no Faturamento das Associadas ao Sindicom
p.100 - 04. FATURAMENTO DO MERCADO TOTAL (R$ milhões/ano) p.105 - 12. SHARE Fabricantes - CIGARROS (%)
p.101 - 05. EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE LOJAS - Mercado total p.105 - 13. SHARE MARCAS - CIGARROS (%)
p.101 - 06. PARTICIPAÇÃO DE MERCADO 2015 - Número de lojas p.105 - 14. Top 10 - CIGARROS
p.101 - 07. DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA REDE DE LOJAS - 2015 p.106 - 15. Ranking Fabricantes - CIGARROS
p.102 - 08. DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA POPULAÇÃO - 2015 p.106 - 16. Ranking Marcas - CIGARROS
170
índice de gráficos e tabelas
p.106 - 17. SHARE Embalagens - CIGARROS (%) p.119 - 64. Top 10 - ISOTÔNICOS
p.106 - 18. Top 10 - CIGARROS p.120 - 65. SHARE fabricantes - guaranás naturais (%)
p.107 - 19. SHARE subcategoriaS (%) - bebidas não alcoólicas p.120 - 66. SHARE marcas - guaranás naturais (%)
p.107 - 20. SHARE subcategoriaS (%) - bebidas não alcoólicas p.120 - 67. Top 10 - GUARANÁS NATURAIS
p.109 - 21. SHARE Fabricantes - refrigerantes (%) p.120 - 68. SHARE subcategorias - ENIGS (%)
p.109 - 22. SHARE MARCAS - refrigerantes (%) p.120 - 69. Top 10 - ENIGS
p.109 - 23. Top 10 - refrigerantes p.121 - 70. Ranking Fabricantes - energéticos
p.110 - 24. Ranking Fabricantes - refrigerantes p.121 - 71. Ranking Marcas - energéticos
p.110 - 25. Ranking Marcas - refrigerantes p.121 - 72. SHARE Embalagens - energéticos (%)
p.110 - 26. SHARE Embalagens - refrigerantes (%) p.121 - 73. Top 10 - energéticos
p.110 - 27. Ranking Marcas - refrigerantes - Embalagem mais vendida (2 a 2,25 L) p.121 - 74. Ranking Fabricantes - isotônicos
p.110 - 28. Top 10 - refrigerantes p.121 - 75. Ranking Marcas - isotônicos
p.112 - 29. SHARE SUBCATEGORIAS - ASCs (%) p.121 - 76. SHARE Embalagens - isotônicos (%)
p.112 - 30. Top 10 - águas, sucos e chás p.121 - 77. SHARE Sabores - isotônicos (%)
p.113 - 31. SHARE fabricantes - águas (%) p.121 - 78. Top 10 - isotônicos
p.113 - 32. SHARE MARCAS - águas (%) p.122 - 79. Ranking Fabricantes - guaranás naturais
p.113 - 33. Top 10 - águas p.122 - 80. Ranking Marcas - guaranás naturais
p.113 - 34. SHARE fabricantes - sucos (%) p.122 - 81. SHARE Sabores - guaranás naturais (%)
p.113 - 35. SHARE MARCAS - sucos (%) p.122 - 82. Top 10 - guaranás naturais
p.113 - 36. Top 10 - sucos p.124 - 83. SHARE Fabricantes - CERVEJAs (%)
p.114 - 37. SHARE fabricantes - chás (%) p.124 - 84. SHARE MARCAS - CERVEJAs (%)
p.114 - 38. SHARE MARCAS - chás (%) p.124 - 85. Top 10 - CERVEJAs
p.114 - 39. Top 10 - chás p.125 - 86. Ranking Fabricantes - CERVEJAS
p.114 - 40. SHARE SUBCATEGORIAS (%) - águas, sucos e chás p.125 - 87. Ranking Marcas - CERVEJAS
p.114 - 41. Top 10 - águas, sucos e chás p.125 - 88. SHARE Embalagens - CERVEJAS (%)
p.115 - 42. Ranking Fabricantes - águas p.125 - 89. Ranking Marcas - CERVEJAS - Embalagem mais vendida (350 a 400 mL)
p.115 - 43. Ranking Marcas - águas p.125 - 90. Top 10 - CERVEJAS
p.115 - 44. SHARE Embalagens - águas (%) p.128 - 91. SHARE subcategoriaS - bomboniere (%)
p.115 - 45. SHARE Tipos - águas (%) p.129 - 92. SHARE fabricantes - chocolates (%)
p.115 - 46. Top 10 - águas p.129 - 93. SHARE MARCAS - chocolates (%)
p.115 - 47. Ranking Fabricantes - sucos p.129 - 94. Top 10 - CHOCOLATES
p.115 - 48. Ranking Marcas - sucos p.129 - 95. SHARE fabricantes - gomas de mascar (%)
p.115 - 49. SHARE Embalagens - sucos (%) p.129 - 96. SHARE MARCAS - gomas de mascar (%)
p.115 - 50. Ranking Marcas - sucos - Embalagem mais vendida (251 a 400 mL) p.129 - 97. Top 10 - GOMAS DE MASCAR
p.116 - 51. Top 10 - SUCOS p.130 - 98. SHARE fabricantes - drops, PASTILHAS E CARAMELOS (%)
p.116 - 52. Ranking Fabricantes - chás p.130 - 99. SHARE marcas - drops, PASTILHAS E CARAMELOS (%)
p.116 - 53. Ranking Marcas - chás p.130 - 100. Top 10 - DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS
p.116 - 54. SHARE Embalagens - chás (%) p.130 - 101. SHARE fabricantes - barraS de cereais (%)
p.116 - 55. Ranking Marcas - chás - Embalagem mais vendida (ATÉ 300ML) p.130 - 102. SHARE marcas - barraS de cereais (%)
p.116 - 56. Top 10 - chás p.130 - 103. Top 10 - BARRAS DE CEREAIS
p.118 - 57. SHARE subcategorias - enigs (%) p.131 - 104. SHARE SUBCATEGORIAS - bomboniere (%)
p.118 - 58. Top 10 - ENIGS p.131 - 105. Ranking Fabricantes - chocolates
p.119 - 59. SHARE fabricantes - energéticos (%) p.131 - 106. Ranking Marcas - chocolates
p.119 - 60. SHARE MARCAS - energéticos (%) p.131 - 107. SHARE Segmentos - chocolates (%)
p.119 - 61. Top 10 - ENERGÉTICOS p.131 - 108. Ranking Marcas - chocolates - Segmento mais vendido (Tablete)
p.119 - 62. SHARE fabricantes - isotônicos (%) p.131 - 109. Top 10 - chocolates
p.119 - 63. SHARE MARCAS - isotônicos (%) p.132 - 110. Ranking Fabricantes - gomas de mascar
171
COMBUSTÍVEIS, LUBRIFICANTES E LOJAS DE CONVENIÊNCIA 2016
p.132 - 111. Ranking Marcas - gomas de mascar p.144 - 158. SHARE MARCAS - bebidas destiladAs (%)
p.132 - 112. SHARE Segmentos - gomas de mascar (%) p.144 - 159. Top 10 - bebidas destiladas
p.132 - 113. Ranking Marcas - gomas de mascar - Segmento mais vendido (SticK) p.145 - 160. SHARE fabricantes - ices (%)
p.132 - 114. Top 10 - gomas de mascar p.145 - 161. SHARE MARCAS - ices (%)
p.132 - 115. Ranking Fabricantes - drops, pastilhas e caramelos p.145 - 162. Top 10 - ICES
p.132 - 116. Ranking Marcas - drops, pastilhas e caramelos p.145 - 163. SHARE fabricantes - VODCAS (%)
p.132 - 117. SHARE Segmentos - drops, pastilhas e caramelos (%) p.145 - 164. SHARE MARCAS - VODCAS (%)
p.133 - 118. Ranking Marcas - DROPS, PASTILHAS E CARAMELOS - SEGMENTO MAIS VENDIDO (DROPS) p.146 - 165. Top 10 - VODCAS
p.133 - 119. Top 10 - drops, pastilhas e caramelos p.146 - 166. SHARE fabricantes - UÍSQUES (%)
p.133 - 120. Ranking Fabricantes - barras de cereais p.146 - 167. SHARE MARCAS - UÍSQUES (%)
p.133 - 121. Ranking Marcas - barras de cereais p.146 - 168. Top 10 - UÍSQUES
p.133 - 122. SHARE Sabores - barras de cereais (%) p.147 - 169. SHARE fabricantes - AGUARDENTES de cana (%)
p.133 - 123. Ranking Marcas - barras de cereais - Sabor mais vendido (morango com chocolate ) p.147 - 170. SHARE MARCAS - AGUARDENTES de cana (%)
p.133 - 124. Top 10 - barras de cereais p.147 - 171. Top 10 - AGUARDENTEs DE CANA
p.136 - 125. SHARE SUBCATEGORIAS - snacks e biscoitos (%) p.147 - 172. SHARE fabricantes - OUTROS DESTilados (%)
p.136 - 126. Top 10 - snacks e biscoitos p.147 - 173. SHARE MARCAS - OUTROS DESTilados (%)
p.136 - 127. SHARE fabricantes - snacks (%) p.147 - 174. Top 10 - OUTROS DESTILADOS
p.136 - 128. SHARE MARCAS - snacks (%) p.148 - 175. Share SUBCATEGORIAS - Bebidas destiladas (%)
p.136 - 129. Top 10 - SNACKS p.148 - 176. Ranking Fabricantes - Bebidas destiladas
p.137 - 130. SHARE fabricantes - biscoitos (%) p.148 - 177. Ranking Marcas - Bebidas destiladas
p.137 - 131. SHARE MARCAS - biscoitos (%) p.148 - 178. Top 10 - Bebidas destiladas
p.137 - 132. Top 10 - BISCOITOS p.148 - 179. Ranking Fabricantes - ices
p.137 - 133. SHARE fabricantes - pipocas (%) p.148 - 180. Ranking Marcas - ices
p.137 - 134. SHARE MARCAS - pipocas (%) p.148 - 181. SHARE Embalagens - ices (%)
p.137 - 135. SHARE SUBCATEGORIAS - Snacks e biscoitos (%) p.148 - 182. SHARE Tipos de Embalagens - ices (%)
p.137 - 136. Top 10 - snacks e biscoitos p.149 - 183. Ranking Marcas - ices - Embalagem mais vendida (Vidro)
p.138 - 137. Ranking Fabricantes - snacks p.149 - 184. Top 10 - ices
p.138 - 138. Ranking Marcas - snacks p.149 - 185. Ranking Fabricantes - vodcas
p.138 - 139. Top 10 - snacks p.149 - 186. Ranking Marcas - vodcas
p.138 - 140. Ranking Fabricantes - biscoitos p.149 - 187. SHARE Tipos - vodcas (%)
p.138 - 141. Ranking Marcas - biscoitos p.149 - 188. SHARE Embalagens - vodcas (%)
p.138 - 142. SHARE Segmentos - biscoitos (%) p.149 - 189. Top 10 - vodcas
p.138 - 143. Top 10 - biscoitos p.150 - 190. Ranking Fabricantes - uísques
p.138 - 144. Ranking Fabricantes - pipocas p.150 - 191. Ranking Marcas - uísques
p.138 - 145. Ranking Marcas - pipocas p.150 - 192. SHARE Tipos - uísques (%)
p.140 - 146. SHARE FABRICANTES - sorvetes (%) p.150 - 193. Top 10 - uísques
p.140 - 147. SHARE MARCAS - sorvetes (%) p.150 - 194. Ranking Fabricantes - aguardenteS de cana
p.140 - 148. SHARE CONSUMO - sorvetes (%) p.150 - 195. Ranking Marcas - aguardenteS de cana
p.140 - 149. SHARE MARCAS - sorvetes - linha mais consumida (impulso) (%) p.150 - 196. SHARE Embalagens - aguardenteS de cana (%)
p.140 - 150. Top 10 - sorvetes p.150 - 197. SHARE Tipos de Embalagens - aguardenteS de cana (%)
p.141 - 151. Ranking Fabricantes - sorvetes p.151 - 198. Top 10 - aguardenteS de cana
p.141 - 152. Ranking Marcas - sorvetes p.151 - 199. Ranking Fabricantes - outros destilados
p.141 - 153. Share Consumo - sorvetes (%) p.151 - 200. Ranking Marcas - outros destilados
p.141 - 154. Ranking Marcas - sorvetes - Linha mais consumida (Impulso) p.151 - 201. Top 10 - outros destilados
p.141 - 155. Top 10 - sorvetes p.152 - 202. SHARE SUBCATEgORIAS - food service (%)
p.144 - 156. Share subcategoriaS - bebidas destiladas (%)
p.144 - 157. SHARE fabricantes - bebidas destiladas (%)
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índice de gráficos e tabelas
Pesquisa
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Associadas Sindicom
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174
Editorial
COMITÊ EDITORIAL
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REDATORES
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PESQUISA
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FOTOS E IMAGENS
• Acervos e Publicações das Companhias Associadas ao Sindicom
• Arquivo Sindicom
• Chalk Studio
• José Roberto Couto (foto Entrevista)
• Associação Brasileira de Energia Automotiva - AEA (foto Eventos)
• Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial - ETCO (foto Eventos)
• Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - IBEF-Rio (foto Eventos)
• Ponto de Vista - foto cedida por Marcos D’Elia
DADOS ESTATÍSTICOS
• O levantamento dos dados utilizados nesta publicação e expresso em textos, gráficos e
tabelas foi realizado, em sua maioria, pelo Sindicom e pela Nielsen, a partir de pesquisas pró-
prias e de informações fornecidas pelas Companhias do setor, e, também, por informações
disponibilizadas pela indústria, em geral, e pelas seguintes instituições e empresas: Anac,
Anfavea, ANP, ANTT, Abegás, Banco Central do Brasil, Cepea (Esalq), FMI, IBGE, IBP, Instituto
Wise, Mapa, NACS – National Association of Convenience Stores.
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