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A Crise de 1929 ou também conhecida como a Grande Depressão foi uma crise
econômica que atingiu os EUA, estendendo-se em seguida a todo o mundo capitalista. Pôs
fim aos felizes anos 20 época de bonança econômica e culto ao dinheiro nos EUA e nos
países da Europa.
Um outro aspecto que vem sendo apontado como uma das possíveis causas da
Grande Depressão nos anos 1930 é o da superprodução, causada pelos grandes ganhos de
produtividade industrial, obtidos com os benefícios tecnológicos do taylorismo. Tanto Ford
quanto Keynes já vinham há tempos alertando, sem serem ouvidos, que "a aceleração dos
ganhos de produtividade provocada pela revolução taylorista levaria a uma gigantesca crise
de superprodução se não fosse encontrada uma contrapartida em uma revolução paralela do
lado da demanda", que permitisse a redistribuição dos ganhos de produtividade causados
pelo taylorismo, de forma que houvesse redistribuição dessa nova renda gerada, para dirigí-
la ao consumo. Para os que defendem esta tese a Grande Depressão dos anos 1930 foi
causada por uma gigantesca crise de superprodução, naquilo que teria sido uma trágica
confirmação daquelas previsões.
A Grande Depressão causou pobreza geral nos Estados Unidos e em diversos países
do mundo. Aqui, família desempregada, vivendo em condições miseráveis, em Elm Grove,
Califórnia, Estados Unidos.
Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, bancos e investidores
perderam grandes somas em dinheiro. A situação dos bancos era agravada pelo fato que
muitos destes bancos haviam emprestado grandes somas de dinheiro a fazendeiros. Após o
início da Grande Depressão, porém, estes fazendeiros tornaram-se incapazes de pagar suas
dívidas. Isto, por sua vez, causou a queda dos lucros destas instituições financeiras. Pessoas
que utilizavam-se de bancos, temendo uma possível falência destes, removeram destes os
seus fundos. Assim, várias instituições bancárias foram fechadas. O total de instituições
bancárias fechadas durante a década de 1920 e de 1930 foi de 14 mil, um índice
astronómico.
Em 17 de maio de 1930, o governo dos Estados Unidos aprovou uma lei, o Ato
Tarifário Smoot-Hawley, que aumentava as tarifas alfandegárias em cerca de 20 mil itens
não-perecíveis estrangeiros. Presidente americano Herbert Hoover pedira ao Congresso uma
diminuição nos impostos, mas o Congresso, ao invés disto, votou a favor do aumento dos
impostos. Um abaixo-assinado, assinado por mil economistas, pediu ao presidente
americano para rejeitar este aumento. Apesar disto, Hoover assinou o Ato em 17 de maio. O
Congresso e o Presidente acreditavam que isto iria reduzir a competição de produtos
estrangeiros no país. Porém, outros países reagiram através da aprovação de leis e atos
semelhantes, assim causando uma queda súbita nas exportações americanas. As taxas de
desemprego subiram de 9% em 1930 para 16% em 1931, e 25% em 1933. Durante a década
de 1930, a taxa de desemprego nos Estados Unidos não retornaria mais às taxas de 9% de
1930, se mantendo em perto da casa dos 20%.
O ano de 1933 foi o ápice da Grande Depressão nos Estados Unidos. As taxas de
desemprego eram de 25% (ou um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de
30% dos trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar
reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados tenham tido
um aumento nos seus salários por hora e o nível de desigualdade social daquela sociedade
estivesse abaixo da sociedade americana do século XXI. Outro problema enfrentado foi a
grande deflação - queda do preço dos produtos e custo de vida em geral. Entre 1929 e 1933,
os preços dos produtos industrializados não-perecíveis em geral nos Estados Unidos caíram
em cerca de 25%. Já o preço de produtos agropecuários caiu em cerca de 50%, por causa do
excedente da produção destes produtos - primariamente trigo. A quantidade destes produtos
à venda excedia largamente a demanda, o que causou uma queda dos preços destes
produtos. Os baixos preços levaram ao endividamento de muitos fazendeiros. Era comum
casos de suicídio por parte de empresários, acionistas e investidores em geral, que haviam
perdido tudo o que possuíam; E também por parte de outros civis, que, com a crise, se
haviam endividado e/ou não possuíam forma alguma de sustento devido ao fato de estarem
desempregados.
Hoover também acreditava que os governos dos estados americanos deveriam ajudar
os necessitados. Muitos destes estados, porém, não tinham fundos suficientes para tal.
Assim sendo, Hoover propôs a criação de um órgão governamental, o Reconstruction
Finance Corporation (Corporação de Reconstrução Financeira), ou RFC, em 1932. Este
órgão seria responsável por fornecer alguma ajuda financeira a empresas e instituições
comerciais e industriais chave, como bancos, ferrovias e grandes empresas, acreditando que
a falência destas instituições agravaria o efeito da Grande Depressão. No final de 1932, as
eleições presidenciais foram realizadas. Os dois principais candidatos foram
Os efeitos da Grande Depressão em vários países foram agravados pelo Ato Tarifário
Smoot-Hawley, um ato americano introduzido em 1930, que aumentava impostos a cerca de
20 mil produtos não-perecíveis estrangeiros, que causou a aprovação de leis e atos
semelhantes em outros países, reduzindo drasticamente exportações e o comércio
internacional.
O principal produto de exportação do Canadá, à época, era o trigo. Este produto era
então um dos pilares da economia do país. Em 1922, o Canadá era o maior exportador de
trigo do mundo, e Montréal era o maior centro portuário exportador de trigo do mundo.
Entre 1922 e 1929, o Canadá foi responsável por 40% de todo o trigo comercializado no
mundo. As exportações de trigo ajudaram a fazer do Canadá um dos líderes mundiais do
comércio internacional, com mais de um terço de seu produto interno bruto tendo origem no
comércio internacional.
O sucesso do trigo canadense era baseado, porém, em problemas que afligiam outros
países no mundo. A Primeira Guerra Mundial devastou a produção agropecuária dos países
europeus. Mais importante foi, porém, a Revolução Russa de 1917, que manteve o trigo
russo fora do mercado mundial. Em torno de 1925, a gradual recuperação da economia e da
agropecuária da Europa Ocidental, bem como uma nova política econômica na Rússia, fez
com que a produção mundial de trigo aumentasse no mundo, assim diminuindo os preços do
produto. Esperando por um rápido retorno aos altos preços, os fazendeiros e comerciantes
canadenses estocaram muito de seu trigo, ao invés de reduzirem sua produção. A introdução
de maquinário, especialmente o trator, levou ao crescimento da produção de trigo tanto no
Canadá quanto nos Estados Unidos. Todos estes fatores em conjunto desencadearam um
colapso dos preços do trigo em junho de 1929, destruindo a economia de Alberta,
Saskatchewan e Manitoba, e afetando severamente a economia de Ontário e Quebec.
4.2 Reino Unido
4.3Alemanha
4.5Brasil
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador
do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do
café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo
brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta,
conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este
fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos
cafeicultores começaram a investir no setor industrial, desenvolvendo a indústria brasileira.
4.6 Ásia
A Ásia também foi afetada negativamente com a Grande Depressão, por causa da
dependência da economia de diversos países asiáticos em relação à exportação de produtos
agrários à Europa e à América do Norte. O comércio internacional asiático caiu
drasticamente, na medida em que os Estados Unidos e a Europa foram cercadas pela
recessão. Instalações comerciais e industriais asiáticas responderam através de demissões e
redução nos salários. O PIB do Japão, com uma base industrial em crescimento, sofreu uma
queda de 8% entre 1929 e 1930. As taxas de desemprego e de pobreza cresceram
drasticamente, afetando desproporcionalmente as classes inferiores. Esta foi uma das causas
da ascensão do nacionalismo japonês. O Japão recuperou-se da crise em 1932.
O desemprego fez com que milhões de pessoas, inclusive famílias inteiras, ficassem
desabrigadas, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá. Aqui, uma família sem-teto
de sete pessoas, caminhando em Brawley, Condado de Imperial, Califórnia, EUA.
6. Legado
Após o fim da Grande Depressão, muitos dos países mais severamente atingidos
passaram a fornecer maior assistência social e econômica aos necessitados. Por exemplo, o
New Deal dava ao governo americano maior poder para fornecer esta ajuda para estes
necessitados e também para aposentados.
Global Economic Crisis Resource Guide- Sites indexados, incluindo notícias, coberturas
especiais, indicadores econômicos etc. da Middletown Thrall Library
SOROS, George. The worst market crisis in 60 years, Londres: Financial Times, 23 de janeiro de
2008, 02:00 GMT, in GerogeSoros.com
SOROS, George. The New Paradigm for Financial Markets: The Credit Crisis of 2008 and What
It Means. Nova York: PublicAffairs, 2008ISBN 978-1-58648-683-9
Pezzuto, Ivo (2008). Miraculous Financial Engineering or Toxic Finance? The Genesis of the
U.S. Subprime Mortgage Loans Crisis and its Consequences on the Global Financial Markets and
Real Economy, ISSN 1662-761X.
Pezzuto, Ivo (2010). The miracle still goes on for someone
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1
4.1Canadá ......................................................................................................................................... 7
4.3Alemanha .................................................................................................................................... 8
4.5Brasil ........................................................................................................................................... 9
CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 11
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 12