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1 RESUMO
2 INTRODUÇÃO
Em 2003, a VALE S.A. começou alguns estudos e pesquisas na área de carvão na Mongólia -
Ásia e, rapidamente ampliou seus horizontes quando iniciou os programas de prospecção e
estudos técnicos em Moatize, Moçambique – África. Desde então, a VALE veio estudando
novas oportunidades com foco na ampliação do negócio carvão dentro do seu portifólio de
produtos.
Recentemente, a VALE adquiriu uma mina de carvão à nordeste de Bogotá, capital da Colômbia,
que era de propriedade da Empresa Mineradora ARGOS. A Mina em questão, chama-se Mina de
Carvão de El Hatillo (EHCM), dentro de um limite de concessão de 9.638 hectares e se encontra
localizada no departamento de Cesar, jurisdição do município de El Passo, pertencente à cidade
de La Loma. A cidade de La Loma está localizada à aproximadamente 1.100 km de Bogotá e a
40 km à noroeste da Venezuela, conforme a Figura 2.1 apresenta.
O corredor de El Hatillo está localizado dentro da reserva de carvão denominada Cesar, uma
grande bacia que contém o carvão térmico pertencente à formação terciária Los Cuevos. A
estratigrafia desta bacia é bastante complexa, tendo sido interrompida por uma série de falhas e
dobras sinclinais e anticlinais com direção sudeste-nordeste.
Em função da complexa formação geológica e estrutural destes tipos de maciços, a definição de
um modelo geomecânico consistente não é uma tarefa fácil, quando comparado à maciços menos
brandos e mais homogêneos. Para além do modelo geomecânico, outra etapa que requer também
um elevado grau de refinamento técnico é a elaboração dos modelos geotécnicos de cálculo com
vistas à definição da geometria dos Taludes da cava à escala de bancada, inter-rampa e global.
A classificação geomecânica de maciços estratificados brandos pode ser realizada da mesma
forma que para maciços homogêneos mais íntegros, como por exemplo, através da aplicação das
diretrizes técnicas estabelecidas por Bieniawski (1989) [1], as quais definem o RMR (Rock Mass
Rating).
O Talude de Lapa tem seu comportamento geotécnico governado por mecanismos de
instabilidade de controle estrutural definido majoritariamente pelo acamamento (planar, bi-
planar, “buckling” e “ploughing”). A ocorrência destes fenômenos está associada à presença de
resistência anisotrópica paralela ao acamamento e à resistência oblíqua. Devido ao “flexural slip
folding” é comum a ocorrência de superfícies de acamamentos polidas (“polished” e
“slickensided”) de mais baixa resistência, principalmente nas camadas de carvão, tanto nos
mantos como nas intercalações ou “partings” (camadas delgadas de carvão), onde o cisalhamento
e as deformações se concentram durante o processo de dobramento. Desta forma, o
dimensionamento do Talude de Lapa deve focar-se nestes mecanismos, tanto para os estudos
geotécnicos como para a operacionalização/planejamento de mina, reconhecendo a importância
do acamamento, da estratigrafia (sequência das camadas litológicas) e da estrutura (posição nos
flancos do dobramento).
O dimensionamento do Talude de Capa, não menos importante, deve também considerar a
estruturação do maciço, mesmo o mergulho dos acamamentos sendo inverso ao mergulho do
Talude. Sendo assim, é aceitável adotar um modelo de cálculo de resistência homogênea,
definida pelas propriedades resistentes do maciço rochoso, dominado neste caso, por
intercalações de Arenitos, Siltitos, Argilitos e Camadas de Carvão.
Nesta região geológica existe um número considerável de falhas dos tipos normal e reversa com
orientação sudeste-nordeste. Estas falhas estão associadas a deslocamentos laterais que podem
ser interpretados como uma transformação ou acomodamento dos sistemas sobrepostos.
Três grandes estruturas de dobramentos regionais podem ser idenficadas, sendo os sinclinais Del
Descanso, La Loma e El Boquerón, estando estas, separadas por falhas reversas de direção NE-
SW. A falha de El Hatillo separa os sinclinais de Del Descanso e La Loma e a falha El Tigre
separa os sinclinais de La Loma e El Boquerón.
Estas grandes dobras se caracterizam como as estruturas de interesse, sendo o sinclinal de La
Loma a dobra que se situa dentro dos limites da área de estudo. O topo deste sinclinal é que é
considerado o ponto de interesse para a exploração de carvão.
Os mantos de carvão são interrompidos por uma forte imersão de falhas com direção sudoeste-
nordeste com mergulho para leste. As falhas transversais que cortam os mantos são as falhas de
El Manco ao norte e a de Santa Cruz mais a sul do corredor. Este seccionamento divide o El
Hatillo em três grandes blocos, chamados bloco Norte, bloco Central e bloco Sul. Um
deslocamento vertical de aproximadamente 200m está associado à Falha El Manco e 125m à
Falha de Santa Cruz. Existe ainda uma pequena falha quase vertical, chamada de Falha Norte.
A região do entorno do depósito é caracterizada por uma extensa planície pouco acidentada, com
elevações compreendidas entre 35 e 55m acima do nível do mar. O clima é subtropical úmido,
com precipitação média anual de 1.500 a 2.000mm, ocorrendo principalmente em dois grandes
períodos chuvosos no final da primavera e do outono.
3.3 Hidrogeologia
Para classificação do maciço rochoso adotou-se a aplicação dos métodos RMR (Bieniawski,
1989) [1] e GSI (Hoek & Brown, 1997 [4]) e, para avaliação do comportamento do maciço
rochoso, recorreu-se à dois critérios de ruptura – Critério de Hoek & Brown (HB) (1997) e
Critério de Mohr-Coulomb (MC), para caracterização de resistência. Para calibração do modelo
de HB e para o ajuste da envoltória de MC a partir da definição dos parâmetros de resistência
que a definem, foram analisados diversos dados de uma mapeamento geomecânico de superfície
e alguns resultados de ensaios laboratoriais do tipo UCS.
A definição da escala de mapeamento foi definida com base na litologia mais evidente e a partir
da adoção de determinados critérios estruturais. O número e a extensão das “janelas” de
mapeamento relacionam-se diretamente com o grau de heterogeneidade e estruturação do maciço
rochoso e, ainda com o grau de precisão e detalhe que se pretende obter nos resultados. Em
respeito à estas premissas foram definidas 221 janelas de mapeamento com dimensões de
20x16m, distribuídas no Talude de Capa, Talude de Fechamento e no Talude de Abertura do Pit,
com um levantamento global de 3.400 estruturas.
A estrutura do maciço rochoso que define as intercalações (“interburden”) consiste em
acamamentos cruzados compostos massivamente por arenitos sobrepostos por finas camadas de
siltitos e argilitos medianamente alterados.
A Figura 4.1 apresenta os histogramas derivados do tratamento dos dados do mapeamento de
campo para todos os acamamentos observados, e a Figura 4.2 apresenta da mesma forma, para as
descontinuidades, com vistas à elaboração da classificação geomecânica do maciço. Para
proceder a leitura dos histogramas, direciona-se às correlações expressas na Tabela 4.1, onde se
compara a metodologia adotada em campo com os pesos atribuídos pelo RMR (1989).
Tabela 4.1: Correlação entre a metodologia adotada e a classificação preconizada pelo RMR
(1989).
Figura 4.1: Características geomecânicas dos acamamentos – histogramas.
RQD - EHCM
35
RQD intervals
A Figura 4.3 evidencia de forma bastante objetiva que o maciço rochoso da mina de El Hatillo
possui qualidade mediana quando se avalia apenas o RQD, uma vez que 60% dos valores
observados estão compreendidos entre 50 e 80.
Os resultados dos ensaios de UCS foram realizados em amostras coletadas em uma campanha de
sondagem realizada pela empresa EMCARBON durante o ano de 2002. Independente do
domínio litológico, os resultados apresentaram uma grande dispersão. A Figura 4.4 mostra esta
dispersão e uma tentativa “prática” aplicada com a finalidade de se obter valores aceitáveis para
prosseguimento dos estudos.
A Figura 4.4 evidencia a elevada dispersão dos resultados para ambos os litotipos caracterizados,
o que implica em um elevado desvio padrão. As amostras claramente exibem resistências à
compressão uniaxial que definem materiais de baixa a elevada resistência (5,0 - >80 MPa),
resultados estes, que não condizem com o comportamento exibido em campo por estes materiais
quando submetidos à qualquer ação antrópica. Entretanto, a maior parte dos resultados estão
alocados em um range de 12 a 25 MPa (média resistência), o que parece estar mais de acordo
com a realidade da mina.
A partir dos resultados, procurou-se definir um intervalo aceitável para estimativa dos valores de
resistência para estes materiais. Com base no valor médio do peso específico foi possível
determinar estes valores dentro deste intervalo pré-estabelecido. A Tabela 4.4 apresenta os
valores definidos bem como, o valor ponderado em função da frequência de ocorrência de cada
material no domínio das intercalações.
Tabela 4.4: Resultados UCS de cálculo.
Mínimo Máximo UCS Calc. UCS pond
Domínio
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
Arenitos 2.5 101.0 25.0
Siltitos 3.0 48.0 17.0 17
Argilitos 2.5 20.0 11.0
Carvão 8
A resistência exibida pelos materiais e contatos segundo a direção dos acamamentos foi
caracterizada segundo o critério de ruptura de Mohr-Coulomb, dado pelos seguintes parâmetros e
valores – c’ = 0 kPa e ’ = 20º. Estes valores foram obtidos através de ensaios de cisalhamento
direto executados segundo a direção dos planos de estratigrafia.
Em 1973 foi desenvolvido uma classificação geomecânica proposta por Bieniawski designada
por RMR (Rock Mass Rating). Esta classificação foi definida a partir de dados e relatos de
autoria do próprio autor. O método foi fundamentalmente desenvolvido para quantificar a
resistência de maciços rochosos para dimensionamento e execução de obras subterrâneas,
incluíndo túneis civis. No entanto, rapidamente, surgiram diversas aplicações da metodologia em
engenharia de taludes. Anos depois, o autor publicou uma revisão do método (versão 1989) onde
não se alterou os pilares que sustentam o método mas sim, a forma como ambos são
considerados e quantificados.
A confiança atribuída na caracterização das propriedades de resistência e deformacionais dos
maciços rochosos deve atingir um nível considerável de confiabilidade para a elaboração de
projetos de taludes, fundações, minas e escavações subterrâneas. Hoek & Brown (1980) [5],
propôs uma metodologia para estimativa das propriedades de resistência dos maciços rochosos,
baseada em uma avaliação discretizada dos blocos e das condições das superfícies de contato
entre estes. Este método foi modificado ao longo dos anos, afim de se atender as necessidades
cada vez mais ambiciosas inerentes à obras mais arrojadas, que até então, não tinham sido
consideradas quando da definição da metodologia inicial. A aplicação do método à maciços
rochosos de baixa qualidade mecânica exigiu também novas mudanças (Hoek, Wood e Shah,
1992 [6]) e, finalmente, obteve-se uma nova classificação chamada “Geological Strengh Index –
GSI” (Hoek, Kaiser e Bawden, 1995 [3] e Hoek & Brown, 1997 [4]).
O maciço da mina de El Hatillo por ser um maciço de maior heterogeneidade estratigráfica,
exigiu uma abordagem inicial setorizada para sua classificação geomecânica. Após uma
avaliação dos resultados, decidiu-se pela homogeneização dos mesmos, em função da frequência
regular de ocorrência dos litotipos existentes. A Tabela 5.1 apresenta o valor médio estimado do
RMR e a classe a que o maciço se enquadra, bem como todos os pesos atribuídos para sua
determinação. Apresenta-se ainda, na mesma Tabela, o valor do GSI obtido a partir de uma
correlação empírica com o RMR.
Tabela 5.1: RMR e GSI.
5.2 PARAMETRIZAÇÃO
Em respeito às premissas citadas no item anterior, procurou-se definir modelos de cálculo para as
diferentes escalas citadas e para os diferentes Taludes da cava (Talude de Lapa e Talude de
Capa), pois o comportamento de ambas em nada se assemelha. A Tabela 5.2 apresenta todos os
parâmetros de resistência do maciço rochoso adotados nestes modelos.
Tabela 5.2: Parâmetros de resistência segundo os critérios de Hoek & Brown e Morh-Coulomb
adotados nas análises.
5.3 MODELOS DE CÁLCULO
b)
Figura 5.1: Modelos de cálculo empregues para o dimensionamento do Talude de Lapa: a)
Bancada e b) Global.
b)
c)
Figura 5.3: Modelos de cálculo empregues para o dimensionamento do Talude de Capa: a)
Bancada, b) Inter-rampa e c) Global.
Com base nestas premissas e na setorização geotécnica preliminarmente definida com base na
profundidade total da cava e na variação do azimute e mergulho das camadas, realizou-se uma
série de análises geotécnicas em diferentes modelos de cálculo com o intuito de se conceber
cartas geotécnicas para o dimensionamento de ambas os Taludes à escala de bancada, inter-
rampa e global. Estes resultados podem ser observados nas Figuras 5.4, 5.5, 5.6 e 5.7.
Figure 5.4: Cartas geotécnicas para dimensionamento do Talude de Lapa à escala de bancada.
Figure 5.5: Carta geotécnica para dimensionamento do Talude de Lapa à escala global.
a) b)
Figure 5.6: Cartas geotécnicas para dimensionamento do Talude de Capa à escala de bancada e
inter-rampa.
As geometrias geotecnicamente estáveis que resultam nos ângulos inter-rampas obtidos a partir
da Figura 5.6a e apresentados na Figura 5.6b podem ser visualizadas na Tabela 5.3.
Figure 5.7: Carta geotécnica para dimensionamento do Talude de Capa à escala global.
Dentro do fluxograma apresentado na Figura 6.1 para geração da cava matemática, o “Passo
Ângulo de Talude” de certa forma, incorpora todos os conceitos e premissas geotécnicas que
foram discutidas e detalhadas neste documento. Do ponto de vista geotécnico, isso significa dizer
que é necessário projetar a geometria dos taludes desde a definição dos bancos, passando pelo
inter-rampa e obtendo como resultado final uma inclinação global para os taludes que atenda os
fatores de segurança regulamentares (1.2 a 1.3 neste caso).
Visando resolver o problema altamente complexo e de múltiplas entradas apresentado na mesma
figura, o planejamento de longo prazo utiliza softwares que tem como base o algorítimo de
Leachs-Grossman que tem a capacidade de considerar todos estes “imputs”, objetivando
identificar todos aqueles blocos que se apresentam economicamente viáveis. Este algorítimo
encontra a solução matemática que maximiza o Valor Presente da Reserva.
Após a elaboração da cava é feita a análise de sensibilidade da cava ótima gerada. Esta análise
tem por objetivo identificar o que uma variação nos parâmetros de entrada utilizados pode
acarretar na solução final do problema e o quão robusto o mesmo está com relação ao seu retorno
financeiro e confiabilidade dos trabalhos efetuados. A Figura 6.2 apresenta o resultado de uma
análise de sensibilidade com variação do preço de mercado.
a) b)
REM – Relação Estéril-Minério (carvão) [m3/t]; NPV – Valor presente atualizado;
Figura 6.2: Metodologia para escolha da cava ótima: a) NPV e REM vs Fases e b) REM e
Carvão vs Fases.
6.2 Operacionalização da cava
A operacionalização de uma cava final pode ser definida como a elaboração de um projeto
geométrico mas que seja exequível do ponto de vista construtivo e operacional. Para tal devem
ser estabelecidos alguns passos técnicos:
i. Respeitar não apenas o ângulo global dos Taludes anteriormente definido para a geração
da cava matemática, mas também o detalhamento geométrico da mesma, banco a banco;
ii. Para o caso em estudo (EHCM), além das premissas geotécnicas de carácter puramente
geométrico, foi necessário também, respeitar o modelo estratigráfico exibido pela
geologia regional. A Figura 6.3 apresenta uma perspectiva da estratigrafia dos mantos de
carvão através de seções transversais geradas ao longo do corredor de El Hatillo;
iii. Para o estudo de rampas, avaliou-se a posição inicial e final das rampas de acesso da
cava, levando-se em conta a posição da britagem, massas de minério e estéril presas pelas
rampas e o número de “switch-backs”.
FIGURA 6.3: Perspectiva que ilustra a variação estratigráfica do modelo geológico da região.
Um fato importante que deve ser mencionado, refere-se ao pequeno desvio entre as massas
obtidas pela cava matemática e operacionalizada, uma vez que a setorização geotécnica
inicialmente definida, foi adotada igualmente para as duas etapas analisadas. A principal
preocupação neste caso foi operacionalizar a cava matemática sem grandes modificações nos
quantitativos de estéril e carvão para a fase escolhida. No entanto, este processo originou uma
perda de 7% de minério e um acréscimo de 1% de estéril, resultando em uma relação estéril-
minério (REM) de aproximadamente 9,5 (m3/ton).
Talude de Capa
Talude de Lapa
Figura 6.5: Seções transversais representativas dos setores geotécnicos empregues para a
operacionalização da cava.
Figura 6.6: Setorização geotécnica definida com base na altura total da cava e na variação
estratigráfica.
A Figura 6.6 apresenta dois setores designados de ZF1 E ZF2 que correspondem a duas zonas de
falha que cortam transversalmente a cava, denominadas de Falha El Manco (ZF1) e Falha de
Santa Cruz (ZF2). Se observa ainda, que a setorização teve em conta a variação da profundidade
da cava como o perfil longitudinal ilustra.
7 CONCLUSÃO
Com o trabalho que agora se apresenta, procurou-se analisar a influência que alguns fatores
geotécnicos – parâmetros de resistência do maciço rochoso, comportamento mecânico dos
planos de anisotropia, modelo constitutivo empregue para traduzir o comportamento mecânico
do maciço, complexidade estrutural do modelo estratigráfico, geometrias variáveis que atendam
a operacionalização - podem ter no sucesso da elaboração de cavas matemáticas e
operacionalizadas para lavra de carvão, em particular para a Mina de Carvão de El Hatillo
(EHCM).
Os estudos desenvolvidos no âmbito deste trabalho envolveram uma breve revisão da
bibliografia da especialidade, a realização de inúmeras análises paramétricas simulando o
comportamento do maciço quando solicitado às escavações, analisando o comportamento
exibido, apoiando-se nos resultados de observação de campo e na caracterização geotécnica
existente de maciços com características físicas e mecânicas muito semelhantes as do maciço
circundante.
Relativamente aos estudos paramétricos efetuados com o objetivo de se elaborar cartas
geotécnicas que possam auxiliar a engenharia de curto e longo prazo na condução e
operacionalização da mina, respectivamente, algumas conclusões merecem ser destacadas, quais
sejam:
i. O modelo estratigráfico regional condicionou a elaboração dos modelos de cálculo, bem
como os resultados obtidos;
ii. O mesmo modelo, influenciou ainda, na geometria global do Talude de Lapa, uma vez
que os bancos que a compõem foram projetados com geometrias variáveis;
iii. A adoção de modelos anisotrópicos para a simulação do comportamento mecânico do
maciço rochoso quando escavado, permitiu obter resultados numéricos bastante
compatíveis com o que se tem observado em campo;
iv. O Talude de Capa apresentou resultados bastante coerentes com o observado em campo,
mesmo adotando um modelo homogêneo isotrópico.
O presente trabalho, mesmo tendo que atender todas as restrições geológicas, geotécnicas e
operacionais que uma mina de carvão apresenta, teve como resultado final um cenário técnico-
econômico dentro do que se previa e pretendia.
8 AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos colaboradores que ajudaram na elaboração dos estudos que
suportaram este trabalho, nas pessoas de Jullian Davi Diaz, Pedro Borges e a toda equipe da
Gerência de Longo Prazo Carvão – VALE/Brasil e a equipe de carvão VALE/Colômbia.
9 BIBLIOGRAFIA
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Cesar Department, Colombia. Mining and Geological Consultants. Denver, Colorado, U.S.A.
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[3] Hoek, E., Kaiser, P.K. and Bawden. W.F. (1995). Support of underground excavations in
hard rock. Rotterdam: Palkema.
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[5] Hoek, E. and Brown, E.T. (1980). Empirical strength criterion for rock masses. J. Geotech.
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[6] Hoek, E., Wood, D. and Shah, S. 1992. A modified Hoek-Brown criterion for jointed rock
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