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Química Ambiental
Curso – Técnico em Meio Ambiente
Professora – Anália Christina Pereira Caires
QUÍMICA AMBIENTAL - Teoria
1. Introdução
1.1.1. Poluição
Considera-se poluição das águas, a presença, o lançamento ou a liberação, nas mesmas,
de toda e qualquer forma de matéria ou energia, com intensidade em quantidade, de con-
centração ou características em desacordo com as que foram legalmente estabelecidas,
ou que tornem ou possam tornar as águas:
impróprias, nocivas ou ofensivas à saúde;
inconvenientes ao bem-estar público;
danosas aos materiais, à fauna e à flora;
prejudiciais à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da
comunidade,
1.1.2. Poluente
Considera-se poluente das águas toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta
ou indiretamente, causa poluição das águas.
1.1.3. Contaminação
Considera-se contaminação a água que contiver organismos patogênicos, substâncias tó-
xicas ou resíduos radioativos e outros contaminantes (agentes contaminantes) que consti-
tuam perigo para a saúde pública. Nessas condições toda água contaminada é urna água
poluída, mas nem toda água poluída é contaminada.
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O volume total da água permanece constante no planeta, sendo estimado em torno de 1,5
bilhão de quilômetros cúbicos. Os oceanos constituem cerca de 97,5% de toda a água do
planeta. Dos 2,5 % restantes, aproximadamente 1,9% estão localizados nas calotas pola-
res e nas geleiras, enquanto apenas 0,6 % é encontrado na forma de água subterrânea,
em lagos, rios e também na atmosfera, como vapor d'água.
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Nos sistemas biológicos formados nos tratamentos de esgotos, o pH é também uma con-
dição que influi decisivamente no processo. Normalmente, a condição de pH que corres-
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2.4.1.6. Condutividade
A condutividade é a expressão numérica da capacidade de uma água conduzir a corrente
elétrica. Depende das concentrações iônicas e da temperatura e indica a quantidade de
sais existentes na coluna d’água e, portanto, representa uma medida indireta da concen-
tração de poluentes. Em geral, níveis superiores a 100 µS/cm indicam ambientes impac-
tados.
A condutividade também fornece uma boa indicação das modificações na composição de
uma água, especialmente na sua concentração mineral, mas não fornece nenhuma indi-
cação das quantidades relativas dos vários componentes. A condutividade da água au-
menta à medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados. Altos valores podem indi-
car características corrosivas da água.
2.4.1.7. Fenóis
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Os fenóis e seus derivados aparecem nas águas naturais através das descargas de eflu-
entes industriais. Indústrias de processamento da borracha, colas e adesivos, resinas im-
pregnantes, componentes elétricos (plásticos) e as siderúrgicas, entre outras, são respon-
sáveis pela presença de fenóis nas águas naturais.
Os fenóis são tóxicos ao homem, aos organismos aquáticos e microrganismos que tomam
parte dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários e de efluentes industriais. Em sis-
temas de lodos ativados, concentrações de fenóis na faixa de 50 a 200 mg/L trazem inibi-
ção, sendo que 40 mg/L são suficientes para a inibição da nitrificação. Na digestão anae-
róbia, 100 a 200 mg/L de fenóis também provocam inibição. Estudos recentes têm de-
monstrado que, sob processo de aclimatação, concentrações de fenol superiores a 1000
mg/L podem ser admitidas em sistemas de lodos ativados. Em pesquisas em que o reator
biológico foi alimentado com cargas decrescentes de esgoto sanitário e com carga cons-
tante de efluente sintético em que o único tipo de substrato orgânico era o fenol puro,
conseguiu-se ao final a estabilidade do reator alimentado somente com o efluente sintéti-
co contendo 1000 mg/L de fenol.
Nas águas naturais, os padrões para os compostos fenólicos são bastante restritivos, tan-
to na legislação federal quanto na do Estado de São Paulo. Nas águas tratadas, os fenóis
reagem com o cloro livre formando os clorofenóis que produzem sabor e odor na água.
2.4.1.8. Metais
a) Alumínio (Al)
O alumínio e seus sais são usados no tratamento da água, como aditivo alimentar, na fa-
bricação de latas, telhas, papel alumínio, na indústria farmacêutica, etc. O alumínio atinge
a atmosfera como particulado, derivado de poeiras dos solos e por erosão originada da
combustão do carvão. Na água, o metal pode ocorrer em diferentes formas e é influencia-
do pelo pH, temperatura e presença de fluoretos, sulfatos, matéria orgânica e outros ligan-
tes. A solubilidade é baixa em pH entre 5,5 e 6,0. As concentrações de alumínio dissolvi-
do em águas com pH neutro variam de 0,001 a 0,05 mg/L, mas aumentam para 0,5-1
mg/L em águas mais ácidas ou ricas em matéria orgânica. Em águas com extrema aci-
dez, afetadas por descargas de mineração, as concentrações de alumínio dissolvido po-
dem ser maiores que 90 mg/L. Na água potável, os níveis do metal variam de acordo com
a fonte de água e com os coagulantes à base de alumínio que são usados no tratamento
da água. Estudos americanos mostraram que as concentrações de alumínio, na água tra-
tada com coagulante, variaram de 0,01 a 1,3 mg/L, com uma concentração média de 0,16
mg/L. O alumínio deve apresentar maiores concentrações em profundidade, onde o pH é
menor e pode ocorrer anaerobiose. Se a estratificação e conseqüente anaerobiose não
forem muito fortes, o teor de alumínio diminui no corpo de água como um todo, à medida
que se distancia a estação das chuvas. O aumento da concentração de alumínio está as-
sociado com o período de chuvas e, portanto, com a alta turbidez. Outro aspecto da quí-
mica do alumínio é sua dissolução no solo para neutralizar a entrada de ácidos com as
chuvas ácidas. Nesta forma, ele é extremamente tóxico à vegetação e pode ser escoado
para os corpos d’água.
A principal via de exposição humana não ocupacional é pela ingestão de alimentos e á-
gua. Não há indicações de que o alumínio apresente toxicidade aguda por via oral, apesar
de ampla ocorrência em alimentos, água potável e medicamentos. Não há indicação que
o alumínio seja carcinogênico.
b) Bário (Ba)
Os compostos de bário são usados na indústria da borracha, têxtil, cerâmica, farmacêuti-
ca, entre outras. Ocorre naturalmente na água, na forma de carbonatos em algumas fon-
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tes minerais, geralmente em concentrações entre 0,7 e 900 µg/L. Não é um elemento es-
sencial ao homem e em elevadas concentrações causa efeitos no coração, no sistema
nervoso, constrição dos vasos sangüíneos, elevando a pressão arterial. A morte pode o-
correr em poucas horas ou dias dependendo da dose e da solubilidade do sal de bário.
c) Cádmio (Cd)
O cádmio é liberado ao ambiente por efluentes industriais, principalmente, de galvano-
plastias, produção de pigmentos, soldas, equipamentos eletrônicos, lubrificantes e aces-
sórios fotográficos, bem como por poluição difusa causada por fertilizantes e poluição do
ar local. Normalmente a concentração de cádmio em águas não poluídas é inferior a 1
µg/L. A água potável apresenta baixas concentrações, geralmente entre 0,01 e 1 µg/L, en-
tretanto pode ocorrer contaminação devido à presença de cádmio como impureza no zin-
co de tubulações galvanizadas, soldas e alguns acessórios metálicos.
A principal via de exposição para a população não exposta ocupacionalmente ao cádmio
e não fumante é a oral. A ingestão de alimentos ou água contendo altas concentrações de
cádmio causa irritação no estômago, levando ao vômito, diarréia e, às vezes, morte. Na
exposição crônica o cádmio pode danificar os rins. No Japão, na década de 60, a conta-
minação da água que irrigava as plantações de arroz causou a doença conhecida como
“Itai-Itai”, caracterizada por extrema dor generalizada, dano renal e fragilidade óssea. Ex-
perimentos com animais demonstram que o metal produz efeitos tóxicos em vários ór-
gãos, como fígado, rins, pulmão e pâncreas. É um metal que se acumula em organismos
aquáticos, possibilitando sua entrada na cadeia alimentar.
d) Chumbo (Pb)
O chumbo está presente no ar, no tabaco, nas bebidas e nos alimentos. Nestes, o chum-
bo tem ampla aplicação industrial, como na fabricação de baterias, tintas, esmaltes, inse-
ticidas, vidros, ligas metálicas etc. A presença do metal na água ocorre por deposição at-
mosférica ou lixiviação do solo. O chumbo raramente é encontrado na água de torneira,
exceto quando os encanamentos são à base de chumbo, ou soldas, acessórios ou outras
conexões. A exposição da população em geral ocorre principalmente por ingestão de ali-
mentos e bebidas contaminados. O chumbo pode afetar quase todos os órgãos e siste-
mas do corpo, mas o mais sensível é o sistema nervoso, tanto em adultos como em cri-
anças. A exposição aguda causa sede intensa, sabor metálico, inflamação gastrintestinal,
vômitos e diarréias. Na exposição prolongada são observados efeitos renais, cardiovascu-
lares, neurológicos e nos músculos e ossos, entre outros. É um composto cumulativo pro-
vocando um envenenamento crônico denominado saturnismo. As doses letais para peixes
variam de 0,1 a 0,4 mg/L, embora alguns resistam até 10 mg/L em condições experimen-
tais.
e) Cobre (Cu)
O cobre tem vários usos, como na fabricação de tubos, válvulas, acessórios para banhei-
ro e está presente em ligas e revestimentos. Na forma de sulfato (CuSO 4.5H2O) é usado
como algicida. As fontes de cobre para o meio ambiente incluem minas de cobre ou de
outros metais, corrosão de tubulações de latão por águas ácidas, efluentes de estações
de tratamento de esgotos, usa de compostos de cobre como algicidas aquáticos, escoa-
mento superficial e contaminação da água subterrânea a partir do uso agrícola do cobre e
precipitação atmosférica de fontes industriais. O cobre ocorre naturalmente em todas as
plantas e animais e é um nutriente essencial em baixas doses. Estudos indicam que uma
concentração de 20 mg/L de cobre ou um teor total de 100 mg/L por dia na água é capaz
de produzir intoxicações no homem, com lesões no fígado. Concentrações acima de 2,5
mg/L transmitem sabor amargo à água; acima de 1 mg/L produz coloração em louças e
sanitários. Para peixes, muito mais que para o homem, as doses elevadas de cobre são
extremamente nocivas. Concentrações de 0,5 mg/L são letais para trutas, carpas, bagres,
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Todas as águas naturais contêm algum sódio já que é um dos elementos mais abundan-
tes na Terra e seus sais são altamente solúveis em água, encontrando-o na forma iônica
(Na+), e nas plantas e animais, já que é um elemento ativo para os organismos vivos. O
aumento dos níveis na superfície da água pode provir de esgotos, efluentes industriais e
uso de sais em rodovias para controlar neve e gelo. A última fonte citada também contri-
bui para aumentar os níveis de sódio nas águas subterrâneas. Nas áreas litorâneas, a in-
trusão de águas marinhas pode também resultar em níveis mais elevados.
Concentração de sódio na superfície natural das águas varia consideravelmente, depen-
dendo das condições geológicas do local, descargas de efluentes e uso sazonal de sais
em rodovias. Valores podem estender-se de 1 mg/L ou menos até 10 mg/L ou mais em
salmoura natural. Muitas águas superficiais, incluindo aquelas que recebem efluentes,
têm níveis bem abaixo de 50 mg/L. As concentrações nas águas subterrâneas freqüente-
mente excedem 50 mg/L. Embora a concentração de sódio na água potável geralmente
seja menor que 20 mg/L, esse valor pode ser excedido em alguns países, porém concen-
tração acima de 200 mg/L pode dar à água um gosto não aceitável.
O sódio é comumente medido onde a água é utilizada para dessedentação de animais ou
para agricultura, particularmente na irrigação. Quando o teor de sódio em certos tipos de
solo é elevado, sua estrutura pode degradar-se pelo restrito movimento da água, afetando
o crescimento das plantas.
m) Zinco
O zinco e seus compostos são muito usados na fabricação de ligas e latão, galvanização
do aço, na borracha como pigmento branco, suplementos vitamínicos, protetores solares,
desodorantes, xampus, etc. A presença de zinco é comum nas águas superficiais natu-
rais, em concentrações geralmente abaixo de 10 µg/L; em águas subterrâneas ocorre en-
tre 10-40 µg/L. Na água de torneira, a concentração do metal pode ser elevada devido à
dissolução do zinco das tubulações. O zinco é um elemento essencial ao corpo humano
em pequenas quantidades. A atividade da insulina e diversos compostos enzimáticos de-
pendem da sua presença. O zinco só se torna prejudicial à saúde quando ingerido em
concentrações muito elevadas, o que é extremamente raro, e, neste caso, pode acumular-
se em outros tecidos do organismo humano. Nos animais, a deficiência em zinco pode
conduzir ao atraso no crescimento. A água com elevada concentração de zinco tem apa-
rência leitosa e produz um sabor metálico ou adstringente quando aquecida.
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superior a 1000 mg/L. Embora haja populações árabes adaptadas no uso de águas con-
tendo 2.000 mg/L de cloreto, são conhecidos também seus efeitos laxativos.
Da mesma forma que o sulfato, sabe-se que o cloreto também interfere no tratamento a-
naeróbio de efluentes industriais, constituindo-se igualmente em interessante campo de
investigação científica. O cloreto provoca corrosão em estruturas hidráulicas, como por
exemplo, em emissários submarinos para a disposição oceânica de esgotos sanitários,
que por isso têm sido construídos com polietileno de alta densidade (PEAD). Interferem
na determinação da DQO e embora esta interferência seja atenuada pela adição de sulfa-
to de mercúrio, as análises de DQO da água do mar não apresentam resultados confiá-
veis. Interfere também na determinação de nitratos.
Também eram utilizados como indicadores da contaminação por esgotos sanitários, po-
dendo-se associar a elevação do nível de cloreto em um rio com o lançamento de esgotos
sanitários. Hoje, porém, o teste de coliformes fecais é mais preciso para esta função. O
cloreto apresenta também influência nas características dos ecossistemas aquáticos natu-
rais, por provocarem alterações na pressão osmótica em células de microrganismos.
2.4.1.10. Fluoreto
O flúor é o mais eletronegativo de todos os elementos químico, tão reativo que nunca é
encontrado em sua forma elementar na natureza, sendo normalmente encontrado na sua
forma combinada como fluoreto. O flúor é o 17º elemento em abundância na crosta terres-
tre representando de 0,06 a 0,9% e ocorrendo principalmente na forma de fluorita (CaF2),
Fluoroapatita (C10(PO4)6) e criolita (Na3AlF6). Porém, para que haja disponibilidade de
fluoreto livre, ou seja, disponível biologicamente, são necessárias condições ideais de so-
lo, presença de outros minerais ou outros componentes químicos e água. Traços de fluo-
reto são normalmente encontrados em águas naturais e concentrações elevadas geral-
mente estão associadas com fontes subterrâneas. Em locais onde existem minerais ricos
em flúor, tais como próximos a montanhas altas ou áreas com depósitos geológicos de o-
rigem marinha, concentrações de até 10 mg/L ou mais são encontradas. A maior concen-
tração de flúor registrada em águas naturais é de 2.800 mg/L, no Quênia.
O fluossilicato de sódio era o composto mais utilizado, tendo sido substituído pelo ácido
fluossilícico em diversas estações de tratamento de água. Apesar da corrosividade do á-
cido, o fato de se apresentar na forma líquida facilita sua aplicação e o controle seguro
das dosagens, condição fundamental para a fluoretação. O fluoreto de sódio é muito caro
e o fluoreto de cálcio, pouco solúvel.
Alguns efluentes industriais também descarregam fluoreto nas águas naturais, tais como
as indústrias de vidro e de fios condutores de eletricidade.
No ar, a presença de fluoreto deve-se principalmente a emissões industriais e sua con-
centração varia com o tipo de atividade. Estima-se um valor de exposição abaixo de
1µg/L, pouco significativo em relação à quantidade ingerida através da água e de alimen-
tos. Todos os alimentos possuem ao menos traços de fluoreto. Os vegetais possuem con-
centrações maiores principalmente devido à absorção da água e do solo. Alguns alimen-
tos tais como peixes, certos vegetais e chá, possuem altas concentrações de fluoreto. O
uso da água fluoretada na preparação de alimentos pode dobrar a quantidade de fluoreto
presente. Estima-se uma quantidade diária ingerida de 0,2 a 3,1 mg para adultos e 0,5 mg
para crianças de 1 a 3 anos.
Outras fontes de fluoreto são pasta de dente, gomas de mascar, vitaminas e remédios. O
uso tópico de fluoreto contribui para uma absorção maior. O fluoreto ingerido através da
água é quase completamente absorvido pelo corpo humano, enquanto que o flúor presen-
te nos alimentos não é totalmente absorvido; em alguns casos como através de peixes e
outras carnes, chega apenas a 25%. Uma vez absorvido, o fluoreto é distribuído rapida-
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mente pelo corpo humano, grande parte é retida nos ossos, enquanto que uma pequena
parte nos dentes. O fluoreto pode ser excretado pela urina e sua eliminação é influenciada
por uma série de fatores tais como o estado de saúde da pessoa e seu grau de exposição
a esta substância. O fluoreto é adicionado às águas de abastecimento público para confe-
rir-lhes proteção à cárie dentária. O fluoreto reduz a solubilidade da parte mineralizada do
dente, tornando mais resistente à ação de bactérias e inibe processos enzimáticos que
dissolvem a substância orgânica protéica e o material calcificante do dente. Constitui-se
também em meio impróprio ao desenvolvimento de Lactobacilus acidophilus.
Nesse sentido, a fluoretação das águas deve ser executada sob controle rigoroso, utili-
zando-se bons equipamentos de dosagem e implantando-se programas efetivos de con-
trole de residual de fluoreto na rede de abastecimento de água, o que nem sempre tem
acontecido.
Os benefícios da aplicação de fluoreto em águas para a prevenção da cárie dentária são
reconhecidos. Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos demonstram que, para as con-
dições lá existentes, os seguintes resultados podem ser esperados: o índice utilizado é o
número de dentes cariados, perdidos e obturados por cem crianças. Os estudos são con-
clusivos de que para concentrações de fluoreto acima de 1,5 mg/L, ocorre aumento na in-
cidência da fluorose dentária; para concentrações de fluoreto da ordem de 1,0 mg/L, ocor-
re redução do c.p.o. da ordem de 60% sem ocorrer fluorose; para concentrações de fluo-
reto menores que 1,0 mg/L, ocorrem menores reduções percentuais na redução da cárie.
Na verdade, o que é necessária é a ingestão de 1,5 mg/dia de fluoreto, o que para um
consumo de água de 1,2 a 1,6 litros por dia, resulta em concentrações da ordem de 1,0
mg/L. A Portaria 518 estabelece um valor máximo permitido para fluoreto de 1,5 mg/L na
água potável.
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Neste caso, deve-se adicionar artificialmente compostos contendo fósforo como o mono-
amônio-fosfato (MAP) que, por ser usado em larga escala como fertilizante, apresenta
custo relativamente baixo. Ainda por ser nutriente para processos biológicos, o excesso
de fósforo em esgotos sanitários e efluentes industriais conduz a processos de eutrofiza-
ção das águas naturais.
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pela multiplicidade de fontes, algumas muito difíceis de serem controladas como a fixação
do nitrogênio atmosférico, por parte de alguns gêneros de algas. Por isso, deve-se investir
preferencialmente no controle das fontes de fósforo.
Deve ser lembrado também que os processos de tratamento de esgotos empregados atu-
almente no Brasil, não são otimizados para a remoção de nutrientes e os efluentes finais
tratados liberam grandes quantidades destes que também podem dar margem à ocorrên-
cia do processo de eutrofização.
Nos reatores biológicos das estações de tratamento de esgotos, o carbono, o nitrogênio e
o fósforo, têm que se apresentar em proporções adequadas para possibilitar o crescimen-
to celular sem limitações nutricionais. Com base na composição das células dos micror-
ganismos que formam parte dos tratamentos, costuma-se exigir uma relação DBO5,20:N:P
mínima de 100:5:1 em processos aeróbios e uma relação DQO:N:P de pelo menos
350:7:1 em reatores anaeróbios. Deve ser notado que estas exigências nutricionais po-
dem variar de um sistema para outro, principalmente em função do tipo de substrato. Os
esgotos sanitários são bastante diversificados em compostos orgânicos; já alguns efluen-
tes industriais possuem composição bem mais restrita, com efeito sobre o ecossistema a
ser formado nos reatores biológicos para o tratamento e sobre a relação C/N/P. No trata-
mento de esgotos sanitários, estes nutrientes encontram-se em excesso, não havendo
necessidade de adicioná-los artificialmente, ao contrário, o problema está em removê-los.
Alguns efluentes industriais, como é o caso dos produtores de celulose, que são compos-
tos basicamente de carboidratos, não possuindo praticamente nitrogênio e fósforo, estes
devem ser adicionados de forma a perfazer as relações recomendadas, utilizando-se para
isto uréia granulada, rica em nitrogênio e fosfato de amônia que possui nitrogênio e fósfo-
ro, dentre outros produtos comerciais.
Pela legislação federal em vigor, o nitrogênio amoniacal é padrão de classificação das
águas naturais e padrão de emissão de esgotos. A amônia é um tóxico bastante restritivo
à vida dos peixes, sendo que muitas espécies não suportam concentrações acima de 5
mg/L. Além disso, como visto anteriormente, a amônia provoca consumo de oxigênio dis-
solvido das águas naturais ao ser oxidado biologicamente, a chamada DBO de segundo
estágio. Por estes motivos, a concentração de nitrogênio amoniacal é importante parâme-
tro de classificação das águas naturais e normalmente utilizado na constituição de índices
de qualidade das águas.
Os nitratos são tóxicos, causando uma doença chamada metahemoglobinemia infantil,
que é letal para crianças (o nitrato reduz-se a nitrito na corrente sangüínea, competindo
com o oxigênio livre, tornando o sangue azul).
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Tipicamente, a exposição humana e animal não ocorre apenas ao DDT mas sim a uma
mistura dos três compostos. Isto porque DDE e DDD aparecem como impurezas do DDT,
são produtos de degradação ambiental e são produzidos no processo de biotransforma-
ção do DDT. A via digestiva é considerada a mais significativa via de entrada do DDT no
organismo humano, devido ao consumo de alimentos ou uso de utensílios contaminados.
Os principais efeitos do DDT são: neurotoxicidade, hepatoxicidade, efeitos metabólicos e
alterações reprodutivas e câncer. Nos seres humanos, como em outras espécies, o DDT
se biotransforma em DDE, que é acumulado mais facilmente que o DDT. A Portaria 518
estabelece um valor máximo permitido de DDT (isômeros) de 2 µg/L na água potável..
2.4.1.21. Dureza
Em depósitos subterrâneos, a água pode entrar em contato com certos materiais como o
calcário (CaCO3) ou a dolomita (CaCO3 . MgCO3). Dessa forma, passa a existir em sua
composição uma quantidade excessiva de íons Ca2+ e Mg2+, na forma de bicarbonatos
(HCO3-), nitratos (NO3-), cloretos (Cl-) e sulfatos (SO42-) o que a torna imprópria para con-
sumo humano. A esse tipo de água chamamos água dura (com teores acima de 150
mg/L), mole (com teores abaixo de 75 mg/L) ou moderada (com teores entre 75 e 150
mg/L). Então podemos dizer que a dureza na água está relacionada à quantidade de cál-
cio e magnésio existente na mesma.
Quando em contato com sabão, a água dura não faz espuma, pois os íons Ca 2+ e Mg2+
reagem com o sabão e formam um precipitado.
O tratamento da água dura para a retirada de Ca2+ e Mg2+ é conhecido por abrandamento
ou amolecimento e consiste em fazer a água atravessar uma resina que captura os íons
Ca2+ e Mg2+, substituindo-os por íons não prejudiciais ao homem, tais como o Na+ e o H+.
Esse procedimento é chamado de método da troca iônica. A remoção da dureza pode
também ser efetuada por fervura ou pela adição de algumas substâncias amolecedoras,
tais como: Hidróxido de Sódio (NaOH), Carbonato de Sódio (Na 2CO3), Fosfato de Sódio
(Na3PO4) e Sulfato de Alumínio (Al2(SO4)3).
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2.4.1.22. Surfactantes
Analiticamente, isto é, de acordo com a metodologia analítica recomendada, detergentes
ou surfactantes são definidos como compostos que reagem com o azul de metileno sob
certas condições especificadas. Estes compostos são designados “substâncias ativas ao
azul de metileno” (MBAS – Metilene Blue Active Substances) e suas concentrações são
relativas ao sulfonato de alquil benzeno linear (LAS) que é utilizado como padrão na aná-
lise.
Os esgotos sanitários possuem de 3 a 6 mg/L de detergentes. As indústrias de detergen-
tes descarregam efluentes líquidos com cerca de 2000 mg/L do princípio ativo. Outras in-
dústrias, incluindo as que processam peças metálicas, empregam detergentes especiais
com a função de desengraxante, como o percloretileno.
As descargas indiscriminadas de detergentes nas águas naturais levam a prejuízos de or-
dem estética provocados pela formação de espumas. Um dos casos mais críticos de for-
mação de espumas ocorre no Município de Pirapora do Bom Jesus, no Estado de São
Paulo. Localiza-se às margens do Rio Tietê, a jusante da Região Metropolitana de São
Paulo, recebendo seus esgotos, em grande parte, sem tratamento.
A existência de corredeiras leva ao desprendimento de espumas que formam continua-
mente camadas de pelo menos 50 cm sobre o leito do rio. Sob a ação dos ventos, a es-
puma espalha-se sobre a cidade, contaminada biologicamente e impregnando-se na su-
perfície do solo e dos materiais, tornando-os oleosos.
Além disso, os detergentes podem exercer efeitos tóxicos sobre os ecossistemas aquáti-
cos. Os sulfonatos de alquil benzeno de cadeia linear (LAS) têm substituído progressiva-
mente os sulfonatos de aquil benzeno de cadeia ramificada (ABS), por serem considera-
dos biodegradáveis. No Brasil esta substituição ocorreu a partir do início da década de 80
e embora tenham sido desenvolvidos testes padrão de biodegradabilidade, este efeito não
é ainda conhecido de forma segura. Os testes de toxicidade têm sido mais bem desenvol-
vidos e há certa tendência a serem mais utilizados nos programas de controle de polui-
ção.
Os detergentes têm sido responsabilizados também pela aceleração da eutrofização. A-
lém de a maioria dos detergentes comerciais empregados ser rica em fósforo, sabe-se
que exercem efeito tóxico sobre o zooplâncton, predador natural das algas. Segundo este
conceito, não bastaria apenas à substituição dos detergentes superfosfatados para o con-
trole da eutrofização.
Os detergentes em geral são feitos a partir da mistura de alquil-benzeno-sulfonatos. A di-
ferença nos biodegradáveis começa na cadeia carbônica que os constitui.
Repare que a cadeia não possui nenhuma ramificação, é classificada como linear.
Um detergente é considerado não biodegradável se em sua cadeia de hidrocarbonetos
houver ramificações. Como vemos, a estrutura acima está isenta de ramificação, a parte à
esquerda da molécula é considerada linear. Mas veja abaixo:
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observe à esquerda da molécula. A maioria destes detergentes vai parar em rios através
da rede de esgoto, eles são responsáveis pela poluição conhecida como cisnes de deter-
gentes: espumas esbranquiçadas e densas que impedem a entrada de gás oxigênio na
água, o que afeta as formas aeróbicas aquáticas.
Por que as ramificações da cadeia carbônica tornam o detergente não biodegradável?
Os micro-organismos existentes na água produzem enzimas capazes de quebrar as mo-
léculas de cadeias lineares presentes nos detergentes biodegradáveis. Mas essas mes-
mas enzimas não reconhecem as cadeias ramificadas presentes nos detergentes não bi-
odegradáveis, por esse motivo eles permanecem na água sem sofrer decomposição.
Quando for fazer compras, opte por levar o produto com o selinho de biodegradável.
Quem se preocupa com o Meio ambiente fará com certeza esta opção.
Como os detergentes atuam para promover a limpeza de superfícies gordurosas? Você já
percebeu como o detergente é eficiente para limpar recipientes de frituras, mas o mais cu-
rioso é que o segredo para essa ação está nas moléculas de água, sabão e gorduras.
Sobre os detergentes: são compostos orgânicos sintéticos que possuem longas cadeias
de hidrocarbonetos. A parte ativa da molécula de detergente é a catiônica (NH3+), este
cátion é denominado de sal de amônio quaternário.
O nome detergente não podia ser mais apropriado, do grego detergere = limpar. Como a
intenção desse produto sintético é limpar, vejamos como é possível.
A estrutura do sabão possui uma parte polar e outra apolar, veja:
Micela de detergente
por poluir rios, lagos e mares, salvo os biodegradáveis que não se acumulam na natureza.
Tudo começa quando você abre a torneira da pia e começa a lavar a louça, toda aquela
espuma característica de detergentes pode parecer bonita naquele momento, mas se tor-
na “horripilante” quando depositada em rios. Como exemplo temos o Rio Tietê, localizado
na cidade de São Paulo, você já reparou naquelas densas espumas escuras? Elas são
provenientes de detergentes e materiais orgânicos.
Mas qual a explicação química para este acúmulo na natureza?
Os resíduos de sabão sofrem decomposição pelos microorganismos existentes na água
dos rios, sendo assim se tornam biodegradáveis, ou seja, não poluem o meio ambiente.
Os detergentes por sua vez se acumulam nos rios formando uma camada de espuma.
Na água existem microorganismos produzindo enzimas capazes de quebrar as moléculas
de cadeia carbônica linear que caracterizam os sabões. Essas enzimas não reconhecem
as cadeias ramificadas presentes nos detergentes, e por isso eles permanecem na água
sem sofrer decomposição, o que ocasiona a poluição.
As espumas de poluição são conhecidas como "cisnes de detergentes", elas impedem a
entrada de gás oxigênio na água, o que afeta as formas aeróbicas aquáticas. Além disso,
as penas das aves cujo habitat natural é nas beiras de rio, passam por uma triste conse-
qüência: em contato com os detergentes elas perdem a secreção oleosa que as imper-
meabiliza impedindo-as de molhar, se as penas se molham ao entrar em contato com a
água, as aves tendem a se afundar e conseqüentemente morrerem afogadas.
2.4.2.1. Cor
A cor de uma amostra de água está associada ao grau de redução de intensidade que a
luz sofre ao atravessá-la (e esta redução dá-se por absorção de parte da radiação eletro-
magnética), devido à presença de sólidos dissolvidos, principalmente material em estado
coloidal orgânico e inorgânico. Dentre os colóides orgânicos, pode-se mencionar os áci-
dos húmico e fúlvico, substâncias naturais resultantes da decomposição parcial de com-
postos orgânicos presentes em folhas, dentre outros substratos. Também os esgotos sa-
nitários se caracterizam por apresentarem predominantemente matéria em estado coloi-
dal, além de diversos efluentes industriais contendo taninos (efluentes de curtumes, por
exemplo), anilinas (efluentes de indústrias têxteis, indústrias de pigmentos etc.), lignina e
celulose (efluentes de indústrias de celulose e papel, da madeira etc.).
Há também compostos inorgânicos capazes de possuir as propriedades e provocar os e-
feitos de matéria em estado coloidal. Os principais são os óxidos de ferro e manganês,
que são abundantes em diversos tipos de solo. Alguns outros metais presentes em eflu-
entes industriais conferem-lhes cor, mas, em geral, íons dissolvidos pouco ou quase nada
interferem na passagem da luz. O problema maior de cor na água, em geral, é o estético,
já que causa um efeito repulsivo aos consumidores.
É importante ressaltar que a coloração, realizada na rede de monitoramento, consiste ba-
sicamente na observação visual do técnico de coleta no instante da amostragem.
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2.4.2.3. Temperatura
Variações de temperatura são parte do regime climático normal e, corpos de água natu-
rais apresentam variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical. A tempe-
ratura superficial é influenciada por fatores tais como latitude, altitude, estação do ano, pe-
ríodo do dia, taxa de fluxo e profundidade. A elevação da temperatura em um corpo
d’água geralmente é provocada por despejos industriais (indústrias canavieiras, por e-
xemplo) e usinas termoelétricas.
A temperatura desempenha um papel principal de controle no meio aquático, condicio-
nando as influências de uma série de variáveis físico-químicas. Em geral, à medida que a
temperatura aumenta, de 0 a 30°C, a viscosidade, tensão superficial, compressibilidade,
calor específico, constante de ionização e calor latente de vaporização diminuem, en-
quanto a condutividade térmica e a pressão de vapor aumentam. Organismos aquáticos
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possuem limites de tolerância térmica superior e inferior, temperaturas ótimas para cres-
cimento, temperatura preferida em gradientes térmicos e limitações de temperatura para
migração, desova e incubação do ovo.
2.4.2.4. Transparência
Essa variável pode ser medida facilmente no campo utilizando-se o disco de Secchi, um
disco circular branco ou com setores branco e preto e um cabo graduado, que é mergu-
lhado na água até a profundidade em que não seja mais possível visualizar o disco. Essa
profundidade a qual o disco desaparece, e logo reaparece, é a profundidade de transpa-
rência. A partir da medida do disco de Secchi, é possível estimar a profundidade da zona
fótica, ou seja, mede a profundidade de penetração vertical da luz solar na coluna d’água.
Na zona fótica ocorre a fotossíntese, indicando o nível da atividade biológica de lagos ou
reservatórios.
2.4.2.5. Turbidez
A turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade que um feixe
de luz sofre ao atravessá-la (esta redução dá-se por absorção e espalhamento, uma vez
que as partículas que provocam turbidez nas águas são maiores que o comprimento de
onda da luz branca), devido à presença de sólidos em suspensão, tais como partículas
inorgânicas (areia, silte, argila) e de detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em ge-
ral, etc. A erosão das margens dos rios em estações chuvosas é um exemplo de fenôme-
no que resulta em aumento da turbidez das águas e que exigem manobras operacionais,
como alterações nas dosagens de coagulantes e auxiliares, nas estações de tratamento
de águas. A erosão pode decorrer do mau uso do solo em que se impede a fixação da
vegetação. Este exemplo mostra também o caráter sistêmico da poluição, ocorrendo inter-
relações ou transferência de problemas de um ambiente (água, ar ou solo) para outro.
Os esgotos sanitários e diversos efluentes industriais também provocam elevações na
turbidez das águas. Um exemplo típico deste fato ocorre em conseqüência das atividades
de mineração, onde os aumentos excessivos de turbidez têm provocado formação de
grandes bancos de lodo em rios e alterações no ecossistema aquático.
Alta turbidez reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas. Esse de-
senvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de peixes.
Logo, a turbidez pode influenciar nas comunidades biológicas aquáticas. Além disso, afeta
adversamente os usos doméstico, industrial e recreacional de uma água.
2.5. Índices
As principais vantagens dos índices de qualidade de águas são a facilidade de comunica-
ção com o público não técnico, o status maior do que os parâmetros individuais e o fato
de representar uma média de diversas variáveis em um único número, combinando uni-
dades de medidas diferentes em um única unidade. No entanto, sua principal desvanta-
gem consiste na perda de informação das variáveis individuais e da interação entre as
mesmas. O índice, apesar de fornecer uma avaliação integrada, jamais substituirá uma
avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia hidrográfica.
A CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental utilizou, de 1975 a
2001, o Índice de Qualidade das Águas - IQA, Os parâmetros de qualidade, que fazem
parte do cálculo do IQA refletem, principalmente, a contaminação dos corpos hídricos o-
casionada pelo lançamento de esgotos domésticos. É importante também salientar que
este índice foi desenvolvido para avaliar a qualidade das águas, tendo como determinante
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O IAP completo será designado como sendo aquele que inclui no grupo de Substâncias
Tóxicas (ST) do ISTO, o Teste de Ames e o Potencial de Formação de THM, e será apli-
cado para todos os pontos da Rede de Monitoramento que são utilizados para abasteci-
mento público. Nos demais pontos, o IAP será calculado excluindo-se tais parâmetros.
Parte dos parâmetros do ISTO apresentam freqüência semestral, uma vez que os dados
históricos dos mesmos retratam concentrações baixas nas águas. Sendo assim, nos me-
ses onde não existem resultados para esses parâmetros, o ISTO será calculado descon-
siderando tais ausências.
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3. Química ambiental do Ar
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O ácido formado (ácido carbônico), é um ácido muito fraco, o que não compete à água
uma diminuição brusca do pH. A chuva ácida é um fenômeno causado pela poluição da
atmosfera. Ela pode acarretar muitos problemas para as plantas, animais, solo, água,
construções e também às pessoas. Reage com metais e carbonatos atacando muitos ma-
teriais usados na construção civil, como mármore e calcários. Diferentemente do CO 2, os
óxidos de enxofre (SO2 e SO3) e de nitrogênio (N2O, NO e NO2) presentes na atmosfera
formam ácidos fortes, aumentando a acidez da água da chuva.
Na atmosfera ocorre às seguintes reações:
e conseqüentemente:
A chuva ácida pode ser transportada através de longas distâncias, podendo cair em locais
em que não há fonte de poluentes causadores de chuva ácida.
com os cientistas, a água acidificada dissolve os nutrientes que estão no solo e ar-
rasta-os rapidamente antes que as plantas os possam utilizar para crescer. A chu-
va ácida pode causar ainda a liberação de algumas substâncias tóxicas como o a-
lumínio no solo, prejudicando sua fertilidade.Mesmo o solo sendo bastante resis-
tente às chuvas ácidas, há que contar com as nuvens e o nevoeiro que muitas das
vezes são ainda mais ácidos que a chuva. As proteções das folhas são destruídas
quando são banhadas por nuvens ácidas, e suas folhas acabam ficando danifica-
das e com manchas castanhas. Para crescerem, as folhas transformam em alimen-
to a luz solar através da fotossíntese. As folhas ao morrerem não podem produzir
energia suficiente para que a árvore se mantenha saudável. Uma vez que as árvo-
res estejam enfraquecidas serão mais facilmente atacadas por doenças e insetos.
b) Nas águas - A maioria dos rios e lagos possuem um pH entre 6 e 8. O pH dos la-
gos no entanto pode atingir valores aproximados a 5 quando os solos e a água não
têm a capacidade de neutralizar a chuva ácida, todos os organismos que vivem em
meios aquáticos poderão morrer por conseqüência deste fenômeno. Os sapos su-
portam as variações de pH maiores e poderiam resistir, mas se o seu alimento
também desaparecer acabarão morrendo. À medida que a acidez dos lagos au-
menta os peixes vão desaparecendo. Mesmo que alguns mais resistentes consi-
gam sobreviver, é muito difícil que a sua continuidade esteja assegurada uma vez
que os seus ovos não têm hipóteses de eclodir.
c) Em construções - A chuva ácida pode ser responsável pela corrosão de pedra,
metal ou tinta. Praticamente todos os materiais se degradam gradualmente quando
expostos à chuva e ao vento. A chuva ácida acelera esse processo, destruindo es-
tátuas, prédios ou monumentos. É importante saber que reparar os estragos cau-
sados pela chuva ácida em casas e prédios pode ser extremamente caro; além do
mais, muitos monumentos encontram-se já muito degradados e a sua recuperação
ou substituição muitas vezes é impossível.O principal constituinte dos mármores,
os quais são utilizados na construção de prédios e monumentos, é o calcário (Car-
bonato de cálcio - CaCO3) que reage com os ácidos contribuintes da acidez da
chuva ácida como na reação a seguir:
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quente, portanto mais leve, pode ascender, favorecendo a dispersão dos poluentes emiti-
dos pelas fontes, conforme se verifica na figura 1.
A inversão térmica é uma condição meteorológica que ocorre quando uma camada de ar
quente se sobrepõe a uma camada de ar frio, impedindo o movimento ascendente do ar,
uma vez que, o ar abaixo dessa camada fica mais frio, portanto, mais pesado, fazendo
com os poluentes se mantenham próximos da superfície, como pode ser observado na fi-
gura 2.
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lipto, e do óleo vegetal (substitui o óleo diesel e o combustível para a aviação), extra-
ído da mamona, do babaçu, da soja, do algodão, do dendê e do amendoim;
i. Melhor planejamento das cidades, buscando a harmonia entre a natureza e a urba-
nização;
b) Maior controle e fiscalização sobre desmatamentos e incêndios nas matas e flores-
tas;
c) Proteção e conservação dos parques ecológicos;
d) Incentivo à população para plantar árvores;
e) Campanhas de conscientização da população para os riscos da poluição;
f) Cooperação com as entidades de proteção ambiental.
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Padrão Primá-
Tempo de Padrão Secundá-
Poluente rio Método de Medição
Amostragem rio µg/m³
µg/m³
partículas totais em 24 horas1 240 150 amostrador de
suspensão MGA2 80 60 grandes volumes
24 horas1 150 150 separação
partículas inaláveis
MAA3 50 50 inercial/filtração
24 horas1 150 100
fumaça refletância
MAA3 60 40
24 horas1 365 100
dióxido de enxofre pararosanilina
MAA3 80 40
1 hora1 320 190
dióxido de nitrogênio quimiluminescência
MAA3 100 100
1 hora1 40.000 - 35 ppm 40.000 - 35 ppm infravermelho
monóxido de carbono
8 horas1 10.000 - 9 ppm 10.000 - 9 ppm não dispersivo
ozônio 1 hora1 160 160 quimiluminescência
1 - Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 - Média geométrica anual. 3 - Média aritmética anual.
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do usando como base uma longa experiência desenvolvida no Canadá e EUA. Os parâ-
metros contemplados pela estrutura do índice da CETESB são:
a) dióxido de enxofre (SO2)
b) partículas totais em suspensão (PTS)
c) partículas inaláveis (MP10)
d) fumaça (FMC)
e) monóxido de carbono (CO)
f) ozônio (O3)
g) dióxido de nitrogênio (NO2)
Para cada poluente medido é calculado um índice, que através do qual obtêm uma quali-
ficação, que é uma espécie de uma nota, feita conforme apresentado na tabela abaixo.
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3.5.3. Hidrocarbonetos: C- H
É uma classe de composto formado por hidrogênio e carbono. Não são necessariamente
perigosos, mas na presença da luz solar formam óxidos de nitrogênio e daí sim produzem
compostos secundários que são nocivos à saúde humana.
São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis e
de outros produtos orgânicos voláteis. Diversos hidrocarbonetos como o benzeno são
cancerígenos e mutagênicos, não havendo uma concentração ambiente totalmente segu-
ra. Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”.
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3.5.8. Smog
O Smog é proveniente da queima incompleta dos combustíveis fósseis (à base de petró-
leo). Os gases lançados pelos carburadores dos carros não se acumulam somente ao ní-
vel do solo, eles tendem a subir e formar uma densa neblina. Com certeza a paisagem fi-
ca prejudicada com a presença da fumaça escura, e o pior é que não é só por uma ques-
tão de beleza.
O Smog causa sérios danos à saúde do homem, mais precisamente ao aparelho respira-
tório. Problemas como irritação constante na garganta e narinas, são problemas comuns
aos moradores de capitais onde o tráfego de automóveis se intensifica a cada dia.
Veja agora quais os tipos de Smog existem:
a) Smog urbana: a mais comum é uma mistura de poluentes gasosos, neblina e partí-
culas sólidas (poeira). A coloração escura se deve à junção destes materiais.
b) Smog Industrial: presença de compostos mais nocivos à saúde, como H2SO4 (ácido
sulfúrico), SO2 (dióxido de enxofre), cinzas, fuligem, entre outros. É por isso que a
poluição industrial é considerada um risco à humanidade.
c) Smog fotoquímica: o próprio nome já define, ela ocorre em presença de luz. Esta
neblina é comum nos dias muito quentes e secos, em sua composição encontramos
dióxido de nitrogênio (NO2) provindo de escapamentos de automóveis.
Os locais de intenso tráfego de veículos e luz solar incidente, com altas temperaturas e
ventos calmos, são os pontos mais comuns onde aparecem Smogs fotoquímicos. O grau
de umidade da atmosfera também é um fator favorável devem razão da presença de gotí-
culas de água suspensas no ar. Neste caso uma mistura de névoa com partículas de fu-
maça se acumula nas proximidades do solo em vez de subir.
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A água da chuva que atravessa o solo carrega sólidos dissolvidos e coloidais para hori-
zontes inferiores, onde eles são depositados. Processos biológicos, tais como o apodre-
cimento bacteriano da biomassa das plantas, produzem CO 2 ligeiramente ácido, ácidos
orgânicos, e combinações de complexos que são levados através da água da chuva para
horizontes inferiores, onde eles interagem com areia e minerais, alterando as proprieda-
des dos mesmos.
A camada do topo do solo, de vários centímetros de espessura, é conhecida como o hori-
zonte A, ou camada da superfície do solo. Esta é a camada de máxima atividade biológica
no solo e contém a maior parte de material orgânico.
A camada seguinte é o horizonte B, ou subsolo. Recebe materiais tais como matéria or-
gânica, sais e partículas de areia que são carreadas do horizonte A. O horizonte C é
composto de rochas desgastadas a partir das quais se originou o solo.
Os solos exibem uma grande variedade de características que são usadas para a sua
classificação para vários propósitos, inclusive produção agrícola, construção de estrada e
etc. Outras características do solo incluem resistência, viabilidade, tamanho de partícula,
permeabilidade, e grau de desenvolvimento.
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Alguns íons de metais solúveis como Fe2+ e Mn2+ são tóxicos às plantas a níveis muito al-
tos. Por outro lado, a oxidação para óxidos insolúveis pode causar formação de depósitos
de Fe2O3 e MnO2 que dificultam o escoamento da água no solo.
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Alguns íons de metais solúveis como Fe2+ e Mn2+ são tóxicos às plantas a níveis muito al-
tos. Por outro lado, a oxidação para óxidos insolúveis pode causar formação de depósitos
de Fe2O3 e MnO2 que dificultam o escoamento da água no solo.
A solução solo
A solução solo é a porção aquosa do solo que contém materiais dissolvidos provenientes
dos processos químicos e bioquímicos do solo e provenientes da troca com a hidrosfera e
biosfera. Este meio transporta espécies químicas para as partículas do solo, mantendo
um contato íntimo entre os solutos e as partículas do solo. Além de fornecer água para
crescimento de planta, é um meio essencial para a troca de nutrientes da planta entre as
raízes e terra sólida.
Obter uma amostra de solução de solo é freqüentemente muito difícil porque a parte mais
significante está confinada em vasos capilares e filmes de superfície. O meio mais direto é
a coleta da água de drenagem. A solução do solo pode ser isolada do solo através da se-
paração mecânica por centrifugação, pressão ou tratamento no vácuo.
O material mineral dissolvido no solo está presente na forma de íons. Proeminentes entre
os cátions estão H+, Ca2+, Mg2+, K+, Na+, e normalmente quantidades menores de Fe2+,
Mn2+, e Al3+. Os últimos três cátions podem estar presentes parcialmente hidrolisados co-
mo FeOH+, ou complexados através de substâncias ligantes de húmicos orgânicos. Os
ânions que podem estar presentes são HCO3-, CO32-, HSO4-, SO42-, Cl-, e F-. Além de ser
ligado a H+ em espécies como bicarbonatos (ajuste de acidez), os ânions podem ser
complexados com íons de metal, como em AlF2+. Cátions e ânions de multivalência for-
mam íons emparelhados entre si, por exemplo, CaSO4 e FeSO4.
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Este processo consome oxigênio (O2) e produz gás carbônico (CO2). Como resultado, a
quantidade de oxigênio do ar no solo pode ser muito menor que 15%, e a quantidade de
gás carbônico pode ser de um percentual muito maior. Assim, a diminuição de material
orgânico no solo aumenta o nível de equilíbrio de CO2 dissolvido na água presente no so-
lo. Este processo diminui o pH e contribui para formação de minerais de carbonato, parti-
cularmente carbonato de cálcio. O CO2 também dificulta o equilíbrio do processo pelo
qual as raízes absorvem íons metálicos do solo.
Os componentes inorgânicos do solo
O desgaste das rochas e minerais inorgânicos que compõem o solo contribui na formação
de colóides inorgânicos. Estes colóides são repositórios de água e nutrientes da planta
que estão disponíveis de acordo com suas necessidades. Colóides inorgânicos absorvem
freqüentemente substâncias tóxicas do solo, fazendo um papel de desintoxicação de
substâncias que, caso contrário, prejudicariam as plantas. A abundância e o tipo de mate-
rial coloidal inorgânico no solo são fatores importantes na determinação da produtividade
do solo.
A absorção dos nutrientes da planta através das raízes envolve freqüentemente intera-
ções complexas entre a água e as fases inorgânicas, este processo é influenciado forte-
mente pela estrutura iônica do material inorgânico do solo.
Os elementos mais comuns na crosta terrestre são oxigênio, sílica, alumínio, ferro, cálcio,
sódio, potássio, e magnésio. Assim, os minerais compostos destes elementos - particu-
larmente sílica e oxigênio - constituem a maior fração mineral da terra. Os componentes
minerais mais comuns do solo são divididos finamente em quartzo (SiO 2), ortoclásio (KAl-
Si3O8), epidote (4CaO.3(AlFe)2O3.6SiO2.H2O), geothite (FeO(OH)), magnetita (Fe3O2),
carbonatos de cálcio e magnésio (CaCO3 e MgCO3) e óxidos de manganês (MnO2) e titâ-
nio (TiO2).
4.1.5. Nitrogênio
Na maioria dos solos, mais de 90% do nitrogênio contido é orgânico. Este nitrogênio or-
gânico é, principalmente, o produto da biodegradação de plantas e animais mortos. Ele é
eventualmente hidrolisado à NH4+ (nitrogênio inorgânico), o qual pode ser oxidado à NO3-
(nitrogênio inorgânico) pela ação das bactérias presentes no solo.
O nitrogênio confinado no solo é especialmente importante para manter a fertilidade
do solo. Ao contrário do potássio ou fosfato, o nitrogênio não é um significante produto do
desgaste mineral. Uma das fontes de nitrogênio no solo é a atmosfera, o qual é transfor-
mado por bactérias fixadoras de nitrogênio através de um processo bioquímico:
3{CH2O} + 2N2 + 3H2O + 4H+ → 3CO2 + 4NH4+
No entanto, as bactérias fixadoras de nitrogênio não fornecem nitrogênio suficiente
para manter a fertilidade do solo. O nitrogênio inorgânico, proveniente de fertilizantes ou
da água da chuva, é freqüentemente perdido, em grande parte, pela lixiviação. O húmus
do solo, porém, serve como um reservatório do nitrogênio que as plantas necessitam.
O nitrogênio é um dos principais componentes das proteínas e da matéria viva. Plan-
tas e cereais cultivados em solos ricos em nitrogênio não somente rendem mais, como
também são freqüentemente ricas em proteínas e, conseqüentemente, mais nutritivas.
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4.1.6. Fósforo
Embora o percentual de fósforo nas plantas seja relativamente baixo, ele é um com-
ponente essencial às plantas. O fósforo, como o nitrogênio, deve estar presente em uma
forma inorgânica simples para que possa ser assimilado pelas plantas. Dentro de uma fai-
xa de pH, as espécies presentes na maioria dos solos são ortofosfatos, H 2PO4- e HPO42-.
O ortofosfato é mais disponível para as plantas em valores de pH perto da neutralida-
de. Acredita-se que em solos relativamente ácidos, os íons ortofosfatos são precipitados
ou absorvidos por espécies de Al3+ e Fe3+. Em solos alcalinos, o ortofosfato pode reagir
com carbonato de cálcio para formar um composto relativamente insolúvel:
3 HPO42- + 5CaCO3(s) + 2H2O -------> Ca5(PO4)3(OH) ↓ + 5HCO3- + OH-
4.1.7. Potássio
O potássio é essencial para o crescimento das plantas. O potássio ativa algumas en-
zimas e desempenha um papel importante no equilíbrio de água nas plantas. É também
essencial para algumas transformações de carboidratos. O rendimento de uma colheita
está diretamente relacionado com a quantidade de potássio presente no solo. Quando fer-
tilizantes de nitrogênio são adicionados ao solo para aumentar a produtividade, aumenta a
remoção do potássio. Sendo assim, o potássio pode se tornar um nutriente limitante em
solos fertilizados com grande quantidade de outros nutrientes.
O potássio é um dos elementos mais abundantes da crosta terrestre, cerca de 2,6%;
porém, muito desse potássio não está disponível para as plantas, pois geralmente se a-
presenta sob a forma de minerais (silicatos que contém o potássio, por exemplo - K2O .
Al2O3 . 4SiO2).
4.1.9. Fertilizantes
Fertilizante é um produto destinado para melhorar as condições nutritivas das plantas e a
produtividade do solo. As plantas necessitam de nutrientes como o nitrogênio, potássio e
fósforo, e uma das formas de obter esses nutrientes é através dos fertilizantes quando
depositados no solo. O nitrogênio mantém a fertilidade do solo, portanto, alimentos e plan-
tas cultivados em solos com nitrogênio são ricos em proteínas; o potássio é essencial pa-
ra o crescimento das plantas e o fósforo é um elemento essencial para todo tipo de plan-
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tas porque é um macronutriente importante, que a planta precisa para poder completar
seu ciclo produtivo.
Os fertilizantes a base de fósforo são obtidos a partir de rochas fosfáticas, principalmente
as apatitas-hidroxiapatita, Ca5(PO4)3OH, e fluoroapatita, Ca5(PO4)3F, pelo tratamento com
ácido sulfúrico. Assim, o fósforo está presente nestes fertilizantes na forma de superfosfa-
tos simples e triplos e contém basicamente fosfato monocálcico monohidratado
[Ca(H2PO4)2.H2O], e os fosfatos mono [NH4H2PO4] e diamônico [(NH4)2HPO4].
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4.2.2. Lixo
O lixo constitui-se de uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes proce-
dências, gerados por aglomerações urbanas ou processos produtivos, incluindo o resíduo
sólido urbano que é gerado em nossas residências. O IPT/CEMPRE (1995), define-o co-
mo restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores inúteis, indesejáveis ou
descartáveis. Normalmente apresenta-se em estado sólido, semi-sólido ou semilíquido
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O lixo urbano é constituído predominantemente por matéria orgânica e como tal sofre in-
tensa decomposição, permitindo a reciclagem. A decomposição pode ser feita por dois
processos: aeróbio e anaeróbio. A decomposição aeróbia é muito mais rápida, e os resí-
duos resultantes são: gás carbônico, sais minerais e alguns compostos orgânicos que,
mais resistentes à biodegradação, não chegam a se decompor totalmente. A decomposi-
ção anaeróbia, entretanto pode originar compostos nocivos, como gás sulfídrico, mercap-
tanas e outros compostos que podem ser tóxicos ou exalar mau cheiro.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada em 1989 pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e editada em 1991 (IPT/CEMPRE,
1995), "o brasileiro convive com a maioria do lixo que produz. São 241.614 toneladas de
lixo produzidas diariamente no país. De todo esse lixo, 76% fica a céu aberto (lixão), ape-
nas 24% recebe um tratamento mais adequado".
De acordo com Figueiredo (1995), 13% da parte do lixo que recebe algum tipo de trata-
mento ainda contamina lençóis freáticos, sendo depositados em aterros controlados, e
10% dos aterros sanitários, não são eficientes e nem possui um certo grau de qualidade
devido à necessidade constante de controle e manutenção, o que nem sempre acontece.
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4.4.2. Compostagem
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4.4.3. Incineração
Este tratamento é baseado na combustão (queima) do resíduo.
É um processo que demanda custos bastante elevados e a necessidade de um super e
rigoroso controle da emissão de gases poluentes gerados pela combustão.
Com o avanço da industrialização, a natureza dos resíduos mudou drasticamente. A pro-
dução em massa de produtos químicos e plásticos torna, hoje em dia, a eliminação do lixo
por meio da incineração um processo complexo, de custo elevado e altamente poluidor.
A incineração acaba gerando mais resíduos tóxicos, tornando-se uma ameaça para o
ambiente e a saúde humana.
Os incineradores não resolvem os problemas dos materiais tóxicos presente no lixo. Na
verdade, eles apenas convertem esses materiais tóxicos em outras formas, algumas das
quais podem ser mais tóxicas que os materiais originais.
As emissões tóxicas, que são liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos (ne-
nhum processo de incineração opera com 100% de eficácia), são constituídas por três ti-
pos de poluentes altamente perigosos: os metais pesados, os produtos de combustão in-
completa e as substâncias químicas novas, formadas durante o processo de incineração.
Inúmeras organizações internacionais de defesa ambiental, inclusive o Greenpeace, de-
fendem a implementação de estratégias e planos que promovam a redução, a reutilização
e a reciclagem de matérias, produtos e resíduos. A incineração não tem lugar em um futu-
ro sustentável.
A Convenção de Estocolmo, um tratado assinado por 151 países, inclusive o Brasil, tem o
objetivo de acabarem com a fabricação e utilização de 12 substâncias tóxicas, os chama-
dos "Doze Sujos". Entre elas, estão às dioxinas e os furanos, substâncias potencialmente
cancerígenas.
A Convenção classifica os incineradores de resíduos e os fornos de cimento para co-
geração de energia por meio da queima de resíduos, como sendo uma das principais fon-
tes de dioxinas, furanos e PCBs ("Polychlorinated Biphenuyls").
Além disso, recomenda o uso de tecnologias alternativas para evitar a geração desses
subprodutos. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) reportou
que os incineradores são a fonte de mais de 60% das emissões mundiais de dioxinas
A corrida desenfreada na produção de bens de consumo pelo ser humano associada à
escassez de recursos não renováveis e contaminação do meio ambiente, leva-o a ser o
maior predador do universo.
Este problema tem despertado no ser humano o pensar mais profundamente sobre a re-
ciclagem e reutilização de produtos que simplesmente seriam considerados inservíveis.
A reciclagem e a reutilização estão sendo vistas como duas importantes alternativas para
a redução de quantidade de lixo no futuro, criando com isso bons hábitos de preservação
do meio ambiente. O que nos leva a economizar matéria-prima e energia.
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a) Reduzir: implica em reduzir o consumo de tudo o que não nos é realmente neces-
sário. Isto significa rejeitar produtos com embalagens plásticas e isopor, preferindo
as de papelão que são recicláveis, que não poluem o ambiente e desperdiçam me-
nos energia.
c) Reciclar: é uma maneira de lidar com o lixo de forma a reduzir e reusar. Este pro-
cesso consiste em fazer coisas novas a partir de coisas usadas. A reciclagem re-
duz o volume do lixo, o que contribui para diminuir a poluição e a contaminação,
bem como na recuperação natural do meio ambiente, assim como economiza os
materiais e a energia usada para fabricação de outros produtos. Três setas com-
põem o símbolo da Reciclagem, cada uma representa um grupo de pessoas que
são indispensáveis para garantir que a reciclagem ocorra. A primeira seta repre-
senta os produtores, as empresas que fazem o produto. Eles vendem o produto pa-
ra o consumidor, que representa a segunda seta. Após o produto ser usado ele po-
de ser reciclado. A terceira seta representa as companhias de reciclagem que cole-
tam os produtos recicláveis e através do mercado, vendem de volta o material usa-
do para o produtor transformá-lo em novo produto.
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Reciclagem de papel
Tipos Cuidados
Folhas soltas, jornais, listas telefônicas, folhetos co- Devem estar limpos, secos e de preferência não
merciais, revistas, papéis de embrulho, caixas de pa- amassados. As caixas devem estar desmonta-
pelão, caixas longa vida, das.
Papel e absorvente higiênico, papel plastificado, metalizado, parafinado, fotografia, etiquetas, papel
de fax ou carbono não devem ser colocados junto a esse material!
Reciclagem de vidro
Tipos Cuidados
Devem estar limpos, podem estar inteiros ou
Garrafas, copos, potes, cacos de vidro, lâmpadas
quebrados. Se quebrados, devem ser embalados
incandescentes e frascos
em papel grosso (jornal).
Vidros planos, do tipo pirex e similares, pratos, espelhos, cristais, ampolas de remédios e cerâ-
micas não devem ser colocados junto a esse material!
Reciclagem de plástico
Tipos Cuidados
Embalagens, garrafas tipo "PET", sacos, brinque-
dos, utensílios domésticos, canos, potes em ge- Devem estar limpos e sem tampa.
ral.
Fitas adesivas não devem ser colocadas junto a esse material!
Reciclagem de metais
Tipos Cuidados
latas, objetos de alumínio, cobre, latão, chumbo, Devem estar limpos. As tampas devem ser pres-
bronze, ferro ou zinco e pequenas sucatas. sionadas para dentro. Podem estar amassados.
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5.1. Planejamento
Planejamento é a elaboração de um roteiro para realização de determinada tarefa. Ao co-
letar, deve-se realizar um planejamento para obter uma amostra representativa e resulta-
dos satisfatórios dentro da realidade da amostragem. Um bom planejamento de amostra-
gem inclui:
a) metodologia de coleta;
b) tipos de amostras (simples ou composta);
c) pontos de amostragem;
d) tempo de coleta;
e) preservação;
f) transporte;
g) equipamentos necessários;
h) coletor bem treinado;
i) parâmetros a serem analisados.
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Indústria Parâmetros
Amônia, Coliformes Fecais e Totais, Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-
Abatedouros e Frigoríficos
Orgânico, Nitritos, Nitratos, Óleos e Graxas, Surfactantes.
Açúcar e Álcool Óleos e Graxas, Surfactantes.
Amônia, Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos,
Alimentícia
Óleos e Graxas.
Amianto Cromo Total, Fosfatos, Óleos e Graxas, Sulfatos, Zinco.
Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo Hexavalente , Cromo Total,
Estanho, Fenol, Ferro Solúvel, Níquel, N-Total, N-Amoniacal, N-
Automóveis
Orgânico, Nitritos, Nitratos Óleos e Graxas, Solventes Aromáticos (BT-
XE), Solvenes Halogenados, Sulfatos, Surfactantes, Zinco.
Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo Total, Ferro Solúvel, Fosfatos, Níquel,
Baterias Óleos e Graxas, Solventes Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados, Sul-
fatos, Sulfetos, Surfactantes, Zinco.
Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Óleos e
Bebidas
Graxas, Surfactantes
Chumbo, Cromo Total, Óleos e Graxas, Solventes Aromáticos (BTXE),
Borracha
Solv. Halogenados, Sulfetos, Surfactantes, Zinco.
Amônia, Fenol, Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Ni-
Celulose e Papel tratos, Óleos e Graxas, Solvente Aromáticos (BTXE), Solventes Haloge-
nados, Sulfatos, Sulfetos, Surfactantes, .
Cereais Óleos e Graxas.
Arsênio, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo Hexav. , Cromo Total, Esta-
Componentes Eletro-
nho, Ferro Solúvel, Fluoretos, Óleos e Graxas, Selênio, Solventes Aro-
Eletrônicos
máticos (BTXE), Solventes. Halogenados.
Concreto, Cal, Cimento e Cromo Total, Ferro Solúvel, Fosfatos, Óleos e Graxas, Sulfatos, Sulfe-
Gesso tos, Zinco.
Colif. Fecais e Totais, Cromo Total, Mercúrio, N-Total, N-Amoniacal, N-
Curtumes Orgânico, Nitritos, Nitratos, Óleos e Graxas, Solventes Aromáticos (BT-
XE), Solv. Halogenados, Sulfatos, Sulfetos, Surfactantes, .
Estação de Trat. de Água – Alumínio, Colif. Fecais e Totais, Ferro Solúvel, Óleos e Graxas, Solven-
ETA tes Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados.
Alumínio, Amônia, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Colif. Fecais e To-
tais, Cromo Total, Fenol, Ferro Solúvel, Fosfatos, Mercúrio, Níquel, N-
Estação de Tratamento de
Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Óleos e Graxas, Sol-
Esgoto – ETE
ventes Aromáticos BTXE, Solv. Halogenados, Sulfatos, Sulfetos, Surfac-
tantes, Zinco.
Alumínio, Amônia, Arsênio, Cádmio,Cromo Total, Ferro Solúvel, Fluore-
Fertilizantes tos, Fosfatos, Manganês, Mercúrio,N-Total,N-Amoniacal,N-Orgânico,
Nitritos, Nitratos, Óleos e Graxas,Sulfatos , Sulfetos, Zinco.
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Indústria Parâmetros
Chumbo, Cromo Hexav., Cromo Total, Fenol, Ferro Solúvel, Manganês,
Fundição de Ferro
Níquel, Óleos e Graxas, Prata, Zinco.
Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo Hexav, Cromo Total, Estanho,
Ferro Solúvel, Fosfatos, Manganês, Mercúrio, Níquel, Óleos e graxas,
Galvanoplastia
Prata, Solv. Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados, Sulfatos, Sulfetos,
Surfactantes, Zinco.
Colif. Fecais e Totais, Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitri-
Laticínios
tos, Nitratos, Óleos e Graxas, Surfactantes.
Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Fenol, Fosfatos, N-Total, N-
Materiais Plásticos e Sintéti-
Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Oleos e Graxas, Solv. Aromá-
cos
ticos (BTXE), Solv. Halogenados, Sulfatos, Zinco.
Alumínio, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cromo Hexav., Cromo Total, Es-
Metalúrgicas tanho, Fenol, Ferro Solúvel, Fluoretos, Fosfatos, Níquel, Óleos e Gra-
xas, Prata, Solv. Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados, Zinco.
Mineração Bário, Fenol.
Arsênio, Cromo Total, Óleos e Graxas, Solv. Aromáticos (BTXE), Solv.
Móveis de Madeira
Halogenados.
Amônia, Chumbo, Cobre, Cromo Total, Fenol, Ferro Solúvel, Fosfatos,
N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Oleos e Graxas,
Petroquímica e Refinaria
Solv. Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados, Sulfatos, Sulfetos, Surfac-
tantes, Zinco.
Chumbo, Cromo Total, Ferro Solúvel, Fluoretos, Fosfatos, Níquel, Oleos
Porcelana
e Graxas, Solv. Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados, , Zinco.
Alumínio, Cianeto, Cromo Total, Cobre, Fluoretos, Estanho, Fenol, Ferro
Processamento de Alumínio
Solúvel, Mangânes, Níquel, Óleos e Graxas, Sulfatos, Zinco.
Chumbo, Cobre, Cromo Total, Ferro Solúvel, Níquel, Óleos e Graxas,
Processamento de Cobre
Zinco.
Produção de Óleos e Vege- Amônia, Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos,
tais Oleos e Graxas.
Amônia, Fosfatos, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos,
Produtos Farmacêuticos
Oleos e Graxas, Solv. Aromáticos (BTXE), Solv. Halogenados.
Alumínio, Arsênio, Boro, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cromo Total, Ferro
Produtos Inorgânicos Solúvel, Fluoretos, Fosfatos, Mercúrio, N-Total, N-Amoniacal, N-
Orgânico, Nitritos, Nitratos, Oleos e Graxas, Sulfatos, Sulfetos.
Amônia, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo Total, Estanho, Fe-
nol, Ferro Solúvel, Fosfatos, Manganês, Mercúrio, Níquel, N-Total, N-
Produtos Orgânicos
Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Oleos e Graxas, Solv. Aromá-
ticos (BTXE), Solv. Halogenados, Zinco.
Amônia, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cromo Total, Estanho, Fenol, Ferro
Siderúrgica Solúvel, N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Oleos e
Graxas, Sulfatos, Sulfetos, Zinco.
Arsênio, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo Total, Estanho, Fe-
Têxteis nol ,Ferro solúvel, Níquel, Òleos e Graxas, Solv. Aromáticos (BTXE),
Solv. Halogenados, Sulfatos, Sulfetos, Surfactantes, Zinco.
Vegetais e Frutas Enlatadas N-Total, N-Amoniacal, N-Orgânico, Nitritos, Nitratos, Óleos e Graxas .
Cádmio, Chumbo, Cianeto , Cobre, Cromo Total, Estanho, Fenol, Ferro
Vidro e Cerâmica Solúvel, Fluoretos, Manganês, Mercúrio, Óleos e Graxas, Prata, Sulfatos
e Zinco.
6. Referência Bibliográfica
6.1. BARD, C - Química Ambiental – 2ª edição, Bookman Companhia Editora, 2002
6.2. AGUDO, E. G e ali – Guia de coleta de amostras – 1ª edição – CETESB, 1988
6.3. Site http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/ acessado em 02/02/2010
6.4. Site http://www.cetesb.sp.gov.br/ acessado em10/02/2010
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