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A PRÁTICA EDUCATIVA

Antoni Zabala
Prática Educativa – unidades de
análise
 Buscar competência em seu ofício é característica de
qualquer bom profissional.
 Modelo de interpretação que contrapões àquele que o
professor é um aplicador de fórmulas herdadas da
tradição fundamentando se no pensamento prático e na
capacidade reflexiva do docente.
 Recomenda-se constante avaliação do profissional em
uma perspectiva processual as fases do planejamento,
aplicação e avaliação, devem assegurar um sentido
integral às variáveis metodológicas que caracterizam as
unidades da intervenção pedagógica.
A função social do ensino e da
concepção sobre os processos de
aprendizagem
 A finalidade da escola é promover a formação
integral dos alunos – crítica as ênfases
atribuídas ao aspecto cognitivo.
 Aprendizagem se dá através das experiências
vividas.
 Reflexão profunda - condição de cidadania
dos alunos e em que contexto social vivem.
 Conteúdos da aprendizagem – seus
significados vão além da questão de ensinar, a
indagação é para que ensinar?
Tipologias da Aprendizagem
 Para se ensinar devem ser abordadas as dimensões das
tipologias de aprendizagem:
 Factual ou conceitual (O que se deve aprender?)
 Procedimental ( O que se deve fazer?)
 Atitudinal (Como se deve ser?)
 A concepção de aprendizagem deve se deter em como
os alunos aprendem, baseado nos aspectos da
diversidade.
 Construtivismo é eleito como concepção metodológica
em virtude da validação dos princípios psicopedagógicos:
esquemas de conhecimento, nível de desenvolvimento,
conhecimentos prévios e aprendizagem significativa.
As variáveis metodológicas da
intervenção na aula
 Sequências didáticas
 Papel do professor
 Organização social da aula
 Utilização do espaço e tempo
 Maneira de organizar os conteúdos
 Materiais curriculares
 Sentido e papel da avaliação
Referencias para análise da
prática
 Finalidades, propostas e objetivos: pontos de
partida.
 Função do conhecimento das disciplinas e das
matérias: a função social do ensino constitui, a
fonte sociológica da análise.
 Concepção dos processos de ensino –
aprendizagem: fonte psicológica e didática.
 Condicionantes do contexto educativo.
Papel dos objetivos: indicar as capacidades que
se pretende desenvolver com os educandos.
As sequências didática e as
sequências de conteúdos

 A ordenação articulada das atividades é


o elemento diferenciador das
metodologias.
 Não dar ênfase a uma única tipologia
Relações interativas na sala de aula:
o papel do professor e do aluno.
 O valor das relações que se estabelecem entre
professores, alunos e os conteúdos n processo, ensino
aprendizagem sobrepõe as sequências didáticas.
 Dentro da concepção construtivista, o papel dos
professores e alunos e as suas relações estabelecem
uma interação direta entre eles.
 O professor possui funções nessa relação: o
planejamento e a aplicação, levar em conta as
contribuições do aluno, auxilia-los a encontrar sentido no
que fazem, estabelecer metas, oferecer ajuda, exigir dos
alunos análise, síntese e avaliação do trabalho, facilitar a
auto estima e auto-conceito, promover comunicação
entre professor/aluno, aluno/aluno; potencializar a
autonomia e avaliar o aluno conforme o esforço.
Conteúdos procedimentais e
atitudinais
 Procedimentais: perceber e criar
condições adequadas às necessidades
específicas de cada aluno
 Atitudinais: articular ações formativas,
para se aprender é preciso viver, por
isso trabalhar conteúdos atitudinais é
difícil.
Organização Social da Classe
 Analisar as diferentes formas de organização
social dos alunos vivenciadas na escola:
 Duas características: homogeneidade e
heterogeneidade
 Levar em conta o tipo de aprendizagem que
esta sendo levado pelos alunos e os objetivos
expressos pela própria escola.
 Importância de reorganizar os alunos.
 A organização social da classe tem relação
direta com a aprendizagem.
Organização dos conteúdos
 Ao longo da história os conhecimentos foram alocados
em disciplinas, em uma lógica da organização curricular.
 Métodos globalizadores: rompem com a organização por
unidades centradas exclusivamente em disciplinas
 Zabala defende a organização dos conteúdos nesses
métodos, pois há uma capacidade de compreensão da
realidade manifesta globalmente.
 Por isso recomenda: possibilidades de trabalho com
centros de interesse (Decroly), método de projetos
(Kilpatrick), estudo do meio e projetos de trabalhos
globais
 Temas transversais
Materiais Curriculares e outros
recursos didáticos
 São instrumentos que proporcionam
referências e critérios para tomar decisões: no
planejamento, no processo ensino
aprendizagem e na avaliação.
 Materiais curriculares para conteúdos
conceituais: quadro negro/audiovisuais e livros
didáticos; conteúdos procedimentais: textos,
dados estatísticos, revistas e jornais;
conteúdos atitudinais: vídeos e textos em
debate.
Avaliação
 Por que temos que avaliar?
 Entender qual deve ser o objeto da avaliação e o sujeito da
avaliação. – Idéia de que avaliação é somente para o aluno
como sujeito que aprende, propõe também uma avaliação para
o professor que ensina.
 Por isso avaliação reguladora, não formativa, por acompanhar
o processo de ensino.
 O que avaliar propõe conceitos, procedimentos e atitudes.
 Procedimentos só podem ser avaliados enquanto um saber
fazer.
 Atitudes implica na observação das mesmas em diferentes
situações, ao que não se é dado o devido valor.
 O médico não possui instrumento para medir a dor, o enjôo, o
stress, nem por isso deixa de diagnosticar ou medicar.
Considerações Finais

 Prática Educativa: problematização de


vivências, inclusão dos alunos,
organização das condições de ensino e
aprofundamento significativo e integral
dos conteúdos nas três dimensões.

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