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Todas as questões estão relacionadas à petição abaixo. Portanto, leia com atenção a petição inteira
antes de começar a responder.
Para ter certeza da resposta, é importante voltar ao texto e observar onde os recortes das frases
foram feitos.
Responda a caneta.
I – FATOS
Na data de 01 de janeiro de 2009, por volta das 11:30 horas da manhã, o autor trafegava
com seu veículo Ford/Fiesta, placa IJM2771, pela Rua Pedro Hammarstron, no sentido sul-norte.
No entanto, ao atravessar aproximadamente dois terços da rótula para entrar na Av. Getúlio
Vargas, foi abalroado pelo veículo Dodge Dakota Esport 3.9, placa HWG 9006, conduzido pelo
réu.
Com o impacto, o veículo do autor foi arremessado em direção à Av. David José Martins,
consoante croqui em anexo, elaborado pelos agentes de trânsito que assistiram ao acidente.
Após ter atingido o veículo do autor, o réu, sem controle, avançou ainda contra o
caminhão M. Benz de propriedade do Sr. Rodrigo Boefe, o qual estava parado na Av. Getúlio
Vargas, aguardando o momento de ingressar na rótula.
Com a colisão, o veículo do autor sofreu os danos descritos na ocorrência lavrada pelos
agentes de trânsito e no boletim de ocorrência policial anexos.
As fotografias anexas também demonstram o estado no qual o veículo do autor ficou após o
acidente.
O conserto dos danos acima referido foi orçado em R$ 7.488,60 (sete mil, quatrocentos e
oitenta e oito reais com sessenta centavos) e R$ 7.800,00 (sete mil e oitocentos reais), por duas
empresas com atuação nesta comarca, inobstante documentos anexos.
Em contato com o réu para composição amigável do litígio, não houveram quaisquer
acordos, tendo o réu evitado novos contatos com o autor, não atendendo celular e tampouco
retornando aos recados por este último deixados em sua caixa de mensagens. Em virtude disso, o
autor procedeu ao reparo do veículo, por conta própria, na oficina que ofereceu o melhor preço,
qual seja, R$ 7.488,60 (sete mil, quatrocentos e oitenta e oito reais com sessenta centavos),
consoante notas fiscais anexas.
Diante dos fatos narrados, a tutela jurisdicional é o caminho que resta ao autor para ver-se
indenizado pelos danos materiais que sofreu em função do acidente cuja causa está na não
observância das regras de trânsito pelo réu, como se demonstrará.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICO-LEGAIS
De acordo com o art. 29, inciso III, alínea "b", do Código de Trânsito brasileiro, o veículo
que circula pela rotatória tem preferência de passagem, transitando os veículos por fluxos que se
cruzem.
Nesse sentido, o croqui do abalroamento sofrido pelo veículo do autor (veículo 2),
elaborado pelos agentes de trânsito que atenderam à ocorrência, não deixa dúvidas no sentido de
demonstrar que o autor já havia ingressado na rótula, tendo percorrido mais de dois terços da
mesma (PI) quando foi atingido pelo veículo do réu (veículo 3), o que fez com que mudasse sua
trajetória, tendo ido parar do outro lado da rotatória, ao passo que o veíuclo do autor acabou
colidindo, posteriormente, com o caminhão que se encontrava parado para ingressar na rótula
(veículo 1). Vejamos:
Ora, age com culpa o condutor do veículo que atravessa a rotatória sem respeitar a
sinalização – e nesse sentido o croqui deixa claro a existência de sinalização da rotatória no local,
exigindo velocidade máxima de 30 km/h –, vindo a colidir com veículo que trafegava pela
preferencial, revelando desatenção ao trânsito que lhe precedia.
Além disso, a localização dos danos no veículo do autor, que denota a dinâmica do acidente,
indica que ele já estava em meio à manobra, no interior da rotatória, tendo-a já praticamente
ultrapassado, quando foi atingido, na parte frontal de seu veículo, pelo automóvel do réu, que não
observou o dever de cuidado e a preferência do veículo que já transitava na rotatória.
Quanto à culpa do réu, consubstanciada na sua desatenção ao trânsito e à sinalização, resta
evidenciada no relato prestado aos agentes de trânsito, em função da ocorrência anexa:
Ou seja, não agiu o réu de acordo com as prescrições do Código de Trânsito brasileiro e
tampouco observou a sinalização de trânsito existente no local, pois confirma não ter avistado o
veículo do autor.
Além disso, o fato de ter o réu perdido o controle após abalroar o veículo do autor, vindo a
colidir com o caminhão de propriedade do Sr. Rodrigo Boefe, denota que a velocidade com a
qual trafegava o réu era em muito superior àquela permitida no local dos fatos (30 km/h).
Resta, portanto, comprovada a culpa exclusiva do réu, que não observou as regras de
trânsito, assumindo o risco de acarretar a colisão, ao promover manobra de ingresso na rótula sem
observar o veículo do réu, que já se encontrava na rótula.
Não resta dúvida, portanto, que a responsabilidade pelo sinistro foi do veículo do réu,
devendo este arcar com os prejuízos materiais ocasionados ao autor, os quais, nos termos dos
orçamentos anexos, apresentam-se em valores razoáveis e compatíveis com os danos
demonstradas nas fotografias acima.
Ademais, incide no presente caso a norma do art. 186 do Código Civil, que preceitua que
toda pessoa que, "por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Como conseqüência da prática de ato ilícito, o ordenamento civil brasileiro impõe o dever
de indenizar, embora o disposto no art. 927 do Código Civil, sendo que o valor da indenização,
nos termos do art. 944 do referido Diploma Legal, mede-se pela extensão do dano.
Nesse sentido, o valor a ser ressarcido pelo réu ao autor é aquele apontado pelo orçamento
de menor valor, qual seja, R$ 7.488,60 (sete mil, quatrocentos e oitenta e oito reais com sessenta
centavos), relativo ao conserto do veículo.
O entendimento do E. Tribunal de Justiça riograndense, não discrepa da pretensão
indenizatória do autor, vejamos:
IV – DOS REQUERIMENTOS:
Ante o exposto, REQUER:
- ao recebimento e ao processamento da presente na forma da lei;
- a citação do réu no endereço declinado no intróito para que apresente resposta, querendo, sob
pena de confissão e revelia;
- a produção de todas as provas que se fizerem necessárias para o deslinde do processo, em
especial o depoimento testemunhal (rol abaixo), a prova documental e pericial;
- a concessão do benefício da assistência jurídica gratuita, por ser pessoa pobre na acepção
jurídica do termo, não dispondo de condições financeiras para arcar com as despesas processuais,
custas e honorários, consoante declaração e documentos comprobatórios anexos.
4. Regência verbal diz respeito à relação estabelecida entre o verbo e os termos que os
complementam (objeto direto ou indireto) ou o caracterizam (adjunto adverbial).
Considere as seguintes frases:
I) JOÃO DA SILVA, brasileiro, solteiro, professor, inscrito no CPF sob o n. 670.670.770-87,
domiciliado na Rua João Correia, n. 1636, apto. 301, Edifício Solar, São Leopoldo – RS [...]
II) Em virtude disso, o autor procedeu ao reparo do veículo, por conta própria, na oficina que
ofereceu o melhor preço [...]
III) Com o impacto, o veículo do autor foi arremessado em direção à Av. David José Martins,
consoante croqui em anexo, elaborado pelos agentes de trânsito que assistiram ao acidente.
IV) a procedência dos pedidos, com a condenação do réu para pagar o requerente no valor de
R$ 7.488,60 [...]
5. Vimos que para um texto manter coerência e coesão são necessários elementos de ligação, que
“costuram” as ideias apresentadas no texto, levando o leitor a determinada interpretação, de
acordo com a intenção do autor. Quando as conjunções são utilizadas de forma equivocada,
temos correlações mal estruturadas. Indique uma conjunção que une dois períodos de forma
equivocada.
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