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Doril, o viajante

Mesmo em sua infância nas ruas da Lua Argêntea o pobre Doril não gostava
de roubar ou ir contra as regras da sociedade, ele sentia como se algo
estivesse lhe dizendo que deve ser melhor do que aqueles que o acossavam e
desprezavam. Para se sustentar, o garoto pequeno aprendeu a encantar a
todos com suas palavras, palavras que trocava por alimentos e os dividia com
seus colegas para que os mesmos não acabassem seguindo meios agressivos
para sobreviver.
Conforme crescia e melhorava suas habilidades, acabou por descobrir um
templo em uma certa manhã e a luz do sol fascinava-o enquanto refletia nos
vitrais. Todas as noites, o garoto decidia dormir à porta do templo para poder
apreciar o espetáculo. Um dos responsáveis pela manutenção do templo
reparou a criança e o observou por dias, semanas...até que após o brilho do sol
da manhã o pregador se aproximou e lhe perguntou o que fazia todos os dias
naquele local.
O garoto respondeu que não sabia, mas que havia algo hipnotizante e que lhe
clareava a mente em ver a luz da manhã, o clérigo lhe explicou então sobre o
deus que fornecia essa beleza ao mundo e o convidou para cear junto aos
outros do templo. Durante o dia percebeu as várias atividades que o clero fazia
durante o dia, e pediu ansioso que pudesse participar e foi aceito.
O garoto cresceu estudando e treinando a arte do combate com os outros,
aprendeu que a força pode ser usada para evitar violência, tal como a palavra,
aprendeu a palavra do Deus da manhã e sobre o arcano. Um dia o templo foi
invadido por bandidos, e os monges lutaram até sua última gota de sangue,
quando o mestre do templo percebeu que não haveria como vencer a violência
neste dia, ele pediu ao jovem aprendiz: - Doril, hoje a violência pode ter
ganhado, mas viva e mostre que o punho da paz é mais forte. Vá e mostre a
palavra de Lathander àqueles que precisam.
Enquanto o jovem corria e chorava pela dor de seus amigos, ele fez um voto
contra o sofrimento enquanto segurava o símbolo de Lathander. Ao alcançar
uma distância segura, ele finalmente olhou para trás... e a dor lhe consumiu por
muitos outros dias quando percebeu que o bando que atacou o templo eram
seus antigos colegas da rua que sem sua ajuda, não tiveram opção viável de
sobrevivência e acabaram se tornando bandidos.
Anos se passaram e o homem formado seguiu para longe de sua cidade, em
direção ao oeste para tentar mostrar o caminho da paz.

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