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1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
2. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 13
3. OBJETIVOS...................................................................................................................... 14
4.5.6. Incineração.......................................................................................................... 28
5. METODOLOGIA ............................................................................................................. 36
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6. RESULTADOS ................................................................................................................. 54
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 96
1. INTRODUÇÃO
com enorme rapidez. Como consequência tem-se o manejo inadequado dos resíduos sólidos
(tanto pela população quanto pela administração municipal), que é, em muitos casos, o
responsável pela poluição ambiental e redução da qualidade de vida nas cidades brasileiras.
Exemplos desta gestão ineficiente são os inúmeros episódios em que a ausência de tratamento
e a disposição inadequada dos resíduos provocam principalmente a contaminação do solo e
das águas subterrâneas. (MASSUKADO, 2004).
Barros (2012) salienta que, constatada a precariedade da situação dos Resíduos
Sólidos, como por exemplo a destinação final, um dos principais problemas ambientais do
mundo, alternativas se impões visando a melhorar a gestão, aumentando sua eficiência,
diminuindo seus custos e colaborando para a preservação do meio ambiente.
Neste contexto, novas alternativas devem ser abordadas, colocando em prática metas e
prognósticos discutidos atualmente. Todavia, para que as estratégias de tecnologia tenham
eficácia, devem-se abordar também as análises ambientais de cada processo no que diz
respeito ao gerenciamento dos resíduos.
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2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com a definição proposta na norma técnica ABNT NBR 10.004 (2004),
resíduos são todos aqueles materiais nos estados sólido e semissólido, que resultam das
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de
varrição. Também são considerados resíduos os líquidos cujas particularidades tornem
inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água e que necessitem
tratamentos muito complexos e não tradicionais. Segundo Monteiro et al. (2001) a origem do
resíduo é o principal elemento para a sua caracterização.
A composição dos resíduos também é considerada, de modo que se compare a
constituição com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e meio ambiente
seja conhecido. A identificação das substâncias presentes é estabelecida de acordo com as
matérias-primas, insumos e processos que deram origem a determinado produto residual.
Nas atividades de limpeza urbana, os tipos doméstico e comercial constituem o
chamado lixo domiciliar, que, junto com o lixo público, representam a maior parcela dos
resíduos sólidos produzidos nas cidades. Almeida et al. (2000) definem o resíduo domiciliar
como aquele originado na vida diária das residências, constituído de restos de alimentos,
produtos deteriorados, jornais/revistas, garrafas, embalagens, papel higiênico e um grande
variedade de outros. Monteiro et al. (2001) citam a classificação extra de lixo domiciliar
especial, grupo que compreende os entulhos de obras, pilhas e baterias, lâmpadas
fluorescentes e pneus. Na maioria destes casos, os resíduos são classificados como domiciliar
especial por exigirem alguma atenção especial no seu acondicionamento, transporte e
disposição, seja esta devido a substâncias tóxicas, volume difícil de gerenciar ou grande
quantidade de geração.
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Conforme ilustrado na Figura 03, a cadeia de impacto liga uma troca ambiental com
um endpoint, que seria o impacto final que a atividade gera no meio em que está inserida. Um
exemplo de troca é emissão de gases Clorofluorcarbono (CFC), que causa depleção da
camada de ozônio na estratosfera (midpoint), resulta em aumento dos níveis de radiação
(midpoint) e que eventualmente causa a morte de certo número de pessoas por câncer de pele
(endpoint). Midpoint refere-se a todos os elementos no mecanismo ambiental de uma
categoria de impacto que estão entre as trocas ambientais e os endpoints. (TAKEDA, 2008).
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mineral), degradação de áreas pela disposição de resíduos, aquecimento global (CO e CO2),
acidificação e prejuízo à saúde humana (NO2 e SO2).
Gomes (2008), em sua tese sobre gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos, com
base no método CML-guide (1992), adotou os seguintes critérios para categorias de impacto:
Potencial de Aquecimento Global (PAG – ton CO2 eq Ano-1);
Potencial de Acidificação (PA – ton SO2 eq Ano-1);
Potencial de Eutrofização (PE – ton PO43-eq Ano-1);
Toxicidade Humana (TH – ton tecido contaminado Ano-1);
Ecotoxicidade Aquática (ECA – m³ água poluída Ano-1).
Através destas informações, Gomes (2008) calculou as categorias de impactos
ambientais relevantes e comparou cada qual nos cenários específicos, verificando a
contribuição de cada substância.
Soares (2011) destaca que este método de utilização das categorias de impactos e
fatores de equivalência é aquele com maior aceitabilidade, por representar efeitos ambientais
potenciais de produto em categorias relevantes.
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4.5.1. Acondicionamento
Nesta etapa deve haver o preparo dos resíduos sólidos para a coleta de forma sanitária
e ambientalmente adequada. (MONTEIRO et al., 2001) O acondicionamento e
armazenamento adequado evita acidentes, proliferação de vetores, minimiza o impacto visual
e olfativo e facilita a realização da etapa da coleta. (MASSUKADO, 2004)
Além disso, a ausência desta etapa pode acarretar graves problemas, uma vez que, ao
não acondicionar adequadamente os resíduos, a população encontrará outras formas para
descarte, ambientalmente inadequadas. Strauch (2008) destaca que a disposição irregular de
resíduos no ambiente contribui a um aumento de áreas contaminadas, considerando-se
problemas ambientais em solos e corpos hídricos. Desta forma, além de um custo ambiental
bastante significativo, o problema da disposição inadequada interfere também em custos
econômicos para recuperação destas áreas.
Strauch (2008) destaca que as tecnologias de tratamento podem estar fora do ciclo dos
materiais, ou seja, sem aproveitamento de nada do que o resíduo fornece, visando apenas sua
redução ou estabilização, ou podem fazer parte do ciclo de materiais, através do
aproveitamento energético ou de material. No tratamento do rejeito de resíduo urbano, o
objetivo principal é reduzir o risco advindo de aterros, onde o resíduo biologicamente ativo
produz gases e chorume.
Todavia, a meta final da reciclagem dificilmente é, ou poderá ser, alcançar 100%, pois
não seria racional nem do ponto de vista econômico como também do ponto de vista
ambiental. Strauch (2008) lembra que os custos por tonelada de material reciclado aumentam
de acordo com o percentual reciclado, e os impactos ambientais seguem a mesma tendência.
O autor cita que pode se mostrar fácil e barato recolher o papel descartado no centro da
cidade, por exemplo, onde as pessoas podem separar e ele se encontra aglomerado. No
entanto, aumentando-se os percentuais de reciclagem (próximos de 100%), torna-se
necessário coletar e segregar adequadamente uma pequena quantidade que pode estar em um
ponto distante, gastando mais combustível do que o papel poderá render de economia
energética. Outra limitação também diz respeito à possibilidade técnica de separar frações de
diferentes resíduos. O estudo de ACV contribui, todavia, para auxiliar a tomada de decisões
estratégicas desta natureza. (BRASIL, 2010)
O alto custo do beneficiamento de recicláveis tem provocado negligência por parte das
indústrias que lidam com sucata, manipulando os materiais sem empregar tecnologia limpa de
processamento. Assim, sem os devidos cuidados, o processo de beneficiamento do material
reciclável pode ser altamente prejudicial ao meio ambiente, muito mais do que se fosse
disposto em aterros sanitários. (MONTEIRO et al., 2001)
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4.5.5. Compostagem
4.5.6. Incineração
Lixões
O lixão, ainda muito comumente utilizado, apesar de ser proibido, é uma forma
inadequada de disposição final utilizada pelos municípios, e se caracteriza pela simples
descarga destes sobre o solo, sem qualquer proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.
(ALMEIDA et al., 2000)
Em termos ambientais, os lixões agravam a poluição do ar, do solo e das águas, além
de provocar poluição visual. Além disso, problemas sociais e econômicos desencadeam-se
através da utilização de lixões a céu aberto. (FEAM, 2010)
A figura 07 ilustra os principais impactos ambientais causados pelos lixões.
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Neto (2007) destaca, em seu trabalho desenvolvido por ICV em gerenciamento RSU
de um pequeno município no estado de Rio Grande do Sul, que o principal fator impactante
ao estudo foi o lixão do município, justamente por não possuir qualquer medida que possa vir
a minimizar o impacto ambiental gerado. Além disso, a emissão de poluentes atmosféricos e
aquosos é extremamente intensa e ocorre em maior escala nos lixões do que em qualquer
outra etapa do gerenciamento.
Aterros Controlados
Aterros Sanitários
Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos - Versão pós Audiência e Consulta Pública,
citado em ABRELPE (2012).
A região Sul do Brasil é responsável pela geração de 14,5% dos Resíduos Sólidos
Urbanos totais no Brasil. Este percentual representa aproximadamente 21 mil toneladas por
dia. O índice de geração de resíduos da população brasileira em geral é de 0,89
kg/habitante/dia (ABRELPE, 2011).
habitantes poderia gerar energia elétrica para suprir a demanda de energia de uma população
de trinta mil habitantes. (CALDERONI, 2001 apud STRAUCH, 2008).
Na destinação final, pode ser possível gerar 330kwh de energia elétrica por tonelada
disposta em aterro através da queima de biogás (Flare). Em média, a geração de gás para
recuperação seria equivalente a 200 m³ por tonelada de resíduo, sendo destes 100 m³ de gás
metano (CH4). Considerando a densidade do gás metano de 0,7 kg/m³, obtém-se uma
quantidade de 70 kg de gás por tonelada de resíduo. (JOHANNESSEN, 1999 apud
STRAUCH, 2008)
Todavia, uma das grandes problemáticas em aterros sanitários é a geração de chorume,
efluente que percola as camadas de resíduos originado das águas pluviais, e que apresenta
potencial poluidor agressivo.
assumindo uma coleta seletiva que possa atingir 36% dos resíduos, sendo destes 18% à
reciclagem material e 18% à reciclagem orgânica. Dos 64% restantes, pressupôs que, a partir
de tratamento mecânico-biológico, 18% seriam enviados para compostagem, 30% para CDR
(combustíveis derivados de resíduos), 6% para reciclagem material e 10% a aterros. Por fim,
no último cenário, Gomes (2008) sugeriu uma estratégia de alternativa com a introdução de
tratamento térmico. Além disso, destacou-se que resíduos destinados a tratamento biológico
são sujeitos a compostagem doméstica e municipal, ao invés de compostagem centralizada.
Bovea e Powell (2006) trabalharam com modelagem de um cenário atual e quatro
cenários de projeção, considerando a recuperação de recicláveis, recuperação de resíduos
orgânicos e reaproveitamento energético dos gases gerados. Hong et. al. (2010) relacionaram
os cenários de aterro, incineração e compostagem aeróbia.
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5. METODOLOGIA
Vera Cruz está localizada na região do Vale do Rio Pardo, distante 166 quilômetros da
capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Sua altitude média é de 68 metros em relação ao
nível do mar. O município tem uma área de 310 quilômetros quadrados. Sua latitude é
29º42’53” Sul e longitude 52º30’20” Oeste e está localizada no Centro Oriental Rio-
grandense.
A seguir, na tabela 03, tem-se a população do município no decorrer dos últimos anos.
ln P1 ln P0
Kg (1)
t1 t0
K g .(t t0 )
Pt P0 .e (2)
(SPERLING, 2005)
Onde:
kg= constante geométrica de crescimento populacional
pt = população estimada
p0= população atual
t0 = tempo inicial
t = tempo projetado
Através de contato com a Prefeitura Municipal de Vera Cruz, foi possível obter
registros de toda a movimentação de resíduos gerados ao aterro sanitário da Empresa Sil –
Soluções Ambientais, e, desta forma, sintetizar as quantidades geradas nos últimos sete anos,
conforme tabela 04.
Através destes dados, foi calculada taxa média de crescimento na geração de resíduos
sólidos urbanos pela população.
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Salienta-se igualmente que, ao decorrer dos anos, foram acordados Termos Aditivos
que reajustaram os valores iniciais, de modo a também adequar-se ao crescimento do
município.
Foi realizada coleta e disposição temporária dos resíduos sólidos em local previamente
autorizado pela Prefeitura do município, a fim de realizar os procedimentos de análise
qualitativa e quantitativa. O procedimento de composição gravimétrica foi realizado em três
dias consecutivos, abordando coletas em bairros de diferentes características. Desta forma,
torna-se possível uma caracterização média dos resíduos gerados. Na figura 09 pode-se
visualizar a descarga dos resíduos.
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Para determinar as características dos Resíduos Sólidos gerados foi utilizada a técnica
do quarteamento (conforme figura 10), procedimento de mistura no qual uma amostra bruta
homogeneizada de resíduos é dividida sucessivamente em quatro partes iguais. A cada divisão
realizada, aproveitam-se dois quartis destas, sendo o restante descartado. O processo foi
repetido até uma quantidade remanescente de aproximadamente 400 kg. (BARROS, 2012)
Através dos dados a serem obtidos acerca da taxa de crescimento populacional, taxa de
geração de lixo e composição gravimétrica dos mesmos, será elaborado um diagnóstico da
potencialidade de recuperação de resíduos, com base na situação atual. Por meio destas
informações, pretende-se analisar as quantidades de resíduos destinados em aterros que
poderiam ser reaproveitados e, desta forma, auxiliar a sustentabilidade sócio-econômica e
ambiental no gerenciamento de resíduos sólidos.
Para realizar esta atividade correlacionou-se o crescimento populacional, a taxa de
geração de lixo e as características para estabelecer um horizonte de cinco anos. Assim,
quantificou-se resíduos orgânicos e materiais recicláveis que provavelmente estariam sendo
destinados em aterro sanitário, mas que poderiam ter destinos alternativos, por meio de
triagem, compostagem e reciclagem. Uma vez que estes resíduos tenham um destino
alternativo, podem contribuir a um custo inferior para manutenção do sistema de coleta,
transporte, tratamento e destinação final.
Além disso, esta etapa está interligada a proposta de Análise de Ciclo de Vida,
contribuindo para sustentar os cenários alternativos que serão propostos no decorrer do
trabalho.
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Como etapa inicial do trabalho prático de ACV, será realizado levantamento de dados
para o estudo relacionado ao impacto ambiental do gerenciamento de resíduos sólidos urbanos
no município. Grande parte dos dados necessários ao estudo foi abordada na revisão e na
primeira etapa do trabalho. Outros dados que, por ventura, se façam necessários, serão
buscados nos materiais de consulta, bem como banco de dados específicos para a ACV.
Através de levantamentos e pesquisas junto à Prefeitura Municipal de Vera Cruz – RS,
à empresa terceirizada, e com base nos procedimentos realizados nas etapas anteriores, serão
explorados dados que tenham interferência no estudo de ACV. Dentre os dados a serem
trabalhados nesta etapa, destacam-se:
Quantidade de lixo gerado;
Composição gravimétrica dos resíduos;
Sistemas de coleta;
Frequência de coleta;
Tipo de caminhão utilizado;
Quilometragens percorridas pelos caminhões;
Consumo de combustível;
Capacidade de transporte;
População atendida pela coleta;
Percentual para recuperação de resíduos recicláveis na usina de triagem;
Perspectiva de recuperação de resíduos úmidos para tratamento biológico;
Tipo de aterro para disposição final.
A quantidade de lixo gerado é equivalente a 8,75 toneladas / dia. Destes, 32,15 % são
potencialmente recicláveis. 48,28 % Matéria Orgânica e 19,57 % classificados como rejeito.
O sistema de coleta utilizado é o convencional, sendo que, o caminhão de coleta de lixo
percorre 88,33 quilômetros em média por dia, valor este obtido quando realizada a
caracterização física dos resíduos. Após este percurso de coleta, a empresa terceirizada realiza
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transbordo em área própria, para posterior transporte do resíduo até o aterro sanitário de
Minas do Leão – RS. O município está localizado a 96 Km de distância de Vera Cruz – RS.
Uma vez que é considerada a geração de 8,75 toneladas/dia de Resíduos Sólidos Urbanos, foi
realizada extrapolação das informações apresentadas para compatibilidade à Unidade
Funcional, a ser definida no próximo tópico.
A definição de quais informações devem ser abrangidas e o que deve ser pesquisado é
parte fundamental da ACV. Por ser uma ferramenta complexa que requer o envolvimento de
um número elevado de dados, bem como um alto consumo de tempo e recurso, tem-se a
disposição uma grande variedade de softwares. Estes, visam auxiliar na condução destes
estudos, garantido banco de dados e conclusões de maior confiança. No presente trabalho será
utilizado o software Umberto® - Know the Flow, desenvolvido pelo Institute for
Environmental Informatics, de Hamburgo, Alemanha.
O software permite a elaboração de uma rede de fluxo de materiais para cada cenário.
Essa rede de fluxo de materiais representa um sistema de gestão com os vários processos
envolvidos. Assim, depois da inserção de todos os materiais (resíduos) de entrada e através de
uma ferramenta de cálculo da aplicação, obtém-se inventário de emissões e energias. O
Software foi utilizado a fim de se comparar diversos cenários na gestão dos resíduos.
Conforme destacado por Gomes (2008), o software possui um banco de dados
completo se referenciado o processo de gestão de resíduos sólidos. Assim, possuem
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características já definidas e que permite utilizá-las para modelagem dos cenários específicos
para cada ACV. As bases de dados existentes no Umberto têm como fonte outras bases de
dados como o UBA Berlin (Agência Federal do Ambiente de Berlim), o BUWAL Bern
(Agência Suíça para o Ambiente, Florestas e Paisagens) e o modelo Tremod (Modelo de
emissões do transporte) (Umberto, 2008). Além disso, destaca-se que o software possibilita
que o usuário possa adaptar o processo importado, modificando funções ou coeficientes pré-
estabelecidos para adequação a sua realidade específica.
Coleta e Transporte
Estação de Triagem
Compostagem
Optou-se por utilizar o modelo de transição mais simplificado, uma vez que a
realidade brasileira no tratamento de resíduos orgânicos é totalmente diferente do que pode
ser encontrado na Europa. Desta forma, justifica-se que, para uma modelagem de cenário
mais realista, deve-se trabalhar com o modelo mais simplificado de tratamento. Segundo Ifu
(2011), os dados de compostagem escolhidos descrevem uma planta de compostagem de
resíduos orgânicos residenciais realizada em caixas ou contêineres.
Esta etapa permite a manipulação de dois parâmetros essenciais: A taxa de matéria
degradável no montante; e a parcela úmida dos resíduos. Além disso, deve-se adaptar os
cenários de modo que os resíduos orgânicos sejam os únicos materiais de entrada neste
processo. Assim, deve-se garantir que a divisão de porcentagem entre matéria orgânica e
outros resíduos ocorra antes do processo.
Aterro
Gomes (2008) cita que alguns processos exigem sistemas com maior complexidade ou
uma rede de fluxo de maior tamanho. Neste caso, o software Umberto possibilita que, para o
aterro sanitário, por exemplo, desenvolva-se modelagens secundárias, conhecidas como sub-
redes. Assim, dentro da transição do Aterro, são consideradas as etapas de suprimento de
energia elétrica, suprimento de energia mecânica, suprimento de energia térmica, disposição
no aterro, gás de aterro e geração/tratamento do lixiviado.
Os dois principais tipos de emissões do processo, segundo Gomes (2008), referem-se
ao lixiviado e emissões gasosas gerados na decomposição do lixo. As emissões gasosas são
calculadas através de determinação do índice de carbono orgânico disponível. Já a quantidade
de gás de aterro é calculada usando o índice de carbono biologicamente degradável do
resíduo, enquanto que a quantidade de lixiviado é relacionada diretamente com a quantidade
de resíduo depositada. (IFU, 2011)
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Cenário 1:
Cenário 2
O cenário 2 representa os impactos ambientais relacionados a um sistema alternativo
de gerenciamento dos resíduos sólidos, considerando tratamento final para resíduos orgânicos
em compostagem. Através das metas estipuladas por ICLEI (2012), estima-se a recuperação
de 30 % dos resíduos orgânicos. Desta forma, evita-se a disposição final de uma parcela de
resíduos úmidos em aterros. Por fim, o cenário passa a representar as etapas de coleta,
transporte, triagem e tratamento da matéria orgânica e disposição final para o restante dos
resíduos.
Os seguintes parâmetros são considerados para esta etapa (Tabela 09)
Cenário 3
Cenário 4
6. RESULTADOS
A coleta e transporte dos Resíduos Sólidos Urbanos gerados é realizada pela Empresa
CONESUL SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA. A empresa disponibiliza dois caminhões
basculantes de 15 m³ cada. O segundo caminhão realiza coletas quando há demanda de
resíduos, e também tem função de reserva, caso o outro caminhão tenha algum problema. Os
caminhões responsáveis pela coleta dos resíduos sólidos são caminhões compactadores
totalmente fabricados em aço, contendo cordões de solda contínuos para evitar o vazamento
de líquidos oriundo da carga. A figura 16 demonstra a equipe de coleta e transporte dos
resíduos.
Foi realizada uma visita ao local utilizado como unidade de coleta seletiva, onde os
catadores realizam o trabalho, e após as coletas, separam os materiais recicláveis em bags que
são posteriormente negociados. As figuras 17 e 18 ilustram o ambiente de trabalho da
associação.
56
localizado em Minas do Leão, a 80 quilômetros de Porto Alegre, em uma área total de 500
hectares dos quais cerca de 73 estão sendo utilizados na operação. Com uma capacidade total
para receber 25 milhões de toneladas de resíduos, o aterro tem uma vida útil estimada em 23
anos. Foram encontradas informações relevantes acerca deste Aterro junto à sua Licença de
Operação, respectiva LO N° 982/2010-DL. A figura 19 destaca o início da operação do aterro.
Através dos cálculos realizados para a projeção da população total foram obtidos
valores variados entre 0,9 e 2,2%. Todavia, obteve-se um valor de crescimento médio de
1,66% anual, valor este adotado como padrão para projeção do crescimento populacional.
Para cálculo de estimativa da população em determinado ano, deve-se adotar a equação 2 já
apresentada anteriormente:
K g .(t t 0 )
Pt P0 .e (2)
(VON SPERLING, 2005)
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Tabela 11 - Custos totais envolvidos na coleta, transporte e destinação final dos resíduos
sólidos em Vera Cruz.
A Tabela 12 estabelece os valores arrecadados nos últimos anos com a coleta de lixo
no município.
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R$ 700.000
R$ 600.000
R$ 500.000
R$ 400.000
R$ 300.000
R$ 200.000
R$ 100.000
R$ 000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
Receita (R$) Coleta e Transporte (R$) Disposição Final (R$) Custos Totais (R$)
Tabela 13 – Custos totais envolvidos e receita de taxa de coleta do lixo por tonelada de
resíduo gerenciado no município de Vera Cruz.
Receita Coleta e Disposição Final Custos Totais
Ano
(R$/t) Transporte (R$/t) (R$/t) (R$/t)
2006 R$ 56,13 R$ 120,63 R$ 30,33 R$ 150,96
2007 R$ 56,86 R$ 139,03 R$ 31,29 R$ 170,32
2008 R$ 63,30 R$ 165,36 R$ 36,80 R$ 202,17
2009 R$ 60,76 R$ 164,51 R$ 37,83 R$ 202,34
2010 R$ 48,66 R$ 156,80 R$ 37,71 R$ 194,51
2011 R$ 42,82 R$ 166,06 R$ 40,30 R$ 206,35
2012* R$ 61,03 R$ 170,70 R$ 42,22 R$ 212,91
61
Salienta-se que, para o ano de 2012, estão estimados R$ 212,91 por tonelada de
resíduo coletado, transportado e disposto em aterro. Em contrapartida, o valor arrecadado pela
Prefeitura Municipal representa menos de 30% deste valor, sendo equivalente a R$ 61,03 por
tonelada de resíduo coletado. Este déficit corrobora com a incapacidade financeira atual de
gerenciar o lixo através do capital arrecadado para tal. A figura 21 apresenta o gráfico
relacionado aos valores do gerenciamento.
R$ 250
R$ 200
R$ 150
R$ 100
R$ 050
R$ 000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
Receita (R$/t) Coleta e Transporte (R$/t) Disposição Final (R$/t) Custos Totais (R$/t)
A caracterização física dos RSU gerados em Vera Cruz foi realizada, conforme já
destacado, através da metodologia de composição gravimétrica por quarteamento. Nas figuras
22 e 23 apresenta-se o perfil de amostra caracterizado.
Vidro; 2,06%
Tetrapak; 0,56% Não Reciclável; Resíduo Eletrônico;
14,33% 0,19%
Metal; 1,61%
Papel; 10,13%
Plástico; 17,78%
A B
C D
A seguir, na Tabela 16, estão estimados os diferentes materiais que podem vir a ser
reaproveitados nos próximos cinco anos, dentre resíduos recicláveis e orgânicos, com base na
composição gravimétrica realizada.
Através desta estimativa, salienta-se que 80% do resíduo gerado pelo município tem
potencial de recuperação, considerando formas diversas de tratamento e reutilização.
Considerando o aproveitamento na reciclagem de 80% dos resíduos recicláveis e o
aproveitamento na compostagem de 85% dos resíduos orgânicos, tem-se, na Figura 30, a
projeção total estimada para potencial de recuperação de resíduos.
8000,00
,00
70
Matéria Orgânica
A relação entre os custos totais envolvidos por tonelada de resíduo (R$ 212,91/t em
2012) e a quantidade prevista de geração resulta nos seguintes valores, conforme Tabela 18.
Através dos dados expostos é possível perceber o montante de valores gastos para
destinar de forma convencional os resíduos plásticos e papéis. No horizonte de cinco anos
tem-se um total de gasto estimado de aproximadamente R$ 1,15 milhões.
Figura 31 – Comparativo entre valores gastos e valores potenciais em cinco anos para
gerenciamento de resíduos recicláveis (Papel e Plástico).
R$ 2.000.000
R$ 1.500.000
R$ 1.000.000
R$ 500.000
R$ 000
Potencial - Plásticos Potencial - Papel Potencial Total Custos Atuais
-R$ 500.000
-R$ 1.000.000
-R$ 1.500.000
73
Cenário 1
reduzir as emissões diárias. Assim, quando considerado o impacto ambiental anual, nota-se
um somatório de 145.000 kg de CO2 equivalente no Aquecimento Global, reduzindo
aproximadamente 13.000 kg comparado ao cenário atual. Para Acidificação e Eutrofização, os
valores anuais são de, respectivamente, 1.060 kg de SO2 equivalente e 179 kg de PO4
equivalente. Isso demonstra que a retirada de materiais no processo de triagem influencia de
forma positiva ao processo.
Cenário 2
Cenário 3
Figura 37 – Fluxograma do Cenário 3, considerando a triagem dos recicláveis e tratamento biológico, respectivamente destacados no
módulo T3 e T6.
82
Cenário 4
O cenário 4 apresenta a mesma estruturação tal qual o cenário anterior (Figura 42).
Todavia, inclui maiores percentuais de recuperação dos resíduos recicláveis e resíduos
orgânicos. Para este cenário percebe-se uma redução maior do percentual de resíduo destinado
ao aterro, uma vez que boa parcela foi separada e/ou tratada. A Tabela 26 relaciona os
resíduos recicláveis, parcela de matéria orgânica destinada a compostagem, produção de
composto, e quantidade total.
83
4.000E-04
3.500E-04
3.000E-04
2.500E-04 Aterro
Kg Sb eq
2.000E-04 Transporte
1.000E-04 Coleta
500E-04
0.000E+00
C0 C1 C2 C3 C4
município. Assim, todo o resíduo é destinado da mesma forma, o que implica em alto
consumo de combustíveis fósseis, e, consequentemente, em 60 % do impacto deste primeiro
cenário. Nas projeções de gerenciamento dos resíduos, confirma-se a manutenção do impacto
pela coleta e um leve decréscimo referente ao aterro. Bovea e Powell (2006), em seu estudo
de Análise de Ciclo de Vida para um sistema de gerenciamento na comunidade Valência,
Espanha, encontraram uma tendência similar no seu levantamento de categorias de impacto,
sendo que 80% do impacto ambiental desta categoria deve-se a coleta e transporte dos
resíduos, praticamente em todos os cenários. Para este autor, os valores de impacto ambiental
não variaram de acordo com os cenários, resultando em uma média de 2,2 x 10-1 kg de Sb
equivalente para gerenciamento de uma tonelada de Resíduos Sólidos Urbanos.
Acidificação
2.000E-04 Transporte
Eutrofização
600E-04
500E-04
Aterro
400E-04
Kg PO4
Transporte
300E-04
Unidade de Triagem
200E-04 Coleta
100E-04
0.000E+00
C0 C1 C2 C3 C4
Nota-se, através dos dados expostos, um impacto mínimo ao meio ambiente por
decorrência da eutrofização. Bovea e Powell (2006) também destacam um impacto mínimo
por meio desta categoria, principalmente no cenário atual estudado, sendo equivalente a 3,14
x 10-3 kg de PO4 equivalente. Nos demais cenários estudados pelos autores, considerando
triagem, compostagem e, por vezes, recuperação energética, o impacto ambiental por
eutrofização é totalmente evitado, resultado em valores negativos em todos os demais
cenários.
Destaca-se que o transporte, mesmo não sendo o principal contribuinte a esta categoria
(conforme literatura), apresenta o maior percentual de impacto no estudo de ACV em Vera
Cruz. Gomes (2008) relata que o transporte pode vir a contribuir ao potencial impacto
88
ambiental por eutrofização, decorrente das emissões de NOx. Bovea e Powell (2006), por sua
vez, também destacam que as etapas de coleta e transporte dos RSU tem uma considerável
contribuição a categoria de impacto, mas ainda assim ressaltam que os cenários com aterro
sanitário sem recuperação energética tem uma contribuição igualmente considerável.
A disposição final em aterro sanitário, por considerar um modelo moderno de
destinação, pode ter auxiliado no grau de impacto mínimo. Tarantini et al. (2009)
demonstram, por meio de resultados visuais, o impacto ambiental nesta categoria decorrente
principalmente do aterro sanitário, seguido pela incineração (quando não se tem um sistema
de captura e tratamento dos gases gerados). Leme et al. (2010) também ressaltam um índice
de impacto maior para cenários que incluam disposição final em aterros, superando inclusive
a incineração dos mesmos.
Aquecimento Global
050E+00
040E+00 Aterro
Kg CO2 eq
030E+00 Transporte
Unidade de Triagem
020E+00
Coleta
010E+00
0.000E+00
C0 C1 C2 C3 C4
Toxicidade Humana
010E+00
008E+00 Aterro
Kg p-DCB
006E+00 Transporte
Unidade de Triagem
004E+00
Coleta
002E+00
0.000E+00
C0 C1 C2 C3 C4
Através dos resultados expostos no gráfico acima, conclui-se que, no cenário atual,
grande parcela do impacto é originada no aterro sanitário, representando aproximadamente 65
% da contribuição. Todavia, ao decorrer dos cenários, há um decréscimo deste impacto no
aterro sanitário, em virtude da menor quantidade de resíduo disposto e consequente menor
liberação de substâncias tóxicas e perigosas. No cenário 4, há um decréscimo de 62,5 % de
impacto, reduzindo consideravelmente a contribuição por parte do aterro sanitário.
91
Tarantini et al. (2009) descrevem que a análise dos resultados para toxicidade humana
demonstram a contribuição dominante por parte dos aterros sanitários, principalmente devido
a emissão de fluoreto de hidrogênio. Gomes (2008) apresenta como emissões principais os
NOx e SOx para a categoria. Lemes et al. (2010), por sua vez, relacionam prioritariamente as
emissões de dioxinas para o ar, mas devido a incineração dos resíduos.
Ecotoxicidade
004E+04 Transporte
003E+04 Unidade de Triagem
002E+04 Coleta
001E+04
0.000E+00
C0 C1 C2 C3 C4
1.000E-04
800E-04 Aterro
Kg p-DCB
600E-04 Transporte
Unidade de Triagem
400E-04
Coleta
200E-04
0.000E+00
C0 C1 C2 C3 C4
92
150E-04
120E-04 Aterro
kg p-DCB
090E-04 Transporte
Unidade de Triagem
060E-04
Coleta
030E-04
-3.123E-20
C0 C1 C2 C3 C4
Dos três gráficos apresentados, nota-se que o impacto mais significativo ocorre em
relação a ecotoxicidade marinha, sendo que o aterro sanitário representa o alto percentual de
risco ambiental nesta categoria. O resultado pode representar uma característica específica do
banco de dados utilizados, sendo provavelmente mais sensível o ambiente marinho da região.
Através dos dados expostos, confirma-se a tendência de redução de impacto à medida
que há uma estimativa de melhor aproveitamento e estruturação do cenário de gerenciamento.
Tarantini et al. (2009) destacam em seu trabalho a relação direta entre a emissão de Fluoreto
de Hidrogênio e o acréscimo no potencial de ecotoxicidade marinha. Além disso, o autor
salienta que os principais contribuintes a impacto de ecotoxicidade marinha e água doce
devem-se a emissões de metais pesados, tratamento e disposição de chorume e produção
energética. Hong et al. (2010) obtiveram, no cenário estudado para compostagem e
incineração, contribuição de impacto equivalente à 5,32 x 10-2 kg equivalente de 1,4 – DCB.
Nas outras categorias (ecotoxicidade de água doce e ecotoxicidade terrestre) também não
foram obtidas contribuições significativas de impacto.
Oxidação Fotoquímica
A variação da contribuição de impacto ambiental pela categoria de Oxidação
Fotoquímica pode ser visualizada na figura 46.
93
150E-04
120E-04 Aterro
Kg C2H2
090E-04 Transporte
Unidade de Triagem
060E-04
Coleta
030E-04
-3.123E-20
C0 C1 C2 C3 C4
Por meio dos resultados obtidos, conclui-se que o aterro sanitário apresenta o maior
impacto relacionado a categoria, representando, por exemplo, 65 % do impacto
correspondente ao cenário padrão atual. Além disso, nota-se considerável redução com o
avanço das estimativas de recuperação de resíduos recicláveis e orgânicos. Assim é possível
estimar uma redução de aproximadamente 66 % de impacto na categoria do aterro sanitário,
comparando o cenário atual com o cenário 4. Para comparação, destaca-se que a estimativa de
redução global para a categoria é de 60 %.
Segundo Tarantini et al. (2009), o impacto do sistema é principalmente devido a
emissão de metano e compostos orgânicos voláteis provenientes do aterro sanitário. Assim, o
autor destaca em seu estudo a contribuição quase exclusiva do sistema de disposição final,
salientando apenas 9 % do impacto proveniente do transporte. No estudo de ACV no
município de Vera Cruz, os cenários atual e C4 obtiveram, respectivamente 30% e 25%. A
coleta, por sua vez, representa impacto de 4,7% e 12 % para o cenário atual e cenário C4.
Bovea e Powell (2006) também destacam que a disposição final em aterros tem a maior
parcela de contribuição para a categoria trabalhada. Nos estudos realizados pelos autores
citados, é ressaltado que cenários com recuperação energética podem vir a reduzir o impacto
relacionado. O valor encontrado no cenário atual de Bovea e Powell (2006) é de 1,97 x10-1 kg
de Etileno equivalente, superior ao encontrado no presente trabalho.
Tarantini et al. (2009) ressaltam que iniciativas de reciclagem principalmente para
recuperação de resíduos de papel podem evitar a contribuição nesta categoria de impacto.
Bovea e Powell (2006) também salientam que processos de reciclagem são os principais
responsáveis para esta redução, principalmente quando se atingem cenários com acréscimo de
desenvolvimento comparado a situação atual.
94
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. REFERÊNCIAS
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de Engenharia da Universidade do Porto. Porto – Portugal, 2001?.
100
9. ANEXOS
101
Mercúrio 8,95E-07
Sódio 4,88E-06
Compostos Nitrogenados
Amônia 1,95 x 10-1
Nitrato 5,75 x 10-3
Compostos de Fósforo 7,84 x 10-3
Sulfato 1,25E-05
Compostos Clorados Aromáticos
Bifenilos Policlorados (PCB) 6,52E-09
Hidrocarboneto Policíclico Aromático 1,62E-08
Parâmetros Indicadores
Halogênios Organicamente Ligados 1,42E-04
DBO5 9,02 x 10-2
Carbono Orgânico Dissolvido 2,53 x 10-1
Resíduos Sólidos
Resíduos para Disposição
Resíduos da Limpeza de Gases de Combustão 5,87E-06
Resíduos Perigosos 5,41E-04
Resíduos Industriais 1,74E-06
Resíduos Minerais 1,77 x 10-3
Lodo de Esgoto 6,31E-05
Escórias e Cinzas 4,16 x 10-1
Resíduos para Aterro 2,85 x 10+0
Lodo de Esgoto 8,28 x 10-2
Resíduo Não Especificado 1,10 x 10-3
Total Balanço de Saída (Material) 9,01 x 10+2
103
Chumbo 8,97E-06
Mercúrio 7,74E-07
Sódio 4,21E-06
Compostos Nitrogenados
Amônia 1,69 x 10-1
Nitrato 4,97 x 10-3
Compostos de Fósforo 6,78 x 10-3
Sulfato 1,08E-05
Compostos Clorados Aromáticos
Bifenilos Policlorados (PCB) 5,64E-09
Hidrocarboneto Policíclico Aromático 1,40E-08
Parâmetros Indicadores
Halogênios Organicamente Ligados 3,01E-06
DBO5 7,80 x 10-2
Carbono Orgânico Dissolvido 2,19 x 10-1
Resíduos Sólidos
Resíduos para Disposição
Resíduos da Limpeza de Gases de Combustão 5,08E-06
Resíduos Perigosos 4,67E-04
Resíduos Industriais 1,51E-06
Resíduos Minerais 1,53 x 10-3
Lodo de Esgoto 5,45E-05
Escórias e Cinzas 3,60 x 10-1
Resíduos para Aterro 2,47 x 10+0
Metais (Sucata) 6,88 x 10+0
Lodo de Esgoto 7,15 x 10-2
Papéis para Reciclagem 4,36 x 10+1
Plásticos 7,65 x 10+1
Vidro 8,86 x 10+0
Resíduo Não Especificado 9,48E-04
Total Balanço de Saída (Material) 9,17 x 10+2
105
Chumbo 8,88E-06
Mercúrio 7,66E-07
Sódio 4,17E-06
Compostos Nitrogenados
Amônia 1,69 x 10-1
Nitrato 4,95 x 10-3
Nitrito 2,61E-04
Fosfato 1,96E-04
Compostos de Fósforo 6,70 x 10-3
Sulfato 1,07E-05
Compostos Clorados Aromáticos
Bifenilos Policlorados (PCB) 5,58E-09
Hidrocarboneto Policíclico Aromático 1,38E-08
Parâmetros Indicadores
Halogênios Organicamente Ligados 1,21E-04
DBO5 1,27 x 10-1
Carbono Orgânico Dissolvido 3,11 x 10-1
Resíduos Sólidos
Resíduos para Disposição
Resíduos da Limpeza de Gases de Combustão 5,02E-06
Resíduos Perigosos 4,62E-04
Resíduos Industriais 1,49E-06
Resíduos Minerais 1,51 x 10-3
Lodo de Esgoto 5,39E-05
Escórias e Cinzas 3,56 x 10-1
Resíduos para Aterro 2,44 x 10+0
Composto Orgânico 8,45 x 10+1
Lodo de Esgoto 7,08 x 10-2
Resíduo Não Especificado 9,38E-04
Total Balanço de Saída (Material) 9,39 x 10+2
107
Mercúrio 6,44E-07
Sódio 3,51E-06
Compostos Nitrogenados
Amônia 1,43 x 10-1
Nitrato 4,16 x 10-3
Nitrito 2,61E-04
Fosfeto 1,96E-04
Compostos de Fósforo 5,64 x 10-3
Sulfato 9,02E-06
Compostos Clorados Aromáticos
Bifenilos Policlorados (PCB) 4,69E-09
Hidrocarboneto Policíclico Aromático 1,16E-08
Parâmetros Indicadores
Halogênios Organicamente Ligados 1,02E-04
DBO5 1,15 x 10-1
Carbono Orgânico Dissolvido 2,76 x 10-1
Resíduos Sólidos
Resíduos para Disposição
Resíduos da Limpeza de Gases de Combustão 4,23E-06
Resíduos Perigosos 3,89E-04
Resíduos Industriais 1,25E-06
Resíduos Minerais 1,27 x 10-3
Lodo de Esgoto 4,54E-05
Escórias e Cinzas 2,99 x 10-1
Resíduos para Aterro 2,05 x 10+0
Metais (sucatas) 6,88 x 10+0
Composto Orgânico 8,45 x 10+1
Lodo de Esgoto 5,96 x 10-2
Papéis para Recilcagem 4,36 x 10+1
Plásticos 7,65 x 10+1
Vidro 8,86 x 10+0
Resíduo não Especificado 7,89E-04
Total Balanço de Saída (Material) 9,55 x 10+2
109
Mercúrio 3,02E-07
Sódio 1,64E-06
Compostos Nitrogenados
Amônia 7,23 x 10-2
Nitrato 2,02 x 10-3
Nitrito 7,39E-04
Fosfeto 5,54E-04
Compostos de Fósforo 2,64 x 10-3
Sulfato 4,23E-06
Compostos Clorados Aromáticos
Bifenilos Policlorados (PCB) 2,20E-09
Hidrocarboneto Policíclico Aromático 5,46E-09
Parâmetros Indicadores
Halogênios Organicamente Ligados 4,78E-05
DBO5 1,73 x 10-1
Carbono Orgânico Dissolvido 3,52 x 10-1
Resíduos Sólidos
Resíduos para Disposição
Resíduos da Limpeza de Gases de Combustão 1,98E-06
Resíduos Perigosos 1,82E-04
Resíduos Industriais 5,87E-07
Resíduos Minerais 5,97E-04
Lodo de Esgoto 2,13E-05
Escórias e Cinzas 1,40 x 10-1
Resíduos para Aterro 9,61 x 10-1
Metais (sucatas) 1,28 x 10+1
Composto Orgânico 2,39 x 10+2
Lodo de Esgoto 2,79 x 10-2
Papéis para Recilcagem 8,10 x 10+1
Plásticos 1,42 x 10+2
Vidro 1,65 x 10+1
Resíduo não Específicado 3,70E-04
Total Balanço de Saída (Material) 1,04 x 10+3