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Logística
Volume 1
1ª Edição
Belo Horizonte
Poisson
2018
Editor Chefe: Dr. Darly Fernando Andrade
Conselho Editorial
Dr. Antônio Artur de Souza – Universidade Federal de Minas Gerais
Dra. Cacilda Nacur Lorentz – Universidade do Estado de Minas Gerais
Dr. José Eduardo Ferreira Lopes – Universidade Federal de Uberlândia
Dr. Otaviano Francisco Neves – Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais
Dr. Luiz Cláudio de Lima – Universidade FUMEC
Dr. Nelson Ferreira Filho – Faculdades Kennedy
Formato: PDF
ISBN: 978-85-93729-89-8
DOI: 10.5935/978-85-93729-89-8.2018B001
CDD-658.8
www.poisson.com.br
contato@poisson.com.br
SUMÁRIO
RESUMO
A introdução de novas tecnologias e o menor ciclo de vida de equipamentos eletroele-
trônicos contribuem para um significativo aumento da geração de resíduos de equipa-
mentos eletroeletrônicos (REEE). Estes equipamentos possuem em sua composição metais
pesados e substâncias poluentes e prejudiciais ao meio ambiente, o que amplia a preocu-
pação ambiental. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a implemen-
tação de sistemas de logística reversa para REEE. Além disso, cabe aos municípios a função
de acompanhar e facilitar a implantação desses sistemas. O problema de pesquisa deste
estudo é identificar como o município de Canoas-RS trata a questão dos Resíduos de Equi-
pamentos Eletroeletrônicos do ponto de vista da coleta e destinação dos materiais. Esta
pesquisa tem como objetivos analisar a gestão dos REEE realizada pela Prefeitura Municipal
de Canoas. O método de pesquisa teve caráter qualitativo, um estudo de caso. A coleta de
dados foi realizada através de questionários, entrevistas, análise de documentos e obser-
vações. Os resultados sugerem a necessidade de um acordo setorial para REEE, a nível
nacional. Além disso, a Prefeitura de Canoas precisa ampliar seus programas de educação
ambiental, inserindo a questão dos REEE, oferecer mais postos de coleta voluntários e
desenvolver parcerias com cooperativas e empresas gerenciadoras de REEE, incentivando
e fiscalizando ações para impedir que estes resíduos sejam descartados indevidamente.
Palavras-chave
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namento. Segundo ABDI (2012), estes (ABDI), o levantamento aponta que os 150
equipamentos estão divididos em linhas, maiores municípios brasileiros – a maioria
conforme tipo/função destes equipa- nas regiões Sudeste e Sul – respondem por
mentos: branca (eletrodomésticos de dois terços, aproximadamente, da estima-
grande porte), marrom (audio e vídeo), azul tiva para a produção de resíduo eletroele-
(eletrodomésticos de pequeno e médio trônico descartado no Brasil. O mesmo
porte) e verde (informática). estudo também mostra a estimativa de
geração de REEE para 2016 de 7,2 kg/habi-
O material considerado resíduo de equi- tante (ABDI, 2015).
pamentos eletroeletrônicos (REEE) é origi-
nado quando um EEE chega ao final da O conjunto de processos que envolvem
sua vida útil, ou seja, quando terminam a produção e comercialização compõe
as opções de reutilização e o produto não um ciclo físico que compreende a origem
tem condições de ser reparado ou atuali- ambiental dos recursos produtivos e
zado. A obsolescência precoce de equipa- também sua posição final pós-uso ou
mentos de telecomunicação, por exemplo, consumo, incluindo processos como trans-
vem acompanhado da ausência de peças porte, beneficiamento e estocagem, pode
de reposição, o que torna o descarte ainda ser caracterizado como ciclo de vida. Esse
mais rápido de produtos que poderiam processo inclui reciclagem, reuso e revalo-
ter sua durabilidade estendida em uma rização energética como formas de reapro-
situação ideal (MDIC, 2012). veitamento (BARBIERI, 2011).
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Promulgada em 2004, com validade a partir que devem ser atendidos em razão da
de 2006, para a Comunidade Europeia, a conservação do meio ambiente (BARBIERI,
RoHS – Restiction on the use of Hazardous 2011). A PNRS – Política Nacional dos Resí-
Substances – estabelece a restrição ao uso duos Sólidos, Lei Nº 12.305 de 2 de agosto
de substâncias que causam danos à saúde. de 2010, define que a responsabilidade
As diretrizes são baseadas no princípio do sobre o material proveniente do descarte
‘poluidor pagador’, onde os comerciantes, de resíduos sólidos é compartilhada
distribuidores, importadores e fabricantes entre fabricantes, importadores, distri-
são responsabilizados pelo ciclo de vida buidores e comerciantes, titulares dos
dos EEE, incluindo sua disposição final. O serviços públicos de limpeza urbana e de
objetivo é limitar as quantidades geradas manejo de resíduos sólidos bem como os
de substancias poluentes, para isso foi consumidores e poder público. Esses têm
estabelecido como responsabilidade como obrigação estruturar e implementar
(entre outras providências) do produtor a sistemas de logística reversa de forma inde-
eliminação de substancias como chumbo, pendente do serviço público de limpeza
cádmio, mercúrio, cromo IV e retardantes urbana, sendo necessária a implantação
PBB e PBDE. de logística reversa para os resíduos de
equipamentos eletroeletrônicos (REEE)
É importante destacar o nível de (BRASIL, 2010).
participação governamental sobre o
equilíbrio das fontes geradoras, ou seja, Conforme disposto no artigo 33 da PNRS, é
sobre os meios econômico-produtivos obrigatória a implementação de sistemas
praticados pelo mercado. Em se tratando de logística reversa para os seguintes
de economias estabilizadas há esforços materiais I - agrotóxicos, seus resíduos e
conjuntos entre os integrantes da cadeia embalagens, assim como outros produtos
(supply chain) para solucionar problemas cuja embalagem, após o uso, constitua
que impactam na sociedade e no meio resíduo perigoso; II - pilhas e baterias; III
ambiente, causados pelo desequilíbrio em - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resí-
seu fluxo direto. Esses fatos tornam o poder duos e embalagens; V - lâmpadas fluores-
público, além de responsável, peça chave centes, de vapor de sódio e mercúrio e de
no estabelecimento de normas, controle, luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos
regulamentos e restrições (PEREIRA, 2011). e seus componentes (BRASIL, 2010). Cabe
ressaltar que o artigo 18 da PNRS situa a
A regulamentação governamental baseada obrigatoriedade da elaboração de Plano
nas etapas da cadeia produtiva direta e Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
reversa evidencia a tendência de legisla- Sólidos (PMGIRS). A lei também determina
ções que consideram os impactos ambien- o conteúdo mínimo deste plano, em seu
tais dos produtos, bem como o emprego de artigo 19.
normas que estabelecem procedimentos
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de Postos de Entrega Voluntária, ou PEV’s. riais são apontados como prováveis meios
São 235 contêineres instalados com capa- para logística reversa, entretanto, estão em
cidade de 1.000 litros para o acondiciona- discussão entre Poder Público e setores
mento de materiais recicláveis. O muni- empresariais com o objetivo de implantar
cípio pratica ainda o incentivo relacionado a responsabilidade compartilhada pelo
aos carroceiros e carrinheiros da região ciclo de vida do produto. Ou seja, não há
que na maior parte dos casos se encon- planejamento das práticas que devem ser
tram em situação irregular. Nestes casos, obedecidas segundo orientações da PNRS
existe a possibilidades dos indivíduos se identificadas no PMGIRS, nem mesmo as
cadastrarem ainda no programa Amigos que tangem documentação e projetos para
da Cidade. Uma vez que estejam regulari- implantar sistemas de logística reversa
zados, podem se beneficiar com o forne- para os REEE.
cimento de cestas básicas e, para os que
fazem uso de animais, receber auxílio vete- Para os Resíduos de Equipamentos Eletroele-
rinário, zelando pela saúde e bem estar trônicos, de acordo com as informações
dos animais. coletadas no PMGIRS (2014), o município se
coloca em posição de espera por ações que
Os apontamentos do PMGIRS (2014) devem ser iniciadas por medidas de escala
quanto á disposição final dos resíduos é de estadual e federal, mantendo-se em stand
que o aterro sanitário é a última opção para by até que se desenvolvam definições de
destinação possível. Portanto o Município sistemas práticos vindos das esferas gover-
deve respeitar a ordem de não geração, namentais superiores.
reutilização, reciclagem e por fim trata-
mento, desta forma os resíduos desviam O PMGIRS deve contemplar também,
do descarte comum, o que torna possível segundo § 6o artigo 19 da PNRS, ações
o reaproveitamento do material e também voltadas para órgãos da administração
age como fonte geradora de renda a partir pública com o intuito de promover a racio-
dos processos de triagem, beneficiamento nalidade no uso dos recursos ambientais
e comercialização. Estas ações são reali- bem como a redução na geração e resíduos
zadas por meio de Cooperativas conve- e combater as formas de desperdício. Entre-
niadas junto ao Município. tanto, não foi possível localizar definições
e metas para acatar os objetivos citados
A PNRS estabelece a obrigatoriedade como obrigatórios no documento avaliado.
da implantação de sistemas de logística
reversa para os materiais descritos em seu A administração municipal, conforme
artigo 33. Esta medida é considerada um aponta o PMGIRS (2014), tem a divulgação
avanço, porém o PMGIRS (2014) aponta dos pontos de coleta disponíveis para a
que a implantação desse sistema está em população como uma de suas prioridades.
fase de regulamentação. Os acordos seto- Além disso, no PMGIRS é perceptível a
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Coleta Porta a Porta e Postos de Entrega público no Brasil”. Não foram identificadas,
Voluntária. A coleta porta a porta é reali- pelo entrevistado, parcerias com empresas
zada em cerca de 65 % do município, mas do setor de EEE para facilitar a Logística
não recolhem REEE. A população também reversa. Sobre educação ambiental o
tem a opção de participar do programa de respondente indicou que “Existem políticas
coleta seletiva encaminhando os resíduos públicas de divulgação para conscienti-
recicláveis voluntariamente nos Postos de zação da população para os locais e meios
Entrega Voluntária (PEV’s). Nestes pontos é corretos para o descarte dos resíduos
possível descartar REEE. eletrônicos.” apontando o capítulo XI da Lei
Municipal 4980/05 Decreto nº 737/09 que
As secretarias municipais participantes trata da Educação Ambiental. O referido
foram a de Planejamento e Gestão, a de trecho da lei sugere que o “Poder Público
Meio Ambiente e a de Serviços Urbanos. Municipal, juntamente com a comunidade
Foram convidados a participar da pesquisa organizada, desenvolverá política visando
um integrante de cada secretaria municipal a conscientizar a população sobre a impor-
de acordo com seu grau de conhecimento tância da adoção de hábitos corretos com
sobre o tema em questão, posto que as relação à limpeza urbana.”. Segundo
secretarias selecionadas estão envolvidas disposto na Lei, o executivo municipal deve
no planejamento e execução das ações realizar programas de limpeza, promover
relacionadas aos resíduos, de uma forma campanhas educativas, projetos sobre a
geral. Nesse contexto, buscou-se identi- destinação do lixo municipal, desenvolver
ficar quais são as medidas desenvolvidas programas de informação e formar convê-
para cumprimento das diretivas impostas nios com entidades ou particulares para
pela PNRS. viabilização das ações propostas.
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O questionário foi respondido pela A primeira etapa, após a chegada dos REEE,
bióloga da cooperativa. Os Ecopontos é a descaracterização ou desmontagem.
são apontados como ponto de descarte Em seguida ocorre a separação por tipo-
de REEE disponibilizados pela prefeitura. logia de material proveniente da desmon-
Em relação à destinação, ocorre após tagem. Separados os materiais, são enca-
recolhimento esses resíduos passam por minhados para empresa que realizará
triagem, descaracterização, separação e o beneficiamento e posterior utilização
encaminhamento dos diferentes tipos de como matéria prima. Durante a entrevista
materiais resultantes desse processo à o gestor ambiental ressaltou as dificul-
reciclagem, para empresas devidamente dades que a cooperativa enfrenta diante
licenciadas, com o objetivo de reinserir de variados aspectos e que alguns itens
esses materiais no ciclo produtivo. Sobre são mais difíceis para comercialização.
as dificuldades de implantação da gestão
compartilhada pelo ciclo de vida do O entrevistado relatou que a regulamen-
produto, foi indicada a falta de interesse tação da cooperativa é um processo muito
do setor privado em dispor de recursos demorado e que são exigidas documen-
financeiros para concretizar tal exigência tações específicas. Esse fato é encarado
da PNRS. Em resposta ao questionamento como dificuldade, pois sem a devida licença
referente aos projetos em educação de operação (LO), é impossível realizar
ambiental, a cooperativa desenvolve qualquer tipo de convênio junto a prefei-
gratuitamente palestras e campanhas de turas e outras organizações, participar de
conscientização sobre sustentabilidade e programas governamentais ou mesmo
gestão dos REEE e ressalta os resultados conseguir financiamentos para investir
positivos que vem obtendo. em equipamentos e melhorar a estrutura
de operação da cooperativa. No momento
Já a visita à empresa aconteceu no dia 5 a Coopertec possui apenas Licença de
de novembro de 2016 com duração apro- Instalação (LI). Na ocasião da visita, estava
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Apesar de ter criado o PMGIRS (2014) e de tudo o que é recolhido pela cooperativa.
deste ser um documento relativamente Portanto, um estudo a ser desenvolvido no
novo, a prefeitura de Canoas não atende futuro seria a melhoria do layout do galpão
muitas das obrigações citadas na PNRS, de reciclagem da Coopertec.
principalmente em se tratando de REEE
que não tem definições claras sobre coleta Foi possível constatar a carência de projetos
e destinação. Isso ocorre, segundo os em Educação Ambiental específica para os
resultados analisados, por causa da falta REEE por parte do Município. Uma inicia-
interesse das empresas produtoras, distri- tiva desse teor, além de obrigatória por
buidoras e importadoras de REEE em criar lei, produz uma visão sistêmica sobre os
alternativas para implantação da logística danos ambientais causados pelos compo-
reversa. Esse fator é agravado pela falta nentes dos REEE, especialmente os metais
de estrutura fiscalizatória por parte das pesados. Dessa maneira desenvolve-se a
esferas superiores de governo. Por este conscientização sobre as questões ambien-
motivo, o acordo setorial para os REEE está tais e a importância de facilitar e colaborar
estagnado desde 2014 (SINIR, 2016). para o descarte correto dos REEE.
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ting: Foco na Decisão. 3 ed. São Paulo: [15].YIN, R. K. Estudo de caso: plane-
Pearson Prentice Hall, 2011. jamento e métodos. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
[9 ]. MIGUEZ, E. C. Logística reversa
como solução para o problema do lixo
eletrônico: benefícios ambientais e
financeiros. 1. ed. Rio de Janeiro: Quali-
tymark, 2010.
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AGRUPAMENTO
DE EMBALAGENS
UNITIZADORAS
ARMAZENADAS E
GERENCIADAS POR UM
SISTEMA WMS
RESUMO
Visando otimizar a armazém, gerando agrupamento de embalagens armazenadas, foi
analisada a ferramenta de WMS do EPR TOTVS 11, pertencente a empresa TOTVS, para
utilizar suas regras de gestão de armazenagem, com pretensão de desenvolver de logicas
que permitam apresentar as embalagens gerenciadas pelo sistema que possam ser agru-
padas. Para obter estas informações, foi desenvolvido um logica que apresenta as emba-
lagens incompletas armazenadas no WMS e uma sugestão de agrupamento dos volumes
com meta a disponibilização de endereços. Após esta etapa de execução, foi elaborado e
aplicada uma analise dos dados levantados, para comprovação do método proposto.
Palavras-chave
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De acordo com Banzato (2005, p 56), “O De acordo com Banzato (2005, p 53):
WMS também gerencia a localização dos
itens no estoque [...]” Um WMS é um sistema de gestão de
armazém, que otimiza todas as ativi-
Para o gerenciamento de um armazém, dades operacionais (Fluxo de Materiais)
o acesso a informação é necessária para e administrativas (Fluxo de informações)
análise para análise da gestão de um dentro o processo de armazenagem, [...].
armazém. Conforme Imam (2001, p 68) “A
gerencia e a supervisão devem ter acesso O sistema de WMS (Warehouse manage-
a esses dados e estar familiarizados com ment system) permite gerencias as infor-
eles e entender cuidadosamente o perfil mações de um armazém, permitido um
destas operações. melhor produtividade no setor.
Segundo Banzato (2005, p. 51), “a armaze- De acordo com Banzato (1998, p 7):
nagem exige muito mais que simples proce-
dimentos automatizados, ela necessita Em linhas gerais, um WMS é um sistema
de sistemas de informações que possam de gestão (software), que melhora a
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De acordo com Banzato (2005, p 56), “O De acordo com Banzato (1998, p 38):
WMS também gerencia a localização dos
itens no estoque [...]” Os parâmetros para localização são
definidos conforme analise logística
De acordo com TOTVS (2006), “Como prin- feita pela empresa e podem ser: Giro de
cipal funcionalidade está o mapeamento do estoque, tamanho, peso, quantidade,
depósito em box, isto é, uma unidade de loca- características de separação, [...].
lização unitária com capacidade de volume e
peso no qual o material será armazenado.” O processo de orientação no sistema
WMS, considerado endereços, no sistema
Na sua função principal está localizar os WMS TOTVS é dividido seguindo os prin-
itens em um armazém, concatenando cipais conceitos de mercado, conforme
dados em um banco de informação com os descrito abaixo:
itens físicos. Conforme Bowersox (2007, p.
331) “[...] capacitações novas de sistemas _ Estabelecimento: Local físico de controle
dos sistemas de WMS tem tornado cada da empresa.
vez mais precisos os registros da locali-
zação do produto.” _ Local: Relação de endereços com depo-
sito de controle do ERP.
Moura (1998) define o endereço de arma-
zenagem como: _ Bloco: Compõe o código de endereço
WMS, sendo este a maior localização maior
o local onde o material é estocado fisica- parte da concatenação, possivelmente um
mente. Existem métodos diversos para lugar físico distinto.
estocar os materiais, ou seja, os mate-
riais podem ser estocados no chão, em _ Rua: Compõe o código de endereço
estruturas de porta-paletes, em caixas WMS, normalmente o local de movimen-
especiais, em prateleiras de estanteiras tação dos operadores.
ou armários;
_ Nível: Compõe o código de endereço
A localização de armazenagem gerenciada WMS, altura de uma estrutura de armaze-
por um sistema WMS, são definidos pelos namento, sendo esta considerada a divisão
operadores e ou gerentes do armazém, horizontal.
sendo estas seguindo uma logica que
contempla as características do armazém e _ Coluna: Compõe o código de endereço
dos itens que serão gerenciados. A conca- WMS, parte física de uma rua que compõem
tenação exigida para identificar uma locali- a divisão vertical de uma estrutura.
zação, tem como conceito o endereço.
Esta divisão está representada nas figuras 2 e
figura 3, conforme descrita em TOTVS (2006)
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6. RESULTADOS
OBTIDOS
A logica desenvolvida, foi testada em uma
bse loca TOTVS, representado/copia da
base do maior cliente do módulo WMS. Fonte: Autor
O programa desenvolvido com as logicas
relacionadas, apresentou uma quanti- Aplicando o processo de análise de agrupa-
dade de 11970 embalagens armazenadas, mento de embalagens incompletas, foram
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que a grande maioria são de pallets onde um processo via coletor de dados, que
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LOGÍSTICA REVERSA:
APLICAÇÃO NO
PROCESSO DE
TRATAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
DE UMA ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ÁGUA
(ETA) DO MAR
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo descrever a aplicação da logística reversa em um
processo produtivo de tratamento de resíduos sólidos provenientes da água do mar, no
intuito de se constatar a mitigação de custos e impactos ambientais acerca da destinação
adequada destes resíduos sólidos gerados e também a destinação adequada destes resí-
duos, transformando-os em valor agregado. Como tratam-se de resíduos sólidos, defi-
nidos segundo a NBR 10004:2004, estes não podem ser destinados ao meio ambiente de
qualquer forma ou sem passar por um processo de tratamento adequado. Neste contexto,
este artigo trata-se de um estudo de caso, descritivo e de pesquisa de campo desenvolvido
em uma estação de tratamento de água no Estado do Maranhão.
Palavras-chave
engloba toda a cadeia de suprimentos riais que vão do usuário final do processo
desde a aquisição de matérias-primas até a logístico original (ou de outro ponto ante-
entrega final do produto ao cliente, garan- rior, caso o produto não tenha chegado
Segundo Novaes (2001, p. 36), logística e produtos acabados (e seu fluxo de infor-
Atualmente, a Associação Brasileira de Enge- tica reversa para minimizar estes impactos
nharia de Produção em dez grandes áreas, tando a confiança dos consumidores que
sendo uma delas a área de logística. As subá- valorizam empresas que trabalham com
tornou-se relevante em função do cres- Neste caso, eles podem ser remanufatu-
dar atenção especial para esta temática, meios de destinação adequada desses resí-
duos gerados (ADISSI, 2013, p. 250).
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Campos (2006, p. 2) afirma que a logística uma área de suma importância nas orga-
reversa apresenta vantagens competitivas nizações, promovendo a disponibilização
para a empresa, tais como: contribuir para do produto/serviço ao cliente no momento
a sustentabilidade do planeta e redução de necessário, e, além disso, o recolhimento
resíduos. Assim, um sistema eficiente de deste, quando necessário, através da logís-
logística reversa pode vir a transformar um tica reversa (BALLOU, 2006).
processo de retorno altamente custoso e
Compreende-se por logística reversa o
complexo em uma vantagem competitiva.
processo de planejamento, implementação
Assim, o objetivo deste estudo é descrever e controle da eficiência e custo do fluxo de
a aplicação da logística reversa no reapro- matérias-primas, estoques em processo,
veitamento de resíduos sólidos, destinação produtos acabados e as informações corre-
adequada destes e mitigação de impactos lacionadas do ponto do consumo ao ponto
ambientais em uma estação de tratamento de origem com o propósito de recapturar
de água (ETA) do mar da empresa locali- valor ou para uma disposição apropriada
zada no Estado do Maranhão. (RLEC, 2017).
Essa preocupação em implantar a logística nível das empresas, dos processos que
reversa em vários segmentos industriais garantem que a sociedade utiliza e reuti-
cresceu no Brasil a partir da década de liza, de forma eficiente e eficaz, todo o
1980, diante do enorme crescimento da valor que for exposto aos produtos (ADISSI,
quantidade de lixo nos centros urbanos, o 2013, p. 250).
que, por sua vez, tinha ligação direta com
Segundo Guarnieri (2011, p. 127) muitos
a proliferação de embalagens e produtos
gestores questionam quais as vantagens
descartáveis. Esse momento coincidiu
de implementar a logística reversa. Errone-
ainda com o despertar da conscientização
amente, acreditam que esta é apenas um
da sociedade brasileira quanto à neces-
fator gerador de custos para a empresa. Na
sidade de preservação ambiental, o que
verdade, a adoção da logística reversa não é
se refletiu na definição de novas políticas
uma questão de opção. Com a sansão e regu-
governamentais e também empresariais
lamentação da Política Nacional de Resíduos
(INPEV, 2014).
Sólidos, as empresas deverão se adequar e
Numa rápida síntese, foi um longo implantar sistemas de gestão de resíduos e
caminho toda essa discussão e culminou logística reversa, sob pena de serem penali-
com a aprovação da Lei nº 12.305, de 2 zadas com multas, serem obrigadas a para-
de agosto de 2010, que instituiu a Polí- lisar suas operações, terem prejuízo finan-
tica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). ceiro e danos à imagem da empresa.
A lei distinguiu resíduo (aquilo que pode
ser reaproveitado ou reciclado) de rejeitos 2 .2 R ES Í D UOS S ÓLI D OS
(não passível de reaproveitamento), consi- PR OV ENI ENTES DA ÁGUA
derando os segmentos: doméstico, indus- D O M AR
trial, construção civil, eletroeletrônico,
lâmpadas com vapores de mercúrio, agro- O tratamento de resíduos sólidos consiste
silvopastoril, área de saúde e produtos no uso de tecnologias apropriadas com o
perigosos. A nova legislação visa disci- objetivo maior de neutralizar as desvan-
plinar e orientar empresas e o poder tagens da existência de resíduos ou até
público sobre suas responsabilidades para mesmo de transformá-los em um fator
a destinação das embalagens e produtos de geração de renda como a produção de
pós-consumo, determinando que os fabri- matéria prima secundária. Neste contexto,
cantes respondam pela logística reversa e o tratamento de resíduos aplica as várias
destinação final ambientalmente correta tecnologias existentes desde a reci-
(INPEV, 2014). clagem até a disposição final de rejeitos
(PRS, 2017).
A logística reversa também pode ser visu-
alizada como parte do desenvolvimento “Estima-se que 96,54% da água que existe no
sustentável. De fato, pode-se considerar mundo esteja no mar. Há também muitos
a logística reversa como a execução, ao lagos salgados e presume-se que mais da
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L Água de
O
D
Lavagem
O LODO
FASE
Adensamento
LÍQUIDA
LODOADENSADO
Condicionamento
LODOCONDICIONADO
FASE
LÍQUIDA Desidratação
LODODESIDRATADO
Disposição Final
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TRATAMENTO DE na figura 4.
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Figura 9 - Tijolaria
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CANAIS REVERSOS DA
PRODUÇÃO DE POLPA
DE AÇAÍ NO ESTADO DO
PARÁ NO CONTEXTO DA
POLÍTICA NACIONAIS DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
RESUMO
A produção de Açaí como fruto é uma atividade econômica que existe há várias décadas no
Estado do Pará, beneficiando os pequenos produtores, além de pequenos processadores
e indústrias que o utilizam para a fabricação de polpa. No contexto da Política Nacional
de Resíduos Sólidos (PNRS), a Logística Reversa (LR) propõe diretrizes que permitem a
estruturação de Canais Reversos (CR). Assim, os objetivos principais deste trabalho foram
avaliar o nível de conhecimento das partes envolvidas (stakeholders) nesta cadeia reversa
em relação a aspectos gerais da PNRS, bem como identificar e caracterizar tanto a LR como
os elos e as formas atuais de revalorização envolvidas nos CR associados à destinação e
disposição final dos Resíduos da Produção de Polpa de Açai (RPPA), no Estado do Pará. Para
tal, realizaram-se entrevistas não estruturadas e revisão documental e bibliográfica. Como
resultados da análise do nível de conhecimento sobre temas gerais da PNRS, constatou-se
que alguns tópicos são totalmente desconhecidos e, portanto, não são aplicados pelos
stakeholders envolvidos nos CR relacionados ao RPPA no Pará. Além disso, foi identificada
como atual forma de reutilização dos RPPA, apenas a queima, como bio massa, em Olarias
e como atuais alternativas de disposição final, locais inadequados (lixões e aterros), além
de locais que apresentam riscos de disposição imprópria (rios, córregos etc.). Finalmente,
a partir dos resultados gerados, novas propostas para pesquisas futuras foram sugeridas.
Palavras-chave
Logística Reversa, Canais Reversos, Política Nacional de Resíduos Sólidos, Cadeia Reversa
do Açaí.
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Em relação aos geradores de RPPA, em localizadas próximas (Ilha das Onças, Ilha
Belém, observou-se maior concentração do Combú etc.) a este grande mercado,
de pequenos processadores de polpa como apresentado na Figura 2. Já os
(batedores artesanais) de açaí em bairros grandes processadores de polpa estão
como Umarizal, Pedreira e Marco. Ressal- localizados, em especial, em Castanhal-PA
ta-se que próximo a esses bairros encon- e, em geral, recebem o fruto de cidades da
tra-se o Mercado do Ver-o-Peso, onde região nordeste do Pará e, na entressafra,
fornecedores (produtores ou atravessa- dos estados do Amapá e Maranhão (LIMA
dores) vendem o açaí produzido nas ilhas & SANTOS, 2014; SOUSA & SILVA, 2015).
focado na caracterização dos atuais CR Assim, para o pleno alcance dos objetivos
do agronegócio paraense (a polpa do açaí), nas duas etapas, descritas mais detalhada-
Como apresentado na Figura 3, na etapa tados na etapa anterior, este CR foi caracte-
de Identificação e análise da atual cadeia rizado, definindo-se então um diagnóstico
reversa da produção de polpa de açaí no dos processos nele atualmente desenvol-
Pará foram identificadas as principais vidos, considerando os pontos de geração
organizações envolvidas na operação dos de resíduos localizados nas cidades de
CR desses resíduos, a partir de pesquisa Belém (cadastrados na AVABEL) e Castanhal.
documental em órgãos oficiais e entre- Suas principais limitações foram o acesso às
vistas não estruturadas com pessoal direta informações sobre atividades específicas e
e indiretamente envolvido nas etapas a estudos ou pesquisas que tratassem espe-
consideradas, sendo estes técnicos e bate- cificamente este tema, já que os estudos
dores artesanais de açaí da AVABEL (Asso- identificados na literatura tratam apenas
ciação dos Vendedores Artesanais de Açaí do canal direto de produção deste fruto, no
de Belém e Região Metropolitana), a fim de máximo, até a produção de polpa.
identificar quais os atuais “caminhos” que
os RPPA têm seguido após sua geração.
As entrevistas visaram ainda avaliar quali-
4. RESULTADOS E
tativamente o nível de conhecimento dos
DISCUSSÕES
stakeholders acerca de aspectos gerais da Por meio de revisão bibliográfica e docu-
PNRS, a saber: PNRS e sua influência na mental, bem como de entrevistas não
gestão de resíduos; LR; Responsabilidade estruturadas com funcionários da Asso-
Compartilhada; Coleta Seletiva; Acordo ciação dos Vendedores Artesanais de Açaí
Setorial; e Educação Ambiental. Ademais, de Belém e Região Metropolitana (AVABEL)
verificou-se as atuais atividades e respon- e processadores de polpa de açaí vincu-
sabilidades de fornecedores, processa- lados a tal associação, foi possível gerar os
dores, clientes e reguladores atuantes resultados que convergem com o alcance
na cadeia direta do açaí, potencializando, dos objetivos propostos nesta pesquisa.
assim, mais entendimento sobre o funcio- Tais resultados são apresentados e deta-
namento dessa cadeia, apesar deste não lhados a seguir.
ter sido objeto dessa pesquisa.
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Origem (O) 1 1
Volume de carga gerado por PC Igual ou próx. capac. veículo << que a capac. veículo
Paradas e Coleta durante a viagem 1 (Carga Fechada) Muitas (Carga fracionada dos PC)
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foram alcançados, pois foi possível ciados aos RPPA no Pará, identificando os
acerca de tópicos gerais da PNRS por parte de geração desses resíduos, tanto em
dos stakeholders dos canais reversos (CR) Belém-PA quanto em Castanhal-PA, as prin-
na amostra, ainda é baixo, uma vez que, disposição final utilizadas, e as atuais insti-
57
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
[1 ]. BATALHA, M. O.; SCARPELLI, M. Gestão The use of reverse logistics for waste
textos selecionados. São Carlos: Edufscar, Vol 34, Issue 1, pp. 22 – 29, 2016.
Oficial da [União]. Brasília, DF, 2016. Dispo- Resenha Mensal do Mercado de Energia
work for Reverse Logistics. ERIM report Acesso em: 10 mar. 2016.
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
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nacional: Uma análise bibliométrica. Perspective. The Journal for Decision
Produção Online, v. 15, n. 4, p. 1457-1480, Makers, v. 41, n. 3, p. 197- 208, julho-se-
2015. tembro. 2016.
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61
O USO DA
ROTEIRIZAÇÃO
NA BUSCA PELA
EFICIÊNCIA LOGÍSTICA
NA DISTRIBUIÇÃO
DE COMBUSTÍVEIS
LÍQUIDOS
RESUMO
A logística vem sendo utilizada como instrumento que possibilita o desenvolvimento de
diferenciais competitivos, pois visa identificar as oportunidades de melhoria dos processos,
bem como a redução dos custos das atividades que compõem a cadeia de valor e a maxi-
mização dos resultados. A Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management –
SCM) tem se expandido como um novo modelo gerencial no ambiente empresarial. Tendo
em vista toda essa ascensão da SCM as empresas identificaram que as atividades logísticas
tinham potencial gerador de vantagens em relação à concorrência. O objetivo principal
deste trabalho visa identificar se a implantação da roteirização por uma empresa transpor-
tadora atuante na distribuição de combustíveis líquidos possibilitará o aumento da efici-
ência operacional e redução de custos.Este estudo demonstra as dificuldades encontradas
por uma empresa transportadora atuante na região metropolitana de Campinas, quanto
ao escoamento dos combustíveis líquidos por volume demandado e distância percorrida.
Com a implantação do sistema de roteirização espera-se identificar oportunidades de
melhoria para a distribuição, adequando a frota à necessidade de escoamento.
Palavras-chave
63
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
restrições de horários de atendimento nos mercado cada vez mais competitivo, onde
pontos a serem visitados. Entretanto se os recursos disponíveis podem ser adqui-
buscarmos o sentido mais amplo, Cunha ridos em curto espaço de tempo. Sendo
(2000) mostra que a roteirização é a otimi- assim, uma melhor utilização dos meios
zação da programação operacional da frota. de transporte, baseada em rotas de menor
custo e tempo, aparece como solução
Desta forma, este trabalho analisou a para as empresas atenderem melhor as
aplicação prática de roteirização em uma necessidades e expectativas dos clientes e
empresa de distribuição de combustíveis consumidores finais. Isso evidencia
líquidos. Visando atender aos requisitos a necessidade de estudos relacionados
do cliente, (distribuidora de combustíveis) à roteirização, em vários setores econô-
quanto a volume transportado e entregas micos, e na distribuição de combustíveis
no prazo. este fato é ainda mais relevante.
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2 REFERENCIAL
Esses parceiros constituem um conjunto
TEÓRICO
de métodos que são utilizados para
uma melhor integração dessa rede, que
2.1 GESTÃO DA CADEIA DE
compõem o transporte, estoques, custos,
SUPRIMENTOS
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que compõem um caminho de acesso dos exemplo, das lojas de conveniência locali-
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
tências se destacam as atividades rela- dos sistemas que são executados por eles
tivas às políticas de preço dos derivados e (AGNDAL e NILSSON, 2008).
tudo que diz respeito à normatização das
características dos derivados colocados Corroborando para o entendimento da
no mercado, e ressalta que um sistema logística recorremos aos autores Bowersox
de distribuição eficiente é necessário para e Closs (2010), que afirmam que a logística
que se consiga atender as demandas. integra informações e materiais, desde
a matéria-prima até o produto acabado,
na busca de agregar valor ao produto e
2.3 LOGÍSTICA gerar satisfação dos clientes. Além disso,
efetiva dos produtos e/ou serviços e, junta- ting, sendo seu objetivo fornecer produtos
mente com a qualidade e o custo, tende a e serviços no lugar onde são necessários,
levar qualquer empresa a ter um diferen- no tempo em que são desejados, com o
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no depósito ou na base dos veículos, asse- prestação de serviços é cada vez mais
gurando que cada ponto seja visitado e elevada e, dentro do contexto de trans-
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ficativa e desempenha atividades terciárias enxofre) foi o marco deste processo, vindo
de expressiva especialização. de encontro com a perspectiva ambiental
adotada pela empresa (PETROBRAS, 2016).
Destaca-se ainda pela presença de centros
inovadores no campo das pesquisas cientí- Ainda de acordo com a Petrobras (2016), a
fica e tecnológica, bem como do Aeroporto Replan escoa sua produção para diversos
de Viracopos – o segundo maior terminal pontos do País, abastecendo as regiões
aéreo de cargas do País, localizado no muni- Centro-Oeste, nos Estados de Mato Grosso,
cípio de Campinas. A RMC concentra o Polo Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito
Têxtil nacional, sendo responsável por 85% Federal. Na região Norte, atendendo os
da produção de tecidos no país, e conta Estados de Rondônia, Acre e Tocantins. E
com a REPLAN, maior refinaria da Petrobras na Região Sudeste onde concentra 55% de
em produção de combustíveis líquidos. seu mercado atendendo todo o Estado de
São Paulo e o triângulo Mineiro. Destaca-se
A Refinaria de Paulínia (REPLAN) é loca- o abastecimento de toda a Região Metro-
lizada na cidade de Paulínia/SP, em uma politana de Campinas e demais cidades
localização estratégica rodeada por rodo- próximas à Refinaria, o sistema de distri-
vias com boa ou excelente pavimentação o buição por meio de caminhões tanque.
que facilita o escoamento da produção por
modal rodoviário.
3.1 CONSUMO DE
A Replan tem capacidade de processa-
COMBUSTÍVEIS NA RMC
mento de 66 mil m³/dia de petróleo, o Dados da Secretária de Energia do Estado
equivalente a 415 mil barris. Sua produção de São Paulo (2016) relatam que o consumo
corresponde a 20% de todo o refino de de combustíveis na região metropolitana
petróleo no Brasil, processando 80% de de Campinas compreende 8% de todo o
petróleo nacional. A refinaria produz volume nacional. Este montante repre-
diversos produtos, como aguarrás, asfalto, sentou no ano de 2015, um volume comer-
coque, querosene e principalmente cializado nos munícipios da região supe-
combustíveis fósseis (gasolina e diesel). rior a 52 bilhões de litros.
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
TRANSPORTADORA
DE COMBUSTÍVEIS Com o intuito de aumentar sua partici-
LÍQUIDOS pação no transporte de combustíveis
líquidos, a transportadora “X”, investiu no
É oportuno ressaltar que as informações ano de 2013, em um sistema de roteiri-
aqui disponibilizadas, foram fornecidas zação integrando as cidades da RMC aten-
por um dos diretores da empresa, que didas por seu principal cliente (distribui-
solicitou que seu nome assim como o dora “Y”). A cidade de Artur Nogueira, não
nome da empresa e seu cliente, fosse possui postos revendedores atendidos
mantido em sigilo. pela distribuidora “Y”.
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_ A1: Engenheiro Coelho, Santo Antonio de Assim sendo para verificar se a adoção
Posse, Holambra, Jaguariúna e Pedreira. da roteirização por esta transportadora
resultou em melhorias serão avaliados
_ A2: Valinhos, Vinhedo, Itatiba e Morun- os indicadores de volume médio mensal
gaba. transportado, após a implantação da
roteirização. O período compreendido de
análise será restrito aos meses de Janeiro
_ A3: Paulínia, Cosmópolis, Campinas e
de 2014 à Junho de 2016.
Indaiatuba.
Outro fato que pode ser observado em Fato este que foi reduzido em mais de 90%,
análise documental no banco de dados da após a implantação da roteirização.
empresa que em períodos anteriores ao
ano de 2014, que em um mesmo dia a trans- A seguir temos a representação dos custos
portadora realiza mais de uma visita ao de uma viagem de Paulínia a Itatiba que
mesmo cliente o que elevava seus custos. a distância de deslocamento no percurso
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A implantação da roteirização possibilitou [ 7] . CAI, J., LIU X., XIAO Z., LIU J. Improving
a adequação das atividades de modo a supply chain performance management: a
reduzir custos sem comprometer o atendi- systematic approach to analyzing iterative
mento ao cliente. E auxiliou na economia da KPI accomplishment. Decision Support
empresa, evitando viagens desnecessárias. Systems, 2009, v. 46, p.512-521.
Rio de Janeiro, 38 (5): 729-749, set . /out . que compõem a cadeia de valor de uma
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PROCESSO OPERACIONAL
DE COLETAS E
ENTREGAS DE CARGAS
FRACIONADAS EM
UMA EMPRESA DE
TRANSPORTES
LOCALIZADA NA CIDADE
DE CRICIÚMA-SC.
RESUMO
O ramo do transporte tem sido assolado, nesse período de crise em que o país se encontra.
No transporte de cargas rodoviárias, que é o ramo da empresa em estudo, houve muitos casos
de demissões, principalmente o desligamento de trabalhadores autônomos. Por esse motivo
o transporte de cargas apresentou declínio nos últimos anos, no Brasil. Esse estudo tem como
principal objetivo descrever o processo operacional de coletas e entregas de uma empresa de
transporte de cargas fracionadas localizada em Criciúma SC. A empresa possui uma própria
identidade e conta com 21 colaboradores e 14 filiais espalhadas pelo Brasil. A metodologia
utilizada para obtenção dos resultados, fez uso de análise documental, pesquisa descritiva,
bibliográfica e estudo de caso, com observação participante. Utilizou-se de dados primários e
secundários. A pesquisa é essencialmente qualitativa. Após análise dos dados obtidos, foram
identificadas algumas restrições no processo operacional envolvendo os processos de recebi-
mento, armazenagem, expedição e organização dos arquivos. As restrições encontradas foram
à falta de colaboradores para desenvolver as atividades, espaço para a armazenagem inade-
quado para a realização das operações e movimentação da empresa e a ineficiência na organi-
zação dos arquivos e documentos da empresa. Por meio desse estudo foram sinalizados esses
problemas e apresentados sugestões de melhorias, para um melhor desenvolvimento de todo
esse processo operacional implantado da empresa.
Palavras-chave
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A relação entre as causas e efeitos deve O Diagrama de Causa e Efeito tem o envol-
existir, por meio desses é possível iden- vimento de 6 Ms. Os mesmos são chamado
tificar fatores negativos dentro de uma de medição, materiais, mão-de-obra,
organização, bem como estabelecer máquinas, métodos e meio ambiente
métodos para mudanças. Quando uma (ISHIKAWA. 1993):
empresa é apta dessa ferramenta espinha
de peixe as mudanças ficam claras dentro a ) Medição é o caminho na qual se avalia
da organização. Essa ferramenta é conhe- o processo, dentro do diagrama de causa
cida mundialmente pelos relacionamentos e efeito ele tem como principal função a
diretos que se tem em uma empresa medição dos materiais identificando os
(FERROLI, LIBRELOTTO E FERROLI, 2010). processos inadequados.
83
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por meio dos turnos que foram progra- pallets que tem como principais volumes
mados, esses turnos foram divididos em a serem transportados, pois o ramo maior
diurno e noturno. São dois colaboradores da empresa é o químico e o metalúrgico.
que exercem a função operacional noturna
e que trabalham na carga e descarga Outro equipamento de movimentação e
dos veículos recebidos de outras filiais. armazenagem, que a empresa possui são
Durante e após os descarregamentos e as gaiolas. As gaiolas são utilizadas para
carregamentos, os dois colaboradores proteger os produtos frágeis. A gaiola
operacional desse turno organizam todo possui 2,4 m² para armazenar os materiais
o depósito, de acordo com o possível, que precisa de maiores cuidados. Dessa
pois o local de descarga não apresenta forma a empresa evita que ocorra danos
uma disponibilidade e espaço condizente e avarias com o material recebido ou cole-
com as mercadorias recebidas e o tempo tado, que a partir desse momento está
é curto e impede um melhor acondiciona- sobre responsabilidade da transportadora.
mento desses volumes.
4.1.2 DOCUMENTOS
4.1.1 EQUIPAMENTOS DE DE RECEBIMENTO E
MOVIMENTAÇÃO EXPEDIÇÃO
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tância, pois por meio dele é possível com determinada quantidade de mate-
controlar todo o retorno que cada veículo rial, assim que descarregado, o veículo é
concede a empresa, bem como sua produ- carregado novamente com o material que
tividade. Por meio destes romaneios a a empresa em estudo coletou, ou seja, a
empresa controla todas as entregas que expedição da mesma.
estão em rotas, sobre responsabilidade da
empresa em estudo e de cada motorista Durante a descarga do material acon-
para serem finalizadas durante o expe- tece toda a organização desses materiais
diente que se iniciam as 07h30min até as na parte interna da empresa, o deposito.
18h00min, com intervalo das 11h30min O local onde as cargas são armazenadas
até as 13h00min. possui aproximadamente 350 m². O depo-
sito não possuem divisórias ou lugares
Os manifestos de carga servem para exatos para colocarem as mercadorias,
controlar todos os volumes expedidos na medida em que são liberadas e confe-
pela empresa em estudo. Esse documento ridas pelos colaboradores da empresa são
armazena todas as notas fiscais coletadas. acomodadas no lugar onde se torna mais
O mesmo permite que esse controle seja fácil o manuseio para o próximo processo
realizado por filais separadas, ou seja, por que é o carregamento para a entrega final.
meio desse manifesto, os profissionais da
empresa conseguem identificar de forma Após a descarga, conferência e armaze-
fácil e com praticidade os destinos de cada nagem do material recebido, acontece
uma, bem como as informações de quem todo o processo de carregamento dos
está levando, horário de saída e horário de volumes coletados.
chegada a filial destino.
A conferência destes volumes recebidos e
coletados acontece por meio de etiquetas
4.2 DESCRIÇÃO DO que são coladas por cada volume, estas
PROCESSO DE RECEPÇÃO etiquetas funcionam como códigos de
E EXPEDIÇÃO barras, a empresa possui um aparelho
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volumes recebidos acontece após todo o são descarregados e todos esses volumes
Na medida em quem os volumes são descar- que foram descarregados primeiro é que
é organizado em fila, sendo que os últimos por cidade e estados e fica disponível ao
volumes serão os primeiros a serem entre- operacional noturno para fazer todo o
acordo com a rota que o motorista deve e conferência dos volumes antes de
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empresa em estudo. Estas restrições estão dos volumes recebidos e coletados e distri-
presentes no processo de armazenagem buição até a entrega no cliente final.
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Por meio de estudos realizados foi possível Desta forma, após a identificação desses
identificar no processo operacional da problemas, propostas de melhorias foram
empresa algumas falhas que podem apresentadas para todo o processo opera-
ser otimizadas e aperfeiçoadas na qual cional, tais como: Melhor organização
poderão trazer melhores resultados para no depósito onde ficam armazenados os
a empresa. materiais, bem como o espaço com iden-
tificações e divisões que facilitam o anda-
Foi possível analisar todo o processo opera- mento do processo. Além disso, melhorar
cional desde a chegada da mercadoria até a organização relacionada aos documentos
o cliente final. Por meio da descrição de de transportes da empresa, aquisição de
todo esse processo identificaram-se falhas novos equipamentos e mão-de-obra.
em cada processo executado, bem como
os pontos positivos que são desenvolvidos A descrição do processo operacional bem
nesse processo. como o detalhamento desse processo foi
realizado pela pesquisadora. Apresentar
A busca incessante pelo bom atendimento como funciona o atual processo de arma-
e satisfação dos clientes faz parte de todo o
90
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PROPOSTA DE ESTUDO
DO LAYOUT PARA UMA
INDÚSTRIA DE PEÇAS
AUTOMOTIVAS
RESUMO
A estratégia logística das indústrias é fundamental para que esta se mantenha estável
no mercado frente aos avanços tecnológicos e a alta competitividade observada. Nesse
contexto, um dos pontos principais é a capacidade que a organização tem para responder
com mais rapidez às necessidades dos seus clientes, a qual pode ser obtida a partir da
correta organização de seu layout. Assim, diante do exposto, o presente artigo baseia-se
em um estudo de caso para readequação de layout interno de uma indústria de peças
automotivas. A metodologia é classificada em pesquisa exploratória, revisão bibliográfica
e estudo de caso a partir da coleta de dados e observação do layout. Foi possível cons-
tatar que a logística interna é muito importante pois é responsável por toda a cadeia de
valor e por isso precisa ser cuidadosamente trabalhada dentro das empresas, visto que tem
impacto no resultado total das organizações por se tratar dos processos de movimentação,
armazenagem, layout da empresa buscando a otimização dos processos e sistema de infor-
mações. Esse gerenciamento da logística possibilita o atendimento ao cliente com custos
reduzidos. Com um estudo feito com o auxílio do software AutoCad, confeccionou-se uma
nova planta baixa da indústria, viabilizando uma melhor logística interna para a empresa.
Palavras-chave
prover ao cliente os níveis de satisfação por layout de uma indústria de peças auto-
certo, no lugar certo, no tempo certo, nas fim de melhorar o trânsito de materiais e
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visão dos objetivos da empresa, ter conhe- da melhor alocação dos produtos, usando
cimentos e convicções para mostrar como os espaços disponíveis da melhor forma
a empresa pode busca-los, e ter ferra- otimizada possível, facilitando a localização
mentas que auxiliem a escolher caminhos e acesso dos mesmos, reduzindo dessa
alternativos de ação. (BALLOU, 2004) forma, o tempo gasto com esta atividade
(D’ANDREA; CEZAR; SILVA, 2015).
Pode-se dividir a logística em interna e
externa. De acordo com Porter (1989) Segundo D’Andrea, Cezar e Silva (2015) a
logística interna se define como sendo logística interna tem extrema importância
um conjunto de atividades que abrangem dentro das empresas, responsável por causar
o recebimento, armazenagem, controle um grande impacto nos resultados, sendo
de estoques, o manuseio de produtos e uma das áreas mais propícias a melhorias,
a programação de rotas. Ainda segundo pelo fato de propor o atendimento direto às
Porter (1989), a logística externa aborda expectativas dos clientes, seguindo o cumpri-
atividades de coleta, estocagem e distri- mento de prazos estipulados, conseguindo
buição física para clientes. dessa forma realizar a entrega do produto
sem danos ou problemas.
Já para Barbosa (2015) a logística pode
ser formada por três grandes divisões: 1) A logística interna tem grande influência
Suprimentos: abrange relações entre o nos lucros de uma organização, pois é com
fornecedor e a empresa; 2) Produção: é a sua eficiência que ocorre a minimização
executada inteiramente pela organização dos custos e a melhoria de resultados.
em todas as áreas de produção, e seu foco (RIBEIRO, 2001). Ela é um fator funda-
é coordenar as demandas dos clientes; e mental para a busca do aumento nas
3) Distribuição: implica em atividades entre quantidades produzidas dentro de uma
a empresa e o cliente. Uma atividade de indústria (SOUSA, 2012).
apoio é a armazenagem e tem o objetivo
A movimentação de materiais insere valor
de proteger os produtos.
aos produtos, dado que os torna disponí-
veis quando e onde se fizerem necessá-
2.2 LOGÍSTICA INTERNA rios, sendo associadas às atividades de:
espaços tidos como pequenos quando em mento das operações. Assim sendo é
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pode ser notada em qualquer lugar, porém sição dos executivos para que os quais
constantemente depende de pequenos possam ser modificados de acordo com
esforços. Em muitos casos, e principal- suas necessidades.
mente em indústrias metalúrgicas, a
A logística interna no que se refere a mate-
atenção se concentra apenas na máquina
riais e pessoas, está intimamente relacio-
que executa a operação. Os esforços para
nada com a disposição do arranjo físico. O
aprimorá-la, dotá-la de dispositivos e requi-
layout é a disposição de homens, máquinas
sitos que aumentam seu desempenho é
e materiais que concede ao fluxo adição de
umas das formas de melhora-las. Também
materiais e a operação dos equipamentos
é notado que de todo material movimen-
de circulação maior eficiência para que
tado, de 3% a 5% é danificado. Outro fator
o deposito de materiais se processe da
exposto é o esforço pelos equipamentos
melhor forma possível (ARAUJO, 2016).
mecânicos, que introduz transportadores
contínuos, esteiras transportadoras, empi-
lhadeiras, guindastes e contentores. 2.3 LAYOUT
Neste âmbito, o valor dos itens avariados Paulino (2015) define o layout como a inte-
por uma movimentação inadequada, pode gração do fluxo de materiais, da operação
explicar o planejamento e a utilização de dos equipamentos de movimentação,
sistemas nos equipamentos mecânicos reunido com características que concede
que consigam diminuir esse déficit no maior produtividade humana, realizado
processo e controlar melhor a operação dentro do padrão de economia e rendi-
logística (CASTILHO,2013). mento ou apenas o arranjo de homens,
máquinas e materiais.
No que diz respeito a movimentação
interna, Castilho (2013) relata que é um O layout envolve essencialmente as rela-
sistema conjunto por rotas circulares e ções entre diversas atividades, o tipo e a
serviço de apoio exclusivo. O transporte quantidade de espaço para cada função e
interno, efeito deste sistema, tem por obje- a harmonia destas nele. Para encontrar o
tivo distribuir materiais no recebimento e layout adequado e o mais eficiente deve-se
no processo produtivo, assim como suprir incluir todas as atividades do setor de esto-
as matérias-primas para os fabricantes cagem e minimizar o fluxo dos produtos e
afim de que cumpram o transporte durante seus manuseios. (CAMPAROTTI, 2013).
o processo de produção do produto.
Ainda Camparotti (2013) coloca como
Para Castilho (2013) o sistema logístico foco crucial do arranjo físico a integração
interno precisa estar em boas condições entre as áreas produtivas no ambiente
para que o suporte ao cliente não seja interno da organização. Não é apenas uma
implicado. Assim, é preciso que os relató- organização racional dos equipamentos,
rios dinâmicos logísticos estejam a dispo- mas sim, o estudo das circunstâncias de
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CANAIS REVERSOS DOS
RESÍDUOS DA PRODUÇÃO
DE POLPA DE AÇAÍ NA
CIDADE DE CASTANHAL-
PA: UMA ABORDAGEM
ORIENTADA POR
PROCESSOS
RESUMO
O açaí tornou-se muito popular nos últimos anos, sendo hoje a sua polpa congelada comerciali-
zada em todo Brasil, inclusive como produto de exportação. O estado maior produtor de polpa
de açaí é o Pará, algo em torno de 216.071 toneladas apenas em 2015. A problemática deste
estudo gira em torno dos resíduos gerados na extração da polpa de açaí, já que apenas 15%
do peso do fruto é convertido em polpa, com os outros 85% compondo os resíduos. Seguindo
a tendência mundial, o Brasil sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que
aponta a Logística Reversa (LR) como uma das ferramentas para destinação adequada de resí-
duos. Há muito pouco na literatura sobre a destinação dos Resíduos da Produção de Polpa
de Açaí (RPPA), tão pouco se sabe como se organizam os Canais Reversos (CR) para esses
resíduos. Sendo assim, como contexto de pesquisa, escolheu-se o município de Castanhal,
no Pará, maior produtor de polpa de açaí do estado, para caracterizar o funcionamento dos
CR e expor a destinação adequada dos RPPA como geração de energia em outro processo de
produção. A partir de dados coletados por meio de entrevistas e pesquisa documental, foram
identificados os principais agentes atuantes nos CR dos RPPA, bem como a forma como se
relacionam. Para tal, utilizou-se ainda uma abordagem orientada por processos de negócios,
por meio de mapeamento de processos com a notação BMPN para a construção e evidência
das relações recorrentes nesses canais. Por fim, o mapa de processos elaborado passou por
validação com alguns agentes do CR dos RPPA entrevistados.
Palavras-chave
cíficas sobre esse tema. A exemplo disso, estado e município do Brasil tornaram-se
um membro, não poderia abster-se desse (NOGUEIRA et al., 2005). Segundo IBGE
que versa sobre as principais diretrizes à à produção de 2014, sendo o Pará líder
sociedade às leis do país, como importante tem sido extraída do fruto para fins de
passo para que o Brasil atinja novos pata- atividade econômica, alguns autores como
mares de consciência ambiental, de tecno- Almeida et al. (2017) afirmam que o fruto
artigo 3, inciso XII, onde foi definida como duos: caroço e fibras (MATOS et al., 2006;
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
106
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Percebe-se, de acordo com Sales (2014) o cultura regional, e que pode ser gerado em
qual estudou a cadeia produtiva do açaí, escala industrial, é extremamente favo-
que esta inicia-se com o extrativismo do rável o seu uso como fonte alternativa de
fruto do açaí de suas palmeiras e vai até a geração de energia, trazendo benefícios
produção e entrega da polpa do fruto ao econômicos, sociais e ambientais.
consumidor fi nal. Contudo ao longo dessa
cadeia há uma grande geração de resíduos 3 . LO G ÍST ICA
que até então não se tinha tanta preocu- REVERSA E RESÍDU OS
pação pela ausência de legislação, porém SÓ L IDOS
tal realidade tem passado por mudanças.
Acrescentado da iniciativa legal, SILVA A Logística Reversa (LR) pode ser defi nida
(2013) ainda conclui que devido a abun- como o conjunto de atividades de plane-
dância do caroço nessa cadeia, que cons- jamento, controle e decisões voltadas ao
titui uma biomassa nativa, que faz parte da fl uxo de bens, resíduos, materiais ou peças,
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
a montante nas redes de suprimento, ou Contudo para Brito e Dekker (2003) há uma
seja, do consumidor (pontos de uso) ao terceira possibilidade que eles denominam
produtor. Tendo como objetivos a revalo- como Retorno de fabricação que são aqueles
rização, para ampliação de ciclos de vida e casos em que há sobras de produtos não
redução de descartes, ou a definição dos usados na manufatura, reutilizados na fase
locais de descarte adequados para estes da produção. Estes autores afirmam ainda
materiais; dessa forma agregando-lhes que esses produtos podem ser matérias-
valores de diversas naturezas: econômico, -primas remanescentes, produtos inter-
de prestação de serviços, ecológico, legal, médios ou finais que podem não ter sido
dentre outros (LEITE, 2009). aceitos nos controles de qualidade, e terem
de ser reformulados, e os produtos podem
Com o passar dos anos, as atividades rela-
ser deixados durante a produção, ou os
tivas à logística de retorno dos produtos,
subprodutos podem resultar da produção.
redução de recursos, reciclagem, ações
O excedente de matéria-prima e as sobras
para substituição de materiais, reutilização
de produção representam a categoria:
de materiais e disposição final dos resíduos
“produto não necessário”.
também foram atributos introduzidos à LR
(SOMBRIO et al., 2014). Por consequência, as Ainda segundo Brito e Dekker (2003), na
empresas passaram adotar o processo de literatura de LR, autores têm apontado
LR com o objetivo de reaproveitar e reciclar fatores de condução para a estruturação
bens e materiais, permitindo desta forma, da LR como a economia, as leis ambien-
um descarte correto (MOREIRA, 2017). tais e a consciência ambiental dos consu-
midores. Geralmente, pode-se dizer que
Atualmente a LR está dividida em duas
as empresas estruturam CR ou porque
grandes áreas, que são: LR de pós-venda e
podem lucrar com isso ou porque são obri-
LR de pós-consumo. Essa diferenciação se
gadas ou porque “sentem-se” socialmente
faz necessária porque os produtos apre-
motivadas para fazê-lo.
sentam ciclos de vida útil, exigindo técnicas
ou formas de revalorização diferenciadas Moreira & Guarnieri (2017) perceberam que
e, portanto, Canais Reversos (CR) também as empresas observaram essa mudança e
distintos e, muitas vezes, específicos. Leite estão buscando se adequar para atender
(2009) e Guarnieri (2011) caracterizam a LR as legislações e as novas preferências do
de pós-consumo como aquela que é posta consumidor. Logo, com a PNRS, a LR tem
em prática somente após a finalização do sido usada como um instrumento para
ciclo de vida útil do bem, enquanto a LR de viabilizar a melhor destinação para os mais
pós-venda é efetivada após o material ser variados tipos de resíduos seja através da
definido com pouco ou nenhum uso, o qual, reinserção deste em uma determinada
por diferentes motivos, retorna aos dife- cadeia produtiva ou simplesmente com o
rentes elos da cadeia de distribuição direta. descarte adequado (BRASIL, 2010), por isso
a importância do avanço de estudos relacio-
108
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
nados ao tema em questão. McDougall et material, por sua natureza ou por suas
al. (2008) define Resíduos Sólidos (RS) como origens.
materiais inevitáveis p
ara os quais existe
atualmente ou não uma procura econômica 4. MAPEAMENTO DE
e para os quais seja necessário tratamento PROCESSOS
e/ou eliminação. Além dessa definição, a
PNRS traz uma definição mais ampla: O mapeamento de processos se inicia pelo
próprio conceito de processo. Para Campos
Material, substância, objeto ou bem (2014), um processo é uma sequência de
descartado resultante de atividades atividades com um objetivo específico, ou
humanas em sociedade, a cuja destinação seja, ao realizar todos os passos de um
final se procede, se propõe proceder ou processo, tem-se um resultado específico.
se está obrigado a proceder, nos estados Complementando, o processo é uma agre-
sólido ou semissólido, bem como gases gação de atividades e comportamentos
contidos em recipientes e líquidos cujas executados por humanos ou máquinas,
particularidades tornem inviável o seu para alcançar um ou mais resultados (CBOK,
lançamento na rede pública de esgotos BPM, 2013). Alvarenga (2013), afirma que
ou em corpos d’água, ou exijam para isso a técnica indicada para a compreensão e
soluções técnica ou economicamente otimização dos processos organizacionais
inviáveis em face da melhor tecnologia é o Mapeamento de Processos (MP).
disponível (BRASIL, 2010).
Segundo Pavani Júnior e Scucuglia (2011),
Outra definição é dada por Zago & Oliveira o MP de um sistema consiste em duas
(2014) ao afirmarem que todos os restos atividades: estudo do trabalho (processo
sólidos ou semi-sólidos das atividades de observação e levantamento de infor-
humanas ou não-humanas, que embora mações ligadas à cadeia de execução do
possam não apresentar utilidade para trabalho realizado) e entendimento do
a atividade fim de onde foram gerados, trabalho (a partir das informações levan-
podem virar insumos para outras ativi- tadas, busca-se compreender suas parti-
dades. A partir dessa amplitude de defi- cularidades e entender sua existência).
nições buscou-se classificar e dividir os Na atividade de MP, levanta-se o fluxo de
resíduos sólidos. Tais definições ocorrem atividades que permeia a organização,
pela complexidade e variedades de resí- seguindo a sua passagem por diversos
duos que podem ser gerados, por isso departamentos, áreas e funções, na teoria
que Martínez & Merary (2008) afirmam agregadoras de valor ao produto (bem
que há muitas definições de resíduos com e/ou serviço), onde gargalos podem ser
diferentes perspectivas como: legislativa, identificados e duplicidades de atividades
econômica, social. Por isso atualmente os são levantadas. O interessante do MP é
resíduos são organizados, classificados e perceber o desenho sistêmico das ativi-
distinguidos um dos outros por seu estado dades e descobrir que áreas ou funções
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Elementos de Fluxo
Eventos: É algo que “acontece” durante o
curso de um processo. Esses eventos afetam o
fluxo do modelo e geralmente têm uma causa
Início Intermediário Final
(gatilho) ou um impacto (resultado). São três
os tipos de eventos, baseados em quando eles
afetam o fluxo: Início, Intermediário e Final
Elementos Conectores
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
6. RESULTADOS
5. MÉTODO DE ANÁLISES
PESQUISA
De posse dos dados de campo foi possível
Sobre a caracterização do método de agrupar os processos existentes nos CR de
pesquisa, esta é considerada exploratória, RPPA em 4 macroprocessos: Geração do
já que, segundo Severino (2014), nesta são Resíduo, Disposição do Resíduo, Transfe-
levantadas informações sobre um determi- rência do Resíduo e Destinação do Resíduo.
nado objeto, delimitando assim um campo Nesses macroprocessos foi possível iden-
de trabalho, mapeando as condições de tificar 5 agentes, que participam em dife-
manifestação desse objeto. Nesse caso, rentes processos, são eles: Pequenos
utilizou-se um objeto de estudo, os CR de Produtores (PP), Grandes Produtores (GP),
RPPA na cidade de Castanhal-PA, os quais Caminhoneiros Autônomos, Cerâmicas e
tiveram suas etapas representadas em um Caminhoneiros que trabalham nas cerâ-
mapa de processos. micas. Na Figura 2 apresenta-se a relação
entre os agentes e os processos.
Inicialmente foram realizadas pesquisa
bibliográficas na literatura sobre os temas: O macroprocesso Geração de Resíduo
Cadeia produtiva do açaí, Resíduos sólidos, inicia o CR de RPPA, existem dois agentes
Logística reversa e Mapeamento de em comum nessa etapa: pequeno produtor
processos. Em seguida, foram realizadas e grande produtor. Ambos executam o
entrevistas não estruturadas com alguns despolpamento do fruto, onde o que os
agentes da cadeia, de modo a entender difere é o tamanho da escala de produção,
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PROPOSTA DE MELHORIAS
LOGÍSTICAS EM UMA
EMPRESA PRODUTORA DE
EMBALAGENS PLÁSTICAS
POR MEIO DE ANÁLISE
DE COMPONENTES
LOGÍSTICOS
Monica Silveira
Nayara Góes Reis
Luiz Thiago Monteiro de Oliveira
André Cristiano Silva Melo
Denilson Ricardo de Lucena Nunes
RESUMO
A indústria de plásticos se faz importante na sociedade em diversos aspectos, mostran-
do-se necessária no cotidiano dos cidadãos e das empresas no geral. Esse artigo procura
analisar a logística de uma empresa de fabricação de embalagens plásticas, por inter-
médio da avaliação dos componentes logísticos com o intuíto de identificar e propor solu-
ções para os problemas existentes. Em um primeiro momento, buscou-se elaborar uma
estrutura teórica baseada na literatura específica sobre os aspectos logísticos presentes
na empresa e em seguida, pôde-se analisar e caracterizar os componentes logísticos ali
existente, para que, por fim, as propostas de melhoria fossem acrescentadas ao trabalho.
O presente trabalho proporcionou a geração de maior conhecimento, que poderá ser
aplicado no suporte a decisões logísticas, fornecendo benefícios e melhorias potenciais à
empresa estudada.
Palavras-chave
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Bowersox et al. (2014) apontam também que seram uma classificação dos componentes
processo e acabados pelo custo mínimo total. de vista estratégico, onde foram definidos
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menos e, para tal, utilizou-se como proce- produtivos e alocação destes recursos
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Componentes
Arranjo logístico atual Arranjo logístico proposto
operacionais
Instalação única, próxima a outra Maior atenção com a capacidade de
empresa do grupo e aos clientes, e armazenagem para suprimentos po-
Instalações
com grande capacidade de armaze- tencialmente de maiores quantidades
nagem (suprimento apenas via fluvial)
Elevados, centralizados e compostos
Maior atenção com os níveis poten-
apenas por matérias primas (sistema
Estoques cialmente mais elevados (suprimento
empurrado para suprimento e puxa-
apenas via fluvial)
do para distribuição)
Suprimento - Rodoviário (+ rápido e
+ frequentes) para pequenas quan- Suprimentos apenas por fluvial (+
tidades ou Fluvial (+ lentos e - fre- lentos e - frequentes) e com maiores
Transportes quentes) para grandes quantidades; volumes de insumos; Distribuição
consolidada e com roteirização
Distribuição - Diárias, tipo “um para
muitos”, apenas 2 veículos
Mais integração interna (suprimentos
TI tipo ERP, com integração interna,
e produção) e externa (com clentes
mas ainda em evolução; Setor ex-
e fornecedores), para manutenção
clusivo para integração com forne-
de capacidade de armazenagem e
Informações cedores, mas ainda com pouca in-
de níveis de estoques de insumos e
tegração; Pedidos ainda executados
para viabilizar tanto a consolidação
por email ou telefone (gerente de
de cargas quanto a roteirização nas
suprimentos)
entregas
Fonte: Autores (2017)
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seu processo produtivo e isso possbilitou de melhoria perpassou pela busca por
para que as atividades-chave desta orga- que, com essa maior integração, será
rizadas devido aos potenciais níveis (altos) (tempos, veículos, instalações etc.) e
tais mudanças.
Com esta pesquisa foi possível identificar
No que diz respeito a instalação, apesar que, como a empresa objeto de estudo
de não ter ocorrido um estudo de loca- atua com produção puxada e consolidação
quência, ter acesso ao mercado da Região mais sincronizadas, para reduzir riscos de
tões foram mais preocupantes, de acordo nas entregas; visto que, é essencial um
com a análise estabelecida, como: a utili- planejamento bem estruturado, para não
zação de um espaço anexo, ou seja, fora haver viagens além do necessário, acarre-
das instalações principais, para armazenar tando em aumentos dos custos de trans-
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130
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[1 2]. FLEURY, Paulo F; WANKE, Peter e [ 1 9 ] . DA SILVA, Elaine A.; NETO, José M.
FIGUEIREDO, Kleber. Logística Empresa- Moita. Logística reversa nas indústrias
rial: a perspectiva brasileira. São Paulo. de plásticos de Teresina-PI: um estudo
Editora Atlas. 2000. de viabilidade. Polímeros, 2011.
131
ANÁLISE
MULTICRITÉRIO
EM GESTÃO DE
ESTOQUES APLICADA
AOS PRINCIPAIS
SETORES PRODUTIVOS
BRASILEIROS
RESUMO
A decisão de estocar ou não, envolve escolha entre ter baixos valores imobilizados em estoque e
oportunidade de investir o capital ou arriscar não possuir o estoque para atendimento imediato
ao cliente. Através de revisão de literatura, com mais de 30 publicações, foram identificados
importantes critérios para auxílio na tomada de decisão de quais itens estocar e porquê esto-
ca-los. O estudo reuniu 50 critérios, que tiveram sua aplicabilidade analisada em cinco setores
produtivos brasileiros. Sendo 20 critérios aplicáveis na agricultura (soja, maior produção em
toneladas), 21 na pecuária (abate bovino, maior valor de venda da produção), 23 na indústria
extrativa mineral (minério de ferro, maior arrecadação no CFEM), 22 na construção civil, destaque
na economia durante vários anos, e 25 na indústria de transformação (alimentos, maior parti-
cipação no setor). Entretanto, 25 critérios selecionados não são adequados a nenhum desses
setores. Por fim, apresentou-se as técnicas VED e Cut Off Point que são usadas para escolha
dos critérios e redução dos números dos mesmos para a decisão de estocagem. A primeira
utiliza-se da classificação vital, essencial e desejável, sendo possível adotá-la em apenas 23
dos critérios pesquisados, enquanto a outra considera as necessidades da empresa por meio
de médias ponderadas, portanto aplicada em qualquer critério em um primeiro momento. A
análise multicritério para tomada de decisão mostra-se uma importante e viável alternativa na
gestão de estoque por considerar as várias perspectivas internas e externas à empresa que
afetam o processo no momento de optar ou não pela estocagem.
Palavras-chave
Segundo Lima Jr. et. al (2014), objetivando c) Classificação dos critérios nos setores
alcançar melhores resultados que os mé- produtivos selecionados conforme resulta-
todos de classificação de estoques tradi- do da pesquisa;
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P u bl i ca çõ e s Critérios c itados
BACCHETTI et al. (2012) [8], [11], [17], [18], [19], [20], [21], [22]
BOTTER et al. (2000) [6], [11], [14], [18], [20], [22]
CHEN (2011) [8], [11], [14], [18], [24], [28], [50]
CHEN et al. (2008) [12], [14], [18], [22], [28], [50]
CHU et al. (2008) [6], [12], [14], [18], [28], [49]
DOS SANTOS et al. (2006) [8], [12], [14], [24], [28]
FIRMO (2015) [6], [8], [11], [14], [18], [19], [48]
GUVENIR et al. (1998) [11], [14], [22], [24], [28], [29], [32]
HADI-VENCHEH et al. (2011) [6], [8], [9], [11], [12], [14], [18], [22], [24], [29], [50]
KABIR et al. (2012) [8], [11], [14], [18], [22], [23], [24], [27], [28], [35], [40]
KABIR et al. (2011) [8], [11], [18], [23], [24]
LADHARI et al. (2015) [8], [14], [18], [19], [22], [24], [28], [29], [32]
LIMA JR, et al. (2014) [12], [14], [22], [24], [25], [27], [28], [29], [30], [31]
LIU et al. (2006) [8], [11], [14]
NG et al. (2007) [8], [12], [18], [22], [24], [25], [28], [32], [34], [50]
PARK et al. (2011) [11], [14], [18], [25], [28], [32], [50]
PARTOVI et al. (2002) [8], [11], [14], [35]
POVOA (2013) [9], [12], [18], [34], [42], [43], [44], [45], [46]
RAMANATHAN (2006) [8], [12], [14], [18], [22], [24], [25], [28], [29], [32], [50]
REGO et al. (2011) [8], [14], [25], [26], [41]
[8], [11], [12], [14], [18], [22], [24], [25], [27], [28], [29], [32], [33],
REZAEI (2007)
[34]
[1], [2], [3], [4], [5] , [6], [7], [8], [9], [10], [11], [12], [13], [14], [15],
RODA et al. (2014)
[16], [17]
SOYLU et al. (2014) [11], [14], [18], [22], [24]
STOLL et al. (2015) [27], [36], [47]
SURYADI (2003) [6], [8], [9], [11], [14], [18], [27], [28], [37], [38], [39]
SURYADI (2007) [6], [9], [14], [18], [25], [27], [33], [36]
SZAJUBOK et al. (2006) [11], [14], [18]
135
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
P u b l i ca çõ e s Critérios c itados
TORABI et al. (2012) [11], [24], [28]
YU (2011) [8], [11], [12], [14], [24], [25], [35]
ZHOU et al. (2007) [8], [11], [14], [18]
Fonte: Elaboração própria
Entre os 50 critérios estabelecidos, os que preço / custo médio unitário e volume de de-
foram citados com maior frequência fo- manda / previsibilidade, conforme ilustrado
ram: lead time, criticidade / impacto da falta, na imagem abaixo:
Os critérios que não aparecem no gráfico da. Porém, o destaque é a Soja [A], que
foram citados apenas uma vez. possui participação de 48,4% da produção
de cereais, leguminosas e oleaginosas na
Para posteriormente avaliar a aplicação safra de 2017, entre 14 variedades (IBGE,
dos critérios selecionados em setores pro- 2017), como é ilustrado na tabela 3:
dutivos, foram escolhidos destaques na
economia brasileira:
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P re ço (Co-
At i vi da d e t a çã o e m Quantidade Valor total
23/02/2016)
Leite 23.170.000.000
R$ 1,30 - (R$/litro) litros R$ 30.023.686.000,00
Ovos de galinha 3.100.000.000 dú-
R$ 3,13 - (R$/dúzia) zias R$ 9.703.000.000,00
Abate bovino R$ 140,28 - (R$/@) 7.350.000 t R$ 70.192.525.018,72
Abate suíno R$ 4,62 - (R$/Kg) 3.710.000 t R$ 17.140.200.000,00
Abate de frango R$ 3,12 – (R$/Kg) 13.250.000 t R$ 41.340.000.000,00
Fonte: Adaptado de Indicadores IBGE – Estatística da Produção Pecuária (março de 2017)
138
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
_ Construção Civil [E]: abrange toda e qual- restauração. Destaque na indústria nos úl-
quer atividade relacionada à produção de timos anos pela sua participação na classe,
obras, incluindo as funções de planeja- conforme números ilustrados na tabela 5.
mento, projetos, execução, manutenção e (IBGE, 2016)
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Onde:
4.DESENVOLVIMENTO
O modelo mais aceito para análise de cri- No quadro abaixo estão apontados quais
ticidade é a classificação VED, sendo os critérios são aplicáveis em cada setor sele-
materiais catalogados como Vitais, Essen- cionado:
ciais ou Desejáveis. Os materiais Vitais são
Tabela 6 – Aplicação dos critérios nos
aqueles cuja falha/falta provoca elevados
setores
custos de paragem, graves danos na efi-
ciência de todo o processo produtivo e na
Crité-
qualidade dos produtos. Os materiais Es- rios de Aplic abilidade nos
senciais conduzem a uma perda significa- estoc a- setores
tiva da produção, contudo não obrigam à gem
paragem de todo o processo produtivo. Os [1] [C], [D], [E]
[2] [B], [C], [D], [E]
materiais Desejáveis são aqueles cuja falta
[3] [C], [D], [E]
não tem impacto significativo na quantida-
[4] [A], [B], [C], [D], [E]
de ou qualidade dos produtos (Bošnjako- [5] [A], [B], [C], [D], [E]
vic 2010, apud Oliveira 2015). Porém, esta [7] [A], [B], [C], [D], [E]
é uma análise que requer alguns inputs [8] [A], [B], [C], [D], [E]
qualitativos por parte dos gestores. Cavalieri [9] [D]
[11] [A], [B], [C], [D], [E]
et al. (2008) aleram que pode ser uma tare-
[12] [D], [E]
fa de difícil execução pela subjetividade que
[13] [A], [B], [D], [E]
lhe está inerente. (SANTOS, 2014) [14] [A], [B], [C], [D], [E]
[17] [A], [B], [C], [D], [E]
O método VED, utilizado por Botter e Fortuin [18] [A], [B], [C], [D], [E]
(2000), Bošnjaković (2010) e Stoll et al (2015), [19] [A], [B], [C], [D], [E]
apud Stoll et. al. 2015), é aplicado para a ade- [22] [A], [B], [C], [D], [E]
quada utilização do modelo de classificação [25] [A], [B], [C], [D], [E]
[27] [A], [B], [C], [D], [E]
sendo necessário construir uma escala de
[28] [C], [D], [E]
classificação entre os critérios e subcritérios
141
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
142
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Pelo fato do método Cut off Point depender Na Tabela 7 estão as aberturas dos crité-
apenas da atribuição de importância con- rios em que foi possível aplicar o método
forme realidade da empresa, este pode ser VED. As aberturas dos critérios são flexí-
aplicado, em um primeiro momento, na se- veis e devem ser adaptadas a realidade
leção de todos os critérios listados na pes- organizacional (nesse exemplo foram ado-
quisa relacionados à decisão de estocagem. tados dados arbitrários):
C ri té ri o s d e e s -
VE D Abertura
to ca g e m
Vital Problemas > 5%
[1] Essencial Problemas <= 5%
Desejável Sem problema
Vital Perda > 5%
[2] Essencial Perda <= 5%
Desejável Sem perda
Vital Equipamentos afetados > 20%
[3] Essencial Equipamentos afetados <= 20%
Desejável Sem efeito dominó
Vital Impacto Irreparável
[4] Essencial Impacto reparável
Desejável Sem impacto
Vital Falhas/dia > 3
[7] Essencial Falhas/dia <= 3
Desejável Sem falha
Vital Previsibilidade < 50%
[8] Essencial Previsibilidade > 50%
Desejável Demanda 100% previsível
Vital Validade < 90 dias
[9] Essencial Validade >= 90 dias
Desejável Sem data de validade
Vital Taxa de obsolescência < 2 anos
[12] Essencial Taxa de obsolescência >= 2 anos
Desejável Sem taxa de obsolescência
Vital Taxa de obsolescência < 2 anos
[13] Essencial Taxa de obsolescência >= 2 anos
Desejável Sem taxa de obsolescência
Vital Taxa de obsolescência < 2 anos
[14] Essencial Taxa de obsolescência >= 2 anos
Desejável Sem taxa de obsolescência
Vital Taxa de obsolescência < 2 anos
[15] Essencial Taxa de obsolescência >= 2 anos
Desejável Sem taxa de obsolescência
143
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
C ri té ri o s d e e s -
VE D Abertura
to ca g e m
Vital Tempo mascarado > 2h
[16] Essencial Tempo mascarado <= 2h
Desejável Sem tempo mascarado
Vital Horas paradas >2h
[18] Essencial Horas paradas <=2h
Desejável Sem impacto
Vital Falha imprevisível
[19] Essencial Falha previsível
Desejável Sem falha
Vital > 95%
[27] Essencial >= 90% e >=95%
Desejável < 90%
Vital Segurança <=70%
[33] Essencial Segurança >= 70%
Desejável Segurança = 100%
Vital Estocar itens vitais
[34] Essencial Estocar itens com criticidade média e alta
Desejável Estocar todo material necessário
Vital Seguro < 50% do valor do produto
[37] Essencial 50% <= Seguro > 100% do valor do produto
Desejável Seguro 100% do valor do produto
Vital Nº fornecedores = 1
[40] Essencial 1 < Nº fornecedores <= 5
Desejável Nº fornecedores > 5
Fonte: Elaboração própria
multicritério aparece como uma opção ex- empresas dos setores mais relevante, bem
os mais diversos fatores que influenciam atinjam a nota de corte conforme o méto-
144
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
145
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
146
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
[ 3 1 ] . RODA, Irene. MACCHI, Marco. FU- [ 38] . SZAJUBOK, Nadia Kelner; MOTA,
MAGALLI, Luca. VIVEROS, Pablo, (2014),”A Caroline Maria de Miranda; ALMEIDA, Adiel
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[32]. SANTOS, Sara Dias dos. Fra- [ 39] . TORABI, Seyed Ali; HATEFI, Seyed
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de estudo na indústria automóvel. 2014. classification in the presence of both
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Aveiro. Computers & Industrial Engineering, v. 63,
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[ 35 ] . STOLL, J.; KOPF, R.; SCHNEIDER, J.; v. 182, n. 3, p. 1488-1491, 2007.
147
SERVIÇO AO CLIENTE:
UM ESTUDO EM UMA
EMPRESA DE PEQUENO
PORTE DO SETOR
DE SIDERURGIA E
USINAGEM
RESUMO
O presente artigo apresenta um estudo do nível de serviço ofertado ao cliente de uma
empresa de pequeno porte do setor de siderurgia e usinagem. Para realizar o estudo,
foi desenvolvido um questionário com base no quadro de referência de indicadores de
desempenho logístico relativos ao serviço ao cliente desenvolvido por Almeida e Norato
(2016). Posteriormente, foi realizada uma entrevista semiestruturada com o proprietário
da empresa e feita a observação das atividades. Através do diagnóstico dos dados obtidos,
foram expostos os aspectos positivos e negativos do nível de serviço ao cliente prestado
pela empresa e apresentadas algumas propostas de melhoria. Por fim, foram feitas as
considerações finais acerca do tema.
Palavras-chave
tico e o tema começa a ser utilizado com em uma empresa de pequeno porte do
149
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Dado o contexto exposto, o presente artigo local, com o objetivo de criar identidade e
destaca como objetivo geral identificar o diferenciação na região em que estiverem
nível de serviço prestado aos clientes de inseridas (CAVALCANTI; MARTINELLI, 2007;
uma empresa de pequeno porte do setor de LEONE, 1999; LIMA, 2001; MARTINS, 2014;
siderurgia e usinagem através do quadro de MORAES et al., 2007; UHLMANN et al. 2006;
referência de indicadores de desempenho WANKE; MAGALHÃES, 2012).
logístico relativos ao serviço ao cliente
Para Cavalcanti e Martinelli (2007), existem
desenvolvido por Almeida e Norato (2016).
algumas dificuldades na definição de uma
Para atingir tal objetivo, faz-se necessário
MPE. Essas dificuldades estão ligadas à
neste estudo os seguintes objetivos espe-
escassez de informações e à baixa acuraci-
cíficos: (i) levantar dados e informações
dade dos dados referentes a esses tipos de
para identificar o atual nível de serviço da
empresas, pois seu alcance pode englobar
empresa, (ii) realizar a análise do serviço ao
desde pequenas empresas formais e com
cliente prestado pela empresa através do
tecnologia de ponta até mesmo profissio-
quadro de referência de Almeida e Norato
nais liberais, o que dificulta as pesquisas
(2016) e (iii) sugerir recomendações para
voltadas para esse segmento (CAVAL-
futuras melhorias.
CANTI; MARTINELLI, 2007).
Acredita-se que essa pesquisa levará a uma
Leone (1999) delimitou algumas especifi-
melhor compreensão sobre a influência
cidades para caracterizar as MPE’s. Para
da logística no nível de serviço ofertado
a autora, as empresas de pequeno porte
ao cliente de uma empresa de pequeno
apresentam uma estrutura centralizada
porte do setor de siderurgia e usinagem.
e com uma baixa quantidade de níveis
Para alcançar os objetivos geral e espe-
gerenciais, o que faz depender fortemente
cíficos propostos, a próxima seção deste
da atuação direta do seu proprietário
artigo apresenta uma breve revisão de
no contato com os clientes, tanto para
literatura que contempla o conceito de
conhecer suas necessidades quanto para
MPE, desempenho logístico e serviço ao
explicar os diferentes aspectos dos seus
cliente. Em seguida, apresenta-se a meto-
bens ou serviços. A tomada de decisão é
dologia de pesquisa, os resultados obtidos
baseada na experiência do dirigente e,
e a discussão acerca do tema. Por fim, são
na maior parte do tempo, realizada na
expostas as considerações finais do artigo.
operação de curto prazo (LEONE, 1999).
150
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
151
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
serviços ofertados aos clientes. Tal levan- forma breve, os 37 indicadores de desem-
tamento é capaz de contribuir na avaliação penho logístico relacionados ao serviço ao
e manutenção de serviços logísticos das cliente classifi cados pelos autores. Os indi-
empresas para diferenciá-las perante a cadores estão divididos nas categorias de
concorrência. A fi gura 1 apresenta, de pré-transação, transação e pós-transação.
152
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
desse estudo foi o estudo de caso com passo foram desenvolvidas análises que
153
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Aspectos Aspectos
Indicadores
positivos negativos
Pré-transação
Acessibilidade X
Ativos/utilização X
Bens tangíveis X
Confiabilidade na segurança X
Confidencialidade, cortesia, competência e responsividade X
Estrutura da organização X
Flexibilidade de área e pontos de venda X
Flexibilidade de produtos X
Flexibilidade do sistema X
Flexibilidade no mix de produtos X
Flexibilidade no volume de produção X
Pedido perfeito X
Política formal de serviço ao cliente e conhecer o cliente X
Preço/custo X
Restrições ao tamanho do pedido X
Transação
Acurácia na documentação dos pedidos X
Capacidade de resposta X
Comunicação e manutenção de informações X
Confiabilidade, flexibilidade e pontualidade na entrega do produto X
Informações sobre a situação do pedido X
Manuseio de materiais X
Pedido entregues completos X
154
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
cortesia, competência e responsividade; estru- revelaram que nove dos doze indicadores
155
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
dados da pesquisa, seis dos dez indicadores poderá amenizar os desperdícios gerados.
156
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
O objetivo deste artigo foi identificar o nível entre responsividade e geração de valor,
(2016). Dessa forma, pode-se considerar que lecimento deve continuar a investir na
o objetivo geral foi atingido, uma vez que melhoria do seu desempenho, de modo a
aceitas pelo proprietário da empresa. Cabe a objetivos frente as suas atividades logís-
empresa atuar para potencializar o nível de ticas. Pesquisas futuras poderão ser desen-
157
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
158
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
159
CADEIA LOGÍSTICA DO
ÓLEO DIESEL UTILIZADO
NA AGRICULTURA NO
MÉDIO NORTE DE MATO
GROSSO: EXTRAÇÃO,
REFINO E TRANSPORTE
DO ÓLEO DIESEL
RESUMO
Com o desenvolvimento do capitalismo mundial, sobre tudo a partir da revolução indus-
trial, o gerenciamento da cadeia de abastecimento tem se tornado fonte segura de compe-
titividade. Deste modo, especialistas veem na logística um elo entre o mix de atividades que
a compõe, fundamental para o sucesso rentável de uma organização. O presente trabalho
tem como objetivo, estudar a cadeia logística do óleo diesel utilizado na agricultura no médio
norte de Mato Grosso, com foque nos processos de extração, refino e transporte. Para
sua realização no que tange a metodologia, utilizou-se de pesquisa bibliográfica, qualitativa
descritiva, histórica e documental. A pesquisa levou em conta informações fornecidas por
empresas, públicas e privadas, associações e entidades ligada ao setor de distribuição de
combustíveis, bem como a utilização de materiais publicados em livros e artigos. Baseado
no lema “integrar para não entregar” iniciou-se a política de ocupação da Amazônia legal,
no qual se engloba a região norte e médio norte de Mato Grosso. Com a pesquisa, identi-
ficou-se que o óleo diesel é o principal produto utilizado na agricultura na movimentação
das maquinas e caminhões na colheita e transporte de grãos. O estudo também apontou
que para a disponibilidade desse produto na região o mesmo percorre um longo trajeto em
sua cadeia, tendo inicio na sua extração na Bacia de Campos nos estados do ES e RJ, sendo
utilizado vários modais de transporte com custo variados entre eles.
Palavras-chave
atuam. Nessa busca por estratégia, a logís- com sua economia voltada para o agrone-
tica vem se tornando cada dia mais como gócio, torna a logística como um todo, o
um dos processos mais eficaz na obtenção principal meio capaz de acelerar o desen-
então, abranger todo o ciclo operacional de região. Contudo, todo o fluxo de movimen-
uma organização como: controle de custos, tação para a geração da economia local,
de matérias primas ou produtos acabados, vindo das indústrias localizadas nos grandes
além de todos os elementos relativos a centros, quanto aos grãos in natura prove-
essas atividades, desde o ponto de origem, niente deste setor, onde têm como destino
ate atingir o local correto para os devidos os mesmos grandes centros, locais onde
fornecimento desses serviços vai medir a produção da região, faz com que existam
Bowersox e Closs (2010, p. 23) afirma que Sendo assim, em determinada época do
“quando uma empresa decide diferen- ano, como período de safra, a exemplo do
ciar-se com base na competência logística, primeiro trimestre de 2016 o óleo diesel
161
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
162
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
é necessário que vários elementos dentro através de óleo duto, conhecido como meio
de um sistema, relacionam entre si de de transporte dutoviário, ou por meio de
forma dinâmica com o intuito de chegarem grandes navios petroleiros, ou seja, hidro-
ao mesmo objetivo. Nesse sentindo, viário (FOGAÇA, 2016).
Oliveira (2005, p.23) afirma que sistema é
um conjunto de partes interagentes e inter- 3.2 CUSTO LOGÍ STI CO
dependente que, conjuntamente, formam
um todo unitário com determinado obje- O surgimento da logística se
tivo e efetuam determinada função. confunde com a origem do comércio, onde
as mercadorias eram diretamente inter-
Sendo assim, a formação de um sistema cambiadas nos postos de troca por meio
produtivo, geralmente são compostos por de caixeiros viajantes e estocadas em
dois momentos, entrada dos insumos ou armazéns gerais, para então, serem comer-
matéria prima e saída dos produtos. Deste cializadas nas pequenas vilas por meio de
modo, os recursos como tecnológicos, escambo (NOVAES, 2007). Contudo, foi na
humanos, financeiros e materiais são utili- segunda guerra mundial, que a logística
zados visando transformar recursos natu- tomou forma, já que era necessário aplicar
rais em produto adequado à necessidade práticas de planejamento indispensáveis
do cliente, agregando valor aos agentes para o sucesso das batalhas.
envolvidos (COSTA, 2010).
Tratando-se da logística no Brasil, o trans-
Seguindo esse contexto, a atividade petro- porte de cargas é o principal componente
lífera não é diferente, onde o inicio para do sistema de distribuição, represen-
um poço de extração começa com estudos tando em média 64% dos custos logísticos
preliminares em busca da localização e 4,3% do faturamento, sendo que em
exata de jazidas. De acordo com Gil (2007), alguns casos mais do que o dobro do lucro
após a confirmação da qualidade e quan- (WANKE, 2010).
tidade do petróleo encontrado é montado
um painel de informações identificando Ressalta-se que o crescimento das ativi-
quais os mecanismos a ser utilizados. dades de transporte não foi acompa-
Onde, conhecer a qualidade do petróleo é nhado pelos investimentos necessários de
de suma importância, pois facilita o refino, manutenção e expansão da infraestrutura,
já que dependendo da densidade do mate- ocasionando certa ineficiência na distri-
rial é extraído um produto diferente. buição da cadeia de suprimentos. Outro
fator indispensável refere-se ao principal
O transporte do petróleo para os centros modal utilizado no país, pois de acordo
de armazenamento ou refinaria constitui com Bertaglia (2009, p. 297) “no Brasil mais
em uma importante etapa para o processo de 60% do volume é transportado pelo
de produção. Assim, após ser extraído modal rodoviário”.
o transporte se da na maioria das vezes
163
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Nesse sentido a logística é uma área que rias primas ou seus produtos de alguma
pode ser atribuída de varias maneiras, forma. Sua importância se da devido o
onde estão relativamente à adminis- grande valor agregado, perdendo apenas
tração de pessoal, material e instalações. para o valor do produto (BALLOU, 2006).
Pois segundo Bowersox e Closs (2007, p.
De acordo com Figueredo, Fleury e Wenke,
19) a logística é um verdadeiro paradoxo,
(2009) o custo do transporte no Brasil, está
onde ao mesmo é tempo, uma das ativi-
diretamente ligada ao tipo de modal utili-
dades econômicas mais antigas e um dos
zado, estima-se que o país esteja em pelo
conceitos gerenciais mais modernos.
menos a 50 anos de atraso, no que diz
Estudos mostram que os custos logísticos respeito ao meio de transporte e a quali-
estão presentes desde a entrada da matéria dade oferecida.
prima na indústria, até o produto acabado
Com esses dados, especialistas da área
nas mãos do consumidor final, pois, de
enfatizam que o modal mais utilizado no
acordo com Novais (2007, p 32) mesmo que
Brasil trata se de uma improvisação, ou
o sistema logístico seja o mais primitivo,
seja, paliativa, foi criada para resolver
agrega então um valor de lugar ao produto.
um problema imediato, levando-se em
Desta forma, os custos de transporte podem conta um menor custo na sua construção.
influenciar indiretamente o bem estar de Seguindo esse contexto, mesmo sendo
uma população, já que o valor de um produto um valor baixo em sua construção o Brasil
esta relacionado com o custo do transporte, ainda apresenta se como um dos países
sendo que quanto menor o valor do frete com uma das menores malhas viários,
menor será o custo de um produto. levando-se em conta sua extensão territo-
rial (WANKE, 2010).
Nos últimos anos a concorrência se tornou
enorme, já que as empresas veem no Em regiões que possui um transporte defi-
transporte como o ultimo estagio para que ciente normalmente estão nas áreas mais
possam reduzir custos, portanto o setor afastadas dos grandes centros, pois muitas
vem passando por dificuldades (CAIXE- vezes ocorre à produção, por conta disso
TA-FILHO E MARTINS 2001). No entanto, um transporte eficiente eleva a compe-
quando a os gestores passa a reconhecer titividade desses produtos de maneira a
que logística esta diretamente ligada os beneficiar toda a sociedade que ali habita.
custos da empresa certamente aumentara Nesse sentido, quando o sistema de trans-
sua fatia no mercado ( BALLOU, 2006). porte é precário, a comercialização do
produto se limita nas proximidades, da
164
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
165
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Ainda com relação aos custos, o seu alto investimento na infraestrutura, tornou as
valor fixo tanto na implantação quanto ferrovias tal como se conhece hoje.
na manutenção dos equipamentos, termi-
Embora esse modal apresentar números
nais e vias férreas etc., pode ser compen-
relevantes ao transporte brasileiro, de
sado nos custos variáveis devido ao grande
acordo a (ANTF, 2014) Associação Nacional
volume transportado. Apesar do custo do
dos Transportadores Ferroviários, toda a
transporte ferroviário ser bem inferior ao
malha ferroviária não ultrapassa a 30 mil
rodoviário, essa atividade esta longe de ser
km. Mesmo sem grandes investimentos no
a mais utilizada no Brasil. Fatores como falta
setor, algumas informações ainda são favo-
de planejamento a médio e longo prazo e
ráveis como observa na figura 2 abaixo.
166
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
167
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
menor risco, tanto para o cliente quanto uma estação de carregamento de vagões.
ao meio ambiente. O modal dutoviário é Já no Brasil tem registro do inicio das
o que transporta a menor quantidade de operações no ano de 1942 no estado da
espécie de produto, pois é utilizado apenas Bahia, com uma linha de extensão de 1 km
para transporte de petróleo seja bruto ou ligando a refinaria experimental de Aratu e
refinado, com cerca de 96% de utilização o porto de Santa Lucia. (COSTA 2009).
no produto bruto, ou seja, dos campos de
Destaca-se no Brasil como entre os maiores
extração até as refinarias (BALLOU, 2006).
dutos vias, a Óleo duto que liga Paulínia
Apenas 4% do combustível refinado em em SP a Brasília, com aproximadamente
todo território é transportado nesse modal, uma extensão de 995 km e a mineroduto
onde 13% e pelo hidroviário, 20% ferro- que liga Mariana MG a Ponta Ubu ES com
viário e 63% pelo rodoviário (CARDOSO, 395 km. Não podendo esquecer do gaso-
2004). Embora seja pouco utilizado no duto Brasil/Bolívia entre Canoas, no Rio
Brasil, o modal dutoviário possui particu- Grande do Sul, no Brasil e Santa Cruz de La
laridades próprias que leva vantagens aos Sierra, Bolívia, o maior da América Latina,
demais, é o caso de ter a disponibilidade com 3.150 km (COSTA 2009).
de operar 24 horas sete dias por semanas,
a não ser em caso de manutenção. 3.5 LOGÍ STI CA M ATO-
Com relação a implantação da dutovia
GR OSS ENS E
exigem grande quantidade de mão de obra Baseado no lema “integrar para não
talvez seja um dos motivos pelo alto valor entregar” iniciou-se a política de ocupação
necessário para instalação, principalmente da Amazônia legal, no qual se engloba a
em se tratando de terrenos acidentados. região norte e médio norte de Mato Grosso.
Outro aspecto importante quando se fala Para tanto, o Governo Federal no inicio dos
em valores, recai sobre a manutenção e anos 70 incentivou a abertura de novas
monitoramento das linhas, trabalho funda- áreas, onde estão hoje localizadas varias
mental para garantir a segurança tanto cidades, algumas conhecidas mundial-
das pessoas quanto de contaminação do mente pela produção de grãos, madeiras,
ambiente já que em sua grande maioria carnes e outros, (SANTOS 2011). De acordo
são transportados produtos perigosos com Picoli (2005) essa invasão pode ter
(COSTA 2009). relação direta com a riqueza encontrada
na Amazônia, no que diz respeito aos
Esse tipo de modal é utilizado na maioria
recursos naturais como, hídrico, flora,
das vezes no transporte e coleta de
fauna e minerais.
petróleo, tendo noticia dos primeiros trans-
portes por volta do ano de 1865 na região A Agilidade na construção e o baixo custo
da Pensilvânia (EUA) com apenas 8 km de de implantação fizeram com que o governo
extensão ligando um campo de extração a Federal, optasse por modal rodoviário, pois
168
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
a economia da época não oferecia condição produtos sejam industrializados, com isso
para a utilização ou implantação de outro dependendo do caso é indispensável à
modal. Deste modo, poucos eram os volta de parte desses mesmos produtos
produtos que supriam a região, sendo que a na forma industrializada, já que a região
produção inicial se limitava em poucas tone- conta com poucos parques industriais.
ladas de grãos e alguns m³ de madeiras, Portanto, é utilizado o mesmo modal que
processo esses que não trariam retornos antes percorreram longas distâncias até as
suficientes para grandes investimentos. indústrias dos grandes centros, tornando
quase que intrafegável, causando sérios
Em meados dos anos 80 com um grande
prejuízos aos setores público e privado
crescimento do segmento madeireiro e
(CORREA & RAMOS 2010).
um sinal positivo do setor do agronegócio,
iniciam-se então as dificuldades frente ao
setor de transporte. Fator determinante
3.6 D I STR I B UI ÇÃO D E
para o projeto de asfaltamento da rodovia
ÓLEO D I ES EL NO B RAS I L
BR Cuiabá-Santarém de Sinop até ao Posto No Brasil em 1910 iniciou-se a distribuição
Gil (SANTOS, 2011). do óleo diesel, através da Anglo-Mexican
Petroleum Products Company, primeira-
Por se tratar do setor primário, é necessário
mente seu transporte se dava nos lombos
que em algum momento da cadeia, esses
de burros, conforme observa na figura 3.
Somente uma decada mais tarde foram Ainda em relação ao inicio da distribuição
inagurados os primeiros postos de serviços de combustíveis no Brasil pode se observar
na cidade do Rio de Janeiro pela mesma na figura a seguir figura 4 o que de acordo
empresa e em 1952, recebe o nome Shell com a Shell Brasil é a imagem do primeiro
Brazil Ltda. trem, o qual transportava combustível de
169
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Desta forma, quando a opção das compa- km, sendo assim, mesmo com a diminuição
nhias por fazer as retiradas no terminal de da distância faz-se necessário realizar esse
Goiânia, faz se necessário um planejamento transporte por veículos maiores.
de no mínimo cinco dias para poder atender
No entanto, há de se levar em conta os
o cliente, já que a rota a percorrer é de apro-
riscos já que as condições das rodovias não
ximadamente 1.700 quilômetros. Já optando
oferecem segurança de trafegabilidade. A
por Alto Taquari pode chegar a ser de 1.200
BR 163 concebida como parte do programa
173
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
da ditadura militar com o escopo de inte- buição de combustível. Fato se ocorre, por
grar a Amazônia ao território brasileiro se encontrar em franco desenvolvimento,
tinha como principal objetivo promover a tornando o combustível mais precisa-
expansão do agronegócio em Mato Grosso, mente o óleo diesel, um dos produtos mais
porém há quase 50 anos atrás o governo e utilizados para a geração de energia nas
sua equipe não tinha noção do que viria a fazendas e indústrias da região, quer seja
ser essa região (RODOVIA & CIA, 2014). para motores estacionários ou movimen-
tação de maquinários.
Este estudo teve como objetivo o Mato Grosso se encontrar, distantes das
óleo diesel utilizado na região do médio os custos aumentam e tem que ser absor-
1 74
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177
TECNOLOGIAS
LOGISTICAS APLICADAS
NO ATENDIMENTO AO
CLIENTE DO SEGMENTO
VAREJISTA
RESUMO
O varejo é essencialmente um operador logístico, ou seja, um elo entre o consumidor
final e o fornecedor. Em decorrência disso, as relações com os fornecedores e com o
mercado consumidor representam, ao mesmo tempo, problemas e oportunidades para
a melhoria das operações comerciais varejistas. Todo este encadeamento tem como elo
inicial o próprio consumidor, cuja disposição de compra constitui-se no fato gerador das
ações produtivas e comerciais. O setor varejista, ao atuar junto ao consumidor, possui
papel preponderante, definindo a direção das cadeias produtivas. Os conceitos logísticos
modernos aplicados ao sistema produtivo são bastante abrangentes, envolvendo diversas
áreas e foco de atuação. Absorver estes conceitos requer elevado nível de conhecimento
e competência dos agentes envolvidos, bem como o uso de modernos recursos de infra-
-estrutura. Dentre as diversas áreas englobadas na logística da cadeia de suprimentos,
podem-se citar aquelas mais relevantes: transporte, armazenagem e gestão de estoques.
Devido à vasta literatura sobre logística e tecnologia da informação, o trabalho aqui apre-
sentado faz uma abordagem do tema no âmbito da logística integrada e da cadeia de
suprimentos dentro dos hipermercados. A fundamentação teórica qualitativa segue a
bibliografia tradicional bem como fontes secundárias como teses, dissertações, Internet,
textos periódicos e jornais.
Palavras-chave
a ser transmitida para o cliente. O Pessoal mento do varejo. Na atualidade, esta neces-
da linha de frente, se for eficaz, é capaz de sidade emerge com grande importância em
Sistemas devem apoiar a linha de frente, que muitas vezes é confundido com propa-
ência da organização. Esses três fatores – dois itens são ferramentas de marketing e
A prestação de serviço é composta por ao ano anterior. Para este ano, a expecta-
empresa fornecedora de serviços. A todos que as lojas menores, com até 250m2, deve
de Serviços, que deve ser entendido como mente 7%. Em 2005 o tamanho do mercado
a cadeia contínua de eventos pelo qual o foi R$ 106,4 bilhões (CASTRO, 2012).
179
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Marin e Moretti (2009, p.25) cita uma mentos do atendimento ao cliente são:
180
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
5 ) Todos os funcionários devem ter auto- tiva quanto de Marketing. Ele incrementa
ridade para lidar com as reclamações dos o marketing porque motiva os clientes
clientes. a difundir bons comentários sobre seus
serviços e negócios a outros compradores.
6 ) Estimular os clientes a dizer o que está
A maneira mais barata de adquirir novos
sendo feito de errado.
clientes é através de reclamação verbal.
181
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
um pedido ou embarcar Uma peça de repo- cliente antigo é fundamental para a sobre-
sição? Quando padrões são estabelecidos vivência da organização. Conquistar novos
para práticas normais, você pode assegu- clientes é muito mais custoso e difícil,
rar-se do alto desempenho de seus funcio- principalmente a partir das premissas de
nários. Lembre-se, o que pode ser medido consumo em queda e clientes cada vez
pode ser feito (MARIETTO et al., 2002). mais exigentes. A qualidade percebida nos
produtos e, principalmente, nos serviços
O atendimento a clientes se paga, ele não
pós-venda torna-se ferramenta ou arma
custa. Deve-se trabalhar constantemente
fundamental de negociação.
para ter o melhor serviço de todos os
tempos. O único objetivo para estar nos Competir em tal mercado para conquistar
negócios deverá ser satisfazer os clientes. novos clientes (a preocupação aparente
Uma vez feito isso, o crescimento, a da maioria dos profissionais de marketing
expansão e os lucros ocorrerão de forma contemporâneos) pode ser fácil, porque os
natural (MARIETTO et al., 2002). clientes demonstram lealdade de marca,
muito pequena. Eles poderiam comprar
182
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
183
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
184
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
185
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
limites e criar novos valores para sua vendo uma “lealdade artificial”.
empresa, seus clientes e acionistas.
Assim sendo, sempre é importante
Existem muitas diferenças, uma delas é a observar que nenhuma publicidade,
noção de que o marketing geral tem como promoção ou slogan, podem impedir que
objetivo atingir os segmentos, ao passo uma empresa perca a sua posição de
que o marketing de relacionamento cria mercado. As atitudes e não as palavras e
valores com os clientes individuais. A outra as promessas, fazem as coisas acontecer.
diferença concentra-se nos concorrentes,
Além disso, somente benefícios genu-
não nos clientes (BRETZKE, 2000).
ínos, baseados na total compreensão das
Um dos maiores desafios para o profissional necessidades dos seus melhores clientes,
de marketing é desenvolver um amplo apoio desenvolverão a tão almejada lealdade.
para a revisão dos processos que afetarão Bons programas de fidelidade possuem
praticamente tudo o que a empresa faz ao em comum prêmios úteis e atrativos,
longo de sua cadeia de valor. recompensas alcançáveis, regras bem
divulgadas, claras e raramente mutáveis.
186
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
As empresas que criam parcerias com atividades varejistas podem ser realizadas
clientes, fornecedores, canais inter- também pelo telefone, pelo correio, pela
mediários ou concorrentes frequente- internet, e também na casa do consu-
mente praticam os princípios de marke- midor. Quando fabricantes e atacadistas
ting de relacionamento em uma série de vendem diretamente para o consumidor
dimensões fundamentais. Elas podem final, estão também desempenhando ativi-
alinhar seu pessoal, processos e tecno- dades de varejo, porem não são conside-
logia de informação e, talvez, suas estra- rados como varejo, pois essa não é sua
tégias, mas raramente os quatros simul- principal fonte de receita. O varejista difere
taneamente (BRETZKE, 2000, p.44). do atacadista, pois o atacado consiste no
processo de venda para clientes institu-
187
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
188
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Conforme define Las Casas (1992), o rinhos, tecidos, papelaria, tapeçaria, vestu-
O sistema atual do varejo começou a ser adágio: “o importante não é o que você
estruturado no Brasil no final do século conhece, mas, sim, quem você é”. Suge-
189
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
190
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
191
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
grande diminuição dos stocks nos arma- processo comercial (cotação, orçamento,
zéns. Como a compra de novo stock ao fechamento do pedido, emissão de ordem
fornecedor é feita na altura da requisição, de compra e envio de nota fiscal) entre
visto sair logo à nota de encomenda, o supermercados e fornecedores é reali-
tempo de reabastecimento diminui signi- zado de forma eletrônica. A adoção desta
ficativamente, implicando uma diminuição estratégia garante um maior dinamismo
dos stocks armazenados e dos próprios e eficiência no processo de compra, o que
armazéns; contribui para operações do impacta diretamente na diminuição dos
tipo Just in time no hipermercado. Toda a níveis de estoque nas lojas e das faltas dos
informação é transmitida ao mesmo tempo produtos nos pontos de vendas, permi-
em que o processo é realizado; diminuição tindo uma reposição contínua. Para isto os
de erros no processamento dos docu- principais fornecedores devem estar inte-
mentos, visto que é tudo informatizado; grados com os principais varejistas e de
diminuição do lead-time, visto que o tempo forma direta ou indireta controlar os esto-
que decorre desde o processamento de ques nas lojas.
uma encomenda até a sua colocação na
O Supply Chain com o uso de EDI tem sua
prateleira para venda diminui (SANTOS,
expansão dificultada pelos altos investi-
2006 apud MACHADO, 2006).
mentos que devem fazer fornecedores e
O Supply Chain (gerenciamento da cadeia varejistas. A saída que está sendo montada
de abastecimento) tem a função de tornar para ultrapassar esta barreira é a intro-
a cadeia de suprimento eficiente, reduzir dução da chamada Web EDI. Esta tecno-
perdas, evitar a burocracia, garantir o logia mescla o conceito original de EDI e
abastecimento e diminuir o preço final do a Internet. O uso de EDI está concentrado
produto. O uso de tecnologias de infor- nos grandes fornecedores como Gessy
mação é fator primordial para a eficácia Lever, Panamco (engarrafadora da Coca-
deste novo conceito de administração de -Cola), Nabisco, Nestlé e outros gigantes
compras, estoques e de distribuição. O da indústria. O desenvolvimento do uso
EDI (Eletronic Data Interchange) é ainda a de Web EDI seria uma solução para que
ferramenta mais importante e mais utili- pequenos e médios fornecedores e vare-
zada na relação entre o supermercado, jistas se integrem dentro de uma estrutura
os principais fornecedores, o Centro de que aumente a abrangência do forneci-
Distribuição (CD) do grupo e as empresas mento e de compras por meio eletrônica
de transportes. Este conjunto de agentes (web/Internet).
pode ser caracterizado como a estrutura
logística da organização. 4.2 R FI D
O uso de EDI é utilizado no processo de A RFID (Radio Frequency Identification) faz
compras das empresas (comércio eletrô- uso de etiquetas eletrônicas ou de RFID que
nico B2B - business to business). Todo o emitem um Código Eletrônico do Produto
192
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
(EPC, Eletronic Product Code) (SUDRÉ, 2005). nacional; não se detectar a passagem de
Esta tecnologia vem sendo utilizada cada mercadoria cuja informação não foi lida; o
vez mais em diversos ramos, mas o que a efeito da exposição humana às ondas de
torna realmente interessante é o fato de rádio (BRAZÃO, 2005); e a utilização em
ser cada vez mais apontada como uma produtos metálicos ou com componentes
substituição do código de barras, permi- metálicos (DÂMASO, 2005).
tindo um maior controle logístico numa
cadeia de hipermercados. 4.3 ECR
As vantagens das etiquetas eletrônicas são, O ECR é uma ferramenta estratégica de
por exemplo: codificação em ambientes gestão que tem o objetivo de identificar
hostis; codificação de produtos em que o perfil dos clientes e suas necessidades.
o código de barras não é eficiente; colo- Tem como foco montar o mix ideal de
cação no interior do produto; colocação linhas de produtos para cada loja, onda se
em superfícies posteriormente pintadas possa conhecer quais são os produtos mais
ou com outro tipo de acabamento; leitura vendidos por dia de semana e por período do
sem contacto; leitura sem abertura da dia (manhã, tarde e noite). Esta ferramenta
embalagem; baixo tempo de resposta; e não só indica o mix de produtos adquiridos
captação da informação com a etiqueta pelos clientes como também as relações de
em movimento (BRAZÃO, 2005). categorias vendidas em conjunto.
193
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
194
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
mente todos os aspectos de suas ações a organização está inserida, estar atenta às
atuais ou futuras, mas todas podem e novas tecnologias e assessorar aos toma-
devem ter noção para onde estão dirigin- dores de decisão de forma estratégica.
do-se e determinar como podem chegar lá,
REFERÊNCIAS
ou seja, precisa de uma visão estratégica
de todo o complexo produtivo. Neste posi- [ 1 ] . BALLOU, Ronald H. Gerenciamento
cionamento, todas as empresas devem da cadeia de suprimentos. Porto Alegre:
constituir políticas para a administração Bookman, 2001.
de materiais.
[ 2 ] . BALLOU, Ronald H. Logística Empre-
A Inteligência Competitiva nos hipermer- sarial: transportes, administração de
cados é considerada como uma ferra- materiais e distribuição física. São Paulo:
menta poderosa no processo de tomada Atlas, 1993.
de decisões estratégicas, em uma disputa
agitada e vertiginosa dos mercados, [ 3] . BOGMANN, Itzhak Meir. Marke-
foi criada para proporcionar vantagem ting de Relacionamento: a importância
competitiva e dar uma metodologia mais de fidelizar seus clientes. Disponível em:
moderna e adequada ao ambiente e a <http://www.uninove.br/jornal/Meir9.
própria evolução tecnológica. htm> Acesso: 5/08/2014
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
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[28]. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marke- [ 36 ] . MARIN, Edward Robinson; MORETTI,
ting de varejo. São Paulo: Atlas, 1992. Sérgio Luiz do Amaral. A responsabilidade
social empresarial e o marketing: reflexos
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Sistemas de Informação. 4. ed. Rio de cados em São Paulo. Revista Alcance -
Janeiro: 1999. Eletrônica, Vol. 19 - n. 01 - p. 24-34 - jan./
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didas para a era do cliente. 10. ed. Rio de
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Janeiro: Campus, 1992.
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mercadorias na região metropolitana [ 38] . MCKENNA, R. Marketing de Rela-
de São Paulo: o papel de ações colabora- cionamento: estratégias bem-sucedidas
tivas na busca de alternativas eficientes. para a era do cliente. Rio de Janeiro:
Dissertação de Mestrado apresentada ao Campus, 1993.
Instituto de Economia da Universidade
Estadual de Campinas: Campinas, 2005. [ 39 ] . MENDES, Carlos et al. O apareci-
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Satisfação dos Clientes no Setor super- rpav/edi/edi.html/>. Acesso em 17 de nov.
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sionalizante. Porto Alegre: Universidade [ 40 ] . NICKELS, William G.; WOOD, Marian
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L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
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198
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
2010.
199
A LOGÍSTICA REVERSA:
CONCEITOS, ORGANIZAÇÃO
EMPRESARIAL DOS
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
REVERSOS E AS
DIFERENTES ETAPAS
QUE CARACTERIZAM O
RETORNO DE BENS DE PÓS-
CONSUMO E PÓS-VENDA
RESUMO
O presente artigo baseia-se em apresentar e sistematizar os principais conceitos de logís-
tica reversa envolvidos no retorno e revalorização de bens produzidos, examinar a orga-
nização empresarial dos canais de distribuição reversos e as diferentes etapas que carac-
terizam o retorno de bens de pós-consumo e de pós-venda. Dessa maneira, analisam-se
também fatores econômicos, ecológicos e legislativos que influenciam no potencial da
cadeia reversa.
Palavras-chave
desde hoje e para as próximas décadas, gens(garrafas) dos pontos de venda até
201
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
Nas últimas décadas, os impactos As leis, cada vez mais rigorosas quanto
cada vez mais próximos e que fazem parte dêem destinação adequada as embala-
da vida moderna, tornaram-se mais visí- gens , insumos e até mesmo partes de seus
202
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
203
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
destas embalagens, pois para garantir a ções, definições e uma visão abrangente e
qualidade dos produtos agora nela colo- didática dos principais conceitos de logís-
cados, precisa-se possuir processos bem tica reversa e dos canais de distribuição
controlados de limpeza destes frascos; reversos. Além disso, todas as demais rela-
ções com outras áreas como o marketing
_ Projeto de viabilidade técnica e econô-
ambiental, a gestão ambiental, as estra-
mica - praticamente todas as decisões de
tégias, a ética e a tecnologia de materiais
realização de um projeto estão baseadas
carecem de maiores estudos e publicações
no fator custo, portanto este referencial
principalmente no Brasil.
teórico se fará amplamente necessário.
Este tópico estará englobando também “Essa carência bibliográfica
os estudos de valor presente líquido, taxa mundial, e em particular no Brasil,
interna de retorno e payback das novas nos animou a realizar uma série de
cadeias logísticas reversas a serem imple- pesquisas acadêmicas – incluindo a
mentadas. Além disso, este referencial investigação extensa e diversificada
também será muito útil para as conclusões de uma variedade de materiais e
finais do trabalho onde faremos o saldo de produtos – em associações de
entre as entradas e saídas de recursos classe, sindicatos, empresas da
neste projeto; cadeia direta e reversa, entidades
de reciclagem de materiais, serviços
_ Impactos ambientais - foi neces-
públicos e ONGs, coletando infor-
sário conhecer mais profundamente os
mações provenientes de suas
impactos ambientais relevantes na dimi-
publicações e anais, entrevistando
nuição da demanda de novos insumos
diretamente os diversos agentes
para o processo e os ganhos em termos de
envolvidos, empresários e execu-
desenvolvimento sustentável para a socie-
tivos de empresas produtoras,
dade;
distribuidoras, operadores logís-
204
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
205
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
tante, mas esta deve ser adequada ao tornam mais objetivas classificações como
processo industrial e constante no tempo “reciclável”, “biodegradável” e outras rotu-
de forma a garantir rendimentos operacio- lações ambientais, que causam divergên-
nais economicamente competitivos com a cias no mercado destes produtos.
matéria-prima que irá substituir. “(...) Todo
_ Governo - o nível de intervenção ou
o processo de reciclagem de um material
omissão dos governos, pela legislação
envolve fases de separação ou extração de
correspondente, poderá influir nessa orga-
um produto de pós-consumo, o que gera
nização dos canais reversos. O subsídio
impurezas que normalmente a matéria-
dado às matérias-primas ou à energia
-prima nova não possui” (ibid.).
elétrica por exemplo, fatos relativamente
_ Mercado - é necessário que haja quan- comuns, deve reduzir o interesse no mate-
titativa e qualitativamente mercado para rial reciclado por baixar os preços destes;
os produtos fabricados com materiais reci- a responsabilização dos níveis de recicla-
clados, que refletirá evidentemente nas gens aos empresários de um determinado
demandas de reciclado. Usualmente “... setor de bens deverá intensificar a organi-
existem restrições técnicas no processa- zação dos canais reversos de distribuição;
mento e na performance final dos produtos a coleta seletiva obrigatória certamente
fabricados com materiais reciclados” (ibid.), melhora a eficiência dos canais reversos
que estão ligadas ao aspecto de especifi- dos plásticos descartáveis;
cações e qualidade diferentes da matéria-
Supõe-se que os governos devam intervir
-prima nova. “(...) Isto faz com que a maté-
e regular atividades na medida em que
ria-prima secundária entre em proporções
não existam condições de auto-regulação
diferentes, variando em função do tipo de
do mercado.
aplicação do produto final.” (ibid.)
206
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
207
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
cadeia reversa, sendo estes levados até Em Council of Logistics Management (1993):
suas empresas de origem. “Logística reversa é um amplo termo rela-
cionado às habilidades e atividades envol-
_ Logística Reversa – é a área da logística
vidas no gerenciamento de redução , movi-
que estuda o fluxo reverso dos bens de
mentação e disposição de resíduos de
pós-consumo e de pós-venda, sistemas de
produtos e embalagens...”
transporte envolvidos, localização e dimen-
sionamento de depósitos e tudo o que está Em Stock (1998) encontra-se a definição:
envolvido na volta desses produtos para o “Logística reversa: em uma perspectiva de
ponto de origem. logística de negócios, o termo refere-se ao
papel da logística no retorno de produtos,
_ Matéria-prima de primeira geração -
redução na fonte, reciclagem, substituição
aquela que é produzida pela primeira vez,
de materiais, disposição de resíduos,
não utilizando processos de reciclagem.
reforma, reparação e remanufatura...”
diferem dos de pós-consumo pelo tempo dos fluxos reversos: “Logística é a gestão de
que levam para retornar ao ponto de fluxos entre funções de negócio. A definição
208
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
209
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
direta, que se constituem de uma parte em geral que retornam ao ciclo de negó-
dos canais reversos pelos quais fl uem cios ou ao ciclo produtivo por meio dos
esses produtos. Seu objetivo estratégico é canais de distribuição reversos específi cos.
agregar valor a um produto logístico que Seu objetivo estratégico é agregar valor a
é devolvido por razões comerciais, erros um produto logístico constituído por bens
no processamento de pedidos, garantia inservíveis ao proprietário original ou que
dada pelo fabricante, defeitos ou falhas ainda possuam condições de utilização,
de funcionamento, avarias no transporte, por produtos descartados pelo fato de
entre outros motivos. terem atingido o fi m de vida útil e por resí-
duos industriais.
A logística reversa de pós-consumo se
ocupa do equacionamento e operaciona- Na fi gura 2 estão representadas as principais
lização do fl uxo físico e das informações etapas dos fl uxos reversos nas duas áreas de
logísticas correspondentes de bens de atuação citadas e suas interdependências.
pós-consumo descartados pela sociedade
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retornos, medição dos tempos de ciclo, Aqueles fatores que não dependem tanto
medição do desempenho de fornecedores das empresas, mas que têm de ser levados
e outras funções complementares, prati- em consideração por estimular direta-
camente inexistem no mercado sistemas mente o desenvolvimento destes canais,
capazes de lidar com o nível de variações são abordados por Paulo Roberto Leite
e flexibilidade exigida pelo processo de (2002), como por exemplo o nível de inter-
logística reversa, segundo Lacerda (2002). venção ou omissão dos Governos, a preo-
cupação ambiental necessária por parte
Nota-se que a visão de Paulo Roberto Leite
das empresas com o fim de sustentar suas
(2002) sem sombra de dúvida é mais macro
imagens perante um mercado cada vez
do que a de Leonardo Lacerda (2002).
mais exigente no que se refere a preser-
Isto porque este cita somente fatores de
vação ambiental, e fatores ecológicos
caráter operacional como exercendo influ-
que se farão sentir com regulamentações
ência no processo de organização e estru-
governamentais ou os hábitos dos consu-
turação dos canais logísticos reversos.
midores ligados a estes.
Cap a c i da de de
Lo ca l i z a çã o Ce nt ro s de
Em presa produç ã o ( bi l hõ e s
da s fá bri ca s re c i cl a ge m
d e l at a s)
Latas de Alumínio S/A
6,5 SP, RJ, MG, PE SP
(Latasa)
Crown Cork Embalagens S/A 1,5 SP, SE -
ANC - American National
1,5 MG -
Can Brasil Ltda.
Latapack-Ball Embalagens
1,5 SP, BA -
Ltda.
TOTAL 11 - -
Fonte: Abal (1999) apud Leite (2003).
217
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Fonte: Abal (2002) / The Aluminum Association / Aluminum Can Recycling Europe / Japan
Aluminum Federation / Cámara Argentina Del Aluminio y Metales. Apud Leite (2003).
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Cadeia Direta e Reversa do Setor - rido para latas, mas também pelo ‘ciclo de
Objetivos estratégicos da logística vida’ do produto, que permite um rápido
reversa do setor e outros fatores de giro do material, economizando esto-
influência ques na cadeia direta e reversa). O valor
da sucata do produto permite remunerar
A Figura 1 mostra que, no Brasil, existe
toda a cadeia reversa, desde o catador de
uma única empresa fabricante de chapas
latas até a indústria.
de alumínio para latas e que toda a
produção de reciclagem é retornada para O objetivo ecológico deste caso consiste
essa empresa para ser reintegrada ao ciclo no aumento de competitividade empre-
produtivo. Essa característica revela que o sarial, pela imagem de marca corpora-
setor de reciclagem de latas de alumínio é tiva demonstrada aos consumidores.
constituído por empresas de grande porte São empresas que se revelam ‘amigáveis’
também nos seus canais reversos, fato com relação ao meio ambiente, traba-
considerado pouco comum. lhando com materiais de alta reciclabili-
dade, demonstrando responsabilidade
O caso das latas de alumínio para emba-
pelo fabricado mesmo após seu descarte
lagem revela característica de alta efici-
pelo consumidor e equacionando sua
ência nas quantidades recicladas de
rede reversa para garantir o equilíbrio dos
pós-consumo sobre as quantidades produ-
fluxos logísticos.
zidas (equilíbrio entre os fluxos direto e
reverso), podendo ser classificado como o A implementação da logística reversa de
melhor exemplo de alta reciclabilidade, em ‘ciclo fechado’ e em particular a montagem
seu sentido amplo. da rede reversa do retorno das latas
de alumínio de pós-consumo, desde os
Os objetivos estratégicos, econômicos e
diversos tipos de coleta, a localização das
ecológicos da logística reversa desse setor,
fontes, o destino dos pontos de coleta e
suportados por questões tecnológicas e
de tratamento industrial de reciclagem
logísticas fundamentais, garantem a este
das latas de pós-consumo, bem como pelo
caso alta eficiência em equilíbrio entre
fator econômico já comentado, pode ser
seus fluxos logísticos.
entendida como uma das principais causas
219
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Legis la çã o A l e m ã de 1 9 93
A legislação alemã de 1991 sobre embalagens notabilizou-se pela forte intervenção gover-
namental, como conseqüência das condições encontradas após a unificação entre as
duas Alemanhas, e estabeleceu a responsabilidade das indústrias sobre o retorno e a reci-
clagem das embalagens. Em grandes linhas, a responsabilidade envolvia todos os fabri-
cantes e demais participantes da cadeia de distribuição direta, exigindo que os fabricantes
aceitassem o retorno das embalagens de transporte, tais como os paletes e as caixas de
papelão; os distribuidores deviam aceitar as embalagens secundárias, ou seja, aquelas
que embalam a embalagem de contenção do produto ou primárias; os varejistas deviam
aceitar as embalagens primárias de seus clientes e, como todos os outros, providenciar a
rede reversa correspondente.
221
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Legis la çã o A l e m ã de 1 9 93
Para a revalorização legal, foi criado o DSD (Duales System Deutschland) por 400 compa-
nhias a fim de organizar a rede logística reversa. Um selo colocado na embalagem pelo
fabricante e previamente pago, variando de acordo com o ‘princípio do poluidor pagador’,
permitia que seu produto fosse incluído na coleta e reciclagem contratada a terceiros
especialistas em coleta de resíduos e recicladores.
222
L o g í s t i c a - Vo l u m e 1
No que tange ao retorno dos bens de pouco conhecimento sobre os fatores que
pós-venda, quando o produto é devol- implicam no processo logístico resultaram
vido pelo consumidor final, a embalagem em recursos desperdiçados e o foco prin-
precisa ser refeita para ser enviada ao cipal da empresa foi descaracterizado.
mercado secundário. Por via de regra,
Paralelamente as empresas que obtiveram
é necessário refazer a embalagem de
sucesso com a logística passaram a aper-
unitização de transporte e a embalagem
feiçoa-la chegando a um nível de qualifi-
primária dos produtos originais a fim de
cação e capacitação que alavancaram de
permitir o manuseio e o transporte. Em
forma considerável seus negócios.
alguns casos, a empresa não deseja enviar
ao mercado secundário com a mesma No caso da logística reversa, verifica-se
marca ou com as mesmas especificações, que diante das ações que visam a preser-
exigindo que se refaçam as embalagens, vação do meio ambiente, visando o desen-
as etiquetas etc. volvimento sustentável, o planejamento
eficiente da mesma tornou-se fundamental
4. CONCLUSÕES não só para as empresas, mas também
para a sociedade como um todo.
Na tentativa de aprimorar as empresas
para enfrentar o novo contexto merca- Alguns dados econômicos sobre logística
dológico globalizado e encontrar novas reversa apresentados abaixo, baseiam-se
estratégias de ganho de mercado, muitas em estimativas projetadas por algumas
empresas acabaram por implantar uma pesquisas realizadas nos Estados Unidos e
gama de teorias administrativas que encontradas na Internet. Podemos assim
vinham surgindo. Muitas destas imple- inferir o potencial de ganho e as oportuni-
mentações provocaram um desgaste dades de desenvolvimento nesta nova área.
dentro da empresa e com seus clientes e,
Nos Estados Unidos, pesquisas estimam
muitas vezes, as novas teorias fracassaram
em cerca de US$ 35 bilhões os custos de
por falta de conhecimento ou por pouco
retorno de bens em 1997, ou, cerca de
comprometimento de todos os setores
0,5% do PNB do país, ou 4% dos custos
da empresa. Dentre as teorias surgidas,
logísticos totais (US$ 862 bilhões em 1997).
a logística foi ganhando importância
Somente o mercado de peças de automó-
crescente tornando-se atualmente fator
veis remanufaturadas naquele país foi de
decisivo para a empresa manter-se no
US$ 36 bilhões em 1997, de acordo com
mercado e muitas delas tem como diferen-
a Automobile Parts Rebuilders Associa-
cial competitivo e uma ligação muito forte
tion. Pesquisa em setores compreendendo
com a marca a sua excelência em logística.
computadores, equipamentos de rede,
No sucesso comprovado de algumas equipamentos de automação, embalagens
empresas, outras tentaram implantar retornáveis e eletrodomésticos da “linha
a logística mas, no entanto, a falta ou branca”, ainda nos Estados Unidos, estimou
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que o custo total da logística reversa foi de veis por 50% do suprimento de sucata
US$4,7 bilhões em 1996, com uma previsão de alumínio à indústria. O mercado
de atingir US$ 7,7 bilhões no ano 2000. brasileiro de sucata de latas de alumínio
movimenta US$ 129 milhões por ano.
O instituto de pesquisa em informática
As latas corresponderam a 82,3 mil das
Gartner Group prevê um valor de US$11
182 mil toneladas de sucata de alumínio
bilhões de retorno de bens no segmento
disponíveis para reciclagem em 1999.
do e-commerce nos Estados Unidos, um
Com liga metálica mais pura, essa sucata
dos setores de maior potencial para a
volta em forma de lâminas à produção
logística reversa.
de latas ou é repassada para fundição de
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notamos que este é um sistema caracteri- Market Size and Opportunities. Journal
[1]. BALLOU, Ronald H. Business Logistics Reversa - uma visão sobre conceitos
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PLATAFORMA
LOGÍSTICA
MULTIMODAL: UM
ESTUDO PARA O CASO
DO ESTADO DE GOIÁS
Vinicius Oliva
Fernando Taques
RESUMO
A abordagem keynesiana revela que o investimento é um dos propulsores da demanda
agregada e que, por sua vez, pode ser um importante instrumento para o crescimento
econômico de uma região. Nessa perspectiva, a proposta deste trabalho é analisar o
funcionamento de uma Plataforma Logística Multimodal no município de Anápolis e iden-
tificar os efeitos da inserção deste empreendimento na região. Partindo de dados sobre a
projeção de demanda da plataforma, bem como a capacidade total da mesma, é possível
verificar que a implantação da plataforma é viável do ponto de vista logístico e em termos
de viabilidade de projeto, cenário esse que poderia contribuir no crescimento econômico
da região de sua implantação e demais beneficiadas por sua estrutura.
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Contudo, o estado de expectativa não se com taxa de juros mais altas. Logo, em
restringe ao trade-off entre a opção por cenários com taxa de juros alta a adesão
2. Para Keynes (1982) a EMgK é determinada Segundo Keynes (1982), a taxa de juros é a
pela renda esperada do investimento - sendo renúncia pela liquidez. O agente deve ter
aquilo em que o indivíduo terá, após a aqui- suas preferências psicológicas claras, tendo
sição de um bem de capital, o direito ao fluxo em mente qual deverá ser o montante de
de rendas futuras, descontando o dispêndio sua renda designado ao consumo futuro.
pelo usufruto deste bem, assim, obtendo uma Após deduzir aquilo em que há a propensão
série de anuidades
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Os autores destacam que fornecedores e visando os serviços das etapas que cernem
os mercados de destino, influenciam dire- uma operação logística, como: produção
tamente no funcionamento da Plataforma final, gestão de estoques, distribuição,
Logística. Duarte (2009b) cita que, para acondicionamento e etiquetagem; ii) Inves-
o bom funcionamento, o Governo deve timentos de caráter cinético, investimento
condicionar um ambiente propício para a destinado à infraestrutura que corrobora
instalação das empresas, condicionando com o fluxo de transporte e na localização
subsídios e incentivos fiscais. Entretanto, geográfica dos terminais.
Collin5 (1996,apud Duarte, 2004b, pg.8) cita
Da Silva et al (2013) abordam que para a
que para a viabilização da plataforma são
implantação de uma plataforma há os
requeridos investimentos segregados em
investimentos públicos – caráter cinético,
dois tipos: i) Investimentos de caráter logís-
que compreende as obras de infraestrutura
tico, caracterizado como o investimento
no entorno da plataforma logística, consis-
tindo em obras de urbanização, implan-
5. COLIN, J..Lesevolution de La Logistique em
tação de infraestruturas de concebimento
Europe: vers La Polarisationdes Espaces. In:
de modais e os investimentos privados –
Seminário Internacional: Logística, Trans-
caráter logístico, atuando no interior dos
portes e Desenvolvimento. Fortaleza, Ceará:
empreendimentos, tratando todo o opera-
UFC/CT/DET, 1996.
cional que concerne as mercadorias tran-
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mesclará mais de um tipo de modal, porém ferramenta logística, que corrobora com
rida para cara organismo de cada modal distribuição física de produtos, contando a
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projeto que consistirá “uma rede de faci- maior agilidade, eficiência e menor custo
lidades com o objetivo de promover, com à movimentação de materiais, produtos
da América Latina, além de outras indústrias, e prestação de serviços relacionados com
como alimentícias, têxteis e automobilísticas. seus objetivos”.
mará sua posição de trevo logístico, já Dourados - Mato Grosso Do Sul e Uruaçu –
que esta estará situada estrategicamente Goiás à cidade de Campos – Rio de Janeiro)
dentro do Programa. Após sua conclusão, e novos ramais rodoviários (ramais que
fará com que a cidade usufrua de novos ligarão Anápolis à Palmas – Tocantins e
ramais ferroviários (como os eixos que Belo Horizonte – Minas Gerais à Anápolis).
ligarão Lucas do Rio Verde - Mato Grosso à
Com a previsão de término das obras que
cidade de Palmas – Tocantins, Anápolis até
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definir as diretrizes tomadas para viabilizar melhores retornos com maior segurança.
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Segundo a SEGPLAN (2013), o plano para cargas movimentas pela PLMG, adequação
a PLMG se dá em alguns elementos obri- das instalações em serviços básicos como
gatórios, onde a concessionária, ao assinar sanitários, segurança, e agilidade nos
o termo de compromisso deverá arcar processos de movimentação e armaze-
ao cumprimento de algumas metas, tais nagem; ii) Serviços Acessórios, em que
como: i) Serviços de Armazenagem e Esto- consiste na disposição da diversificada
cagem, onde a concessionária precisará praça de lojas e alimentações a serem
adequar o empreendimento em ques- inseridas no empreendimento, a disponi-
tões como divulgação das informações bilidade de vagas de estacionamento para
sobre movimentação e armazenagens das os carros de passeio, a disponibilidade de
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investidor a alocar seus recursos ao inves- dada pelo estado brasileiro a este projeto,
projeto que conta com uma TIR elevada Com o concebimento da PLM, e condu-
no projeto, já que este é fator preponde- terizar como um organismo claro para as
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Autores
AUTORES
Adriana Carvalho Pinto Vieira
Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1993), mestrado
em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba (1999) e doutorado em
Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (2009) e fez parte do
doutorado com Bolsa Santander, na Universidad Politécnica de Madrid / Escuela UPM, com
orientação dos professores Prof. Ignácio Trueba, Julián Briz e Isabel de Felipe. Realizou o
Pós-Doutorado em Política Científica e Tecnológica pelo Instituto de Geociências pela
Universidade Estadual de Campinas (2012), com Bolsa da Capes. É líder do Grupo de
Pesquisa: Propriedade Intelectual, Desenvolvimento e Inovação (PIDI). Atualmente é
pesquisador colaborador da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro pelo projeto
INCT/PPED. É líder do Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq denominado Propriedade
Intelectual, Desenvolvimento e Inovação (PIDI). É colaboradora do Grupo de Pesquisa Gestão
e Estratégia em Negócios Internacionais (GENINT) e colaboradora do Grupo Interdisciplinar
de Pesquisa em Propriedade Intelectual ? GIPPI, que tem como líder a prof. Dra. Kelly
Lissandra Bruch / UFRGS. É membro da Sociedade Brasileira de Economia, Sociologia e
Administração Rural (SOBER). Tem experiência na área de Direito e Administração, atuando
principalmente nos seguintes temas: sistema de propriedade intelectual, indicação
geográfica, estudos jurídicos (direito consumidor), gestão da inovação, sucessão familiar,
agronegócio, cadeias alimentares e biotecnologia, comércio exterior e negócios
internacionais. Integra o conselho consultivo e conselho editorial dos seguintes periódicos:
Anais Workshop de Comércio Exterior, Revista Desenvolvimento Socioeconômico em Debate
e Editora da Universidade Estadual de Goiás. Membro da Comissão de Estudos Especiais de
AUTORES
Janeiro, como Consultor pela Fundação COPPETEC em projetos junto às empresas Bunge
Alimentos - Divisão Santista e Furnas Centrais Elétricas S. A. Como Professor de Logística,
atuou na Unama (PA), UERJ (RJ), UGF/RJ e UFRJ. Atuou como instrutor de cursos de
Logística no PIEBT/UFPA, no E-MBSIG/UFRJ e em empresas, como Petrobrás e Schlumberger
e prestou consultoria em Furnas Centrais Elétricas S. A..
Fernando Taques
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e
Mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutorando em
Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduando em
Engenharia de Produção pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Atualmente é
professor do Centro Universitário Senac/SP e do Centro Universitário Faculdades
Metropolitanas Unidas. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos
Programas de Bem-Estar Social, Economia Regional e Urbana e também na área de Inovação.
Monica Silveira
Bacharel em Engenharia de Produção pela Universidade do Estado do Pará - UEPA. Foi
estagiária de Ensino Superior em 20162017 na Rede de Incubadoras de Tecnologias da
UEPA – RITU. Atualmente, realiza trabalho voluntário no Pré-núcleo do Engenheiros Sem
Fornteiras – ESF, na cidade de Belém-Pa
Patricia de Sá Freire
Durante mais de 30 anos foi consultora de gestão de mudanças e pessoas para a inovação
para grandes empresas brasileiras. Hoje é professora do Departamento de Engenharia do
Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutora em Engenharia e Gestão
do Conhecimento pelo Programa de Pós Graduação em Engenharia e Gestão do
Conhecimento/ UFSC (2013). Mestre em EGC/UFSC (2010). Autora de três livros e mais de 80
artigos científicos publicados em congressos nacionais e internacionais, periódicos e
capítulos de livros, destacando a coautoria de capítulos da obra Interdisciplinaridade em
Ciência Tecnologia & Inovação contemplada com 2º lugar no Prêmio Jabuti no ano de 2011.
Por dois anos seguidos 2011 e 2012 foi escolhida como um dos cinco executivos de
excelência em Gestão do Conhecimento no Brasil pelo MAKE Award Brasil. Ganhou o primeiro
lugar geral do Prêmio de Mérito Acadêmico do Programa de Pós Graduação EGC/UFSC em
2009 e o primeiro prêmio para a área de gestão do conhecimento em 2010. Possui graduação
em Pedagogia, com habilitação em Tecnologias da Educação, pela PUC/RJ (1986). É
especialista em Marketing pela ESPM/RJ(1987) e em Psicopedagogia pela UCB/RJ (2006).
Atualmente é líder do Grupo de Pesquisa ENGIN Núcleo de Engenharia da Integração e
Governança do Conhecimento para a Inovação e pertence aos Grupos IGTI (Núcleo de
Inteligência, Gestão e Tecnologia para a Inovação/UFSC) e, do KLOM(Interdisciplinar em
Conhecimento, Aprendizagem e Memória Organizacional/UFSC). É editor do International
Journal of Knowledge and Management (IJKEM). O foco das pesquisas, ensino e extensão
tem sido o Modelo Universidade Corporativa em Rede; Engenharia da Integração de ativos do
conhecimento; Práticas, técnicas e ferramentas de Gestão Colaborativa; Governança do
Conhecimento e da Aprendizagem Organizacional; Governança Multinível; Centro de Memória
e Comunicação Organizacional; Gestão de Mudanças Estratégicas e Pessoas para a
Inovação. Estes estudos envolvem constructos como a cultura, liderança e tecnologias
interativas; aprendizagem e memória organizacional; planejamento e gestão estratégica;
ativos intangíveis/capital intelectual, capacidade absortiva, entre outros. Para as
Universidades, especificamente, percebendo-a como importantes parceiras da tríplice hélice
da inovação, o foco tem sido a inter e transdisciplinaridade; a otimização do processo de
produções científicas de qualidade e os programas de extensão para a cocriação e
coprodução entre universidade-empresa.
Vinicius Oliva
Graduação em Economia pelas Faculdades Metropolitanas Unidas
Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2013) e Doutorando
em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, na área de
Materiais e Processos de Fabricação e na linha de pesquisa Sistemas de Engenharia de
Produção, atuando no Laboratório de Pesquisa em Ensino de Engenharia e Gestão - LaPE²G.
Campos de estudo e pesquisa: Logística e Green Supply Chain Management, Lean
Production e Gestão de Projetos. É Professor Assistente III da Universidade do Estado do
Pará, lotado no Departamento de Engenharia de Produção. Nesta mesma instituição,
coordenou o Curso de Graduação em Engenharia de Produção no período de 23/03/2015 à
25/02/2018. Participa como pesquisador do grupo de Gestão de Sistemas Logísticos e de
Sistemas Produtivos para o Desenvolvimento Regional do Centro de Ciências Naturais e
Tecnologia - CCNT / UEPA. É membro colaborador do corpo docente do Mestrado Profissional
em Processos Construtivos e Saneamento Urbano do Instituto de Tecnologia da Universidade
Federal do Pará - UFPA. Foi Conselheiro Titular do CREA-Pa (2015-2017) aonde coordenou a
Câmara Especializada de Engenharia Industrial, Comissão de Educação e Atribuição
Profissional e a Comissão de Estudos e Normas.