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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA INORGÂNICA
QUÍMICA INORGÂNICA I

Modelos Atômicos e Princípios Quânticos


Parte I

Prof. Fabio da Silva Miranda

e-mail: miranda@vm.uff.br
Sala GQI 308, Ramal 2170 1
Origem do Universo que conhecemos
Para entender o comportamento de moléculas ou sólidos é necessário entender
o átomo (estrutura e propriedade).

Observações astronômicas a respeito da Expansão do Universo mostram que


devemos olhar 15 bilhões de anos atrás e concentrar nosso foco no evento
chamado de Big Bang.

A temperatura inicial estimada após o Big Bang foi de 109 K.

Devido essa alta temperatura as partículas fundamentais produzidas


imediatamente após o Big Bang tinham muita energia cinética para se ligarem
na forma que conhecemos hoje.

Conforme o universo foi resfriando e expandindo, as partículas diminuíram a


suas velocidades começando o processo de adesão sobre uma variedade de
forças. 2
Origem do Universo que conhecemos

Forças fortes – são de curto alcance, porém é uma força atrativa potente
entre as partículas nucleares (prótons e nêutrons) mantendo essas
partículas ligadas dentro dos núcleos.

Força eletromagnética – relativamente fracas, porém são forças de longo


alcance entre cargas elétricas ligando elétrons ao núcleo para formar
átomos.

Dessa maneira o universo adquiriu potencial para a química complexa e a


existência da vida.

3
4
http://www.particleadventure.org/history-universe.html
Escala de tempo do Universo

5
http://map.gsfc.nasa.gov/media/060915/index.html
Escala de tempo do Universo

https://donmurphyblog.files.wordpress.com/2014/10/universe-grows-600px.jpg 6
Conteúdo do Universo
Balanço massa-energia

http://map.gsfc.nasa.gov/media/080998/index.html 7
Histórico dos cosmos

http://map.gsfc.nasa.gov/media/020622/index.html 8
Visão do universo via radiação de microondas

9
http://map.gsfc.nasa.gov/media/990053/index.html
Coletando a origem do Universo via informações espectroscópicas

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http://map.gsfc.nasa.gov/media/030651/index.html
Coletando a origem do Universo via informações espectroscópicas

11
http://map.gsfc.nasa.gov/media/030651/index.html
Abundância dos elementos na crosta terrestre

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Abundância dos elementos na crosta do sol

13
Abundância cósmica dos elementos

14
Distribuição dos elementos químicos

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Elementos e átomos
Leucipo de Mileto é considerado o mestre de Demócrito de Abdera e talvez, o verdadeiro
criador do atomismo (segundo a tese de Aristóteles), que relatava que a matéria pode ser
dividida até chegar em uma pequena partícula indivisível chamada átomo. Tudo o que existe
é composto por elementos indivisíveis chamados átomos (e é daí que vem a palavra átomo,
que em grego significa "a", negação e "tomo", divisível. Átomo = indivisível).
Platão e Aristóteles formularam a hipótese de que não poderia haver partículas indivisíveis.

Demócrito (460-370 a.C.)

Platão (esquerda, 427-347a.C.)


Leucipo (~ 500 a.C.)
Aristóteles (direita, 384-322 a.C.)
16
O modelo atômico teórico atual é baseado num

núcleo denso rodeado por uma nuvem de elétrons

probabilística. Entretanto, é importante entender

os experimentos e a evolução dos modelos teóricos

que culminaram no modelo atual.

17
Fatos que levaram ao desenvolvimento dos modelos atômicos
500 a.c. – Filósofos gregos criam o conceito de átomo
1473 – Primeira publicação de tradução dos trabalhos gregos atomistas
1575 – tradução de Pneumatica de Heron de Alexandria
1675 – Jean Picard observa produção de fosforência em colunas de Hg
1704 – Newton propôs um universo mecânico com pequenas esferas sólidas
em movimento
1774 – Lavoisier propõem a lei de conservação das massas
1808 – Modelo atômico de Dalton (Inglês John Dalton)
1811 – Amedeo Avogrado propõem que o volume de um gás é proporcional ao
número de moléculas a uma dada pressão e temperatura, para isso usou os
dados de Gay-Lussac
1832 – Michael Faraday desenvolve a eletrólise
1859 – J. Puckler constrói o primeiro tubo de descarga de gás (tubo de raios
catódicos) 18
Fatos que levaram ao desenvolvimento dos modelos atômicos
1865 - James Clerk Maxwell demonstra a sua teoria do eletromagnetismo
1869 – Mendeleev e Meyer independentemente propõem tabelas periódicas
semelhantes as utilizadas atualmente
1879 – Sir William Crookes descreve as propriedades dos raios catódicos
1886 – E. Goldstein usa um CRT para estudar raios canais
1894 – G.J. Stoney propõem que a eletricidade é feita de partículas negativas,
as quais chamou de elétrons
1895 – Wilhelm Roentgen descobre os raios-X
1896 – A. H. Becquerel descobre a radioatividade do Urânio
1897 – J. J. Thomson demonstra que os elétrons tem carga negativa w uma
razão massa/carga = 1,76 x 1011 C/Kg
1897 – J. J. Thomson estuda os raios canais e observa que estão associados ao
próton, H+ 19
Fatos que levaram ao desenvolvimento dos modelos atômicos
1898 – Rutherford estuda a radiação emitida pelo o urânio e tório e nomeias
como partículas alfa e beta
1898 – Marie Curie estuda o urânio e o tório e chama o processo de decaimento
espontâneo de radioatividade, juntamente com o marido descobre os elementos
polônio e rádio
1900 – Frederick Soddy observou a desintegração de elementos radioativos em
variantes que chamou de isótopos (recebeu o Nobel de Química em 1921)
1900 – Max Planck usa a ideia de quanta para descrever a radiação de corpo
negro
1903 – Hantaro Nagaoka propõem o modelo “sartuniano” de átomo, onde anéis
planos de elétrons rodeiam o núcleo positivo
1904 – Richard Wilhelm Heinrich Abegg descobre que gases nobres tem uma
configuração eletrônica estável que os torna estáveis 20
Fatos que levaram ao desenvolvimento dos modelos atômicos
1905 – Albert Einstein apresenta a famosa equação E=mc2
1906 - Hans Geiger desenvolve um dispositivo para medir partículas alfa
1909 – Robert A. Millikan mede a carga do elétron como sendo 1,60 x 10-19 C,
portanto a massa do elétron é 9,31 x 10-31 Kg, ou seja 1/1836 a massa do átomo
de hidrogênio
1909 – Ernest Rutherford descobre o núcleo e em 1911 estabelece o modelo de
átomo nuclear
1913 – H.G.J. Moseley utilizando um tubo de raios-X determina a carga do
núcleo da maioria dos átomos, propõem o uso do número atômico
1913 – Bohr publica o primeiro artigo sobre seu modelo atômico e continua
desenvolvendo a teoria pelos próximo 10 anos
1919 – Aston descobre a existência de isótopos utilizando espectrometria de
massas 21
Fatos que levaram ao desenvolvimento dos modelos atômicos
1923 – Equação de “de Broglie” para a dualidade partícula-onda do elétron
1926 – Schrödinger introduz a equação de onda que descreve os elétrons como
uma nuvem contínua
1927 – Princípio da incerteza de Heisenberg
1929 – Cockcroft/Walton constroem um acelerador de partículas e produzem
partículas alfa
1930 – Paul Dirac propõem a existência de anti-partículas. Anderson descobre o
anti-elétron (pósitron) em 1932 e Segre/Chamberlain descobrem o anti-próton
em 1955
1932 – James Chadwick descobre o nêutron
1938 – Lise Meitner, Hahn , Strassman realizam experimentos e verificam que
elementos pesados capturam nêutrons se tornando instáveis o que leva a fissão
nuclear 22
Fatos que levaram ao desenvolvimento dos modelos atômicos
1941-1951 – Glenn Seaborg sintetiza 6 elementos transurânicos e sugere uma
mudança na tabela periódica
1942 – Enrico Fermi conduz o primeiro experimento controlado que produz
energia proveniente do núcleo dos átomos
1950-presente – Nos últimos 65 anos novas partículas subatômicas foram
descobertas como quarks e léptons utilizando aceleradores de partículas.

23
É possível “ver” o átomo?

Como isto seria possível ?

24
Instrumentos como o microscópio de varredura por tunelamento
(STM) fornecem imagens com resolução atômica

Átomos de Si

Átomos de Fe sobre Cu

25
STM - Scanning Tunneling Microscope

26
Tamanho relativo
do átomo em
relação ao núcleo

27
Tamanho relativo do átomo em relação ao núcleo

28
Estrutura Atômica
A visão atômica enfraqueceu-se por vários séculos devido ao
cristianismo e ressurgiu durante o século XVII no iluminismo,
quando os cientistas tentavam explicar as propriedades dos gases.

John Dalton (1766-1844)


29
Radioatividade

Marie Curie (1867-1934)

30
Radioatividade

31
Radioatividade

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Partículas subatômicas de relevância para a química

33
Partículas subatômicas de relevância para a química

34
Radioatividade – aplicação em sensores de fumaça

35
Elementos químicos artificiais

36
Elementos químicos artificiais

http://www.iupac.org/news/news-detail/article/discovery-and-assignment-of-elements-with-
37
atomic-numbers-113-115-117-and-118.html
A descoberta das partículas subatômica - elétron

Joseph John Thomson (1856-1940)

Raios catódicos ou feixe de elétrons

38
A descoberta das partículas subatômica - elétron

http://www.newsky24.com/discovery-of-electron/ 39
Modelo Atômico de Thomson:
“Pudim de ameixas”

Thomson propôs que o átomo


consistia de uma esfera positiva
uniforme na qual os elétrons estavam
incrustados.

40
Em 1909 Robert Millikan (1868-1953) mediu a
carga do elétron realizando o seguinte
experimento:

41
Medida da carga eletrônica

O americano Robert Millikan investigou como a velocidade de queda de


gotas de um óleo carregado negativamente variavam com a carga sobre os
pratos. Sendo possível determinar a carga de cada gota. Todos os valores
encontrados foram números múltiplos de -1.60 x 10-19 C, mostrando que essa
seria a carga do elétron. 42
Experimento Rutherford e a descoberta do núcleo

1 em
20.000

Partículas 

43
Rutherford (1871-1937)
Experimento Rutherford

44
O experimento de Rutherford

Ernest Rutherford (Neozelandês) trabalhando em Manchester (UK) pediu


para seus assistentes Hans Geiger e Ernest Marsden para bombardear uma
finíssima camada de metal com partículas alfa. A maioria das partículas-
carregadas positivamente passaram através da folha fina sem mudar de
direção. Contudo, 1 entre 20000 foram desviadas para grandes ângulos
devido a interação repulsiva com os núcleos carregados positivamente. O
pequeno número de desvios demonstrou que o tamanho dos núcleos é muito
menor do que o tamanho do átomo. 45
Modelo atômico de Rutheford

46
Modelo atômico de Rutheford

47
Instabilidade do modelo de Rutheford

48
Resumo do modelo atômico de Rutherford

O átomo é composto principalmente de espaço vazio

Toda a carga positiva e a maior parte da massa se encontram numa pequena


área chamada de núcleo

Os elétrons se situam na nuvem que rodeia o núcleo

Rutherford imaginou que a mecânica clássica, ou seja, as leis de movimento


propostas por Newton no século XVII pudesse ser empregada para
descrever o movimento do elétron

A mecânica clássica descrevia bem o movimento de objetos grandes como


bolas e planetas. Falhava ao explicar o movimento dos elétrons

Novas leis foram desenvolvidas para explicar o movimento de partículas


sub-atômicas: A mecânica quântica
49
Determinação dos números atômicos

Henry Mosely foi o primeiro a


determinar os números atômicos
com precisão. Ele descobriu que
as propriedades dos raios X
emitidos por um elemento
dependem de seu número
atômico e determinou Z de
muitos elementos estudando a
radiação emitida por eles.

50
Henry Gwyn Jeffreys Moseley
(23 November 1887 – 10 August 1915)

51
https://www.aip.org/history/exhibits/rutherford/sections/alpha-particles-atom.html
Determinação da massa dos elementos

A invenção do espectrômetro de massas no início de sec. XX


permitiu a determinação da massa dos átomos de todos os elementos.
52
Interação da luz com a matéria

53
Radiação eletromagnética
A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da
radiação com a matéria.

A radiação eletromagnética se movimenta através do vácuo com uma


velocidade aproximada de 3,00 x 108 m/s.

As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias semelhantes


às ondas que se movem na água.

Por exemplo: a radiação visível tem comprimentos de onda entre 400


nm (violeta) e 750 nm (vermelho).
54
Radiação eletromagnética
O que é a luz?
Uma onda oscilatória com campos elétricos e magnéticos

55
Radiação eletromagnética
O que é a luz?
Uma onda oscilatória com campos elétricos e magnéticos

Maxwell, 1870
56
Espectro eletromagnético

Comprimento de onda (Wavelength) (l) é a distância entre pontos idênticos


em uma onda sucessiva
Amplitude é a distância vertical a partir da linha do meio até o topo do pico.
Frequência (n) é o número de ondas que passam através de um ponto
particular em 1 segundo (Hz = 1 ciclo/s) 57
Radiação eletromagnética

58
Radiação eletromagnética
Maxwell (1873), propôs que a luz visível consistia de ondas
eletromagnéticas.

Radiação eletromagnética
é a emissão e transmissão
de energia na forma de
onda eletromagnética.

Velocidade da luz (c) no vácuo = 3.00 x 108 m/s

Todas radiações eletromagnéticas


lxn=c
59
Radiação eletromagnética

Todas as ondas têm um comprimento de onda característico, l, e uma

amplitude, A

A frequência, n, de uma onda é o número de ciclos que passam por um

ponto em um segundo

A velocidade de uma onda, v, é dada por sua frequência multiplicada pelo

seu comprimento de onda

Para a luz, velocidade = c

60
Espectro Eletromagnético

Radio
Vermelho 700
Microondas

Laranja 620
Infravermelho
Amarelo 580
Visível

Ultravioleta Verde 530

Raios X Azul 470

Raios 
Violeta 420
Raios cósmicos
61
Espectro eletromagnético

62
Espectro eletromagnético
A luz solar é composta de energia sobre uma pequena faixa de frequências

63
Espectro eletromagnético visível (disco de Newton)

64
Espectro eletromagnético visível

65
Espectro eletromagnético

66
Espectro eletromagnético

67
Exemplos de técnicas espectroscópicas

68
Um fóton tem uma frequência de 6.0 x 104 Hz. Converta esta frequência para
comprimento de onda (nm). Esta frequência se encontra dentro da região do
visível?

l
lxn=c
l = c/n n
l = 3.00 x 108 m/s / 6.0 x 104 Hz
l = 5.0 x 103 m
l = 5.0 x 1012 nm

Onda de Radio

69
Quantização da Energia e Radiação do Corpo Negro

Ao aquecer um objeto (corpo negro)


ele emite luz (incandescência).
Densidade de energia (J.m-4)

Max Planck (1858-1947)

►Hipótese de Planck: A troca de energia


entre a matéria e a radiação ocorre
somente em pacotes de energia
chamados quanta:
E = hn
Comprimento de onda (m) h = 6,626 x10-34J.s (constante de Planck)
70
Radiação do Corpo Negro

71
Quantização da Energia e Radiação do Corpo Negro
Planck: a energia só pode ser liberada (ou absorvida) por átomos em
certos pedaços de tamanhos mínimos, chamados quantum.

A relação entre a energia e a frequência é dada por:

onde h é a constante de Planck (6,626 x 10-34 J s).

Para entender a quantização, considere a subida em uma rampa


versus a subida em uma escada:

Para a rampa, há uma alteração constante na altura, enquanto na


escada há uma alteração gradual e quantizada na altura. 72
Radiação do Corpo Negro
A distribuição espectral da energia radiante dentro de um corpo negro é
dada por:
8𝜋ℎ𝑐 1
𝑊𝑒𝜆 𝜆, 𝑇 =
𝜆5 𝑒 ℎ𝑐/𝜆𝑘 𝐵 𝑇 − 1
Onde:
T = temperatura absoluta do corpo negro
h = constante de Planck (6,662 x 10-34 J.s)
c = velocidade da luz no vácuo (2,998 x 108 m.s-1)
kB = constante de Boltzmman (1,381 x 10-23 J.K-1)
l = comprimento de onda em nm

A radiação espectral emitida (Mel(l,T) pela abertura da cavidade um corpo


negro não perturbado bem como radiação espectral (Lel(l,T) são dados por:
𝑐 𝑐
𝑀𝑒𝜆 𝜆, 𝑇 = 𝑊𝑒𝜆 𝜆, 𝑇 𝐿𝑒𝜆 𝜆, 𝑇 = 𝑊𝑒𝜆 𝜆, 𝑇
4 4𝜋
73
Recaptulando

E = hn = hc/l
onde nl= c
E  energia
h  constante de Planck
n  frequência
c  velocidade da luz
l  comprimento de onda

74
Efeito fotoelétrico: A evidência de que os elétrons se
comportam como partículas
Este experimento demonstra que a
radiação eletromagnética é
formada por partículas, chamadas
por Einstein de fótons.

75
Efeito fotoelétrico

76
Efeito fotoelétrico

77
Efeito fotoelétrico
O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de partícula
da luz

Se a luz brilha na superfície de um metal, há um ponto no qual os


elétrons são expelidos do metal

Os elétrons somente serão expelidos se a frequência mínima é


alcançada

Abaixo da frequência mínima, nenhum elétron é expelido

Acima da frequência mínima, o número de elétrons expelidos depende


da intensidade da luz

Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia denominados


fótons
ℎ𝑐
A energia de um fóton: 𝐸= = ℎ𝜈 (Joules)
𝜆 78
Equações que descrevem o efeito fotoelétrico

1
𝐾𝐸 = 𝑚𝑒 𝜐 2 = ℎ𝜈 − Φ
2

ℎ𝜈0 = 𝜙

𝐾𝐸 = ℎ𝜈 − ℎ𝜈0 sendo ν ≥ ν0

1 eV = 1,602 x 10−19 C 1 V = 1,602 x 10−19 J

79
Efeito fotoelétrico

1
𝐾𝐸 = 𝑚𝑒 𝜐 2 = ℎ𝜈 − Φ
2
80
Dualidade partícula-onda da luz (experimento de difração)

Difração é um fenômeno
de interferência 81
Dualidade partícula-onda da luz

82
O comportamento ondulatório da matéria

c
E  h (Planck, a energia é quantizada)
l
E  mc2 (Einstein, existe uma energia associada a um
corpo em movimento).

c h
mc  h ; l 
2

l mc

Louis De Broglie
(1892-1987)

83
Em 1925, Clinton Davisson e Lester Germer difrataram um feixe
de elétrons em um monocristal de níquel e provaram a natureza
ondulatória dos elétrons.

84
O comportamento ondulatório da matéria

A difração de elétrons comprovou o comportamento ondulatório da matéria


85
Exercício

• Qual é o comprimento de onda de um elétron com


velocidade 5,97x106 m/s? A massa do elétron é 9,11 x 10-28 g.

h
l
mv

h  6,63x1034 J.s; 1J  1kgm2 / s2


h  6,63x1034 kgm2 / s
(6,63x1034 kgm2 / s)
l 31 6
 0,122nm
(9,11x10 kg)(5,97x10 m / s)

86
Exercício

Calcule o comprimento de onda de uma pessoa de 70 kg


correndo a uma velocidade de 44 m/s (12 km/h).

(6,63x1034 kgm2 / s)
l  2,15x1037 m
(70kg)( 44m / s)

O valor de l é tão pequeno que não tem sentido dizer que


temos comportamento ondulatório.

87
Espectro de chamas

Lítio Sódio Potássio Cobre

88
Espectros de linhas

Balmer: descobriu que as linhas no espectro de linhas visíveis do


hidrogênio se encaixam em uma simples equação. Mais tarde, Rydberg
generalizou a equação de Balmer para:

1  RH
  1  1 
 2
l  h  n1 n22 

onde RH é a constante de Rydberg (1,096776 x 107 m-1), h é a constante


de Planck (6,626 x 10-34 J·s), n1 e n2 são números inteiros (n2 > n1).

89
Espectros de linhas

J. R. Rydberg (1890) dando continuidade ao estudo de Balmer


propôs uma fórmula para calcular os comprimentos de onda das
linhas espectrais do hidrogênio e outros átomos:

RH = 1,096776 x 107 m-1 (constante de Rydberg)


1  1 1 
 (RH ) 2  2  n1 e n2 = números inteiros e positivos, n2 > n1
l  n1 n2 
l = comprimento de onda

Rydberg não sabia o significado do número e nem uma explicação


sua equação. Somente após 30 anos é que esta explicação foi dada.
90
Espectros de linhas
Em um espectro contínuo todas as frequências são emitidas

Em um espectro atômico, somente valores discretos de frequência são


emitidos. O espectro é diferente para cada elemento e característico do
elemento

91
Espectros contínuo

Espectro da luz branca produzido por


refração em um prisma

92
Espectros contínuo

93
Espectro Atômico de Linhas
Nem todas as fontes de radiação produzem um espectro contínuo. Por
exemplo, a luz emitida pelo gás hidrogênio contido em um tubo sob pressão
e alta voltagem pode ser refratada em um prisma produzindo linhas. Isto
significa que alguns comprimentos de onde estão ausentes.

Séries de Balmer (UV) e Lyman (Vis) (1885)

94
Espectros de linhas

95
Espectros de linhas

96
Espectros de linhas

97
Espectros de linhas

Série de Lyman  ultravioleta


n>1n=1

Série de Balmer  luz visível


n>2n=2

Série de Paschen  infravermelho


n>3n=3
98
Espectros de linhas

99

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